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DCDiurno Administrativo RBaldacci Aula19e20 261015 GSerodio

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DELEGADO CIVIL DIURNO 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
 
MATERIAL DE APOIO 
Disciplina: Direito Administrativo 
 Professor: Roberto Baldacci 
Aulas: 19 e 20 | Data: 26/10/2015 
 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
 
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
 
 
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
 
1. Contrato Público Administrativo: 
 
 Quando a Administração a atender interesses públicos estará sujeita ao Regime Público da Lei 
8.666, que é também a Lei Geral dos Contratos Administrativos. O contrato administrativo formal e 
escrito nem sempre é obrigatório: contratos de grande valor, de objeto técnico ou complexo, ou ainda 
que incluam cláusula de garantia ou assistência técnica, em regra, exigirão contrato formal escrito. 
 
 Obrigações de médio e pequeno valor de natureza simples e de execução imediata não exigem 
contrato escrito, admitindo substituí-lo pela Nota de Empenho. 
 
 Obrigações de ínfimo valor (valores de até 5% dos limites permitidos para a modalidade convite) 
permitirão a contratação verbal pela Administração. 
 
 Quando houver contrato administrativo será em regra inteiramente regido por lei – em regra, 
contrato administrativo é típico (forma e cláusulas definidos em lei), adotando o Código Civil apenas 
de forma subsidiária. 
 
 Ao contrário dos contratos privados, que são em regra consensuais, os contratos administrativos 
são de adesão, pois o contrato SEMPRE será publicado de forma integral e definitiva no Edital da 
licitação antecedente, sob pena de nulidade da contratação e da própria licitação (conforme o 
Princípio da Vinculação ao Edital). 
 
 ***A relação obrigacional definida no contrato Administrativo é vertical, pois a Administração 
gozará de seu regime administrativo de prerrogativas e sujeições, colocando a Administração em um 
plano superior de direitos e obrigações (pois a Administração na qualidade de contratante estará 
defendendo interesses públicos primários que são supremos e indisponíveis) – as prerrogativas e 
sujeições contratuais próprias da Administração estão previstas em cláusulas exorbitantes: 
 
 Que decorrem de texto expresso de lei; 
 
 Não precisam estar escritas para serem válidas e exigíveis; 
 
 Não são renunciáveis pela Administração, pois são cláusulas de garantia a interesses 
públicos; 
 
 
 
 
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 Não podem ser questionadas nem anuladas pelo Poder Judiciário em função do 
desequilíbrio de forças e da excessiva onerosidade que podem implicar. A Prof.ª Maria Silvia diz 
que o contrato administrativo inteiro é um contrato leonino, porém, válido. 
 
 Cláusulas Exorbitantes: 
 
a. Alteração Unilateral: 
 
 O art. 65 da Lei de Licitações prevê que a Administração poderá motivadamente, baseada em fato 
superveniente, alterar unilateralmente (independente da participação ou concordância do contratado) certas 
cláusulas do contrato: 
 
I. Readequar projetos: contratos regidos pela Lei de Licitações terão os Projetos Básico e Executivo elaborados 
integralmente pela Administração (no RDC – Regime Diferenciado de Contratação - e na PPP – Parceria Público 
Privada - a elaboração dos projetos poderá ser delegada ao contratado). 
A readequação do projeto não pode implicar na mudança do objeto, pois um novo objeto exigirá uma nova 
licitação. 
 
II. Readequar quantidades e valore a serem pagos em até 25% para MAIS ou para MENOS: em função da “Teoria 
da Imprevisão”. 
Para reformas e restaurações a alteração poderá ser de até 50% para MAIS. 
 
OBS: Mediante acordo entre as partes será possível readequar acima desses limites. 
 
