Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
30/06/2014 1 Dosimetria e Proteção contra radiação ionizante e Medidas preventivas • radiação ionizante é prejudicial para os tecidos biológicos • controle e diminuição a exposição – de pessoas – do meio ambiente. Dose de energia • exposição à radiação ionizante é quantificada pela dose de energia D (energia/massa) • unidade da dose de energia – gray (Gy) – dimensão 1 J kg-1 dV dE dm dE D ρ == Dose de íon • Dose de energia é difícil de determinar • dosimétros determinam – dose de íon (J) • carga dQ dos íons de um tipo (cátion ou ânion) gerado por radiação ionizante no volume dV de ar com a massa dm • a unidade da dose de energia é o roentgen (R) • dimensão 2,580⋅10-4 C kg-1 dV dQ dm dQ J ρ == Dose equivalente • nocividade da radiação ionizante é medida pela dose equivalente H = Q × D – considera a periculosidade pelo fator de qualidade Q para os diversos tipos de radiação ionizante. • unidade da dose de energia – sievert (Sv) – dimensão 1 J kg-1 Fator de qualidade 30/06/2014 2 Força de dose equivalente • força de dose equivalente considera – o tempo de exposição à radiação íonizante • força de dose equivalente – função do tipo da fonte de radiação – distancia da fonte – forma e da quantidade e do tipo de material de adsorção entre a fonte e o tecido biológico. • Para uma fonte pontual – A é a atividade do radionuclídeo, – k a constante de força de dose – r a distância entre a fonte radioativa e o tecido. 2 ´ r Ak H ⋅ = )/(´ sSv dt dH H = Constante de força de dose Dose efetiva e fontes puntiformes [h]exposiçãodetempo [m]distância h)]/(kBqm[mSvpuntiformefonteparaconversãodefator puntiformefonteumadeefetivadose [kBq]fontedaatividade 2 2 = = ⋅⋅= = = ⋅⋅ = t d FC D A d tFCA D p ef p ef Esta equação não vale para distância menor que 0,5 m Os fatores FCp para os núclideos importantes na dosimetria podem ser encontrados na Apostila Radioproteção e Dosimetria do IRD –CNEM (http://www.cnen.gov.br/seguranca/documentos/FundamentosCORv5.pdf) ou na página da IAEA (http://www- pub.iaea.org/mtcd/publications/pdf/te_1162_prn.pdf) Dose efetiva e atividade por unidade de área acontaminadáreanaanos50ou mêses2mês,1de tempoopermanece quepessoaumaparaEfetivaDoseemáreadeunidadepor médiaatividadedaConversãodeFator ][kBq/máreadeunidadepor médiaãoconcentraçou áreade unidadepor médiaAtividade [mSv]apermanencide tempono pessoanaefetivaDose , 2 , = = = ⋅= tsolo solo ef tsolosoloef FC C t D FCCD Os fatores FCsolo,t podem ser encontrados em http://www.cnen.gov.br/seguranca/documentos/FundamentosCORv5.pdf) ou em (http://www-pub.iaea.org/mtcd/publications/pdf/te_1162_prn.pdf) Regras básicas para o trabalho com substâncias radioativas • O uso de um método radioquímico deve ser – justificado – sempre ser substituído por um método adequado sem a necessidade de usar material radioativo; • A exposição deve ser sempre tão baixa como pode ser realizada com medidas racionais – se devem tomar tantas providencias para proteção que um aumento da proteção parece excessivamente. Regras básicas para o trabalho com substâncias radioativas • Medidas concretas podem ser resumidas nos cinco pontos da regra do ABCDE (em alemão AAAAA): – Atividade pequena (Aktivität klein) – Blindagem (Abschirmung) – Curta exposição (Aufenthaltszeit kurz) – Distância grande (Abstand) – Evitar a inalação (Atemschutz) 30/06/2014 3 Regras básicas para o trabalho com substâncias radioativas • Atividade pequena (Aktivität klein) – força de dose equivalente aumenta com a atividade do radionuclídeo 2 ´ r Ak H ⋅ = Regras básicas para o trabalho com substâncias radioativas • Atividade pequena (Aktivität klein) – Com a atividade aumenta • Precisão do método radioquímico – Diminua • tempo da medição – Importante para um método radioquímico é • a atividade e não a quantidade do material radioativo. – escolha de radionuclídeos com tempo de meia vida entre dias e semanas. • Transporte e manipilação no laboratório sem perdas grandes da atividade • Depois do termino do experimento a atividade da amostra extingue-se em prazos relativamente curtos (≈ 10 tempos de meia vida) • O material é inativo e pode ser descartado sem medidas especiais contra radiação ionizante Regras básicas para o trabalho com substâncias radioativas • Blindagem (Abschirmung) – Radiação