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Questões para DPC - Curso CEI

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Página - 1pág. 1
RODADA GRATUITA
CEI-DELEGADO
DE POLÍCIA CIVIL
2ª Edição
MATERIAL ÚNICO
Questões Totalmente Inéditas.
ACESSÍVEL
Computador, Tablet, Smartphone.
36 QUESTÕES OBJETIVAS
Por rodada.
1 PEÇA PRÁTICA
Por rodada.
22/02/2016 A 22/05/2016
DURAÇÃO
IMPORTANTE: é proibida a reprodução deste material, ainda que sem fins lucrativos. O CEI 
possui um sistema de registro de dados que marca o material com o seu CPF ou nome de usuário. 
O descumprimento dessa orientação acarretará na sua exclusão do Curso. Agradecemos pela 
sua gentileza de adquirir honestamente o curso e permitir que o CEI continue existindo.
CEI-PGE/SP
1ª ED.
2016
RODADA GRATUITA
2 QUESTÕES DISSERTATIVAS
Por rodada.
CEI-DELEGADO
DE POLÍCIA CIVIL
2ª Edição
Página - 2pág. 2
RODADA GRATUITA
CEI-DELEGADO
DE POLÍCIA CIVIL
2ª Edição
PROFESSORES
Henrique Hoffmann Monteiro de Castro – Coordenador do Curso e Professor de Legislação Penal Especial 
Delegado de Polícia Civil do Paraná. Ex-Delegado de Polícia Civil do Mato Grosso. Professor Coordenador da Pós-Graduação em 
Ciências Criminais da FACNOPAR. Professor Convidado da Escola Nacional de Polícia Judiciária, Escola Superior de 
Polícia Civil do Paraná, Escola da Magistratura do Paraná, Escola do Ministério Público do Paraná e Curso 
de Formação de Defensores Públicos de Santa Catarina. Colunista do Conjur. Mestrando em Direito 
pela UENP. Especialista em Direito Penal e Processual Penal pela UGF. Especialista em Segurança 
Pública pela UNIESP. Bacharel em Direito pela UFMG. Membro do Instituto Brasileiro de Direito 
Processual Penal e da Associação Internacional de Direito Penal. Assessor Jurídico da Federação 
Nacional dos Delegados de Polícia Civil. Facebook, Instagram, Twitter e Periscope: profhenriqueh. 
facebook.com/profhenriquehoffmann
Bruno Taufner Zanotti – Professor de Direito Constitucional e Direito Civil
Delegado de Polícia Civil do Espírito Santo. Doutorando e Mestre em Direitos e Garantias Fundamentais 
pela FDV. Especialista em Direito Público pela FDV. Professor da Especialização em Direito Público da 
Faculdade Estácio de Sá. Professor da Especialização da Associação Espírito-Santense do Ministério 
Público. Professor de cursos preparatórios para concurso público. Cofundador do site www.pensodireito.
com.br. Colunista do site www.delegados.com.br. 
Elisa Moreira Caetano – Professora de Direito Administrativo 
Delegada de Polícia Civil de Minas Gerais. Professora Convidada da Academia de Polícia Civil de 
Minas Gerais e da Academia de Polícia Militar de Minas Gerais. Professora da Pós-graduação em 
Ciências Criminais da FACNOPAR. Professor do Supremo TV. Cofundadora do Canal EM DELTA. 
Especialista em Ciências Penais pela UFJF. Bacharel em Direito pelo IBMEC. Facebook e Instagram: 
elisaemurillodelta / Periscope: emdelta. 
facebook.com/elisaemurillodelta
Leonardo Marcondes Machado – Professor de Direito Processual Penal 
Delegado de Polícia Civil de Santa Catarina. Examinador Titular da Fase Oral do Concurso para Delegado de Polícia Civil 
de Santa Catarina. Colunista do Conjur. Professor Convidado da Academia de Polícia Civil de Santa Catarina, da 
Secretaria Nacional de Segurança Pública, da Academia Brasileira de Direito Constitucional, da Faculdade 
Cenecista de Joinville, do Centro Universitário Católica de Santa Catarina e do Complexo de Ensino 
Superior de Santa Catarina. Mestrando em Direito pela UFPR. Especialista em Direito Penal e 
Criminologia pelo ICPC/ULCA/UNINTER. Especialista em Ciências Penais pela UNISUL/IPAN/LFG. 
Bacharel em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Página no Facebook: facebook.
com/leonardomarcondesmachado. 
facebook.com/leonardomarcondesmachado
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CEI-DELEGADO
DE POLÍCIA CIVIL
2ª Edição
Murillo Ribeiro de Lima – Professor de Direito Administrativo 
Delegado de Polícia Civil de Minas Gerais. Professor Convidado da UEMG. Professor da Pós-
graduação em Ciências Criminais da FACNOPAR. Professor do Supremo TV. Cofundador do Canal 
EM DELTA. Especializando em Ciências Criminais pela UNESA. Bacharel em Direito pela UEM. 
Facebook e Instagram: elisaemurillodelta / Periscope: emdelta.
facebook.com/elisaemurillodelta
Rodolfo Queiroz Laterza - Professor de Medicina Legal e Língua Portuguesa 
Delegado de Polícia Civil do Espírito Santo. Coautor do livro “Manual do Delegado – Teoria e Prática”. 
Professor Convidado da Academia de Polícia Civil do Espírito Santo, da Universidade de Vila Velha e 
da FINAC. Presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Espírito Santo. Mestrando em 
Segurança Pública pela UVV. Especialista em Direito Penal e Processual Penal pela UNESA. Bacharel 
em Direito pela UFRJ.
Ruchester Marreiros Barbosa – Professor de Direito Penal 
Delegado de Polícia Civil do Rio de Janeiro. Colunista do Conjur. Coautor do livro “As novas fronteiras 
do Direito”. Professor Convidado da Fundação de Apoio ao Ensino e Pesquisa da Polícia Civil, da 
Escola da Magistratura do Rio de Janeiro, da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro 
e da Universidade Estácio de Sá. Doutorando em Direito pela UNLZ. Especialista em Direito 
Penal e Processo Penal pela UCAM. Bacharel em Direito pela UCAM. Facebook: facebook.com/
ruchestermarreiros / Instagram e Twitter: ruchestermb / Periscope: rmarreiros.
facebook.com/ruchestermarreiros
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CEI-DELEGADO
DE POLÍCIA CIVIL
2ª Edição
SUMÁRIO
QUESTÕES OBJETIVAS SEM O GABARITO COMENTADO...........................................................................6
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL..............................................................................................................6
DIREITO PROCESSUAL PENAL................................................................................................................8
DIREITO PENAL..........................................................................................................................................10
DIREITO CONSTITUCIONAL..................................................................................................................13
DIREITO ADMINISTRATIVO...................................................................................................................17
MEDICINA LEGAL, DIREITO CIVIL E LÍNGUA PORTUGUESA......................................................20
GABARITO DAS QUESTÕES OBJETIVAS........................................................................................................24
QUESTÕES OBJETIVAS COM O GABARITO COMENTADO........................................................................25
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL............................................................................................................25
DIREITO PROCESSUAL PENAL.............................................................................................................40
DIREITO PENAL..........................................................................................................................................51
DIREITO CONSTITUCIONAL.................................................................................................................65
DIREITO ADMINISTRATIVO...................................................................................................................81
MEDICINA LEGAL, DIREITO CIVIL E LÍNGUA PORTUGUESA......................................................95
QUESTÕES DISSERTATIVAS............................................................................................................................104
DIREITO PENAL.......................................................................................................................................104
DIREITO ADMINISTRATIVO.................................................................................................................104PEÇA PROFISSIONAL.......................................................................................................................................105
DICAS E MENSAGENS......................................................................................................................................106
LIVROS DOS PROFESSORES...........................................................................................................................107
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DE POLÍCIA CIVIL
2ª Edição
QUESTÕES OBJETIVAS SEM O GABARITO COMENTADO
ORIENTAÇÃO: procure responder todas as questões com agilidade, sem consulta a nenhum material, a fim de 
simular a situação encontrada em prova.
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
1. Com relação à interceptação telefônica, regulada pela Lei 9.296/96, assinale a alternativa correta:
a) De acordo com a maioria da doutrina e da jurisprudência, a Constituição Federal autoriza 
a violação ao sigilo das comunicações telefônicas apenas, e não das demais formas de 
comunicação.
b) A Lei 9.296/96 abrange não somente a interceptação telefônica e a escuta telefônica, mas 
também a gravação telefônica, a interceptação ambiental, a escuta ambiental e a gravação 
ambiental.
c) A Lei de Interceptação Telefônica permite a interceptação de comunicações telefônicas 
de qualquer natureza, o que inclui o fluxo de comunicações em sistemas de informática e 
telemática.
d) A interceptação perdurará pelo prazo de 15 dias, podendo ser prorrogada por igual 
tempo, uma única vez, sem exceções.
e) Recebida denúncia anônima acerca de um crime punido com reclusão, o Delegado de 
Polícia tem como opção representar imediatamente pela interceptação telefônica a fim de 
investigar o delito.