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com 
as devidas justificativas, nos seguintes casos: 
 
I - unilateralmente pela Administração: 
 
a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para 
melhor adequação técnica aos seus objetivos; 
 
b) quando necessária a modificação do valor contratual em 
decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, 
nos limites permitidos por esta Lei; 
 
II - por acordo das partes: 
 
a) quando conveniente a substituição da garantia de execução; 
 
b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra 
ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de 
verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais 
originários; 
 
c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por 
imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial 
atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação ao 
 
 
 
 Página 3 de 14 
cronograma financeiro fixado, sem a correspondente 
contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou 
serviço; 
 
d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente 
entre os encargos do contratado e a retribuição da administração 
para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, 
objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial 
do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou 
previsíveis porém de conseqüências incalculáveis, retardadores ou 
impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força 
maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea 
econômica extraordinária e extracontratual. 
 
§ 1o O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições 
contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, 
serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial 
atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício 
ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para 
os seus acréscimos. 
 
§ 2o Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os limites 
estabelecidos no parágrafo anterior, salvo: 
 
I - (VETADO) 
 
II - as supressões resultantes de acordo celebrado entre os 
contratantes. 
 
§ 3o Se no contrato não houverem sido contemplados preços 
unitários para obras ou serviços, esses serão fixados mediante acordo 
entre as partes, respeitados os limites estabelecidos no § 1o deste 
artigo. 
 
§ 4o No caso de supressão de obras, bens ou serviços, se o 
contratado já houver adquirido os materiais e posto no local dos 
trabalhos, estes deverão ser pagos pela Administração pelos custos 
de aquisição regularmente comprovados e monetariamente 
corrigidos, podendo caber indenização por outros danos 
eventualmente decorrentes da supressão, desde que regularmente 
comprovados. 
 
§ 5o Quaisquer tributos ou encargos legais criados, alterados ou 
extintos, bem como a superveniência de disposições legais, quando 
ocorridas após a data da apresentação da proposta, de comprovada 
repercussão nos preços contratados, implicarão a revisão destes para 
mais ou para menos, conforme o caso. 
 
 
 
 
 Página 4 de 14 
§ 6o Em havendo alteração unilateral do contrato que aumente os 
encargos do contratado, a Administração deverá restabelecer, por 
aditamento, o equilíbrio econômico-financeiro inicial. 
 
§ 7o (VETADO) 
 
§ 8o A variação do valor contratual para fazer face ao reajuste de 
preços previsto no próprio contrato, as atualizações, compensações 
ou penalizações financeiras decorrentes das condições de pagamento 
nele previstas, bem como o empenho de dotações orçamentárias 
suplementares até o limite do seu valor corrigido, não caracterizam 
alteração do mesmo, podendo ser registrados por simples apostila, 
dispensando a celebração de aditamento. 
 
 O mesmo art. 65 da Lei de Licitações prevê três naturezas de cláusulas que garantem direitos e interesses 
privados do contratado. São chamadas de “cláusulas privadas” do contrato ou “cláusulas lei” do contrato, pois são 
alteráveis somente por acordo entre as partes desde que o contratado proponha a alteração (Marçal Justen 
Filho): 
 
I. Substituição de Garantias Ofertadas: a Administraçãosempre pode exigir que o contratado preste 
garantias de 5% do valor do contrato (passando para 10% nos contratos vultosos) para garantir exclusivamente 
eventuais danos causados à Administração ou ainda para o pagamento de multas e punições aplicadas sobre o 
contratado. 
No regime privado, em regra, o cumprimento da obrigação implicará no direito de levantar garantias ofertadas 
(exemplo: pagou o empréstimo tem o direito de levantar a hipoteca, sob pena de supressão judicial), porém no 
contrato administrativo não: o cumprimento da obrigação ou a entrega da coisa levará a Administração declarar o 
“recebimento provisório”, que apenas suspende as obrigações do contratado. A Administração iniciará o 
procedimento de verificação para confirmar que o contratado cumpriu integralmente a obrigação como exigido 
no contrato. Caso a Administração não esteja satisfeita, poderá exigir o refazimento parcial ou até integral do 
objeto. 
Estando satisfeita, declara o “recebimento definitivo”, que confere quitação de responsabilidades ao contratado. 
A lei prevê que o contratado poderá prestar garantias por três formas: 
 
1) Fiança bancária; 
2) Seguro garantia; 
3) Caução em dinheiro ou títulos da dívida pública. 
 
