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os clássicos da ciencia politica 01

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CIÊNCIA POLÍTICA - introdução
PROF. JOSÉ PAULINO SOUSA SANTOS
UNICEUMA/2016
"Navegar é preciso;  viver não é preciso".
 
Quero para mim o espírito [d]esta frase,
transformada a forma para a casar como eu sou:
Viver não é necessário;  o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande,
ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo.
Só quero torná-la de toda a humanidade;
ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso.
Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue
o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir
para a evolução da humanidade. 
É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça.
 
(Fernando Pessoa)
GOVERNO, DEMOCRACIA, LEGITIMIDADE, PODER E OUTROS.
CIÊNCIA POLÍTICA
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A Ciência Política será, assim, essa disciplina, que mediante um processo interdisciplinar, possibilitará interpretar a complexidade que envolve o Estado, o poder, a política, a democracia ( e suas consequências para a Sociedade).
Considerações preliminares...
A ciência política é a teoria e prática da política e a descrição e análise dos sistemas políticos e do comportamento político. É um conceito operacional e possível, difícil de definir, porque existem várias definições para ela. 
A política abrange diversos campos, como a teoria e a filosofia políticas, os sistemas políticos, ideologia, teoria dos jogos, economia política, geopolítica, geografia política, análise de políticas públicas, política comparada, relações internacionais, análise de relações exteriores, política e direito internacionais, estudos de administração pública e governo, processo legislativo, direito público (como o direito constitucional) e outros.  
CIÊNCIA POLÍTICA - METODOLOGIA
A ciência política emprega diversos tipos de metodologia. As abordagens da disciplina incluem a filosofia política clássica, interpretacionismo, estruturalismo, behaviorismo, racionalismo, realismo, pluralismo e institucionalismo. Na qualidade de uma das ciências sociais, a ciência política usa métodos e técnicas que podem envolver tanto fontes primárias (documentos históricos, registros oficiais) quanto secundárias (artigos acadêmicos, pesquisas, análise estatística, estudos de caso e construção de modelos). 
CIÊNCIA POLÍTICA - CONCEITOS
Ciência Política e Política têm significados diferentes. A Ciência Política é o conhecimento; é a disciplina que estuda os acontecimentos, as instituições e as ideias políticas, tanto em sentido teórico (doutrina) como em sentido prático (arte), referido ao passado, ao presente e as possibilidades futuras. Observa-se que o fenômeno estatal é a matriz do estudo da Política.
CIÊNCIA POLÍTICA - prisma filosófico
Pelo prisma filosófico, os fatos, as instituições e as ideias são matérias do conhecimento de ciência política, podendo ser tomadas das seguintes maneiras: 
I. Consideração do passado – como foram ou deveria ter sido 
II. Compreensão do presente – como são ou devem ser 
III. Horizontes do futuro – como serão ou deverão ser
A filosofia política pode ser definida, de acordo com Norberto Bobbio (2000), de quatro maneiras:
 
Filosofia política como determinação do Estado perfeito: quando a filosofia busca construir modelos ideais de Estado ou convivência política fundamentada em valores;
Filosofia política como determinação da categoria “política”: quando a filosofia busca esclarecer os significados e o alcance do conceito e da atividade política;
Filosofia política como procura do critério de legitimidade do poder: quando a filosofia procura responder à questão dos fundamentos da necessidade da obediência ao poder político;
Filosofia política como metodologia da ciência política: quando a filosofia busca esclarecer os pressupostos epistemológicos que tornam possível a Ciência Política.
BOBBIO, Norberto. Teoria geral da política: a filosofia política e as lições dos clássicos. Tradução de Daniela Beccaccia Versiani. 11. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000.
CIÊNCIA POLÍTICA - prisma sociológico
Já no prisma sociológico, ciência política é a teoria geral do Estado, pois o Estado é fenômeno jurídico por excelência. Max Weber diz que o Estado consiste no tratamento autônomo.