2. No que concerne à Lei de Drogas (Lei 11.343/06), aponte a assertiva certa:
a) O art. 28 da Lei 11.343/06 não comina pena privativa de liberdade, mas sim penas 
restritivas de direitos, que são aplicadas de forma substitutiva.
b) Se o agente vender droga a criança ou adolescente, responde pelo crime estampado no 
art. 243 do Estatuto da Criança e do Adolescente, em razão do princípio da especialidade, e 
não por tráfico de drogas (art. 33 da Lei 11.343/06).
c) Em qualquer fase da persecução criminal é permitida, após autorização judicial, a 
infiltração por agentes de polícia ou do Ministério Público, em tarefas de investigação, 
constituída pelos órgãos especializados pertinentes.
d) As 3 ou mais pessoas que se associarem para o fim de praticar tráfico de drogas 
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DE POLÍCIA CIVIL
2ª Edição
respondem por associação criminosa, tipificada no art. 288 do Código Penal.
e) A Lei de Drogas autoriza o Delegado de Polícia a proceder à imediata destruição das 
plantações ilícitas.
3. No que tange aos crimes hediondos (Lei 8.072/90), marque a opção correta:
a) O Brasil adotou o sistema legal para definir quais crimes são hediondos.
b) Os crimes hediondos são inafiançáveis e imprescritíveis.
c) O participante e o associado que denunciar à autoridade a associação criminosa para a 
prática de crime hediondo, possibilitando seu desmantelamento, ficará isento de pena.
d) O prazo da prisão temporária, em se tratando de crime hediondo, é de 05 dias, prorrogável 
por igual período.
e) O legislador não catalogou o feminicídio como crime hediondo.
4. No que tange aos crimes de tortura, tipificados na Lei 9.455/97, aponte a alternativa certa:
a) A tortura é considerada crime inafiançável e imprescritível.
b) A finalidade especial é que distingue as diversas formas de tortura.
c) A tortura-castigo (art. 1º, II da Lei 9.455/97) revogou o crime de maus-tratos (art. 136 do 
CP).
d) A Lei 9.455/97 traz uma única modalidade omissiva.
e) A condenação por tortura gera perda do cargo, função ou emprego público, sendo efeito 
não automático que deve ser motivado na sentença.
5. Acerca dos crimes de abuso de autoridade, catalogados na Lei 4.898/65, indique a opção 
correta:
a) Pune-se o abuso de autoridade culposo, quando o agente policial não observar seu 
dever objetivo de cuidado.
b) O particular não pode praticar abuso de autoridade, por se tratar de crime próprio.
c) A ação penal nos crimes de abuso de autoridade é ação penal pública condicionada.
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2ª Edição
d) O policial militar que pratica abuso de autoridade deve ser julgado pela Justiça Militar.
e) Os crimes de abuso de autoridade seguem os prazos prescricionais do Código Penal.
DIREITO PROCESSUAL PENAL
6. Assinale a alternativa INCORRETA no que diz respeito ao inquérito policial: 
a) A notícia anônima sobre eventual prática criminosa, por si só, não é idônea para 
a instauração de inquérito policial, prestando-se apenas a embasar procedimentos 
investigatórios preliminares em busca de indícios que corroborem as informações apócrifas.
b) Em que pese a característica de sigilo no inquérito policial decorrer da própria lei, tem-se 
como direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos 
de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado pela polícia 
judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
c) O indiciamento constitui ato privativo do delegado de polícia e deve ser realizado por 
ato fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, inclusive no tocante à autoria, 
materialidade e circunstâncias.
d) O Código de Processo Penal brasileiro, na linha de um modelo processual acusatório, veda 
expressamente que o juiz considere na fundamentação da sentença penal condenatória os 
elementos de informação colhidos durante a fase de inquérito policial.
e) A indisponibilidade é uma de suas características, já que o arquivamento dos autos de 
inquérito policial não é promovido pelo delegado de polícia responsável pela investigação. 
7. Sobre garantias processuais penais, assinale a alternativa INCORRETA: 
a) O julgamento em Tribunal por órgão colegiado integrado, em sua maioria, por 
magistrados de primeiro grau convocados não viola o princípio do juiz natural, na visão do 
Supremo Tribunal Federal. 
b) A garantia constitucional de duração razoável do processo, inserida expressamente pela 
Emenda Constitucional n. 45/04, apesar de ser uma cláusula aberta, tem sido considerada 
para análise da ilegalidade da prisão provisória por excesso de prazo.
c) Pelo princípio constitucional da publicidade, que rege as decisões proferidas pelo Poder 
Judiciário, os atos processuais deverão ser públicos, vedada em qualquer caso a restrição 
de sua ciência por terceiros que não participem da relação processual. 
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DE POLÍCIA CIVIL
2ª Edição
d) A garantia da identidade física do julgador estabelece que o magistrado responsável 
por presidir a instrução do processo deve ser o mesmo incumbido do julgamento do feito, 
conforme regra expressa do Código de Processo Penal. 
e) Conforme posicionamento do Supremo Tribunal Federal, a atração por continência ou 
conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados 
não viola as garantias da ampla defesa e do devido processo legal.
8. A respeito da prisão preventiva, assinale a alternativa correta: 
a) O seu período de duração será maior nas hipóteses de crimes hediondos. Conforme a 
Lei n. 8.072/90, o prazo é de 30 (trinta) dias, admitida a prorrogação por igual período, em 
caso de extrema e comprovada necessidade.
b) O Código Eleitoral prevê que nenhuma autoridade poderá, desde 5 (cinco) dias antes 
e até 48 (quarenta e oito) horas depois do encerramento da eleição, prender ou deter 
qualquer eleitor ou candidato, salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença criminal 
condenatória por crime inafiançável, ou,ainda, por desrespeito a salvo-conduto.
c) O Código de Processo Penal admite a prisão preventiva quando houver dúvida sobre 
a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para 
esclarecê-la.
d) Conforme posicionamento atual do Supremo Tribunal Federal, a prisão preventiva para 
localização do acusado torna-se obrigatória apenas quando o processo é suspenso pelo seu 
não comparecimento nem constituição de advogado após regular citação por edital. 
e) O Código de Processo Penal, após a reforma promovida pela Lei n. 12.403/11, ampliou 
a possibilidade de o juiz decretar prisões preventivas, em face de investigações criminais 
ou processos penais que tenham por objeto crimes culposos, conforme entendimento dos 
Tribunais Superiores. 
9. Assinale a alternativa correta sobre a disciplina da prova testemunhal no processo penal 
brasileiro:
a) Poderão recusar-se a depor o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o 
cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo 
quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas 
circunstâncias.
b) São proibidas de depor, em qualquer hipótese, as pessoas que, em razão de função, 
ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo.
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CEI-DELEGADO
DE POLÍCIA CIVIL
2ª Edição
c) O sistema de videoconferência foi previsto expressamente pelo Código de Processo Penal 
apenas para o interrogatório judicial, vedada sua aplicação aos depoimentos testemunhais, 
conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça. 
d) O juiz não permitirá, em hipótese alguma, que constem no termo de depoimento as 
apreciações pessoais da testemunha a respeito do caso, o que macularia a objetividade 
sempre exigida desse tipo de prova.
e) Nenhuma das alternativas anteriores.
10. No tocante à proposta de transação penal, INCORRETO afirmar que: 
a) Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o juiz poderá reduzi-la até a 
metade. 
b) A homologação da transação penal produz coisa julgada material, conforme entendimento 
do Supremo Tribunal Federal. 
c) São, dentre outras, vedações legais à proposta de transação penal: ter sido o autor da 
infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença 
definitiva e não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, 
bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida.
d) A aplicação de pena restritiva de direitos ou de multa ao autor da infração, em virtude de 
concordância com a proposta do Ministério Público, não importará em reincidência, sendo 
registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos.
e) A sentença que trata da proposta de transação penal, no procedimento sumaríssimo, 
pode ser objeto de impugnação mediante recurso de apelação, nos termos da Lei n. 9.099/95.
DIREITO PENAL
11. O brocardo latim tempus regit actum explica o princípio previsto no sistema penal brasileiro 
da:
a) Territorialidade temperada.
b) Extraterritorialidade.
c) Intraterriorialidade.
d) Retroatividade da lei penal mais benéfica.
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DE POLÍCIA CIVIL
2ª Edição
e) Ultratividade da lei penal excepcional.
12. Sobre os estudos a respeito do crime de homicídio, analise as assertivas abaixo e assinale a 
opção correta: 
I. O artigo 120 do Código Penal, perdão judicial, deve ser aplicado nas hipóteses de 
crimes de homicídio culposo em acidentes de trânsito, pois se configura como direito 
público subjetivo do réu, no qual o Estado-juiz deixa de aplicar a pena em circunstâncias 
expressamente previstas na norma.
