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Aulas Política (1)

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Política 
Introdução 
A política se relaciona constantemente com a sociedade, porque ela surge com a história. História é a realidade em 
constante processo de transformação, essa realidade é resultado da ação dos homens vivendo em sociedade. 
POLÍTICA/SOCIEDADE/HISTÓRIA. 
Significado do conceito 
Política – Significado Institucional: Esse significado se relaciona ao poder político, a disputa por esse poder político. 
Disputa – Partido, eleição, plano de governo, 
Política – Significado de Interesse: 
Partido. 
Histórico do conceito 
A política é Resultante de um extenso processo histórico. Ocorreram mudanças em sua concepção, e é conceito que 
esta em constante movimento. 
Grécia – Democracia; a palavra política vem da atividade social praticada pelos homens da Pólis. 
Platão: Para ele o politico era aquele individuo que possuía o conhecimento dos fins da Pólis, ou seja, para ele, era o 
individuo que oferecia luz para os homens que encontravam-se sem capacidade de enxergar as reais necessidades da 
Pólis. 
Aristóteles: Considerava que a atividade politica utilizava de todas as ciências, as quais em sua totalidade buscavam 
o bem , ou seja, para ele o fim ultimo da política era o BEM SUPREMO, portanto a sociedade só evoluiria a ponto de 
tornar-se a ideal (mais próxima da ideal), por meio da política. 
 
Pérsia/Egito NÃO IMPORTANTE– Havia um governante que exercia seu poder em relação a população, buscando 
determinados objetivos, na Grécia também havia a busca por tais objetivos, a diferença é que lá, a atividade politica 
se constituía na base da vida social. 
Na Grécia tem-se a abertura da prática do soberano para a prática do cidadão. 
Roma: Política centralizada, exercida por um Estado dominador, e voltada aos interesses particulares das Gens 
(Familias originais, de maiores riquezas {Patrícios}). O Estado Romano buscava a defesa dos interesses dos Patrícios 
(Nobres), portanto buscava instituir os objetivos destes para o restante da sociedade. Na politica romana não havia a 
interferência do público no privado. 
Em Roma ,ocorre a difusão da atividade religiosa cristã, que ao longo do tempo adquire significado politico, e a partir 
disso, ocorre o fortalecimento da Igreja. 
Idade Média: a atividade politica vai apresentar uma divisão: poder político (Nobreza) e poder civil (Igreja), por conta 
dessa divisão, surgem duas funções específicas – a dominação pela força e a direção pela persuasão. 
Surge aí uma nova concepção de Estado. O Estado passa a ser dominador e dirigente. Essa nova concepção de Estado 
para MAQUIAVEL deveria ser conduzida por um agente denominado de Príncipe. MAQUIAVEL: Escreveu o Príncipe, 
que tratava a maneira de como o agente assumiria o poder e manteria-se nele, utilizando-se de três maneiras para 
tomar o poder politico, sendo mérito, herança ou roubo, e com isso a política torna-se acessível a todos os 
indivíduos. 
Século XX – Gramsci foi um filosofo, jornalista e socialista que viveu na época da Itália fascista foi preso, passou 
grande parte de sua vida na cadeia, onde escreveu diversos livros. Pegou a ideia de Maquiavel de “Príncipe”, 
alterando-o para príncipe moderno, mas ele não pensa como príncipe moderno um individuo, e sim um partido 
politico, um agente que conduzirá o Estado. 
Marx: Política – é uma atividade que resulta da luta entre as classes. Para ele governo é o governo de um estado que 
representa nos interesses de uma classe. Para Maquiavel a questão principal era de que forma que o individuo ia se 
tornar um príncipe, para o Marx era de que forma as classes dominadas tornariam-se dominantes;para isso 
acontecer para ele teria que através de um processo revolucionário, deveria chegar no socialismo. 
 D. Quatro pontos essenciais em relação à política 
1º - Relação entre o Estado e a sociedade (Sociedade politica com civil), se dá basicamente de duas formas, que são 
elas – Armas (recebe a dominação o Estado, de agente de dominação), e a segunda forma é o Voto (o governo 
recebe a denominação de Agende de Consenso). Armas e voto configuram-se meios de atividade política. 
2º Diferença entre a sociedade política e a sociedade civil: A política – predomínio da ação do Governo. É na 
sociedade civil que se encontram ideologias e demais oposições a sociedade política, que resultam na criação de 
ONGS, sindicatos, etc. 
3º De que forma o governado se torna governante – o governado tem que adquirir o significado de agente político 
institucional, sendo assim, deve em primeiro lugar se organizar e mobilizar em torno de determinados interesses 
sociais, que leva ao desenvolvimento de objetivos políticos que visam transformas as reivindicações em direito. 
4º Contraposição entre liberdade e imposição – A liberdade se materializa no voto; porém,existe a imposição de uma 
estrutura econômica fundamentada nas classes sociais. 
Classes sociais: Classe obrigada a vender sua força de trabalho 
 Classe que pode comprar 
A política acaba sendo utilizada para a conservação dessa estrutura de classes, pois uma minoria possui maior 
representatividade política maior. 
 
 E. Diferença entre revolução e processo eleitoral 
Revolução: Imposição de um setor ou direção da sociedade civil para a sociedade política de modo violento através 
de armas. 
Processo eleitoral: é a compreensão da sociedade política enquanto em prolongamento da sociedade civil.(Saída do 
cidadão da sociedade civil para a sociedade política) 
 F. Organização e mobilização 
Essenciais para sociedade civil. 
Organização: Estrutura dotada de ordem e disciplina. 
Mobilização: Permite a transformação de interesses em direito, em objetivos políticos. Movimentos sociais: 
Oferecem um novo sentido a uma política desacreditada pela atuação das instituições públicas. 
Política governamental – existe a figura de um representante que se configura enquanto tutor dos interesses 
públicos. (fala em nome do povo e para o povo). 
Movimentos sociais: O povo é quem fala. 
Atividade política – a eleição é limitada, pois acontece em distantes espaços de tempo, e ocorre a restrição do objeto 
da escolha (quando se vota o voto é direcionado para um cargo, e não para os objetivos, ou seja, a responsabilidade 
de cumprir os objetivos cabe aos tutores eleitos que podem ou não, cumpri-los, e o que podemos fazer 
independentemente do cumprimento ou não, é esperar os anos até que chegue uma nova eleição). 
Nos movimentos sociais, também existe voto, mas é diferente daquele da sociedade política; esse voto, busca a 
maior representatividade possível (no movimento social). 
 