II. Alteração do Regime de Execução: o contrato poderá ser por tarefa (obrigação simples), empreitada (obra 
simples), empreitada integral (obrigação complexa, entregando a coisa pronta para uso – é uma contratação 
chamada de Turn Key), e ainda poderá ou não prever subcontratações, que só são permitidas quando expressa e 
taxativamente previstas no contrato. Todos esses elementos integram o Regime de Execução, que não poderão 
ser alterados pela Administração. 
 
 Cláusulas Exorbitantes 
 
2. Alteração Unilateral 
 O mesmo art. 65 da Lei de Licitações prevê três naturezas de cláusulas que garantem 
direitos e interesses privados do contratado. São chamadas de “cláusulas privadas” do 
 
 
 
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contrato ou “cláusulas lei” do contrato, pois são alteráveis somente por acordo entre as partes 
desde que o contratado proponha a alteração (Marçal Justen Filho): 
 
III. Substituição de Garantias Ofertadas: aula passada. 
 
IV. Alteração do Regime de Execução: aula passada. 
 
V. ***TRI (Taxa de Retorno Interno): o contratado pode definir no momento da 
assinatura do contrato a razão econômica e financeira que definirá seus ganhos conforme 
os custos e investimentos que fará – a TRI é um coeficiente (exemplo: para cada 1 real 
investido, há um lucro de R$0,13). 
Essa é a cláusula mais rígida do contrato administrativo e o direito a TRI constitui um 
direito adquiro e é garantido por lei pelo Princípio do Equilíbrio Econômico e Financeiro do 
Contrato (princípio em favor do contratado) – muito importante para o concurso da 
Magistratura. O direito é o TRI e a garantia é o Equilíbrio Econômico e Financeiro do 
Contrato. 
 
Áleas: eventualmente, a Administração poderá impactar na TRI ao fazer a readequação do 
Projeto implicando em maiores gastos ou encargos sobre o contratado (álea 
administrativa). 
O governo também pode indiretamente adotar medidas ou providências que causem 
impacto na TRI – pode criar ou aumentar tributos (álea tributária); interferir no mercado, 
tal como tabelando preços (álea econômica); intervindo no câmbio (álea financeira). 
Ocorrendo uma álea (atos ou fatos da Administração ou do governo que, de forma indireta, 
afetam o equilíbrio econômico e financeiro do contrato interferindo na TRI) a 
Administração estará obrigada a reestabelecer o equilíbrio econômico e financeiro, 
principalmente reajustando preços públicos ou tarifas que serão usados pra remunerar o 
contratado. Caso a Administração resista, o contratado poderá cobrar judicialmente, sendo 
então pagos através de precatórios. 
 
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com 
as devidas justificativas, nos seguintes casos: 
 
I - unilateralmente pela Administração: 
 
a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para 
melhor adequação técnica aos seus objetivos; 
 
b) quando necessária a modificação do valor contratual em 
decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, 
nos limites permitidos por esta Lei; 
 
II - por acordo das partes: 
 
a) quando conveniente a substituição da garantia de execução; 
 
b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra 
ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de 
 
 
 
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verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais 
originários; 
 
c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por 
imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial 
atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação ao 
cronograma financeiro fixado, sem a correspondente 
contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou 
serviço; 
 
d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente 
entre os encargos do contratado e a retribuição da administração 
para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, 
objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial 
do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou 
previsíveis porém de conseqüências incalculáveis, retardadores ou 
impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força 
maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea 
econômica extraordinária e extracontratual. 
 
§ 1o O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições 
contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, 
serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial 
atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício 
ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para 
os seus acréscimos. 
 
§ 2o Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os limites 
estabelecidos no parágrafo anterior, salvo: 
 
I - (VETADO) 
 
II - as supressões resultantes de acordo celebrado entre os 
contratantes. 
 
