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Questionário Unidade II - História do Pensamento Filosófico

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Questionário Unidade II – Historia do Pensamento Filosófico
1 - Analise a seguinte frase: “Ninguém pode transmitir o conhecimento. É o indivíduo que aprende.” (BECKER, 2000, com adaptações.). O pressuposto epistemológico da frase citada é:
E - o apriorismo/inatismo.
Comentário: A frase citada revela-se amparada no conceito de apriorismo/inatismo, pois quando o autor diz que “é o indivíduo que aprende”, está defendendo a existência de uma estrutura interna a priori, ou seja, que nasceu com o indivíduo, e que ele possui antes de ter a experiência com o objeto do conhecimento.
2 - A dialética, noção defendida por Hegel, caracteriza-se:
A - pela oposição entre a afirmação e a negação, produzindo uma superação.
Comentário: Para Hegel, a razão é histórica, ou seja, está em constante movimento. Tal movimento não acontece de modo simples, mas por meio daquilo que ele chamou de “dialética”, processo caracterizado pela existência de uma afirmação (tese) e de uma negação (antítese) que, por sua vez, caminha sempre em busca da superação (síntese).
3 - A filosofia moderna caracteriza-se fundamentalmente por sua preocupação em estabelecer como objeto de pesquisa:
C - o conhecimento e a razão.
Comentário: O pensamento filosófico moderno, inaugurado por René Descartes (1596-1650), teve como principais características a investigação e a reflexão a respeito do conhecimento e da razão. Tal movimento foi marcado pelo ato de buscar usar a razão para compreender a própria razão e o processo de como o homem, por meio dela (a razão), é capaz de conhecer.
4 - Analise a seguinte frase: “Ninguém nasce mulher: torna-se mulher.” (Simone de Beauvoir). De acordo com os conteúdos estudados, pode-se dizer que a frase mencionada está de acordo com o pensamento:
E - existencialista de Sartre.
Comentário: A frase encontra respaldo no pensamento existencialista de Sartre, que defende que o homem (a espécie humana, tanto homens como mulheres) é fruto de suas escolhas e convenções sociais, e não de uma determinação de conduta imposta pela espécie. Sendo assim, quando diz que “a mulher torna-se mulher”, quer dizer que a mulher nasce com o sexo feminino (e o homem com o masculino), mas o padrão de comportamento considerado adequado para cada um é algo ditado pela sociedade e que o indivíduo pode aceitar ou rejeitar.
5 - Jean-Paul Sartre (1905-1980) é conhecido por ser representante do existencialismo. Sua frase “a existência humana precede a essência” representa bem a corrente filosófica à qual ele está ligado. São dele também as célebres frases: “o homem está condenado a ser livre” e “o homem é lançado e abandonado no mundo”.  O que o existencialismo e Sartre defendem, portanto, é que:
A - O ser humano não nasce com uma essência que lhe impõe as regras a seguir, mas, sim, com a liberdade de ter que fazer as próprias escolhas, e é assim que ele define quem é ou será.
Comentário: Para Sartre e o existencialismo, “a existência precede a essência”, ou seja, primeiro o indivíduo existe, depois ele se constrói. Trata-se de negar qualquer predeterminação, seja ela genética, biológica ou divina. É o homem, por meio de sua liberdade e suas escolhas, que define sua essência (o que ou quem ele é). Ressalte-se  o quanto é angustiante viver sem acreditar que há algum “destino” traçado ou alguma “força” superior que possa explicar o porquê daquilo que nos acontece. É por isso que Sartre dizia que “estamos condenados à liberdade”.
6 - Leia e reflita sobre a seguinte frase: “O conhecimento se dá à medida que as coisas vão aparecendo e sendo introduzidas por nós nas outras pessoas [...].” (BECKER, 2000, com adaptações).  O pressuposto epistemológico da afirmação de Becker é:
B - o empirismo.
Comentário: Por “pressuposto epistemológico” entende-se, basicamente, a noção de conhecimento que está por trás de algum discurso, de alguma ação e da própria forma de responder à pergunta: como as pessoas conhecem? Deste modo, a frase de Becker revela-se fundamentada no conceito de empirismo, pois ao dizer que o conhecimento só acontece quando é “introduzido” no outro, está defendendo que o conhecimento está fora do indivíduo. Sendo assim, só a experiência (empírica, por meio dos sentidos) poderá colocar o indivíduo em posse de tal conhecimento.
7 - O filósofo alemão Immanuel Kant acaba por conciliar as correntes:
E - do racionalismo e do empirismo
Comentário: O filósofo alemão Immanuel Kant propôs-se a tentar superar a dicotomia que opôs, de um lado, o racionalismo (representado por Descartes) e, de outro, o empirismo (representado por Locke e Hume). 
8 - Para Michel Focault (1926-1984), vivemos em uma “sociedade disciplinar”, um tipo de organização da sociedade criado com a chegada ao poder da burguesia, grupo que se preocupou em afastar do convívio social os inaptos ao trabalho e em garantir a manutenção de seu poder. Nesta concepção, a principal característica da sociedade disciplinar é a de, por meio de suas instituições fechadas, como as prisões, os orfanatos, os hospícios, quartéis e as escolas:
A - deixar claro às pessoas que elas estão sob vigilância e, assim, introjetar o senso de obediência no próprio indivíduo.
Comentário: Ao defender a existência de uma sociedade disciplinar, Focault deixa claro que há uma intencionalidade manifesta de introjetar, no indivíduo, o senso de obediência. O indivíduo sente-se vigiado (essa dimensão é clara, visível) e sabe que tal vigilância pode custar-lhe a punição caso ele desrespeite a “disciplina” considerada adequada. Deste modo, ao se sentir vigiado, ele se sente também impelido a não contrariar as regras e, assim, acabou por introjetar a ordem por meio do sentimento de vigilância - algo bem astucioso.
9 - Quando Nietzsche (1844-1900) afirmou que “Deus morreu e quem o matou fomos nós”, com isso eles estavam querendo dizer que:
B - A crença na razão e na evolução da ciência estava substituindo o papel originalmente desempenhado pela fé e pela religião.
Comentário: A frase de Nietzsche, embora polêmica, não decorre de uma defesa do ateísmo e nem da tentativa dele próprio de desqualificar Deus ou a religião, mas de uma reflexão a respeito do papel que a religião e o pensamento religioso haviam desempenhado até que o homem passou a acreditar no poder da razão, que o levou a diversas descobertas científicas que, segundo Nietzsche, iriam, aos poucos, satisfazendo as necessidades e curiosidades humanas, de modo que eles deixariam de recorrer à Deus e à religião para dar sentido à vida, resolver seus problemas e atender suas necessidades, que seriam cada vez mais supridas pela ciência e pelo pensamento racional. 
10- Sigmund Freud (1856-1939) afirmou que sua descoberta do inconsciente representou uma ferida narcísica ao “orgulho” humano. Isso acontece porque ao aceitar a existência do inconsciente, o homem:
D - precisa admitir que não pode mais confiar plenamente na razão.
Comentário: Ao mostrar que o homem não é só razão, mas é também “emoção”, ou seja, que ele não age apenas com base naquilo que escolhe fazer (mas é impelido, por seu inconsciente, a praticar alguns atos), Freud fez com que toda aquela confiança no poder de desenvolvimento da humanidade por meio de sua razão fosse colocada em questionamento.

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