 
Perg. G. Política/cultura/ideologia 
Cultura enquanto legitimação ideológica – A cultura é introduzida na história com um peso conservador, ou seja, é 
introduzida como resistência às mudanças. 
Revolução Francesa – Choque de classes, e dai ocorre o processo da revolução. A nobreza é retirada do poder, e 
passa a atacar a burguesia que passou a ser a classe dominante, classificando a burguesia de inculta, falando que a 
burguesia pelo fato de não possuir bom gosto, refinamento, boas maneiras, valorizar os bens materiais em 
detrimento dos espirituais, ela colocaria a perder os valores da humanidade. No séc. XIX a burguesia desenvolve sua 
cultura, e no séc XX ocorrem diversas revoluções politicas e socialistas, assumindo o poder os operários, sendo assim, 
a burguesia perde o poder e passa a atacar o proletariado, utilizando o mesmo argumento da nobreza. 
Se o ambiente cultural pertence aos interesses politicamente dominantes, a classe dominante faz da sua cultura a 
cultura da sociedade, valores específicos se tornam universais. 
Cultura enquanto meio organizador – Gramsci desenvolve essa ideia – para ele a organização politica é feita através 
da organizaçãocultural, e explica essa ideia elencando 3 setores da sociedade que tem importância na organização 
cultural, sendo a escola, a igreja e os jornais. Para ele, esses setores que tem a ver com a cultura, possuem a função 
de organizar a participação do aluno (escola), fiel (igreja) e leitor (jornais), na sociedade, na política. 
Gramsci, toma os jornais para ampliar essa questão, falando dos órgãos de imprensa (falando nos dias de hoje), os 
órgãos de imprensa tem duas funções principais, a primeira é apoio ideológico, que significa transmitir conteúdos 
culturais com a finalidade ideológica de apresentar os interesses de uma classe como sendo os interesses gerais da 
sociedade.(Tem sentido de manipulação, mas não de maneira objetiva, de maneira implícita; a globalização faz 
muito isso). 
A segunda é a função de direção ideológica, que significa mobilizar os indivíduos em torno de determinados 
objetivos políticos. (Explícito) 
Vídeo (ver cidadão Kane) – “Muito além do Cidadão Kane” – Simon Hartog 1993 – 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GLOBALIZAÇÃO 
 
 
 
NÃO DEVE ser compreendida como: 
 
- uma ENTIDADE surgida no final do século XX 
- de base EMINENTEMENTE ECONÔMICA 
- resultado de um acontecimento histórico ALEATÓRIO 
- ausente de qualquer conteúdo IDEOLÓGICO 
 
GLOBALIZAÇÃO se configura em um PROJETO POLÍTICO que OBJETIVA atingir a HEGEMONIA do poder em 
TERMOS MUNDIAIS, a partir de uma LINHA IDEOLÓGICA: NEOLIBERALISMO. 
 
O PLANO POLÍTICO que CARACTEIZA a GLOBALIZAÇÃO foi elaborado no INÍCIO DA DÉCADA DE 80 DO SÉCULO 
PASSADO durante os governos de REAGAN (EUA) e THATCHER (INGLATERRA) como resposta à CRISE DO 
CAPITALISMO que veio em decorrência dos “CHOQUES DO PETRÓLEO” promovidos pela ALTA DOS PREÇOS pelos 
países da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) em 1973 e 1979. 
Como sair dessa crise? 
Buscando uma NOVA FORMA DE ORGANIZAÇÃO DA ECONOMIA, que NÃO DEPENDESSE de RECURSOS 
NATURAIS ESCASSOS como, por exemplo, o petróleo. 
A ideia, portanto, foi a de buscar um SUCESSOR para o PETRÓLEO, em termos econômicos. 
A SOLUÇÃO ENCONTRADA foi MAXIMIZAÇÃO DE INVESTIMENTOS EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA. 
Esse incremento no campo da CIENCIA E TECNOLOGIA, acarretou um DESENVOLVIMENTO sem precedentes 
de quê? Dos MEIOS DE COMUNICAÇÃO, que passam a operar em ESCALA MUNDIAL. 
 
 - os satélites de comunicação 
 - as fibras ópticas 
 - os cabos submarinos 
 
 formaram a BASE dos MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA EM ESCALA PLANETÁRIA, permitindo a 
COMUNICAÇÃO IMEDIATA ao redor do MUNDO. 
 
 Hoje, vivemos em um mundo que possui quais características? 
 
 - rapidez 
 - fluidez 
 - instantaneidade 
 
Que é possível pelo quê? 
Pela presença dos NOVOS SISTEMAS TECNICOS, sobretudo os SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. 
Ou seja, em um curto espaço de tempo houve uma RÁPIDA/SENSÍVEL EVOLUÇÃO das tecnologias de 
informação. 
 
 As noções de TEMPO e ESPAÇO são redimensionadas: 
 
a) As informações passam a ser INSTANTÂNEAS 
b) DINHEIRO eletrônico (transações econômicas enormes feitas de um instante a outro) 
c) PRODUÇÃO (a maioria dos produtos não é fabricada de forma pronta em um único país. Há uma 
descentralização) 
 
 
Esse momento da Globalização deve ser entendido como uma nova REVOLUÇÃO, baseada na: 
 
-Microeletrônica 
-Informática 
-Telecomunicações 
 
Isso leva a quê? 
 