II. A jurisprudência do STJ vem admitindo o homicídio híbrido, desde que, as qualificadoras 
tenham natureza objetiva, sendo, neste caso, caracterizado como delito hediondo. 
III. O homicídio simples praticado em atividade típica de grupo de extermínio é considerado 
hediondo, consoante expressa previsão na Lei nº 8072/1990. 
IV. Diante de um crime de homicídio realizado em concurso de agentes, na qual haja 
um contrato para o pagamento, tanto o contratante, quanto o executor do homicídio que 
receber o pagamento, obrigatoriamente, serão responsabilizados pelo homicídio qualificado 
pela torpeza, consoante o disposto no art. 30 do Código Penal. 
Estão corretas apenas: 
a) I e III.
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
e) I, II e III. 
13. Felizberto, diretor da Penitenciária de Catanduvas, permite livremente o acesso de aparelho 
telefônico celular dentro do Estabelecimento penal que dirige, o que está facultando a comunicação 
dos presos com o ambiente externo. Neste caso, o diretor: 
a) Está praticando o crime de peculato doloso simples.
b) Está praticando o crime de concussão.
c) Está praticando o crime de peculato doloso qualificado.
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2ª Edição
d) Está praticando o crime de prevaricação imprópria.
e) Não está praticando crime tipificado pelo Código Penal brasileiro.
14. Acerca dos crimes em espécie, julgue os itens seguintes: 
I. O crime de omissão de socorro não admite tentativa, porquanto estando a omissão 
tipificada na lei como tal e tratando-se de crime unissubsistente, se o agente, sem justa 
causa, se omite, o crime já se consuma. 
II. No crime de estupro de vulnerável, cujo sujeito passivo seja um adolescente menor de 
14 anos de idade é considerada relativa diante de seu consentimento para a prática sexual, 
devendo, no caso concreto, ser considerado o comportamento sexual da vítima, sua vida 
social e o grau de conscientização da menor. 
III. De acordo com o melhor entendimento jurisprudencial, para a aplicação da majorante 
do repouso noturno basta que a infração ocorra durante a noite, sendo irrelevante o fato 
de se tratar de residência habitada ou desabitada.
IV. Tício, consciente e voluntariamente, com sua plena consciência e capacidade de se auto 
determinar, é injustamente provocado por Mévio, que por conta disso age sob influência 
de violenta emoção desfere em Mévio diversas facadas horas depois desta investida de 
Tício, facadas estas que lhe causaram a morte. Nessa hipótese é plenamente viável a causa 
especial de diminuição de pena conhecida como homicídio privilegiado, disposto no art. 
121, §1º do Código Penal. 
Assim, assinale a sequência que classifica corretamente as assertivas acima como V ou F:
a) V – F – F – V.
b) F – V – V – V.
c) V – F – F – F.
d) V – F – V – F.
e) F – V – V – F.
15. Semprônio, funcionário de um mercado, após receber de um cliente um cheque de R$ 30,00, 
entrega ao estabelecimento a quantia em espécie, mantendo-se na posse do título. Logo após, o 
adultera o valor original contido na ordem de pagamento à vista para R$ 3.000,00. De posse do 
documento adulterado, vai até o banco para descontá-lo, mas o gerente, percebendo a fraude, 
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2ª Edição
liga para a Delegacia da área, alertando sobre o fato. Ao perceber a chegada da viatura, Semprônio 
sai correndo do banco Recebedor S.A., abandonando, no local, o cheque adulterado. Diante do 
fato, podemos afirmar que a conduta do protagonista: 
a) Configura crime de estelionato, na forma tentada, pois o delito foi interrompido por 
circunstâncias alheias à sua vontade. 
b) Se amolda ao tipo penal da apropriação indébita, na forma tentada, pois o delito foi 
interrompido por circunstâncias alheias à sua vontade.
c) É tipificada como crime de furto mediante fraude, na forma tentada, pois o delito foi 
interrompido por circunstâncias alheias à sua vontade. 
d) Caracteriza crime de falsificação de documento público, pois, havendo desistênciavoluntária, o autor só responde pelos atos até então praticados. 
e) É atípica, pois ocorreu a desistência voluntária e a falsidade existente resta absorvida 
pela finalidade patrimonial.
DIREITO CONSTITUCIONAL
16. Conforme a Constituição Federal Brasileira e demais leis que a regulamentam, assinale a 
alternativa incorreta:
a) Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar originariamente as causas e 
os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, 
inclusive as respectivas entidades da Administração Indireta.
b) Cabe ao Supremo Tribunal Federal editar súmula com efeito vinculante a respeito da 
validade, interpretação e eficácia de normas determinadas, cumpridos os demais requisitos 
constitucionais.
c) Para edição de súmula vinculante pelo STF, deve esta ser aprovada pela maioria absoluta 
de seus membros.
d) Podem ser extraditados os brasileiros nascidos em países de língua portuguesa que, 
legalmente, tenham adquirido a nacionalidade brasileira.
e) Em se tratando de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, e com base 
nas decisões do Supremo Tribunal Federal, compete ao Ministro Relator ou ao Tribunal Pleno, 
conforme o caso, deferir medida liminar determinando que juízes e tribunais suspendam o 
andamento de processo ou os efeitos das decisões judiciais, salvo se decorrentes da coisa 
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julgada.
17. Com relação aos remédios constitucionais, considere os itens abaixo:
I. A conduta omissiva do administrador público impede a ocorrência de prazo decadencial 
para a impetração de mandado de segurança, quando a lei fixa prazo para a prática do ato.
II. O mandado de injunção não é instrumento adequado à obrigação de edição de portaria 
por órgão da administração direta.
III. Será cabível, em qualquer circunstância, manejo de mandado de segurança para 
proteger direito líquido e certo quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder 
for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do poder 
público. 
IV. Considere que o mexicano Pablo, viajando com destino à Argentina, tenha sido 
preso quando em conexão no Aeroporto de Guarulhos-São Paulo, e pretenda ingressar 
com habeas corpus visando questionar a legalidade da sua prisão. Nesse caso, conforme 
precedente do STF, mesmo sendo estrangeiro não residente no Brasil, Pablo poderá valer-se 
dessa garantia constitucional.
V. O mandado de segurança é o meio correto para determinar à administração a retificação 
de dados relativos ao impetrante nos arquivos da repartição pública. 
Analisadas as questões, julgue as alternativas:
a) Todas as alternativas estão incorretas.
b) Todas as alternativas estão corretas.
c) Apenas duas alternativas estão corretas.
d) Apenas três alternativas estão incorretas.
e) Somente uma alternativa está correta.
18. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, 
com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. Com base nessa 
afirmativa, assinale a opção correta:
a) Cumpridos os requisitos legais, o Presidente da República pode revogar, por meio de 
medida provisória, dispositivos da legislação penal que descriminalize condutas, por ser 
Página - 14pág. 14
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2ª Edição
mais benéfico ao réu.
b) A aferição a respeito da relevância e urgência para a edição de medida provisória não 
pode ser objeto de exame pelo Poder Judiciário, tendo em vista os princípios da conveniência 
e oportunidade que permeiam os atos do Poder Executivo.
c) O Presidente da República, no exercício de suas atribuições, poderá delegar o poder de 
editar medida provisória aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao 
Advogado-Geral da União.
d) As medidas provisórias podem dispor sobre assunto que o constituinte entregou à 
regulação por lei ordinária ou complementar. 
e) A Emenda Constitucional nº 32/01 criou nova espécie de regime de urgência constitucional 
para medidas provisórias, pelo qual as duas Casas do Congresso Nacional terão o prazo 
exíguo de 15 dias para, sucessivamente, a Câmara e o Senado Federal apreciarem o inteiro 
teor da medida provisória.
19. Julgue as alternativas:
I. O conceito de Constituição liberal foi expresso pela Declaração dos Direitos do Homem 
e do Cidadão em 1789.
II. O conceito de Estado não se confunde com o de Nação.
III. A soberania é una, divisível, alienável e imprescritível.
IV. O conceito de Constituição liberal estava presente na Constituição de Weimar.
V. São elementos constitutivos do Estado Moderno: povo, território e soberania.
São corretas:
a) Todas as alternativas.
b) Apenas duas alternativas.
c) Apenas uma alternativa.
d) Três alternativas.
e) Nenhuma das alternativas.