CIÊNCIA POLÍTICA - prisma político
Pelo prisma jurídico, tem sido também, a ciência política, objeto de estudo que a reduz ao Direito Político, a simples corpo de norma. Kelsen diz que o Estado pertence ao mundo do dever ser, do sollen, que é apenas nome ou sinônimo de um sistema de determinadas normas de direito – Quem elucidar o direito como norma elucidará o Estado. 
Diz também que a força coercitiva do Estado nada mais significa que o grau de eficácia da regra de direito, ou seja, da norma jurídica. Prossegue afirmando que o Estado é organização de poder, perdendo então a sua substantividade, população e território, para ser, respectivamente, âmbito pessoal e âmbito espacial da validade do ordenamento jurídico.
PODER POLÍTICO E A SOCIEDADE 
 Ciência Política é a ciência do Estado.
Estuda o poder gerado numa sociedade politicamente organizada e estruturada, quando exercido como coação.
A ciência política estuda o Estado e as suas relações com os grupos humanos, estuda, ainda, os agentes políticos internos que lutam pela conquista, aquisição e pelo exercício do poder, ou pelo menos de influencia-lo, visando a satisfação dos seus interesses.
Política – como pensamento
A política, como área do pensamento, é de remota tradição, se com o termo englobarmos os filósofos da política, os pensadores políticos, outros estudiosos da área das Ciências Sociais que iniciaram um estudo sistemático do fenômeno político, a exemplo de Aristóteles, Platão, Santo Agostinho, Maquiavel, Hobbes e tantos outros.
A ciência política estuda o Estado e as suas relações com os grupos humanos, estuda, ainda, os agentes políticos internos que lutam pela conquista, aquisição e pelo exercício do poder, ou pelo menos de influencia-lo, visando a satisfação dos seus interesses. 
A política, como área do pensamento, é de remota tradição, se com o termo englobarmos os filósofos da política, os pensadores políticos, outros estudiosos da área das Ciências Sociais que iniciaram um estudo sistemático do fenômeno político, a exemplo de Aristóteles, Platão, Santo Agostinho, Maquiavel, Hobbes e tantos outros. 
Política  é compreendida como uma prática social múltipla e cotidiana, que se insere na realidade de todo e qualquer homem socializado.
A ciência política  analisa as relações de poder que envolve o Estado a partir da estreita relação deste com os homens socializados, ou seja, somente podemos entender determinado Estado se entendermos a sociedade em questão.
Poder e Estado
Poder  é sempre uma relação – faz valer seus interesses, determinando comportamentos do sujeito passivo.
Poder Político  é o questionamento sobre através de quais meios um homem faz valer seu poder sobre outro.
Segundo Bobbio, são três:
a) poder econômico  patrões e empregados
b) poder ideológico  processo de convencimento – interesses do opressor são apresentados como interesses de todos.
c) poder político  refere-se ao Estado  poder coercitivo, das armas e das leis.
Estado  organização política, administrativa e estratégia, que reflete um determinado território e uma determinada cultura.
Se poder é uma relação  ninguém detém o poder do Estado, independente da sociedade  movimentos da sociedade civil e não consegue manter-se no poder.
Legitimidade  conceito chave na ciência política  legitimidade X legalidade.
Os clássicos da ciência política
Maquiavel e 
os contratualistas
A similitude entre autores como Hobbes, Locke e Rousseau reside na forma particular de explicar a necessidade do Estado. Segundo estes autores têm origem a partir de um pacto (contrato). Porém, mais do que explicar a existência do Estado, os autores têm em comum o fato de defenderem um tipo de Estado em particular,
a partir de uma particular concepção de humanidade.
Tempo e Política em o Príncipe de Nicolau Maquiavel
Nicolau Bernardo Maquiavel (1469-1527)
Cenário e circunstância
	 Maquiavel nos evoca uma época: O Renascimento
	 Uma nação: a Itália
	 Uma cidade: Florença
	 E enfim, o próprio homem, um bom funcionário Florentino.