 TERRITÓRIO A TERRITÓRIO B 
 
 
 
 
 
 Acesso imediato e constante 
 
 
 
 
 
 REDE PLANETÁRIA DE MEIOS DE COMUNICAÇÃO 
 
 
DESTERRIORALIZAÇÃO, o que leva a UM NOVO MODO DE VIDA. 
 
No MUNDO da GLOBALIZAÇÃO o ESPAÇO GEOGRÁFICO ganha novas características. Ou seja, há uma NOVA 
LÓGICA, provocada pelos maciços INVESTIMENTOS na CIÊNCIA E TECNOLOGIA que traz como 
CONSEQUÊNCIA: 
A SUBSTITUIÇÃO DO EIXO PRORITÁRIO DA ECONOMIA 
na medida em que a PRODUÇÃO INDUSTRIAL passa a ser uma atividade secundároa e a PESQUISA EM 
CIÊNCIA E TECNOLOGIA prioritária. 
 
Como resultado disso tudo entre MEADOS DOS ANOS 80 E INÍCIO DOS 90 DO SÉCULO XX, há uma 
RECUPERAÇÃO das TAXAS DE CRESCIMENTO DA ECONOMIA. 
 
QUAL A RELAÇÃO ENTRE A DESTERRITORIALIZAÇÃO E O COMPORTAMENTO? 
 
GLOBALIZAÇÃO pode ser compreendida como um processo de homogeneização/padronização de 
comportamentos. 
Que traz como consequências o quê? 
 
RISCO à DIVERSIDADE CULTURAL da humanidade. Que por sua vez facilita o quê? 
A DIFUSÃO e a INCORPORAÇÃO das ideias da GLOBALIZAÇÃO/NEOLIBERAIS. 
 
GLOBAL  LOCAL 
 
* GLOBAL “ATACA” O LOCAL 
* LOCAL FICA IMPREGNADO NO GLOBAL. 
 
NÃO É mais possível entender GLOBAL E LOCAL como ORDENS AUTÔNOMAS que vão manter sua identidade. 
Mas sim, 
GLOBALIZAÇÃO processo que incorpora numa única ideia o LOCAL e o GLOBAL. 
 
 
 
 
 
 
 
CONSEQUÊNCIAS IMEDIATAS DA GLOBALIZAÇÃO 
 
1- Declínio do Estado-Nação 
A concepção tradicional de estado-nação constituída por 
- uma unidade territorial delimitada por fronteiras políticas, sobre as quais é soberano 
- uma unidade econômica, organizadora dos seus assuntos internos e externos 
 
Passa a se ENFRAQUECER, ou seja: 
 
O modelo CLÁSSICO da CIÊNCIA POLÍTICA que tem por base as SOCIEDADES NACIONAIS vai sendo 
substituído por um modelo baseado na SOCIEDADE GLOBAL. 
Com isso, os conceitos associados ao Estado-Nação são reformulados como por exemplo: Soberania, 
Hegemonia. 
Portanto a GLOBALIZAÇÃO reduz o espaço do Estado-Nação. 
 
Por ser associada a PROCESSOS ECONÔMICOS MUNDIAIS surgem NOVOS CENTROS DE PODER (blocos, 
conglomerados, países) 
Que vão estabelecer normais e leis, que podem se opor à grande maioria da sociedade civil de uma 
nação 
 
2- Pobreza/Desemprego 
Qual a diferença entre os produtos de hoje e os de 40 anos atrás? 
Descartabilidade Material. 
Descartabilidade Humana. 
 
 DIMENSÕES DA GLOBALIZAÇÃO 
 
1- Econômica 
2- Social 
3- Ambiental 
4- Cultural 
5- Comunicação 
6- Política 
 
1) Econômica 
 
Quais os agentes mais dinâmicos da globalização? 
Conglomerados, que dominam em quase sua totalidade: 
- Produção 
- Comércio 
- Tecnologia 
- Finanças Internacionais 
 
Tem-se, portanto, um monopólio dos conglomerados. 
 
2) Social 
 
Todo esse processo de reestruturação econômica levou países em desenvolvimento: 
- A fome 
- Ao empobrecimento 
 
Há uma nova ordem financeira internacional que se sustenta mediante: 
- Fome 
- Exclusão Social 
- Desemprego 
- Doenças 
 
Isso se deve a quê? 
 
Os governos (dos países em desenvolvimento) são obrigados a promover a “modernização” das suas 
economias para adaptá-las à competitividade internacional 
 
Qual o resultado disso? 
 
Modelagem da vida social: surgimento de problemas comuns como superpopulação das 
cidades/doenças/miséria. 
 
3) Ambiental 
 
Com a industrialização, o domínio do homem sobre a natureza aumentou consideravelmente, o que 
gera: um IMPACTO negativo sobre o meio ambiente. 
Assim, cada vez mais há uma degradação: 
- de espaços naturais 
- de certas culturas 
- de povos inteiros 
 
Ou seja, há uma degradação do meio ambiente em escala planetária: 
- desmatamentos 
- efeito estufa 
- contaminações 
 
4) Cultural 
 
Duas correntes: 
 
 Globalização = Americanização 
EUA  difusores de cultura 
Resto do mundo  periferia 
 
 Ideias/Objetos culturais 
Devem ser compreendidos em termos de uma mundialização. 
 
5) Comunicação 
 
O principal elemento é a informação. 
 
Aspecto positivo: 
- Esses novos sistemas técnicos permitem uma transferência cada vez maior de informações, em um 
tempo menor. 
 
Aspecto negativo: 
- A informação se torna mais vulnerável/promíscua.6) Política 
 
Estados nacionais ficam privados de possibilidade de articular uma política autônoma de 
desenvolvimento em função do enfraquecimento dos estados-nacionais uma vez que a 
interdependência estre os países passa a ser maior. 
 