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20. Assinale a alternativa correta:
a) O termo ‘Constituição’ significa a tomada de decisão política fundamental, ou seja, 
concreta decisão de conjunto sobre o modo e a forma de existência política. Esse era o 
pensamento de Ferdinand Lassale, consubstanciando o sentido político da Constituição 
Federal Brasileira. 
b) A verdadeira norma Constitucional de um país tem por base os fatores reais do poder 
que naquele país vigoram, devendo expressar fielmente os fatores do poder que imperam 
na realidade. Esse era o pensamento de Ferdinand Lassale, classificando-se o sentido 
sociológico de Constituição.
c) O conceito de Constituição no sentido de ser esta ‘norma fundamental hipotética’ e 
lei nacional no seu mais alto grau na forma de documento solene e que somente pode 
ser alterada observando-se certas prescrições especiais era o pensamento de Jean Jacques 
Rousseau, expressando, assim, o “sentido lógico-jurídico” de seu pensamento.
d) Todos os países possuem ou possuíram, em todos os momentos da sua história, uma 
constituição real e efetiva. Esse era o pensamento de Carl Schmitt, expressando o sentido 
político de Constituição.
e) As Constituições existentes almejam, implícita ou explicitamente, conformar globalmente 
o político, havendo uma intenção atuante e conformadora do direito constitucional que 
vincula o legislador, conforme entendia Jorge Miranda, expondo o sentido dirigente de 
Constituição.
21. Sobre a classificação das Constituições, analise as afirmações abaixo:
I. Classificam-se como analíticas as Constituições que possuem inserções somente de 
princípios e as normas gerais de regência do Estado.
II. Constituição dogmática é frutos da lenta e contínua síntese das tradições e usos de um 
determinado povo, podendo apresentar-se de forma escrita ou não-escrita.
III. Por constituição dirigente entende-se aquelas que regulamentam todos os assuntos 
relevantes à formação, à destinação e ao funcionamento do Estado.
IV. Tendo em vista a classificação das constituições, pode-se dizer que a Constituição do 
Brasil é considerada escrita, legal, rígida, promulgada, dogmática, analítica e formal.
V. Constituição ‘semiflexível’ é aquela na qual algumas regras poderão ser alteradas pelo 
processo legislativo ordinário.
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Estão corretas:
a) Nenhum dos itens.
b) Apenas o item V.
c) Apenas os itens II e IV.
d) Todos os itens.
e) Os itens III, IV e V.
22. O Poder Constituinte Originário (PCO):
a) É um poder de direito, para os positivistas, que se funda em um poder natural, resultante 
de regras anteriores ao direito positivo e decorrentes da natureza humana.
b) Caracteriza-se por ser autônomo e condicionado.
c) Tem como características a precariedade e a informalidade, servindo apenas para aestruturação do Poder Constituinte Derivado.
d) Caracteriza-se por ser ilimitado, autônomo e incondicionado.
e) Dispõe, de maneira derivada, sobre a principal lei de um Estado, sua organização e os 
direitos e garantias fundamentais.
DIREITO ADMINISTRATIVO
23. Acerca do tema da Responsabilidade Civil do Estado, julgue os itens a seguir:
I. O dever que o ente público tem de ressarcir particulares por danos causados por seus 
agentes expressa as características típicas da responsabilidade contratual, em razão do 
vínculo existente entre Estado e particular.
II. A responsabilidade objetiva é a obrigação de indenizar que incumbe a alguém em 
razão de um procedimento necessariamente ilícito que produziu uma lesão na esfera 
juridicamente protegida de outrem.
III. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços 
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, 
dispensado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
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IV. A culpa concorrente da vítima afasta a responsabilidade estatal de indenização.
Assim, assinale a sequência que classifica corretamente as assertivas acima como V ou F:
a) V – F – F – V.
b) F – V – V – V.
c) V – F – F – F.
d) F – F – F – F.
e) F – V – V – F,
24. Sobre o regime jurídico administrativo, é incorreto afirmar que:
a) Entende-se o princípio da legalidade como corolário da indisponibilidade do interesse 
público.
b) Para a corrente majoritária, a publicidade é requisito de validade do ato administrativo.
c) A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam 
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência 
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a 
apreciação judicial.
d) A vedação ao nepotismo transverso tem por objetivo tutelar os princípios da moralidade, 
impessoalidade e eficiência administrativas.
e) Como regra, os atos administrativos prescindem da prova de presunção de legitimidade 
e veracidade. 
25. Assinale a alternativa em consonância aos poderes administrativos.
a) Enquanto o exercício do poder disciplinar é demonstrado de modo episódico, a aplicação 
do poder hierárquico é permanente. 
b) O poder de polícia pode ser remunerado por meio de taxa, seja por seu efetivo exercício 
ou pela potencialidade colocada à disposição do contribuinte.
c) Admite-se a delegação do poder de polícia a particulares, bem como suas atividades 
materiais acessórias e conexas, a coerção e a imposição de sanções.
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d) O poder vinculado exige do agente público a adstrição regrada aos mandamentos legais, 
com liberdade de ação.
e) No excesso de poder, o agente atua dentro dos limites de sua competência.
26. Acerca dos contratos da Administração Pública, assinale a alternativa correta:
a) Há relação de horizontalidade entre os contratantes nos contratos administrativos.
b) A Administração Pública deve realizar contratos sempre regidos pelo Direito Público, 
diante da participação do ente estatal.
c) É nulo e de nenhum efeito todo contrato realizado com a Administração Pública de 
forma verbal.
d) Todos os contratos celebrados pela Administração Pública estão sujeitos ao controle do 
Tribunal de Contas.
e) Quando privados, os contratos da Administração podem ser celebrados sem prazo 
determinado.
27. Sobre a intervenção do Estado na propriedade, assinale a alternativa incorreta.
a) A servidão administrativa tem natureza jurídica de direito real e é hipótese de intervenção 
restritiva na propriedade privada. É definitiva, incide sobre bem imóvel, exige interesse 
público, tem sua indenização condicionada a eventual prejuízo causado pela limitação 
imposta e só se constitui por meio de acordo ou ato judicial.
b) A União pode desapropriar bens de Estados, Distrito Federal e Municípios.
c) Para sua efetivação, a requisição não depende de prévia indenização.
d) João Aurélio, Delegado de Polícia Civil, em situação de perseguição a um indivíduo 
que traz um bebê como refém e vendo-se desprovido de qualquer veículo no momento, 
requisita o automóvel de Maria Célia, particular que passava pela rua no momento dos 
fatos. Neste caso, agiu mal o policial, que responderá por abuso de autoridade.
e) O tombamento é modalidade de intervenção que tem como fundamento o interesse 
público de conservação, recaindo sobre bens móveis ou imóveis em casos de inquestionável 
valor histórico, artístico, arqueológico, etnográfico ou bibliográfico.
28. Sobre o tema da organização administrativa, julgue os itens a seguir apresentados como 
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verdadeiros (V) ou falsos (F).
I. A descentralização por outorga ocorre quando o Estado cria uma entidade, uma pessoa 
jurídica, a ela transferindo titularidade e execução de determinado serviço público.
II. Órgãos públicos são pessoas criadas para desempenhar as atividades estatais.
III. Joana é servidora pública da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro. Assim, pode o 
Poder Executivo ceder Joana para uma organização social, desde que mantenha o ônus de 
seu pagamento.
IV. Ocorre descentralização por colaboração quando o Poder Público conserva a 
titularidade do serviço público e transfere sua execução a uma pessoa jurídica de direito 
privado preexistente.
A sequência correta é constatada em qual das seguintes alternativas?
a) V – V – V – V.
b) F – F – V – V.
c) V – F – V –F.
d) F – V – F – V.
e) V – F – V – V.
29. Sobre o tema improbidade administrativa, assinale a alternativa incorreta:
a) A natureza jurídica das sanções de improbidade administrativa previstas na Lei nº 
8.429/92 é civil.
b) Particulares podem responder por improbidade.
c) O rol de atos de improbidade previsto na Lei n. 8.429/92 é exemplificativo.
d) Os atos de improbidade administrativa que causam enriquecimento ilícito do agente 
não admitem a modalidade culposa.
e) Para ser ato de improbidade, é necessária a demonstração da ilegalidade do ato.
MEDICINA LEGAL, DIREITO CIVIL E LÍNGUA PORTUGUESA
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30. A respeito da obrigatoriedade da realização de exame de corpo de delito nas infrações penais 
que deixem vestígios, assinale a alternativa incorreta:
a) Os laudos de perícia médico-legal elaborados a partir de boletins de atendimento médico 
ou prontuários médicos assistenciais são considerados exames de corpo de delito indireto.
b) São exemplos de exame de corpo de delito direto as perícias realizadas em documento, 
pelos e esperma.
c) Não se tratando de exame de corpo de delito o Delegado de Polícia poderá negar a 
realização de perícia requerida pelas partes quando não for necessária ao esclarecimento 
da verdade.
d) Não é possível a realização de exame de corpo de delito indireto em crime de tortura, 
sendo obrigatória a verificação dos vestígios de lesão de superfície corpórea na vítima.
e) O juiz não é vinculado ao laudo pericial em seu conteúdo, podendo rejeitá-lo no todo ou 
em parte, ainda que a perícia seja conclusiva quanto à existência física dos vestígios.