§ 3o Se no contrato não houverem sido contemplados preços 
unitários para obras ou serviços, esses serão fixados mediante acordo 
entre as partes, respeitados os limites estabelecidos no § 1o deste 
artigo. 
 
§ 4o No caso de supressão de obras, bens ou serviços, se o 
contratado já houver adquirido os materiais e posto no local dos 
trabalhos, estes deverão ser pagos pela Administração pelos custos 
de aquisição regularmente comprovados e monetariamente 
corrigidos, podendo caber indenização por outros danos 
eventualmente decorrentes da supressão, desde que regularmente 
comprovados. 
 
 
 
 
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§ 5o Quaisquer tributos ou encargos legais criados, alterados ou 
extintos, bem como a superveniência de disposições legais, quando 
ocorridas após a data da apresentação da proposta, de comprovada 
repercussão nos preços contratados, implicarão a revisão destes para 
mais ou para menos, conforme o caso. 
 
§ 6o Em havendo alteração unilateral do contrato que aumente os 
encargos do contratado, a Administração deverá restabelecer, por 
aditamento, o equilíbrio econômico-financeiro inicial. 
 
§ 7o (VETADO) 
 
§ 8o A variação do valor contratual para fazer face ao reajuste de 
preços previsto no próprio contrato, as atualizações, compensações 
ou penalizações financeiras decorrentes das condições de pagamento 
nele previstas, bem como o empenho de dotações orçamentárias 
suplementares até o limite do seu valor corrigido, não caracterizam 
alteração do mesmo, podendo ser registrados por simples apostila, 
dispensando a celebração de aditamento. 
 
 
 
3. Fiscalização da execução: 
 
 Como regra, nos contratos regidos pela Lei de Licitações (Lei 8.666), a Administração 
elabora os Projetos, contratando mediante inexigibilidade um profissional liberal(art. 13 da Lei 
8.666) que possua notória especialização para a elaboração desses projetos (pertencendo a 
uma empresa, está estará impedida de participação na licitação). 
 
Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos 
profissionais especializados os trabalhos relativos a: 
 
I - estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos; 
 
II - pareceres, perícias e avaliações em geral; 
 
III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou 
tributárias; 
 
IV - fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços; 
 
V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas; 
 
VI - treinamento e aperfeiçoamento de pessoal; 
 
VII - restauração de obras de arte e bens de valor histórico. 
 
VIII - (Vetado). 
 
 
 
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§ 1o Ressalvados os casos de inexigibilidade de licitação, os contratos 
para a prestação de serviços técnicos profissionais especializados 
deverão, preferencialmente, ser celebrados mediante a realização de 
concurso, com estipulação prévia de prêmio ou remuneração. 
 
§ 2o Aos serviços técnicos previstos neste artigo aplica-se, no que 
couber, o disposto no art. 111 desta Lei. 
 
§ 3o A empresa de prestação de serviços técnicos especializados que 
apresente relação de integrantes de seu corpo técnico em 
procedimento licitatório ou como elemento de justificação de 
dispensa ou inexigibilidade de licitação, ficará obrigada a garantir que 
os referidos integrantes realizem pessoal e diretamente os serviços 
objeto do contrato. 
 
 Com a execução do contrato, a Administração nomeia esse profissional liberal como 
sendo um agente público de fiscalização, que terá o poder de penetrar compulsoriamente no 
Parque de Obras e nas dependências do contratado com o poder de dar ordens sobre o 
contratado investido nos poderes da Administração (as ordens dele são ordens da 
Administração e recusa-las ou descumpri-las poderá implicar em infração grave, prevista no 
art. 78 da Lei de Licitações, implicando em caducidade contratual, que é a rescisão punitiva do 
contrato). 
 
Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato: 
 
I - o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, 
projetos ou prazos; 
 
II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, 
projetos e prazos; 
 
III - a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a 
comprovar a impossibilidade da conclusão da obra, do serviço ou do 
fornecimento, nos prazos estipulados; 
 
IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento; 
 
V - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa 
causa e prévia comunicação à Administração; 
 
VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do 
contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial, 
bem como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas no edital e 
no contrato; 
 
 
 
 
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VII - o desatendimento das determinações regulares da autoridade 
designada para acompanhar e fiscalizar a sua execução, assim como 
as de seus superiores; 
 
VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas 
na forma do § 1o do art. 67 desta Lei; 
 
IX - a decretação de falência ou a instauração de insolvência civil; 
 
X - a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado; 
 
XI - a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura 
da empresa, que prejudique a execução do contrato; 
 
XII - razões de interesse público, de alta relevância e amplo 
conhecimento, justificadas e determinadas pela máxima autoridade 
da esfera administrativa a que está subordinado o contratante e 
exaradas no processo administrativo a que se refere o contrato; 
 
XIII - a supressão, por parte da Administração, de obras, serviços ou 
compras, acarretando modificação do valor inicial do contrato além 
do limite permitido no § 1o do art. 65 desta Lei; 
 
XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da 
Administração, por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, salvo 
em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna 
ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que totalizem o mesmo 
prazo, independentemente do pagamento obrigatório de 
indenizações pelas sucessivas e contratualmente imprevistas 
desmobilizações e mobilizações e outras previstas, assegurado ao 
contratado, nesses casos, o direito de optar pela suspensão do 
cumprimento das obrigações assumidas até que seja normalizada a 
situação; 
 
XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos 
pela Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, 
ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de 
calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, 
assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do 
cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a 
situação; 
 
XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou 
objeto para execução de obra, serviço ou fornecimento, nos prazos 
contratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadas 
no projeto; 
 
 
 
 
 Página 10 de 14 
XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente 
comprovada, impeditiva da execução do contrato. 
 
Parágrafo único. Os casos de rescisão contratual serão formalmente 
motivados nos autos do processo, assegurado o contraditório e a 
ampla defesa. 
 
XVIII – descumprimento do disposto no inciso V do art. 27, sem 
prejuízo das sanções penais cabíveis. 
 
 A presença e ordens deste agente alteram as regras de Responsabilidade Civil? Para a 
doutrina (Celso Antônio Bandeira de Mello): 
 
I. Danos por erro de Projeto serão de responsabilidade direta da Administração. 
 
II. Danos decorrentes de atos de execução são de responsabilidade do contratado 
que praticou o ato e, esgotada sua capacidade financeira, caberá à Administração 
responder de forma subsidiária pelo saldo remanescente. 
 
A lei determina que a presença e as ordens desse agente de fiscalização não alteram as regras 
de Responsabilidade Civil. 
 
OBS 1: Responsabilidade do subcontratado: a subcontratação, quando permitida, poderá ser 
para a execução de elementos complementares ou para a execução de parte do objeto 
principal. 
A subcontratação de elementos complementares é decidida e realizada diretamente pelo 
contratado sem licitação. Quando este subcontratado causa danos, responderá recaindo sobre 
o contratado que o escolheu a responsabilidade subsidiária. 
A subcontratação de parte do objeto principal é precedida de licitação (a lei exige) e este 
subcontratado será escolhido então pela Administração. Causando danos, ele responderá, 
tendo a Administração como devedora subsidiária. 
 
OBS 2: Responsabilidades por dívidas: a Lei de Licitações prevê expressamente que débitos 
previdenciários assumidos pelo contratado durante a execução do contrato serão de 
responsabilidade solidária entra a Administração e o contrato (mas a Lei 8.212/90 – Lei 
Orgânica da Previdência - confere o benefício de ordem para a Administração) – art. 71, caput, 
da Lei de Licitações. 
 
Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, 
previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do 
contrato. 
 
Já débitos comerciais e trabalhistas acumulados pelo contratado durante a execução do 
contrato não recaíram sobre a Administração nem mesmo de forma subsidiária (o TST possui 
uma súmula que prevê a responsabilidade subsidiária da Administração pelos débitos 
trabalhistas quando comprovada a omissão na fiscalização sobre o contratado – Súmula 331, 
V, do TST. Está Súmula contraria decisão expressa do STF em sentido contrário, implicando em 
direito de reclamação Constitucional no STF quando essa decisão não forrespeitada). 
 