Qual o resultado disso? 
Redução dos instrumentos políticos do Estado, que antes permitiam ao Estado total controle de suas 
atividades. 
 
Ou seja: os novos centros de poder arrastam o estado e sua força normativa na produção de 
condições favoráveis para o seu desenvolvimento. 
UTILIZAM o TERRITÓRIO em FUNÇÃO: 
- De seus projetos 
- De seus interesses 
- De seus fins 
 
 
NEOLIBERALISMO 
 
 
REAÇÃO teórica CONTRA: 
 
- Estado intervencionista 
 Ou 
-Estado do bem-estar social 
 
Dessa forma, para se entender o NEOLIBERALISMO, faz-se necessário compreender o significado do 
ESTADO INTERVENCIONISTA. 
 
´´20 – EUA 
Enquanto a produção industrial e agrícola crescem aceleradamente, o aumento dos salários NÃO 
acompanha tal crescimento. 
A intensificação da mecanização da indústria e da agricultura traz como consequência o desemprego. 
Os países europeus recuperaram-se dos efeitos da guerra, o que os levou 
- a comprar cada vez menos dos EUA 
- a concorrer com eles nos mercados internacionais 
 
Por falta de consumidores internos e externos, começam a sobrar grandes quantidades de produtos 
configurando-se, assim uma crise de superprodução. 
Diante disso, os AGRICULTORES viram-se forçados a ARMAZENAR a produção, o que os obrigou a 
pedir EMPRESTIMOS aos bancos e a oferecer as terras como garantia de pagamento, o que os levou 
à perda. 
Os industriais, por sua vez, foram forçados a DIMINUIR o ritmo da produção, e, consequentemente, a 
DESPEDIR milhares de trabalhadores. 
Apesar da CRISE, os pequenos, médios e grandes investidores continuaram especulando com ações. 
Ou seja, COMERCIALIZAVAM as ações por preços que NÃO condiziam com a real situação das 
empresas, como se a economia do país estivesse saudável. 
Qual a consequência? 
Refletindo a real situação das empresas os preços das ações começaram a BAIXAR. 
Os acionistas tentaram vende-las, mas NÃO conseguem 
Assim, em 29 de Outubro de 1929, havia 13 MILHÕES de ações à venda, mas NÃO havia 
compradores. 
Por isso os preços das ações despencaram ocorrendo a QUEBRA DA BOLSA DE VALORES DE NOVA 
IORQUE. 
Com isso, milhares de bancos, industrias e empresas rurais foram à FALÊNCIA e pelo menos 12 
MILHÕES de norte-americanos perderam o emprego. 
Dessa forma, os EUA: 
- Reduziram drasticamente a compra de produtos estrangeiros, 
- Suspenderam totalmente os empréstimos a outros países. 
Assim o que era uma crise local, se tornou uma CRISE CAPITALISTA MUNDIAL. 
 
John Maynard Keynes (1893-1946) - Economista britânico 
Sua teoria se constitui no suporte teórico do Estado Intervencionista. 
Em 1936 publica a obra: “Teoria geral do emprego, dos juros e da moeda.” 
Em que recomenda/defende a INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA como forma de superar a 
crise capitalista. 
O estado DEIXA de ser o “VIGIA DA ECONOMIA” e passa a exercer um CONTROLE agindo de forma 
ATIVA na mesma. 
 
[Nesse período (meados dos anos 30) acontece um fato essencial: 
Os trabalhadores e os empresários começam a promover uma série de acordos. Os trabalhadores 
concordam em ELEVAR a PRODUTIVIDADE em troca de SALÁRIOS MAIORES. 
Esse período marca o FORTALECIMENTO DOS SINDICATOS que passam a lutar para GARANTIR o 
cumprimento dos acordos.] 
 
Uma outra característica do ESTADO INTERVENCIONISTA era a de proporcionar a todos os cidadãos 
condições básicas para uma vida digna, como: 
- Educação 
- Saúde 
- Habitação 
- Saneamento 
- Transportes 
 
ORIGEM DO NEOLIBERALISMO 
 
- obra: “O caminho da servidão” (1944) 
Escrita por Friedrich Hayek, economista austríaco. 
CRÍTICA contra toda e qualquer RESTRIÇÃO dos mecanismos de mercado por parte do Estado. 
O autor entende essa condição como uma AMEAÇA à liberdade econômica. O que provocaria: uma 
espécie de SERVIDÃO da economia em relação ao Estado. 
Para HAYEK, o envolvimento do Estado na economia poderia resultar, em longo prazo, em um 
TOTALITARISMO. 
Totalitarismo=Regime em que um grupo centraliza todos os poderes políticos e econômicos. 
Em 1947, funda-se, na SUÍÇA, a Sociedade de Mont Pèlerin. Constituída por um GRUPO de 37 
intelectuais que: possuíam como preocupação principal as AMEAÇAS às liberdades individuais. 
Tinham como proposito fundamental COMBATER o KEYNESIANISMO (estado intervencionista) e 
buscavam elaborar as bases de um capitalismo LIVRE DE REGRAS. 
Contudo, esse propósito esbarrava no FATO de que os ESTADO INTERVENCIONISTA estava NO AUGE, 
e assim, permaneceu pelas décadas de 50 e 60. 
Dessa forma, por mais de 20 ANOS, essas ideias permaneceram na TEORIA. 
Em 1973 ocorre o 1º CHOQUE DO PETRÓLEO, provocado pelo EMBARGO/CORTE do FORNECIMENTO 
de petróleo 
- aos EUA 
- às potências europeias 
Tal EMBARGO foi feito pelas NAÇÕES ÁRABES membros da OPEP 
- Arábia Saudita 
- Irã 
- Iraque 
- Kuwait 
REPRESÁLIA ao APOIO doa EUA e da EUROPA OCIDENTAL à ocupação, no mesmo ano, de territórios 
palestinos por Israel. 
Após o embargo os países estabelecem: 
- Cotas de Exportação 
- Quadruplicam os preços 
Essas medidas DESESTABILIZAM a economia mundial e provocam RECESSÃO nos EUA e na EUROPA 
com grande REPERCUSSÃO INTERNACIONAL. 
Em 1979 ocorre o 2º CHOQUE DO PETRÓLEO, causado pela REVOLUÇÃO IRANIANA (xiita) que instala 
uma REPÚBLICA ISLÂMICA no país. 
Assim, a PRODUÇÃO de petróleo e gravemente AFETADA. 
O Irã, que era o SEGUNDO MAIOR exportador da OPEP, fica FORA do mercado. 
O preço do Barril atinge níveis RECORDES e AGRAVA a recessão econômica mundial. 
A partir daí as ideias NEOLIBERAIS começam a se MATERIALIZAR. 
HAYEK considerava que o PONTO PRINCIPAL da crise estava localizado onde? 
No poder EXCESSIVO dos SINDICATOS. 
 