31. Cessa, para os menores, a incapacidade civil:
a) Através da constituição de estabelecimento civil ou comercial com economia própria.
b) Quando completados 18 anos de idade.
c) Somente aos 21 anos idade, com autorização dos pais.
d) Pela conclusão de curso superior reconhecido pelo Estado.
e) Por concessão dos seus genitores, após sentença judicial, caso o menor já tenha 16 anos 
completos.
32. Transpondo para avoz ativa a frase: “O filme ia ser dirigido por um cineasta ainda desconhecido”, 
obtém-se a forma verbal:
a) Dirigirá.
b) Dirigir-se-á.
c) Vai dirigir.
d) Será dirigido.
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e) Ia dirigir.
33. Em relação aos aspectos médico-legais do enforcamento, estrangulamento e esganadura, 
assinale a alternativa incorreta:
a) O enforcamento caracteriza-se pela constrição do pescoço da vítima a partir da projeção 
própria força de seu corpo por uma ação mecânica própria ou externa;
b) O estrangulamento tem como força atuante uma ação muscular humana; por um laço 
suspenso laudos de perícia médico-legal elaborados a partir de boletins de atendimento 
médico ou prontuários médicos assistenciais são considerados exames de corpo de delito 
indireto;
c) A esganadura caracteriza-se pela constrição do pescoço sem laço, por ação de mão 
humana que deixam vestígios como equimoses e escoriações na região atingida;
d) No estrangulamento o sulco do laço é mais acentuado ao nível da alça;
e) O enforcamento tem como característica de identificação a presença de um sulco oblíquo 
ascendente. 
34. Assinale a alternativa incorreta sobre os aspectos médico-legais que permitem identificar que 
uma mulher deixou de ser virgem nos diagnósticos de violência sexual: 
a) A ruptura himenal é um indicador da perda da virgindade feminina.
b) A presença de esperma na vagina é um elemento pericial indicativo de uma violência 
sexual na perda da virgindade.
c) A constatação de gravidez permite diagnosticar o fim da virgindade.
d) A detecção de equimoses no intróito vaginal é um indicador da perda de virgindade na 
apuração de um crime contra a dignidade sexual.
e) A conjunção carnal pode ocorrer sem rompimento himenal. 
35. No Direito Civil, em relação ao domicílio da pessoa natural, assinale a alternativa incorreta:
a) O domicílio civil da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com 
ânimo definitivo.
b) Os funcionários públicos reputam-se domiciliados no lugar onde residem.
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c) Se a pessoal natural tiver diversas residências, onde viva alternadamente, será considerado 
como domicílio qualquer uma destas.
d) O lugar onde for encontrada a pessoa natural é o domicílio da pessoa que empregue a 
vida em viagens e com profissão itinerante.
e) A ideia de domicílio não se confunde com a de residência, pois o primeiro possui uma 
conotação jurídica e objetiva, consistente no animus de permanecer, enquanto que a última 
vem a ser a morada habitual e estável, sem que haja a obrigatoriamente a intenção definitiva 
de permanência no local.
36. Os encontros vocálicos podem acontecer na mesma sílaba ou em sílabas separadas. 
Considerando as palavras “balaústre”, “Jaceguai” e “louco”, assinale a sequencia correta:
a) Hiato, tritongo e ditongo decrescente.
b) Hiato, hiato e ditongo decrescente.
c) Hiato, tritongo e ditongo crescente.
d) Ditongo crescente, tritongo e ditongo decrescente.
e) Ditongo decrescente, hiato e ditongo.
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GABARITO DAS QUESTÕES OBJETIVAS
QUESTÃO 1 ALTERNATIVA C
QUESTÃO 2 ALTERNATIVA E
QUESTÃO 3 ALTERNATIVA A
QUESTÃO 4 ALTERNATIVA B
QUESTÃO 5 ALTERNATIVA E
QUESTÃO 6 ALTERNATIVA D
QUESTÃO 7 ALTERNATIVA C
QUESTÃO 8 ALTERNATIVA C
QUESTÃO 9 ALTERNATIVA A
QUESTÃO 10 ALTERNATIVA B
QUESTÃO 11 ALTERNATIVA E
QUESTÃO 12 ALTERNATIVA A
QUESTÃO 13 ALTERNATIVA D
QUESTÃO 14 ALTERNATIVA D
QUESTÃO 15 ALTERNATIVA A
QUESTÃO 16 ALTERNATIVA C
QUESTÃO 17 ALTERNATIVA E
QUESTÃO 18 ALTERNATIVA E
QUESTÃO 19 ALTERNATIVA D
QUESTÃO 20 ALTERNATIVA B
QUESTÃO 21 ALTERNATIVA E
QUESTÃO 22 ALTERNATIVA D
QUESTÃO 23 ALTERNATIVA D
QUESTÃO 24 ALTERNATIVA B
QUESTÃO 25 ALTERNATIVA A
QUESTÃO 26 ALTERNATIVA C
QUESTÃO 27 ALTERNATIVA D
QUESTÃO 28 ALTERNATIVA E
QUESTÃO 29 ALTERNATIVA E
QUESTÃO 30 ALTERNATIVA D
QUESTÃO 31 ALTERNATIVA B
QUESTÃO 32 ALTERNATIVA E
QUESTÃO 33 ALTERNATIVA D
QUESTÃO 34 ALTERNATIVA D
QUESTÃO 35 ALTERNATIVA B
QUESTÃO 36 ALTERNATIVA A
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QUESTÕES OBJETIVAS COM O GABARITO COMENTADO
PROFESSOR: HENRIQUE HOFFMANN MONTEIRO DE CASTRO
E-mail: será adicionado no dia 22/02/2016, disponível na área do aluno.
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
1. Com relação à interceptação telefônica, regulada pela Lei 9.296/96, assinale a alternativa correta:
a) De acordo com a maioria da doutrina e da jurisprudência, a Constituição Federal autoriza 
a violação ao sigilo das comunicações telefônicas apenas, e não das demais formas de 
comunicação.
b) A Lei 9.296/96 abrange não somente a interceptação telefônica e a escuta telefônica, mas 
também a gravação telefônica, a interceptação ambiental, a escuta ambiental e a gravação 
ambiental.
c) A Lei de Interceptação Telefônica permite a interceptação de comunicações telefônicas 
de qualquer natureza, o que inclui o fluxo de comunicações em sistemas de informática e 
telemática.
d) A interceptação perdurará pelo prazo de 15 dias, podendo ser prorrogada por igual 
tempo, uma única vez, sem exceções.
e) Recebida denúncia anônima acerca de um crime punido com reclusão, o Delegado de 
Polícia tem como opção representar imediatamente pela interceptação telefônica a fim de 
investigar o delito.
COMENTÁRIO
A interceptação telefônica revela-se como um dos mais importantes meios de obtenção de prova 
que o Delegado de Polícia tem à disposição. Além disso, enseja discussões acadêmicas e divergências 
jurisprudenciais. Daí a grande incidência de questões envolvendo essa matéria nas provas de concursos 
públicos. Vamos aos comentários.
Alternativa (a): INCORRETA. 
Segundo o comando constitucional albergado no art. 50, inciso XII, da Constituição Federal
é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das 
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma 
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que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual. 
Uma interpretação literal desse dispositivo constitucional levaria o aluno a crer que o enunciado está 
correto e somente seria possível a violação ao sigilo das comunicações telefônicas, o que significa que os 
demais sigilos seriam absolutos e nunca poderiam ser violados.
Todavia, segundo a visão do Supremo Tribunal Federal, não há direitos absolutos no sistema jurídico 
brasileiro (STF, Tribunal Pleno, MS 23.452, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 12/05/2000). E isso inclui o direito 
ao sigilo das comunicações, em todas as suas formas.
Por isso é que a própria Corte Suprema já autorizou a interceptação de correspondência de presos: 
A administração penitenciária, com fundamento em razões de segurança pública, de disciplina 
prisional ou de preservação da ordem jurídica, pode, sempre excepcionalmente, e desde 
que respeitada a norma inscrita no art. 41, parágrafo único, da Lei n° 7.210/84, proceder à 
interceptação da correspondência remetida pelos sentenciados, eis que a cláusula tutelar da 
inviolabilidade do sigilo epistolar não pode constituir instrumento de salvaguarda de praticas 
ilícitas (STF, HC 70.814/SP, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 24/06/1994).
Pela mesma razão a Corte Superior admite a flexibilização do sigilo bancário e fiscal: 
O entendimento desta Suprema Corte consolidou-se no sentido de não possuir caráter absoluto 
a garantia dos sigilos bancário e fiscal, sendo facultado ao juiz decidir acerca da conveniência da 
sua quebra em caso de interesse público relevante e suspeita razoável de infração penal (STF, AI 
541.265 AgR/SC, Rel.Min. Carlos Velloso, DJ 04/11/05).
Alternativa (b): INCORRETA. 