 
 
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Súmula 331 do TST 
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE 
(...) 
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta 
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso 
evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações 
da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do 
cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de 
serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre 
de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela 
empresa regularmente contratada. 
 
 
 
 
4. Aplicação de Punições e Sanções: 
 
 O contrato administrativo prevê apenas a natureza e os limites das punições e sanções 
que a Administração poderá aplicar direta e administrativamente, sem definir o que seja cada 
infração – a Administração decide caso a caso aquilo que ela considera infração, aplicando 
discricionariamente a sanção que entender cabível (estas punições discricionárias poderão ser 
revistas pelo Judiciário quando não previstas no contrato, configurando punição ilegal ou 
quando não forem razoáveis ou proporcionais). 
 
5. Encampação: 
 
 A Administração tem o poder de decretar o uso compulsório dos bens, maquinas, 
instalações e até empregados do contratado mediante indenização para impedir prejuízo ao 
interesse público ou interrupção no serviço público. 
 
6. Mitigação da Exceção do Contrato não Cumprido (Exceptio non Adimplenti Contractus): 
 
 Contratos administrativos em regra são sinalagmáticos comutativos (direitos e obrigações 
recíprocos entre as duas partes em equilíbrio – no regime privado a parte inocente nesses 
contratos poderá excepcionar o contrato suspendendo por iniciativa própria sua obrigação 
quando a outra parte estiver em mora). 
 
 O contratado pode excepcionar o contrato na mora da Administração? Quando a 
Administração deixar de cumprir obrigação de dar ou fazer que seja antecedentes (sem as 
quais o contratado não pode iniciar a execução do seu contrato) à obrigação do contratado, 
caracterizará “fato DA Administração”, permitindo ao contratado excepcionar o contrato 
podendo cobrar ressarcimento principalmente por custos de desmobilização. 
Porém, quando a mora admirativa for no pagamento, o contrato prevê, em função do 
Princípio da Permanência ou Continuidade do Serviço Público, a obrigação do contratado de 
manter a prestação do contrato por até 90 dias de mora administrativa (durante este período, 
o contratado “não terá interesse de agir” para pleitear judicialmente a suspensão ou 
interrupção do contrato). 
 
 
 
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A partir do 91º dia, o contratado já poderá pedir a suspensão ou interrupção do contrato 
(interrompendo por conta própria será severamente punido por caducidade). 
O STJ entende que quando o contratado provar risco de insolvência (o ônus é dele) 
exclusivamente em função da mora administrativa mesmo antes de completados os 90 dias, 
poderá obter até mesmo liminarmente autorização para suspender ou interromper o contrato 
em respeito ao Princípio da Função Social da Empresa do art. 170, III, da CF. 
 
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho 
humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência 
digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes 
princípios: 
(...) 
III - função social da propriedade; 
 
OBS: A empresa possui evidente função social: 
 
I. Paga salários distribuindo riquezas para reduzir as desigualdades sociais e regionais que é 
o objetivo fundamental da República brasileiro (art. 3º, III, da CF). 
 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa 
do Brasil: 
(...) 
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades 
sociais e regionais; 
 
II. A empresa promove o desenvolvimento nacional. 
 
III. Garante a livre iniciativa econômica, que é um fundamento do Estado 
Democrático de Direito (art. 1º, IV, da CF). 
 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união 
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-
se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
(...) 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. 
 
7. Rescisão Unilateral: 
 
 Como regra, o contrato administrativo é extinto ordinariamente (como previsto pelo 
próprio contrato): 
 
I. Quando esgotado o prazo: não existe contrato administrativo regido pela Lei de Licitações 
por prazo indeterminado e a Lei prevê diante de emergências e calamidades a possibilidade de 
“prorrogação” e também, quando for comprovadamente mais vantajoso, a possibilidade de 
“renovação” – a Lei não limita o número de renovações, mas determina o prazo máximo de 
renovação para cada caso. 
 