α e radiação β de baixa energia (< 100 keV). • Adsorção completa nas células mortas da primeira camada da pele • blindagem não é necessária Regras básicas para o trabalho com substâncias radioativas • Blindagem (Abschirmung) – radiação β com energias maiores (exemplo, 14C) • completamente blindado por luvas de borracha • partículas β da maioria dos nuclideos aplicados na radioquímica são completamente adsorvidas em vidro acrílico com uma espessura de no máximo 1 cm. – Interação de radiação β com núcleos pesados gera grandes quantidades de raios-X (Bremsstrahlung) • blindagem de radiação β com finas folhas de chumbo é absurda, • Bremsstrahlung gerado no chumbo não pode ser adsorvido • suposta blindagem é na verdade um gerador de raios-X. Regras básicas para o trabalho com substâncias radioativas • Blindagem (Abschirmung) – Blindagem de radiação γ e de raios-X • necessita placas espessas de chumbo • Paredes grossas de concreto • radiação é somente atenuada e não completamente adsorvida Regras básicas para o trabalho com substâncias radioativas • Curteza da exposição (Aufenthaltszeit kurz) – dose efetiva D aumenta com o tempo de exposição à fonte de radioatividade – exposição curta diminua significativamente a dose equivalente recebida – Seres vivos não podem perceber radiação ionizante • portanto, o acesso a um laboratório radioquímico deve ser restrito ao pessoal treinando e consciente dos perigos iminentes )/(´ sSv dt dH H = 30/06/2014 4 Regras básicas para o trabalho com substâncias radioativas • Distância grande (Abstand) – força de dose equivalente é inversamente proporcional ao quadrado da distância entre fonte é tecido irradiado – Aumento da distância é importante para • radiação γ com alto alcance • radiação β de alta energia 2 ´ r Ak H ⋅ = Regras básicas para o trabalho com substâncias radioativas • Evitação da inalação (Atemschutz) – Nuclídeos voláteis representam um perigo porque • podem deixar a fonte • espalham a radioatividade em uma área com extensão desconhecida. – Cada nuclídeo que pode ser incorporada em compostos com pressão de vapor alta, • 131I (β-, t½ = 8,02 d) • 125I (ε, t½ = 60,14 d) – Nuclídeos com atividade α • Energia de recuo pode deslocar o nuclídeo filha da fonte. • Núcleos filha são, geralmente, também nuclideos com atividade α e curto tempo de meia vida • agregação às partículas de pó dispersa que podem ser inaladas • A única proteção contra fontes voláteis são aparelhos de respiração isolados indispensáveis em casos de combate a incêndio na presença de fontes radioativas. Efeitos biológicos de radiação ionizante Efeitos biológicos de radiação ionizante • experimento voluntário de Pierre Curie em 1901 expondo seu braço a radiação de rádio “A pele se avermelhou na superfície de uma área de 6 cm2; a aparência é semelhante duma queimadura, mas a pele não está doendo. Depois de alguns dias a vermelhidão começou aumentar, sem se expandir: no 20º dia formaram-se crostas e depois um ferimento, que foi tratado com ligaduras; no 22º dia a pele começou desarar, a partir das bordas em direção ao centro e 52 dias depois da radiação restou uma área do ferimento de 1 cm2, que mostra um tom cinza, que deixa concluir que existe um ferimento mais profundo. Efeitos biológicos de radiação ionizante • Marie Curie “As mãos mostram uma tendência geral à formação de escamas: os pontos de dedos, que tinham tocada as cápsulas contendo as substâncias altamente ativas, se endurecem e as vezes tornam-se muito dolorosos. Em um de nós a inflamação nos pontos de dedos continuou 14 diais e terminou com o endurecimento, mas a sensibilidade ao dor ainda não desapareceu depois de uma duração de dois meses.” Efeitos biológicos de radiação ionizante 30/06/2014 5 Efeitos biológicos de radiação ionizante Atuação de radiação ionizante em tecidos biológicos Atuação de radiação ionizante em tecidos biológicos Raios-X Radiação α Atuação de radiação ionizante em tecidos biológicos Atuação de radiação ionizante em tecidos biológicos Tabela 47. Desenvolvimento temporal da ação biológica de radiação ionizante. Fase Processo Duração Fase física Ionização e excitação de moléculas Tempo de vida de pares de ions < 10-15 s Fase química Tempo de vida de radicais livres Quebra de ligações químicas 10-15 – 10-6 s < 10-13 s Fase bioquími ca e