 
 
Para ele, tal poder atingiria as BASES da acumulação capitalista através: 
 
1) Pressões REINVINDICATÓRIAS sobre os SALÁRIOS 
2) Pressões para o Estado aumentar os GASTOS SOCIAIS 
 
Que afetam NEGATIVAMENTE os níveis de lucros das empresas e capital do Estado 
Como solucionar essa questão? 
Através da manutenção de um ESTADO: 
- FORTE para derrotar o poder dos sindicatos. 
- MODERADO no que se refere aos gastos sociais. 
 
1979 – INGLATERRA – Governo THATCHER 
O PRIMEIRO país a pôr em PRÁTICA o programa NEOLIBERAL 
 
1980 – EUA – Governo Ronald Regan 
 
1982 – ALEMANHA – Helmut Khol 
 
1983 – DINAMARCA – Schluter 
 
Mais os países, em quase sua totalidade, do NORTE da EUROPA. 
Dessa forma, nos anos 80 há a CONSOLIDAÇÃO DA NOVA DIREITA NA EUROPA OCEIDENTAL. 
 
INGLATERRA foi o país PIONEIRO e o mais PURO 
 
Principais PROCEDIMENTOS tomados: 
 
- QUEDA significativa dos impostos sobre os RENDIMENTOS ALTOS 
- Achatamento de GREVES, sem qualquer tipo de NEGOCIAÇÃO 
- Imposição de uma NOVA LEGISLAÇÃO ANTI-SINDICAL 
- CORTE de gastos sociais 
- Amplo programa de PRIVATIZAÇÃO 
 
Um dado importante 
Enquanto ao NORTE da Europa, havia um PREDOMÍNIO dos governos de DIREITA (NEOLIBERAIS) 
Ao SUL, governos de ESQUERDA eram eleitos. (França, Espanha, Portugal, Itália, Grécia) 
 
Esses governos representavam um ALTERNATIVA PROGRESSISTA, baseada em movimentos 
OPERÁRIOS ou POPULARES, contrastando com os governos AMERICANO e do NORTE DA EUROPA. 
 
Porém há, em sua grande maioria, um MAU ÊXITO dos seus projetos. 
Por quê? 
Pela pressão dos MERCADOS financeiros internacionais que os obriga a uma ALTERAÇÃO da sua 
POLÍTICA, levando-os a se aproximarem da ortodoxia neoliberal. 
Priorizando: 
 
- estabilidade monetária 
- contenção do orçamento 
- concessões fiscais aos detentores de capital 
- abandono do pleno emprego 
 
CONSEQUÊNCIA 
No final dos anos 80, o desemprego na FRANÇA era MAIS ALTO que na INGLATERRA. 
 
 
 
 
 
Essa mesma política se deu na AUSTRÁLIA E NOVA ZELÂNDIA,mas com um AGRAVANTE: 
Foram governos ditos TRABALHISTAS que se SUCEDERAM no PODER com programas neoliberais. 
 
NEOLIBERALISMO NA AMÉRICA LATINA 
 
Embora a AMÉRICA LATINA represente a TERCEIRA cena neoliberal, foi nela que se der, 
ORIGINALMENTE, a PRIMEIRA EXPERIÊNCIA NEOLIBERAL SISTEMÁTICA DO MUNDO. 
No CHILE, durante o GOVERNO PINOCHET a partir de 1973. 
 
CHILE = LABORATÓRIO NEOLIBERAL 
 
Chile, portanto, PIONEIRO do CICLO neoliberal 
Pinochet  Governo que sintetiza todos os rituais neoliberais: 
 
- Total abertura da economia às importações 
- Repressão sindical 
- Corte de gastos sociais 
- Programa de privatização 
 
E, além disso, houve: 
- abolição da democracia 
- instalação de uma das MAIS CRUÉIS ditaduras militares já existentes. 
 
1985 – BOLÍVIA 
Adotou o neoliberalismo para conter uma HIPERINFLAÇÃO 
Até o final dos anos 80, Chile e Bolívia eram EXPERIÊNCIAS ISOLADAS 
Na sequência tem-se: 
 
1988 – México – SALINAS 
1989 – Argentina – MENEM 
1989 – Venezuela – CARLOS ANDRÉ PEREZ 
1990 – Peru – FUJIMORI 
 
NEOLIBERALISMO NO BRASIL 
 
No período entre 1975 a 1985 
FORTALECIMENTO da sociedade civil em CONTRAPOSIÇÃO ao Estado AUTORITÁRIO. 
 
1) EMERGÊNCIA de movimentos populares, sindicatos, associações 
2) QUESTÕES como o custo de vida, arrocho salarial, a educação ganham uma CONOTAÇÃO 
POLÍTICA. 
3) Surgimento de GRANDE movimentos SOCIAIS como os que se ARTICULARAM em torno da luta 
pela ANISTIA e pelas DIRETAS JÁ. 
 