Interceptação telefônica traduz a captação da comunicação telefônica alheia por terceiro, sem 
conhecimento de nenhum dos interlocutores. Escuta telefônica consiste na captação telefônica por 
terceiro, com conhecimento de um dos comunicadores. E gravação telefônica (gravação clandestina) é 
a gravação da comunicação telefônica por um dos interlocutores. Já a interceptação ambiental, escuta 
ambiental e gravação ambiental referem-se à captação da comunicação realizada diretamente no meio 
ambiente, ou seja, conversa sem uso do telefone, em recinto público ou privado. 
Pois bem. Prevalece na doutrina e jurisprudência que a Lei 9.296/96 não abrange a gravação telefônica e 
a interceptação, a escuta e a gravação ambientais. 
Confira a lição: 
Ao tratar da interceptação telefônica, admitindo-a, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma 
que fosse estabelecida em lei, para fins de investigação criminal e instrução processual penal 
(art. 5°, XII, in fine), a Constituição Federal refere-se à interceptação feita por terceiro, sem 
conhecimento dos dois interlocutores ou com conhecimento de um deles. Não fica incluída 
a gravação de conversa por terceiro ou por um dos interlocutores, à qual se aplica a regra 
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genérica de proteção à intimidade e à vida privada do art. 5°, X, d Carta Magna. (...) Prevalece, 
então, o entendimento de que as gravações telefônicas não estão amparadas pelo art. 5°, XII, 
da constituição Federal, devendo ser consideradas meios lícitos de prova, mesmo que realizadas 
sem ordem judicial prévia. (LIMA, Renato Brasileiro de. Legislação criminal especial. Salvador: 
Juspodivm, 2014, p. 137).
Alternativa (c): CORRETA. 
Vale lembrar o teor do art. 1º e seu parágrafo único da Lei 9.296/96: 
Art. 1º A interceptação de comunicações telefônicas, de qualquer natureza, para prova em 
investigação criminal e em instrução processual penal, observará o disposto nesta Lei e dependerá 
de ordem do juiz competente da ação principal, sob segredo de justiça. 
Parágrafo único. O disposto nesta Lei aplica-se à interceptação do fluxo de comunicações em 
sistemas de informática e telemática. 
Perceba que o conteúdo da alternativa coincide com o do artigo inaugural da Lei de Interceptação 
Telefônica.
Parte da doutrina (ex: Vicente Greco Filho) entende que esse dispositivo da Lei é inconstitucional, porque, 
ao fazer interpretação literal do art. 5º, XII da CF, aduz que a Carta Maior autoriza somente a interceptação 
de comunicação telefônica, na qual não está incluída a transmissão de dados. 
Já a maioria da doutrina (ex: Damásio de Jesus e Renato Brasileiro) e inclusive o Superior Tribunal de Justiça 
(STJ, 2ª Turma, HC 101.165/PR, Rel. Min. Jane Silva, DJe 22/04/2008) têm defendido sua constitucionalidade, 
numa interpretação teleológica do dispositivo, porque não se pode desprezar os avanços tecnológicos 
que ampliam as formas de comunicação, sob pena de gerar impunidade não desejada pelo constituinte 
originário.
Alternativa (d): INCORRETA. 
De fato a literalidade da Lei de Interceptação Telefônica leva o estudante a acreditar que o prazo de 15 
dias é renovável uma única vez. Note a redação do artigo:
Art. 5° A decisão será fundamentada, sob pena de nulidade, indicando também a forma de 
execução da diligência, que não poderá exceder o prazo de quinze dias, renovável por igual 
tempo uma vez comprovada a indispensabilidade do meio de prova.
Todavia, o Superior Tribunal de Justiça tem firme entendimento de que são possíveis outras prorrogações, 
desde que por decisão fundamentada (STJ, 5ª Turma, HC 152.092/RJ, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, 
DJe 28/06/2010; STJ, 6ª Turma, HC 133.037/GO, Rel. Min. Celso Limongi, DJe 17/05/2010).
Assim também pensa a doutrina majoritária: 
No art. 5° da Lei n° 9.296/96, a expressão uma vez deve ser compreendida como preposição, 
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e não como adjunto adverbial. Pensamos ser essa a posição mais acertada. Com a crescente 
criminalidade em nosso país, é ingênuo acreditar que uma interceptação pelo prazo de 30 (trinta) 
dias possa levar ao esclarecimento de determinado fato delituoso. A depender da extensão, 
intensidade e complexidade das condutas delitivas investigadas, e desde que demonstrada a 
razoabilidade da medida, o prazo para a renovação da interceptação pode ser prorrogado 
indefinidamente enquanto persistir a necessidade da captação das comunicações telefônicas 
(LIMA, Renato Brasileiro de. Legislação criminal especial. Salvador: Juspodivm, 2014, p. 162).
Por fim, uma dica: desconfie quando a alternativa contiver expressões como “sem exceções”, “sempre” e 
“nunca”, geralmente ela está errada porque no Direito dificilmente há regras absolutas.
Alternativa (e): INCORRETA. 
Não se discute que o Delegado de Polícia é um dos legitimados a representar pela interceptação telefônica, 
autorização esta conferida pelo art. 3º, I da Lei 9.296/96. 
Todavia, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, é ilícita a prova obtida através de 
interceptação telefônica autorizada exclusivamente em mera denúncia anônima, desacompanhada de 
prévia investigação preliminar. Isso porque a medida cautelar só pode ser deferida após a verificação da 
ocorrência de indícios e da impossibilidade de se produzir provas por outros meios (STF, HC 108.147, Rel. 
Min. Cármen Lúcia, DJ 11/12/2012). 
Essa precaução evita a chamada interceptação por prospecção, realizada com a finalidade de sondar se 
o indivíduo está ou não envolvido em práticas criminosas, o que configura prova ilícita (GOMES, Luiz 
Flávio CERVINI, Raúl. Interceptação Telefônica. São Paulo, RT, 1997, p. 117). Isso porque a quebra do sigilo 
telefônico exige a presença de indícios suficientes de autoria ou participação, conforme parágrafo único 
do art. 2º da Lei de Interceptação Telefônica.
GABARITO: ALTERNATIVA (C)
2. No que concerne à Lei de Drogas (Lei 11.343/06), aponte a assertiva certa:
a) O art. 28 da Lei 11.343/06 não comina pena privativa de liberdade, mas sim penas 
restritivas de direitos, que são aplicadas de forma substitutiva.
b) Se o agente vender droga a criança ou adolescente, responde pelo crime estampado no 
art. 243 do Estatuto da Criança e do Adolescente, em razão do princípio da especialidade, e 
não por tráfico de drogas (art. 33 da Lei 11.343/06).
c) Em qualquer fase da persecução criminal é permitida, após autorização judicial, a 
infiltração por agentes de polícia ou do Ministério Público, em tarefas de investigação, 
constituída pelos órgãos especializados pertinentes.
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d) As 3 ou mais pessoas que se associarem para o fim de praticar tráfico de drogas 
respondem por associação criminosa, tipificada no art. 288 do Código Penal.
e) A Lei de Drogas autoriza o Delegado de Polícia a proceder à imediata destruição das 
plantações ilícitas.
COMENTÁRIO
A Lei de Drogas, que traz dispositivos penais e processuais penais, sem dúvidas é uma das leis mais 
importantes para o Delegado de Polícia. A Autoridade Policial deve dominar os comandos nela contidos 
para que possa desempenhar suas funções a contento. Configura também tema dos mais discutidos 
pela doutrina e jurisprudência. Não por outra razão o assunto é recorrente nos certames. Façamos as 
explanações.
Alternativa (a): INCORRETA. 
O art. 28 da Lei de Drogas de fato não impõe pena privativa de liberdade, preferindo estabelecer penas 
alternativas. Todavia, tais penas não são substitutivas, tratando-se de exceção à regra geral. 
A regra está revelada no Código Penal: 
Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativasde liberdade.
O art. 28 da Lei 11.343/06 então consagra caso excepcional de pena restritiva de direitos com caráter 
principal. 
Veja o dispositivo legal: 
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo 
pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar 
será submetido às seguintes penas: 
I - advertência sobre os efeitos das drogas; 
II - prestação de serviços à comunidade; 
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
Alternativa (b): INCORRETA. 
A dúvida sobre qual tipo penal deve ser aplicado surge porque o verbo vender encontra-se tanto no art 
33 da Lei de Drogas, quanto no art. 234 do ECA. 
Veja a Lei de Drogas: 
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, 
oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a 
consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com 
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determinação legal ou regulamentar:
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e 
quinhentos) dias-multa.
Agora confira o ECA (Lei 8.069/90): 
Art. 243. Vender, fornecer ainda que gratuitamente, ministrar ou entregar, de qualquer forma, 
a criança ou adolescente, sem justa causa, produtos cujos componentes possam causar 
dependência física ou psíquica, ainda que por utilização indevida: 
Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave.
Por isso, de fato o princípio da especialidade deve ser utilizado na hipótese, a fim de resolver o conflito 
aparente de leis penais. Esse princípio estabelece que a lei especial prevalece sobre a lei geral. 