 
 
 
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II. Esgotamento da Dotação Orçamentária: quando a Dotação reservada por empenho para 
o custeio de um contrato se esgotar, o contrato será automaticamente extinto, ainda que o 
objeto não esteja concluído (logo, quando o contrato consumir receitas acima do esperado, 
caberá ao administrador reforçar a dotação mediante remanejamentos ou, para cobrir aquela 
momentânea insuficiência de caixa, poderá abrir um “crédito adicional”). 
 
OBS: Remanejamento é a realocação orçamentária, podendo haver o remanejamento, a 
transposição e a transferência. 
O remanejamento permite a flexibilização do orçamento quando há insuficiência de caixa, 
sendo que o administrador cancela a despesa ainda não empenhada prevista para o órgão e a 
dá para outro órgão. 
A transposição permite que dentro de um mesmo órgão seja anulada a despesa de um plano 
de trabalho para reforçar as dotações de um outro plano de trabalho. 
Já a transferência é quando dentro de um mesmo órgão e de um mesmo plano de trabalho, o 
administrador cancela uma ação para reforçar as dotações orçamentárias de outra ação. 
 
III. Cumprimento do Objeto. 
 
 O contrato também pode ser extinto de forma extraordinária antecipando o término do 
contrato mediante rescisão unilateral que a Administração pode decretar a qualquer tempo, 
devendo sempre conferir oportunidade de defesa ao contratado (a exigência da oportunidade de 
defesa é jurisprudência pacífica em todos os Tribunais, não havendo exceção no Brasil). São 
quatro extinções extraordinárias: 
 
1) Nulidade: quando houver ilegalidade na licitação antecedente (a anulação da licitação 
obrigatoriamente induz a anulação do contrato posterior), ou no ato de adjudicação (quando 
o vencedor for preterido), ou ainda ilegalidade no próprio contrato (o contrato firmado 
diverge daquele que foi publicado no edital). 
 
2) Caducidade: são as rescisões punitivas pelo cometimento de infrações graves pelo 
contratado previstas principalmente no art. 78 da Lei 8.666/93. As principais causas são: 
 
 Subcontratações não autorizadas; 
 
 Venda do controle social ou da própria empresa contratada sem prévia e expressa 
autorização da Administração; 
 
 Incidir em qualquer hipótese que implique em inabilitação para uma licitação (o 
contratado deve manter sua plena idoneidade que possuía quando da habilitação na 
licitação até o encerramento do contrato); 
 
 Descumprimento do contrato; 
 
 Atrasos e interrupções injustificadas. 
 
Além da rescisão, o contratado será punido cumulativamente com: 
 
 
 
 
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 Multa; 
 
 Perdimento das garantias ofertadas; 
 
 Decretação de idoneidade: aplicada por Secretário ou Ministro de Estado. Uma 
vez inidôneos, ele está proibido de participar de qualquer licitação perante todas as 
esferas do Estado enquanto a pena durar; 
 
 Ressarcimento de danos; 
 
 Proibição para firmar novos contratos por até 2 anos: porém a lei não defineperante quem se estenderá a proibição, prevalecendo o entendimento que a proibição se 
estenderá perante toda a esfera do ente contratante (para o MPSP é perante todos os 
entes do Estado). 
 
3) Encampação do Contrato: é a rescisão antecipada sem ilegalidade nem violação – o 
contratado não tem culpa. Esta rescisão antecipada é baseada exclusivamente por motivos 
de interesses públicos (é uma analogia a uma revogação do contrato). 
 
4) Fato do Príncipe: a Administração impõe sobre todos de forma compulsória e coercitiva 
proibições ou restrições gerais para proteger relevantes interesses públicos. Exemplo: 
racionamento de água. 
 
Na extinção antecipada, quais são os elementos indenizáveis segundo a Lei de Licitações? 
Próxima aula.

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