Ao escrever O Príncipe, Maquiavel expressa nitidamente os seus sentimentos de desejo de ver uma Itália poderosa e unificada. Expressa também a necessidade (não só dele mas de todo o povo italiano) de um monarca com pulso firme, determinado que fosse um legítimo rei e que defendesse seu povo sem escrúpulos e nem medir esforços.
Revoluciona os estudos políticos, abandona os fundamentos teológicos, realizando generalizações a partir da observação da realidade. Considerando os valores humanos, morais e religiosos, realiza observação aguda de tudo o que ocorre na sua época em termos de organização e atuação do Estado procedendo paralelamente a comparações no tempo, conjugando fatos de épocas diversas, chega a generalizações universais, criando assim, a possibilidade de uma Ciência Política.
Conteúdo e relevância que só podem ser apreendidos quando se conhecem as circunstâncias em que a obra veio à luz, dentro do quadro da vida pessoal do autor e das coordenadas econômicas, sociais e políticas da Europa dos séculos XV e XVI.
A visão temporal de Maquiavel é traduzida por meio da Fortuna. Ao descrever sua Fortuna – seu tempo, seu destino pertence aos homens, que os homens de ação não somente podem, como devem, tomar as rédias do tempo. Como Maquiavel está a tratar de homens com poder político a Fortuna, o destino pode ser compreendida como a insegurança da vida política em situações onde o poder não conta a legitimação.
Para ele o tempo – A Fortuna não é de todo imprevisível e imaginável. O homem é visto como um agente de seu destino, um ser dinâmico que, pelos atos presente, é capaz de intervir no curso das coisas e precaver-se quanto ao futuro. Existe um adjetivo que sintetiza este potencial ao homem da política: Virtude.
A virtude significa o agir com consciência e sabedoria, ou seja, imprimir, através do conhecimento e da experiência, a forma desejada à Fortuna. É a qualidade de um homem, de um político, de perceber a situação que está se formando, traçar uma estratégia e responder a ela, em momento oportuno. É o comportamento estratégico e o agir em tempo.
A virtude é exatamente a qualidade de alguns homens que lhes permite prever o mal e remediá-lo em tempo. Mas remediar a tempo exige saber perceber o momento de fazê-lo. Quando agir? Eis o conceito de ocasião.
A ponte entre virtude e Fortuna é a ocasião. O homem de virtude sabe perceber a realidade e apreender o momento exato de empreender a ação estratégica. Maquiavel explicita a irrevogabilidade da ocasião, a necessidade de agarrá-la no instante em que se apresenta. A ocasião sem virtude de nada vale e a virtude sem ocasião.
A noção da dinamicidade temporal e do agir humano como transformador da realidade, é o cerne da ética maquiavélica.
O homem como um ser dinâmico, inserido em um tempo também dinâmico e alterável pelo intelecto e pelo agir do ser humano. Maquiavel, em O Príncipe, transfere este ideário para o cenário político, onde a ação humana ganha importância sempre costurados com o fio da causalidade.
Com estes três elementos – Fortuna, virtude e ocasião – Maquiavel oferece uma contribuição que marcou profundamente a concepção política ocidental. Concebeu um político dinâmico, senhor de seu destino e de seus atos, capaz de dar forma ao destino e precaver-se das mudanças dos tempos. É difícil construir um conceito atual de política sem formação do arcabouço conceitual prévio de que o homem age e interfere sobre o tempo.
Thomas Hobbes e o seu tempo (1588 – 1679)
Relação direta com a realidade em que viveu o autor e com os fatos da práxis política que lhe afetaram de algum modo.
O Leviatã;
Em seu livro Leviatã explanou os seus pontos de vista sobre a natureza humana e sobre a necessidade de governos e sociedades.