Explica a doutrina: 
lei especial é a que contém todos os dados típicos de uma lei geral, e também outros, denominados 
especializantes. A primeira prevê o crime genérico, ao passo que a última traz em seu bojo o 
crime específico (MASSON, Cleber. Direito penal esquematizado. São Paulo: Método, 2015, p. 
197).
Todavia, a aplicação do princípio leva a conclusão diversa da apontada na alternativa.
O crime especial, que deve incidir no caso, é o da Lei de Drogas, e não do ECA, o que torna a alternativa 
incorreta.
Finalizando, note o ensinamento doutrinário: 
No caso de o sujeito passivo ser criança ou adolescente, convém distinguir: tratando-se de 
qualquer produto capaz de gerar dependência física ou psíquica, desde que não relacionado 
pelo Ministério da Saúde como droga, estará tipificada a conduta prevista no art. 243 do Estatuto 
da Criança e do Adolescente (ECA), o qual considera crime a venda, o fornecimento, ainda que 
gratuito, ou a entrega, de qualquer modo, sem justa causa, a criança ou adolescente de produto 
capaz de causar dependência física ou psíquica; se a substância fornecida estiver catalogada 
como droga, o crime será o do art. 33 da Lei n. 11.343/2006. Neste último caso, aplica-se o 
princípio da especialidade, pois o art. 243 do ECA trata genericamente de qualquer produto, 
ao passo que a Lei n. 11.343/2006 cuida, especificamente, das drogas, isto é, das substâncias 
entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras sob controle especial, da Portaria SVS/MS n. 
344, de 12 de maio de 1998 (CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal. v. 4. São Paulo: Saraiva, 
2012, p. 774).
Alternativa (c): INCORRETA. 
A Lei 11.343/06 trouxe como meio de obtenção de prova a infiltração policial, também chamada de 
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undercover agent ou agente encubierto. 
Ocorre que essa técnica investigativa somente pode ser efetivada por agentes de polícia, e não por 
membros ou servidores do Ministério Público. Essa conclusão decorre da mera leitura do dispositivo legal 
que regula o tema:
Art. 53. Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos crimes previstos nesta Lei, são 
permitidos, além dos previstos em lei, mediante autorização judicial e ouvido o Ministério 
Público, os seguintes procedimentos investigatórios:
I - a infiltração por agentes de polícia, em tarefas de investigação, constituída pelos órgãos 
especializados
pertinentes;
Ainda sobre o tema, interessante lembrar que a infiltração policial é cabível não só durante o inquérito 
policial, mas também no curso do processo penal, já que a lei fala em qualquer fase da persecução penal 
(CUNHA, Rogério Sanches; GOMES, Luiz Flávio. Legislação criminal especial. São Paulo: RT, 2010, p. 299).
Diga-se, por fim, que esse mecanismo também é previsto na Lei do Crime Organizado (art. 3º, VII da Lei 
12.850/13).
Alternativa (d): INCORRETA. 
A alternativa requer domínio sobre os chamados crimes de associação.
Se 3 ou mais agentes se associam para traficar drogas, em princípio o candidato pode se levado a crer 
que incide o crime genérico de associação criminosa, tipificado no art. 288 do Código Penal. Veja seu 
conteúdo:
Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes: 
(Redação dada pela Lei nº 12.850, de 2013) 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.
No entanto, a Lei de Drogas possui delito especial de associação criminosa, a chamada associação para 
o tráfico, senão vejamos:
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, 
qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e 
duzentos) dias multa.
Incide, no caso, o princípio da especialidade, que resolve o conflito aparente de leis penais.
Apesar de ambos os crimes exigirem associação estável e permanente, há importantes diferenças que 
devem ser memorizadas:
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Art. 288 do CP Art. 35 da Lei 11.343/06
Associarem-se 3 ou mais pessoas, para o fim específico de 
cometer crimes Associarem-se 2 ou mais pessoas
Para o fim de cometer crimes Para o fim de cometer crimes do art. 33, caput e §1º ou art. 34 da Lei de drogas
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e duzentos) dias multa.
Alternativa (e): CORRETA.
A Lei 12.961/14, que alterou a Lei de Drogas, promoveu mudanças no tema destruição de drogas. 
Por isso, trata-se de um ótimo assunto para cair em provas. 
Essa diligência, feita por meio de incineração, é tratada de forma diferente conforme o inquérito 
policial se inicie por auto de prisão em flagrante ou por portaria. Vejamos.
No inquérito policial iniciado por auto de prisão em flagrante, o juiz deve determinar a destruição 
de ofício, em até 10 dias após receber a cópia do auto flagrancial. A Polícia Judiciária tem, então, 
o prazo de 15 dias para realizar a diligência. Confira:
Art. 50. § 3º Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz, no prazo de 10 
(dez) dias, certificará a regularidade formal do laudo de constatação e determinará a 
destruição das drogas apreendidas, guardando-se amostra necessária à realização do 
laudo definitivo. 
§ 4º A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente no 
prazo de 15 (quinze) dias na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária. 
§ 5º O local será vistoriado antes e depois de efetivada a destruição das drogas referida 
no § 3º, sendo lavrado auto circunstanciado pelo delegado de polícia, certificando-se 
neste a destruição total delas.
Já no inquérito policial instaurado por portaria, o Delegado de Polícia pode e deve determinar a 
destruição independentemente de ordem judicial. A Lei não exigedecisão do juiz, e estabelece o 
prazo de 30 dias para que a Polícia Judiciária promova a incineração.
Art. 50-A. A destruição de drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante 
será feita por incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contado da data da 
apreensão, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo, aplicando-
se, no que couber, o procedimento dos §§ 3º a 5º do art. 50. 
Veja o esquema:
IP iniciado por auto de prisão em flagrante IP iniciado por portaria
Prazo de 15 dias Prazo de 30 dias
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Juiz deve determinar de ofício Delegado de Polícia deve determinar de ofício
GABARITO: ALTERNATIVA (E)
3. No que tange aos crimes hediondos (Lei 8.072/90), marque a opção correta:
a) O Brasil adotou o sistema legal para definir quais crimes são hediondos.
b) Os crimes hediondos são inafiançáveis e imprescritíveis.
c) O participante e o associado que denunciar à autoridade a associação criminosa para a 
prática de crime hediondo, possibilitando seu desmantelamento, ficará isento de pena.
d) O prazo da prisão temporária, em se tratando de crime hediondo, é de 05 dias, prorrogável 
por igual período.
e) O legislador não catalogou o feminicídio como crime hediondo.
COMENTÁRIO
Em que pese possuir poucos dispositivos, a Lei de Crimes Hediondos é das mais relevantes para o jurista. 
Seu cuidadoso estudo é absolutamente imprescindível, mormente para quem almeja ocupar o cargo de 
Delegado de Polícia. O fato de a Constituição Federal mencionar os crimes hediondos em seu art. 5º já é 
sinal dessa importância. Por isso não é de se espantar que os examinadores estejam sempre cobrando o 
tema em provas. Sigamos às explicações.
Alternativa (a): CORRETA
São 3 os sistemas que procuram definir os crimes hediondos:
a) Sistema legal: compete ao legislador apresentar um rol taxativo dos delitos considerados hediondos. 
Crítica: ignora a gravidade em concreto do delito, e quem deve analisar ou não a restrição é o juiz no 
caso concreto.
b) Sistema judicial: cabe ao juiz, analisando o caso concreto, julgar se o delito é ou não hediondo. Crítica: 
ignora a taxatividade, o critério de certeza. É temerário deixar apenas a critério do juiz a possibilidade de 
dizer o que é e o que não é crime hediondo.
c) Sistema misto: incumbe ao legislador apresentar rol exemplificativo dos crimes hediondos, podendo o 
juiz encontrar outras hipóteses na análise do caso concreto (por meio de interpretação analógica). 
O Brasil adotou o sistema legal, conclusão extraída de simples leitura da Constituição Federal:
Art. 5º, XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática 
da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como 
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crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-
los, se omitirem;
Alternativa (b): INCORRETA.
Para resolver essa questão é preciso a lembrança do que estabelece a Constituição Federal em seu art. 5º. 
Os crimes inafiançáveis e imprescritíveis, de acordo com a Carta Maior, são o racismo e a ação de grupos 
armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.
A restrição quanto aos crimes hediondos é diferente, e consiste no fato de serem inafiançáveis e insuscetíveis 
de graça ou anistia.
Veja o que dispõe a Constituição para que não confunda:
Art. 5º, XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática 
da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como 
crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-
los, se omitirem;
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, 
nos termos da lei;
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, 
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
Alternativa (c): INCORRETA.
A assertiva trata da chamada colaboração premiada. A Lei dos Crimes Hediondos, por sinal, foi a primeira 
lei brasileira a cuidar expressamente da delação premiada.
Trouxe o benefício tanto no art. 8º, parágrafo único (referente ao crime de associação criminosa para a 
prática de crime hediondo, tipificado no art. 8º, caput da Lei 8.078/90), quanto no art. 6º (referente ao 
crime de extorsão mediante sequestro tipificado no art. 159, §4º do Código Penal).