Com o desgaste da ditadura, surgem projetos alternativos de desenvolvimento: 
O NEOLIBERALISMO defendido pelas ELITES DOMINANTES 
O SOCIALISMO DEMOCRÁTICO defendido pelos setores populares 
 
Governo JOSÉ SARNEY (1985-1990) 
Caracterizou-se como o inicio da TRANSIÇÃO do modelo de desenvolvimento AUTORITÁRIO estatal, 
para um modelo NEOLIBERAL. 
 
Governo COLLOR (1990-1992) 
Vitória do PROJETO NEOLIBERAL que propunha LIVRE MERCADO E MENOS ESTADO. 
Após DOIS ANOS deste governo, o Brasil passou a viver uma das crises MAIS AGUDAS de sua história. 
 
 
 
Governo ITAMAR FRANCO (1992-1994) 
Continuidade do PROJETO NEOLIBERAL 
O então Ministro da Fazendo, Fernando Henrique Cardoso, cria em 1994, o PLANO REAL. 
Elaborado NÃO APENAS para ELEGER FHC presidente, mas sim para SUBMETER a economia brasileira 
definitivamente aos parâmetros do CONSENSO DE WASHINGTON. 
 
CONSENSO DE WASHINGTON: 
Reunião em 1989 entre as MÁXIMAS EXPRESSÕES DO NEOLIBERALISMO: 
 
- Economistas latino-americanos de perfil liberal 
- Funcionários do Fundo Monetário Internacional (FMI) 
- Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) 
- Governo norte-americano 
 
Que visava AVALIAR as REFORMAS ECONÔMICAS da América Latina. 
Nessa reunião foi elaborado um RECEITUÁRIO para a CONCESSÃO DE CRÉDITOS 
Dessa forma, os países que quisessem EMPRESTIMOS DO FMI deveriam ADEQUAR suas economias 
às novas regras. Como por exemplo: 
 
- Reforma administrativa e previdenciária 
- Corte de salários dos funcionários públicos 
- Corte das contribuições sociais 
- Privatização 
- Total abertura comercial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIBERALISMO 
 
01- Introdução 
 
Por liberalismo entende-se uma determinada CONCEPÇÃO DE ESTADO, na qual o estado possui 
FUNÇÕES E PODERES LIMITADOS, e como tal, se CONTRAPÕE ao Estado Absoluto e ao Estado Social. 
Apesar de existir desde meados do séc. XVII, a Teoria Liberal é consistentemente formulada por 
ADAM SMITH no séc. XVIII. 
 
ADAM SMITH (1723-1790) – Economista Escocês 
“A riqueza das Nações” (1776) – a mais importante obra de economia do séc. XVIII 
Nessa obra ele procurou demonstrar que a RIQUEZA DAS NAÇÕES resultava do TRABALHO dos 
indivíduos que, seguindo seus interesses particulares, promoviam a Ordem e o Progresso da NAÇÃO. 
Para Adam Smith NÃO HAVIA a necessidade de o ESTADO INTERVIR na economia, pois ela era 
GUIADA por uma “MÃO INVISÍVEL”, isto é, pelas leis NATURAIS do mercado: 
- Livre concorrência 
- Competição 
As quais determinavam o preço das mercadorias e eliminavam os fracos e ineficientes. 
 
A origem do liberalismo está relacionada ao DESEJO de se LIMITAR a INTERFERÊNCIA da IGREJA e do 
ESTADO na sociedade, uma vez que entre os séculos XVI e XVIII, na Europa, os governantes criavam 
taxas, impostos e leis segundo critérios exclusivos que prejudicavam quase que toda a sociedade. 
 
02 – Base Filosófica 
 
A base filosófica do liberalismo é o JUSNATURALISMO. 
 
Jusnaturalismo é uma DOUTRINA segundo a qual, TODOS OS HOMENS, sem exceção, têm por 
NATUREZA e, portanto, independentemente da sua própria vontade e da vontade dos outros, certos 
direitos FUNDAMENTAIS, como o direito: 
 
- À vida 
- À liberdade 
- À felicidade 
 
Sendo que o ESTADO DEVE: 
 
- Respeitar esses DIREITOS e, portanto, NÃO invadi-los 
- Protegê-los contra toda possível invasão por parte dos outros. 
 
De acordo com o jusnaturalismo há LEIS NÃO POSTAS pela VONTADE HUMANA, que por isso mesmo 
PRECEDEM à da SOCIEDADE. Ou seja, há leis que NÃO SÃO ESCRITAS, mas que existem no mundo e 
os HOMENS as ACATAM. 
Leis INVARIÁVEIS de validade GERAL, que atuam INDEPENDENTEMENTE dos interesses e das 
opiniões das sociedades. 
(prova) Para o liberalismo, portanto, o INDIVÍDUO é o SER PRIMORDIAL/BÁSICO POSSUIDOR de 
LIBERDADE; sendo que, é a partir dessa LIBERDADE que ele vai BUSCAR o seu DESENVOLVIMENTO: 
- Econômico 
- Social 
- Cultural 
De acordo com o liberalismo, o INDIVÍDUO é o PROTAGONISTA da sociedade e deve possuir 
LIBERDADE MÁXIMA para PROGREDIR em termos: Financeiros, morais, intelectuais. Em detrimento a 
vínculos externos imposto de forma coercitiva. 
 