Hobbes defendia que o Estado  construção voluntários dos homens deveria ter força e poderes muito superiores aos homens comuns, pois somente assim poderia dar conta de dominar e disciplinar a natureza má dos homens. O Estado Leviatã.
Para defender o direito a vida, era necessário romper com o estado de natureza – guerra permanente – os homens precisaram fazer um pacto de união: renunciar os direitos e liberdades.
Assim Hobbes defendia um Estado absoluto, irrevogável e indivisível  autoritário.
Ao fazer o pacto os homens abriram mão de seus direitos, tornando-se súditos do soberano: O Estado Leviatã
Soberania em Hobbes;
Poder sem controle, o poder máximo e maior possível dentro de um Estado.
O pensamento político de John Locke
A obra de John Locke
O escritor inglês John Locke (1632-1704) personificou, na Inglaterra do final do século XVII, as tendências liberais opostas às ideias absolutistas de Hobbes.
Os tratados de Locke procuravam teorizar acerca do poder estatal, desenvolvendo regras para o seu controle partidário dos defensores do Parlamento, seu "Ensaio sobre o governo Civil" foi publicado em 1690, menos de dois anos depois da Revolução Gloriosa de 1688, que, destronou a rei Jaime II.
John Locke está entre os filósofos empiristas, assim chamados devido a abrirem espaço para a ciência junto à filosofia, valorizando a experiência como fonte de conhecimento. Destaca-se pela sua teoria das ideias e pelo seu postulado da legitimidade da propriedade inserido na sua teoria social e política.
O Estado de Natureza:
O ponto de partida de Locke é o mesmo de Hobbes seguido de um "contrato" entre os homens, que criou a sociedade e governo civil. Mas Locke chega a conclusões opostas às de Hobbes pois, sustenta que, mesmo no estado de natureza, o homem é dotado de razão. Dessa forma, cada indivíduo pode conservar sua liberdade pessoal e gozar do fruto de seu trabalho.
Para ele, o direito de propriedade é a base da liberdade humana "porque todo homem tem uma propriedade que é a sua própria pessoa". O governo existe para proteger esse direito.
Entre os direitos que, segundo Locke, o homem possuía quando no estado de natureza, está o da propriedade privada que é fruto de seu trabalho. O Estado deve, portanto reconhecer e proteger a propriedade.
Para superar o estado de ameaça a propriedade todos homens necessitariam de um pacto social, consentimento de transformar os direitos e liberdades naturais em direitos e liberdades civis, limitados pelos direitos do outro cidadão, em sociedade.
Em Locke, o contrato social é um pacto de consentimento em que o homens concordam livremente em formar uma sociedade civil para preservar e consolidar ainda mais os direitos que possuíam originalmente no estado de natureza – a propriedade. No estado civil os direitos naturais inalienáveis do ser humano à vida, à liberdade e aos bens estão melhores protegidos sobre o amparo da lei, do árbitro e da força comum de um corpo político unitário. Deixaria o homem de ter os direitos e liberdades irrestritas do estado de natureza, para tê-los limitados pelos direitos do outro cidadão, em sociedade.
Aqui os homens transformam-se em cidadãos – o Estado a serviço dos cidadãos, limitado pelos interesses dos homens.
Natureza da sociedade  classes sociais
Natureza do Estado  Democrático representativo
Individualismo  O indivíduo é responsável exclusivo pelo seu êxito ou fracasso social.
Contradições  capital X Trabalho
Daí a tríade: Razão – Trabalho – Propriedade.
Locke passou para a história como o teórico da monarquia constitucional - um sistema político baseado ao mesmo tempo, na dupla distinção entre as duas partes do poder, o parlamento e o rei; e entre as duas funções do Estado, a legislativa e a executiva. O poder legislativo emana do povo representado no parlamento; o poder executivo é delegado ao rei pelo parlamento.