A alternativa refere-se à colaboração premiada que incide na associação criminosa qualificada. 
Veja: Art. 8º, parágrafo único. O participante e o associado que denunciar à autoridade o bando ou a 
quadrilha, possibilitando seu desmantelamento, terá pena reduzida de um a dois terços.
O equívoco da alternativa reside justamente no benefício legal dado ao colaborador, que consiste em 
causa de redução de pena, e não de isenção de pena.
Alternativa (d): INCORRETA. 
O prazo genérico da prisão temporária é de 5 dias, prorrogável por igual período. Assim estabelece a Lei 
de Prisão Temporária (Lei 7960/89):
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Art. 2º A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade 
policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável 
por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
Todavia, não se pode esquecer que há prazo especial estabelecido na Lei de Crimes Hediondos:
Art. 1º. §4º. A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, 
nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período 
em caso de extrema e comprovada necessidade. 
Por isso, o aluno que fizer leitura isolada da Lei de Prisão Temporária, sem se atentar à Lei de Crimes 
Hediondos, fica prejudicado na análise do prazo.
Em resumo: o prazo da prisão temporária em crimes hediondos é 6 vezes maior do que nos crimes 
comuns.
Alternativa (e): INCORRETA.
A assertiva exige que o aluno esteja antenado com as inovações legislativas.
A Lei 13.104/15 criou uma nova forma de homicídio qualificado, qual seja, o feminicídio:
Art. 121. Matar alguém:
Homicídio qualificado
§ 2º Se o homicídio é cometido:
Feminicídio 
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: 
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
§ 2º-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: 
I - violência doméstica e familiar; 
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. 
O legislador felizmente não se esqueceu de incluir o novel tipo penal como crime hediondo, conforme 
se vê na Lei 8.072/90:
Art. 1º. São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 
2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: 
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que 
cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, I, II, III, IV, V e VI); (Redação 
dada pela Lei nº 13.104, de 2015).
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GABARITO: ALTERNATIVA (A)
4. No que tange aos crimes de tortura, tipificados na Lei 9.455/97, aponte a alternativa certa:
a) A tortura é considerada crime inafiançável e imprescritível.
b) A finalidade especial é que distingue as diversas formas de tortura.
c) A tortura-castigo (art. 1º, II da Lei 9.455/97) revogou o crime de maus-tratos (art. 136 do 
CP).
d) A Lei 9.455/97 traz uma única modalidade omissiva.
e) A condenação por torturagera perda do cargo, função ou emprego público, sendo efeito 
não automático que deve ser motivado na sentença.
COMENTÁRIO
Alternativa (a): INCORRETA. 
A tortura é repudiada pelo art. 5º da Constituição, conforme se depreende do art. 5º:
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
Todavia, não se pode confundir os crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia, com os crimes 
inafiançáveis e imprescritíveis:
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, 
nos termos da lei;
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da 
tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes 
hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se 
omitirem;
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, 
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
Confira o quadro:
Inafiançáveis e imprescritíveis Inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia
Racismo
Ação de grupos armados, civis ou militares, contra a 
ordem constitucional e o Estado Democrático
Tortura
Tráfico de drogas
Terrorismo 
Hediondos
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Observação interessante para ser exposta numa prova dissertativa ou oral: o STJ (REsp 816.209, Rel. Min. 
Luiz Fux, DJ 10/04/2007) entendeu imprescritível a tortura, em razão do princípio pro homine (segundo o 
qual deve preponderar a regra em favor da dignidade da pessoa humana), todavia num julgamento na 
esfera cível, para a indenização decorrente da tortura.
Alternativa (b): CORRETA. 
Confira os tipos legais hospedados no artigo inaugural da Lei de Tortura:
Art. 1º Constitui crime de tortura:
I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento 
físico ou mental:
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
c) em razão de discriminação racial ou religiosa;
Fica fácil notar que o constrangimento por meio de violência ou grave ameaça, que gera sofrimento físico 
ou mental, é elemento objetivo comum das diversas formas de tortura. O que as distingue é justamente 
o elemento subjetivo específico, qual seja, a finalidade de obter informação (tortura-prova), de provocar 
crime (tortura-crime) ou de discriminar (tortura-discriminação).
Alternativa (c): INCORRETA. 
Vejamos o crime de tortura-castigo:
II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou 
grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou 
medida de caráter preventivo.
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
Agora vamos prestar atenção ao tipo penal de maus-tratos, albergado no Código Penal:
Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, 
para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação ou 
cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando 
de meios de correção ou disciplina:
Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa.
A diferença entre os tipos penais é de grau de sofrimento, na medida em que na tortura castigo o 
sofrimento causado na vítima é intenso. Destarte, é pacífico na doutrina e jurisprudência que os crimes 
coexistem, não tendo a Lei 9.455/97 revogado o delito do art. 136 do CP.
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Alternativa (d): INCORRETA. 
O §2º do art. 1º da Lei de Tortura traz as modalidades omissivas de tortura:
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-
las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos.
Note que este dispositivo traz duas espécies de omissão. A primeira se constitui no dever de evitar a 
tortura. Trata-se de omissão imprópria. Essa modalidade nem precisava constar da lei de tortura, pois o 
art. 13, §2º do CP já estabelece a posição do garante.
A segunda omissão prevista no §2º é o dever de apurar, ou seja, omissão própria. Assim, o sujeito ativo 
não é mais o garante, mas sim quem tem a obrigação de apurar a ocorrência (delegados, promotores, 
juízes, etc.).
Alternativa (e): INCORRETA. 
Estabelece a Lei de Tortura que:
§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para 
seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
Tal efeito é automático, diferentemente da regra geral do Código Penal. Veja a diferença no esquema:
Art. 92, I (Código Penal) Art. 1º, §5º (Lei 9.455/97)
Traz a perda do cargo ou função pública Traz a perda do cargo ou função pública
Aplica-se a crimes funcionais e a crimes comuns. Aplica-se exclusivamente ao crime de tortura.
§único – o efeito não é automático, devendo ser motivado 
na sentença.
Prevalece que o efeito, na lei especial, é automático, ou 
seja, não precisa ser declarado na sentença.
GABARITO: ALTERNATIVA (B)
5. Acerca dos crimes de abuso de autoridade, catalogados na Lei 4.898/65, indique a opção 
correta:
a) Pune-se o abuso de autoridade culposo, quando o agente policial não observar seu 
dever objetivo de cuidado.
b) O particular não pode praticar abuso de autoridade, por se tratar de crime próprio.
c) A ação penal nos crimes de abuso de autoridade é ação penal pública condicionada.
d) O policial militar que pratica abuso de autoridade deve ser julgado pela Justiça Militar.
e) Os crimes de abuso de autoridade seguem os prazos prescricionais do Código Penal.
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COMENTÁRIO
Alternativa (a): INCORRETA. 
O elemento subjetivo no abuso de autoridade é o dolo. Não há abuso de autoridade culposo. Não basta 
o dolo de praticar a conduta típica de abuso, sendo necessária ainda a finalidade de abusar, ou seja, o 
propósito deliberado de agir abusivamente. Se a autoridade, na justa intenção de cumprir seu dever e 
proteger o interesse público, acaba cometendo excesso, haverá ilegalidade, mas não haverá crime de 
abuso de autoridade por ausência da intenção específica de abusar.
Veja a lição doutrinária:
Os crimes de abuso de autoridade somente admitem a modalidade dolosa, ou seja, a livre 
vontade de praticar o ato com a consciência de que exorbita do seu poder. É inadmissível a 
punição a título de culpa. (CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal. v. 4. São Paulo: Saraiva, 
2012, p. 24).
Alternativa (b): INCORRETA. 
O sujeito ativo dos crimes de abuso de autoridade é a autoridade. Portanto, os crimes de abuso de 
autoridade são crimes próprios, são crimes que exigem uma qualidade especial do sujeito ativo. 
Todavia, isso não impede de o particular praticar abuso de autoridade, desde que em concurso de 
pessoas com uma autoridade. A condição pessoal de autoridade é elementar do crime e, sendo uma 
elementar, ainda que subjetiva, comunica-se ao particular (art. 30 do CP).
Alternativa (c): INCORRETA. 
Cuidado com os seguintes dispositivos da Lei 4.898/65:
Art. 1º O direito de representação e o processo de responsabilidade administrativa civil e penal, 
contra as autoridades que, no exercício de suas funções, cometerem abusos, são regulados 
pela presente lei.
Art. 2º O direito de representação será exercido por meio de petição:
a) dirigida à autoridade superior que tiver competência legal para aplicar, à autoridade civil ou 
militar culpada, a respectiva sanção;
b) dirigida ao órgão do Ministério Público que tiver competência para iniciar processo-crime 
contra a autoridade culpada.
Art. 12. A ação

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