 
 
 
 
03 – Base histórica 
 
HISTORICAMENTE, o ESTADO LIBERAL nasce: 
- De um contínuo desgaste do poder absoluto do rei. 
- De uma ruptura revolucionária. 
Por isso, o PROGRESSO INICIAL do LIBERALISMO encontra-se INTIMAMENTE ligado a DOIS PONTOS 
PRINCIPAIS: 
- ILUMINISMO 
- REVOLUÇÃO FRANCESA 
 
Então, 
Base filosófica  jusnaturalismo 
Base histórica  iluminismo e revolução francesa 
 
04 – Papel do Estado 
 
Do ponto de vista do INDIVÍDUO o ESTADO é entendido como um MAL NECESSÁRIO. Enquanto mal, 
embora necessário, o estado deve se INTROMETER o MENOS POSSÍVEL na ESFERA DE AÇÃO dos 
INDIVÍDUOS. 
Assim, o LIBERALISMO é uma DOUTRINA do ESTADO LIMITADO tanto em relação aos seus PODERES 
quanto às suas FUNÇÕES. 
A NOÇÃO que representa o Estado limitado em relação aos PODERES é o ESTADO DE DIREITO, que se 
contrapõe ao ESTADO ABSOLUTO. 
 
ESTADO DE DIREITO: É o Estado em que os PODERES PÚBLICOS são REGULADOS por normas gerais, 
ou seja, há a SUPERIORIDADE do GOVERNO DAS LEIS sobre o GOVERNO DOS HOMENS. 
 
A NOÇÃO que representa o Estado limitado em relação às FUNÇÕES é o ESTADO MÍNIMO. 
Para o liberalismo, o MELHOR ESTADO é o ESTADO MÍNIMO: 
- o que GOVERNA MENOS 
- o que deixa MAIS LIBERDADE aos INDIVÍDUOS 
 
A esse ESTADO MÍNIMO caberiam TRÊS FUNÇÕES: 
a) PRESERVAR a LIBERDADE dos INDIVÍDUOS defendendo-os contra violações por OUTROS 
indivíduos.  Função Policial 
b) SERVIR de ÁRBITRO para JULGAR DESAVENÇAS entre indivíduos.  Função Judicial 
c) DEFENDER a LIBERDADE dos SEUS CIDADÃOS contras AGRESSÕES EXTERNAS.  Função Militar 
 
Função Policial, Função Judicial, Função Militar  Principais funções que o ESTADO deve exercer. 
 
São funções NECESSÁRIAS, LEGÍTIMAS e INDISPENSÁVEIS a fim da PRESERVAÇÃO de UM MÁXIMO DE 
LIBERDADE para os INDIVÍDUOS no ORDENAMENTO SOCIAL. 
 
05 – Liberdade Econômica 
 
Liberdade econômica deve ser entendida como: 
 
a) Liberdade de INICIATIVA 
Direito de ENTRADA NO MERCADO para PRODUZIR os BENS e SERVIÇOS que os 
CONSUMIDORES/USUÁRIOS DESEJAM. 
 
b) Liberdade de CONTRATO 
Representada pelo ESTABELECIMENTO de: 
- Preços 
- Salários 
- Juros 
SEM restrições de QUALQUER NATUREZA. 
 
06 – Liberdade Política 
 
Oque caracteriza a liberdade política é a: 
- Liberdade de EXPRESSÃO 
- Liberdade de CRENÇA 
- Liberdade de REUNIÃO 
- Liberdade de ESCOLHA 
 
Para tanto é INDISPENSÁVEL: 
- Que os indivíduos possam de ORGANIZAR em torno de IDEIAS; 
- Que os indivíduos possam formar PARTIDOS POLÍTICOS de QUALQUER NATUREZA 
- Que haja ELEIÇÕES PERIÓDICAS. 
 
07 – Princípios gerais do Liberalismo 
 
A) A NINGUÉM é permitido recorrer à FORÇA ou à FRAUDE para OBRIGAR ou INDUZIR ALGUÉM a 
FAZER o que NÃO DESEJA. 
 
B) IGUALDADE PERANTE A LEI. 
A LEI é a MESMA para TODOS, APLICADA da mesma forma, INDEPENDENTE da religião, do 
partido, da raça e da condição econômica do indivíduo. 
 
C) AUSÊNCIA DE PRIVIÉGIOS. 
 A nenhum indivíduo serão concedidos: vantagens, isenções, direitos, privilégios. 
 
D) RESPEITO AOS DIREITOS INDIVIDUAIS. 
Garantia e proteção ao direito à vida, à liberdade e à propriedade; os quais não podem ser 
tirados dos indivíduos. 
 
SOCIALISMO 
 
Origina-se a partir da metade do séc. XIX, em função dos efeitos da revolução industrial sobre as 
sociedades modernas. Surgiram uma série de desigualdades e péssimas condições de trabalho. O 
ideal socialista surge na tentativa de resgatar a dignidade humana. 
As duas fases do socialismo: 
1- Socialismo Utópico ou Pré-Marxista -> Fase de amadurecimento do ideal socialista. Vai da 
metade do séc. XVIII até a metade do séc. XIX. 
2- Socialismo Científico ou Marxista -> A partir da obra de Marx. 
 
Socialismo Utópico 
 
No séc. XVI, na Inglaterra, se inicia o choque entre burguesia e nobreza. Alguns pensadores já 
anteciparam as mazelas da ascensão burguesa para o proletariado. 
Pensadores: 
 
Thomas More (XV – XVI): 
Obra -> “Utopia” 
 
Francis Bacon (XVI – XVII): 
Obra -> “Nova Atlântida” 
 
Campanella (XVI – XVII): 
Obra -> “Cidade do Sol” 
 
Esses autores caracterizavam nessas obras, o que viria a ser uma sociedade perfeita. 
Sociedade perfeita = Sociedade justa, sociedade igualitária, sociedade fraterna. 
Esses autores e sua doutrina recebem a denominação de utópicos (socialismo utópico), porque 
não apresentam de forma concreta os meios para se chegar a tal sociedade. 
Crítica ao capitalismo, mas uma crítica inconsistente e ausente de fundamentação teórica. 
 