O ideal democrático no pensamento político de 
Jean-Jacques Rousseau
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)
Sua obra política está marcada por uma preocupação constante com o destino social e político do homem. Apesar de imerso no intenso movimento intelectual que surgia na Europa no século XVIII e que constituía a base ideológica para as mudanças promovidas pela burguesia, Rousseau foi autor singular neste cenário filosófico e político.
Sua obra contesta a sociedade de seu tempo à medida que esta contraria a ordem natural. Sua preocupação é conhecer a origem e as causas do mal que produziram o homem moderno dividido e pervertido. Encontra estas causas na negação da natureza. Para ele é a ordem social de seu tempo que "em todos os pontos contraria a natureza, a fonte de todos os vícios do homem e de todos os seus males".
Assim, ele fala da origem de um Estado que nega a igualdade e a liberdade aos homens.
O autor fala de uma sociedade estabelecida a partir da constituição de um pacto legítimo gerador de uma sociedade igualitária e reafirmador da liberdade do homem, cuja base política é fundada na predominância do interesse comum. Localiza a origem do mal no desenvolvimento das desigualdades e no Contrato sua dedução racional permite estabelecer os princípios políticos que resgatem no homem a sua humanidade no qual Rousseau descreve seu sonho político.
Rousseau separa a história em dois momentos: um anterior à sociedade civil, o estado de natureza e o estado civil, ao qual se chegou por meio de uma convenção.
O homem natural de Rousseau, trata-se de um ser que dispõe de dois princípios que são anteriores à razão: um que dispõe sobre o seu bem-estar e a sua conservação, o amor de si, um sentimento natural que leva o homem a zelar por sua conservação e quando dirigido pela razão produz humanidade e virtude. O outro princípio que inspira no homem repugnância natural por ver padecer qualquer ser sensível, ou o sentimento de piedade para com os demais.
No estado-natural, o homem vive numa relação de equilíbrio com o meio.
É livre pois executa suas ações livremente e tem consciência de sua liberdade, o que lhe permite realizar escolhas benéficas ou prejudiciais. Não é bom nem mau, sua humanidade depende da realização de suas potencialidades e isso só ocorrerá quando estiver integrado em uma cultura.
Pelo processo de socialização que o retira do seu isolamento que o homem transforma-se e ao mesmo tempo torna-se dependente dos outros homens, que é necessário um contrato legítimo capaz de gerar uma sociedade que respeite e aprimore os fundamentos naturais do indivíduo.
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Sua preocupação fundamental é estabelecer os princípios que podem tornar legítima a situação de dependências em que o homem social vive. Ao afirmar que o homem nasce livre e que, no entanto, se encontra em todo lugar privado de sua liberdade, preocupa-se em estabelecer as condições nas quais a mudança da condição de liberdade para a condição de dependência pode ser considerada legítima. Pretende, deste modo, averiguar o aspecto da legitimidade do poder.
Desse modo, com o contrato legítimo o homem perde apenas a sua liberdade natural e um direito ilimitado a tudo o que tem e o que pode alcançar. O que vem a ganhar é a liberdade civil, que é limitada apenas pela vontade geral.
Assim, no estado civil, o homem adquire uma liberdade moral que é a única que o torna senhor de si mesmo.
Assim, o pacto legítimo, em vez de destruir a igualdade natural e a substituir por uma igualdade moral, transforma a desigualdade física entre os homens, que são desiguais na força em igualdade por convenção.
Liberdade e igualdade são deste modo os princípios de direito político sobre os quais se pode construir uma sociedade legítima.
O poder que se constitui a partir deles é o poder soberano legítimo, que expressa a vontade geral ou o interesse coletivo.
Por meio do pacto nasce o corpo político, constituído pelo Soberano e pelo Estado.
Trata-se de uma concepção política que nasce de um princípio democrático de participação.
Para Rousseau, a manutenção da liberdade do cidadão na sociedade civil pressupõe a participação direta de todos no poder soberano – Democracia direta – única forma de garantir a igualdade social entre os homens.

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