biológica Reparo enzimático Síndrome de radiação agudo Tempo de latência para gênese de carcinomas 1 min – 10 h 1 d – 1 a ≈ 2 – 40 a Danos • Danos determinísticos – gravidade aumenta com a dose – depende de uma dose mínima – perda da capacidade de proliferação da célula – Tecidos com alta capacidade de proliferação são mais sensíveis • Danos estocásticos – probabilidade aumenta com a intensidade da radiação – gravidade não depende da dose. – defeitos singulares – não há relação temporal entre a exposição radiológica e a manifestação do dano 30/06/2014 6 Unidades utilizados • Dose de energia (D) – o Gray (Gy) com a dimensão 1 J/kg • Dose equivalente (H = D × Q ) – O Sievert (Sv) com a dimensão 1 J/kg O Fator de qualidade Tabela 1. Fator de qualidade (Q) para determinação da dose equivalente Tipo de radiação Energia Fator de qualidade Fótons (raios-X, radiação γ) Todas as energias 1 Elétrons, radiação β e mions Todas as energias 1 Nêutrons* < 10 keV 5 10 keV – 100 keV 10 100 keV – 2 MeV 20 2 Mev – 20 MeV 10 > 20 MeV 5 Prótons > 2 MeV 5 Radiação α, fragmentos de fissão, núcleos pesados Todas as energias 20 Danos determinísticos • Tecidos de alta proliferação mais sensíveis Tabela 48. Proliferação de tecidos humanos. Tipo de tecido Taxa de proliferação 109 células/d 1014 células/70 a Pele 0,7 0,18 Estomago/Intestino 56 14,31 Eritrócitos 200 51,10 Linfócitos 20 5,11 Danos determinísticos Tabela 49. Dose mínima para efeitos clínicos em homens depois radiação corporal inteira de curto tempo Dose (Gy) Órgão (tipo de dano/sintoma principal) 2 Medula óssea (atrofia); feto (morte) 3 Testículos, ovários (infertilidade permanente) 5 Olho (Catarata); pele, 100 cm2 (inflamação); couro cabeludo, 10 cm2 (queda temporária) 10 Couro cabeludo, 10 cm2 (queda permanente), peito, criança (distúrbios de crescimento) 20 Pele, 80 cm2 (escamação); ossos, criança (distúrbios de crescimento) 40 Coração (inflamação), Pulmão (inflamação) Danos determinísticos • Os efeitos de radiação corporal inteiro podem ser divididos em três formas: – síndrome hematológica; a partir de 1 Sv – síndrome gastrintestinal; a partir de 10 Sv; – síndrome central nervosa; a partir de 50 Sv. • “O decurso temporal da síndrome de radiação agudo pode ser dividido em três fases: – mau estar, vertigem; vômito; – fase de incubação com bem estar relativa de três dias ((dose > 50 Sv) até 6 semanas (dose de alguns Sv) – cãibras, distúrbios de coordenação; tremores, distúrbios de consciência. Danos determinísticos Tabela 50. Sintomas clinicas do síndrome de radiação agudo. Dose (Gy) Incubação Sintoma principal Órgão Terapia Prognostic o Risco de morte (%) 1 > 5 h hemograma alterado Medula óssea desnecessário Muito bom 0 1 – 2 > 3 h Diminuição de leucócitos eplaquetas Medula óssea Tratamento sintomático Bom 0 – 10 2 – 10 0,5 – 2 h Alterações graves do hemograma, dor de cabeça, fraqueza, febre, infecções, cansaço, sangramento interno, queda de cabelo Medula óssea Transfusão de sangue, antibiótica, transplantação de medula óssea Incerto 0 – 90 10 – 15 0,5 h Diarréia, Febre, vomito, distúrbios dos eletrólitos Intestino Remédios para aliviar os sintomas Muito ruim 90 – 100 > 50 minutos Cãibras, tremor, distúrbios domovimento, hipersomnia Sistema nervoso Tratamento sintomático Sem esperança 100 30/06/2014 7 Danos estocásticos • defeitos singulares como mutações da DNA • sem perda da possibilidade de proliferação da célula • Resultam – na gênese de um carcinoma (dano somático) – formação de doenças genéticas nos descendentes (dano genético). Danos estocásticos • resultam geralmente na danificação do DNA : – defeito de base – quebra de cordão singular; – quebra de cordão dupla. Danos estocásticos • Interação da radiação ionizante com o DNA – indireto – direto Interação indireta Interação direta Danos estocásticos Tabela 51. Fatores influenciando os efeitos da radiação ionizante. Fator Influência Dose de energia e tipo de radiação Probabilidade de danos aumenta com dose e poder de ionização Sensibilidade do tecido Aumenta com teor de DNA e com a taxa de proliferação das células Fatores do ambiente Aumento com sensibilizadores (exemplo: cafeína), dimunua com protetores (exemplo cisteina) Processos de conserto e recuperação Efetivo em tecidos de alta proliferação 30/06/2014 8 Mecanismos de reparo do DNA • descobrir; • eliminar; • re-sintetizar; • reconstrução Mecanismos de reparo do DNA • Tempo de reparo para diversos danos radiológicos: – BS = defeito de base; – ESB = quebra de cordão singular; – DSB = quebra de cordão dupla Mudanças no genoma (número dos cromossomos) Tabela 53. Diagnose e sintomas depois exposição a radiação ionizante. Exame Observação tempo Dose mínima (Sv) Anamnese Mal estar, vômito Dentro de 48 h 1 Estado Avermelhamento da pele, bolinhas Queda de cabelo Dentro de horas – dias Dentro de 2 – 3 semanas 3 3 Hemograma Linfócitos < 1000 mm3 Dentro de 24 h 0,5 Analise de cromossomo s Dicenter etc. Dentro de 24 h 0,1 Esperma > 20 milhoes/mL Depois 7 semanas 0,15 Radiação ionizante e radionuclídeos na Medicina Raios-X • 1899 tratamento de carcinoma no nariz de uma mulher de 49 anos; • 100 tratamentos durante 9 meses • Paciente sobreviveu por 30 30/06/2014 9 Raios-X • 1899 tratamento de carcinoma do epitélio • 50 tratamentos durante 30 meses. A Terapia de Curie • Depois do descobrimento da ação de radiação ionizante P. Curie estuda junto com os médicos Bouchard e Balthazard á tecidos vivos • Eles concluem que o rádio como raios- X destrói as células de tumores • Desenvolvem primeiros métodos de tratamento de câncer com rádio (Terapia de Curie) 1º tratamento de câncer com rádio em 1907 Desenvolvimento de industria de rádio Desenvolvimento de industria de rádio • 1912 preparação de um preparado (RaCl2) 30/06/2014 10 • Indicações – Dores crônicas das articulações e da musculatura; – Pressão arterial alta – Inflamação de rins – Anemia ≈ 1 460 Bq por comprimido • Compressas de rádio (0,1 mg Ra) 30/06/2014 11 Chocolate radioativa Creme dental radioativa Radioemanator (2005) • 226Ra em matriz cerâmica • Libera 222Rnque se dissolve em água • Água com 222Rn é adicionada ao banho • Ainda em uso na antiga união soviética e no Japão 30/06/2014 12 Aplicação na Terapia de radônio • em forma de banhos de radônio –Absorção pela pele • Inalação de radônio em galerias medicinais –Absorção pela respiração Terapia de radônio 300 000 Bq/m³ Terapia de radônio • Observação empírica de alivio – de dores reumáticos – doenças crônicas degenerativas ou inflamatórias das Articulações e entranhas do esqueleto – Distúrbios climatérios e pre-climatérios – Moléstias geriátricas. Terapia de radônio • Mecanismos terapêuticos –Retardação de inflamações –Alivio de dores –Modulação imunológica –Estimulação do mecanismo celular de reparo –Retardação de proliferação das células 30/06/2014 13 Terapia de radônio • Hormesis (grego = impulso) – Doses pequenos de radiação possuem efeito positivo – Estimulação dos mecanismos reparatórios sobrecompensam os danos causados • Adaptive response – Resistência aumentada depois radiação com pequenas doses de radiação ionizante Radioterapia de câncer Teleterapia Radioterapia de câncer • Tecidos cancerosos são mais sensíveis a efeito de radiação ionizante que tecidos saudáveis Radioterapia de câncer • Teleterapia: do grego telos = longe – Fonte de radiação externa • Braquiterapia: do grego brachys = perto – Fonte der radiação perto ou dentro do tumor Radioterapia de câncer • Teleterapia: do grego telos = longe – Fonte de radiação externa • Braquiterapia: do grego brachys = perto – Fonte der radiação perto ou dentro do tumor Radioterapia de câncer • Teleterapia – Redução da dose no tecido saudável por irradiação em direções diferentes 30/06/2014 14 Radioterapia de câncer • Fontes de radiação para teleterapia – 137Cs • Produto de fissão 6,183 % dos nuclídeos formados possuam A =137 – 60Co • Produto de ativação por neutrons num reator nuclear • 59?????????60Co (β-; t½ = 5,7 a; Eγ = 1332 keV) Fontes de radiação • 137Cs (t½ = 30,17 a; Eγ = 662 MeV do 137mBa) Fontes de radiação • 60Co (t½ = 5,272 a, Eγ = 1332 MeV) • desde 2000 não é mais aplicada na Alemanha Desde 1978 em funcionamento no Hospital universitário da UFPel Fontes de radiação • Aceleradores lineares 30/06/2014 15 Fontes de radiação • Aceleradores lineares Fontes de radiação • Aceleradores lineares Previsto para UFPel em Agosto 2014????? Radioterapia de câncer Brachiterapia 30/06/2014 16 30/06/2014 17 30/06/2014 18 30/06/2014 19 30/06/2014 20 30/06/2014 21 http://www.schulphysik.de/java/physlet/applets/zyklotron.html 30/06/2014 22 30/06/2014 23
Compartilhar