A partir do séc. XVII e principalmente no séc. XVIII -> A estrutura econômica da Europa se altera 
profundamente. Em consequência a isso, o pensamento também muda. Essa fase é marcada 
pela produção intelectual dos chamados críticos sociais. 
 
França: Os críticos sociais franceses canalizavam/direcionavam seus ataques à nobreza, ao 
absolutismo e à igreja, que eram considerados o motivo da miséria na qual o povo estava 
mergulhado. 
 
Inglaterra: 
Winstanley (XVII)  Na sua teoria demonstra e fundamenta, teoricamente, que a sociedade 
estava dividida em classes antagônicas. Defende o trabalho coletivo e a propriedade comum da 
terra, que seriam meios para se chegar à condição de felicidade. 
Charles Hall (XVIII – XIX)  Para ele os trabalhadores/operários criam valores, e em troca 
recebem o salário. Porém, o valor é sempre maior do que o salário recebido. E essa diferença 
entre o valor e o salário, é o que ele identifica como lucro, que fica sempre na mão do patrão. 
 
Revolução Francesa e Socialismo: 
A burguesia, ao desencadear o processo revolucionário, queria tomar o poder da nobreza. Nesse 
processo ela conta com o apoio das classes baixas. Ainda assim, desde a revolução francesa, era 
clara e visível, a contradição entre a burguesia e as classes mais baixas. A burguesia não tem 
interesse de dividir o poder com as camadas mais baixas. Em determinado momento, os 
pequenos burgueses, os artesãos, os operários, os empregados do começo e a massa 
empobrecida percebem que as mudanças políticas almejadas pela burguesia não trariam 
nenhuma evolução para elas. Fica claro para elas que, para ter acesso ao poder, elas precisariam 
se organizar e lutar. 
 
Socialismo Científico 
 
Todas as ideias abaixo são referentes aos dois (mesmo quando só um deles for citado): 
Marx / Engels 
O socialismo científico foi marcado pela obra “Manifesto do Partido Comunista” (1848) escrita 
por Marx e Engels. 
Essa obra “renova” o socialismo. 
Para desenvolver essa obra e sua ideologia, Marx e Engels vão se inspirar nas 3 principais 
correntes de pensamento do séc. XVIII: 
 
- Dialética * 
- Economia política inglesa 
- Socialismo 
 
* A dialética é um ponto chave. 
 
Dialética: O conceito de dialética é criado por um filósofo alemão chamado Hegel. 
De acordo com a dialética, cada conceito possui em si o seu contrário. Ou seja, cada afirmação 
traz o germe da sua negação, o qual, após se desenvolver, entra em choque com a afirmação, 
gerando um terceiro elemento mais desenvolvido do que a afirmação e do que o germe da 
negação, que recebe o nome de síntese. 
(Exemplo do ovo) 
Marx e Engels utilizam a dialética de Hegel, só que há uma diferença no que se refere à utilização 
da dialética. Hegel, que cria a dialética, é um filósofo idealista; ou seja, para um filósofo idealista, 
o pensamento cria a realidade. A realidade é resultado de um pensamento, de uma ideia. 
Para Marx e Engels, que eram filósofos materialistas, o pensamento que é resultado da 
realidade. Tanto que Marx e Engels criam a ideia de materialismo dialético, e posteriormente a 
ideia de materialismo histórico. 
 
O Materialismo Histórico é muito importante, pois representa uma ruptura na forma de 
compreender/estudar a história. Até então, história era entendida como “história das 
civilizações”, uma simples sequência ordenada de fatos históricos referentes aos impérios, às 
religiões e aos reinados. 
Para Marx e Engels, essa história não representava coisa alguma. Para eles, o que importava era: 
 
1- Descobrir a base material desses reinados, desses impérios e das religiões. 
Descobrir a base material significava descobrir a base econômica, que significa descobrir: Quem 
produzia, como se produzia, com o que se produzia e para quem se produzia. 
 
2- Explicar o movimento da história enquanto um movimento dialético. 
Ao decorrer da história, constantemente os conceitos mudam. Para o filósofo idealista essa 
mudança seria fruto da ideia e do pensamento. Para um filósofo materialista (Marx e Engels), 
para se compreender essas mudanças de conceitos seria necessário compreender a profunda 
relação entre a realidade material e o pensamento. 
Marx e Engels afirmam que na sociedade existe: 
- Uma estrutura político-jurídica. 
- Uma ideologia. 
Que, juntas, seriam o resultado das relações estabelecidas pelos indivíduos em um determinado 
momento da história. Sendo que, essas relações, por sua vez, corresponderiam a um 
determinado estágio de desenvolvimento das forças produtivas. 
 
 Forças Produtivas: 
 
Clima Mão de obra 
Solo Máquinas 
Água e matéria prima. Instrumentos de trabalho 
 Técnicas. 
 
 
Então, para Marx e Engels, nas sociedades nós temos uma superestrutura política, jurídica e 
ideológica. Que tem por base uma infraestrutura, que são as forças produtivas. Uma alteração 
nas forças produtivas coloca em risco essa superestrutura. 
Na passagem do modo de produção feudal par ao modo de produção capitalista houve um 
desenvolvimento acelerado das forças produtivas. A burguesia ganha, cada vez mais, uma força 
econômica maior. O capitalismo começa a se expandir, mas se esbarra nas barreiras econômicas 
e políticas. Há uma mudança da infraestrutura, mas a superestrutura não acompanha essa 
mudança, então a burguesia precisava do poder, precisava construir uma sociedade de acordo 
com seus interesses. 
 
Levando para a Dialética: 
Afirmação = Modo de produção feudal 
Germede negação = burguesia e desenvolvimento das forças produtivas 
3º elemento/síntese = Modo de produção capitalista 
 
Nesse caso, o choque entre o germe de negação (burguesia e desenvolvimento das forças 
produtivas) e a afirmação (Modo de produção feudal) se dá através da revolução. Com a 
revolução a burguesia toma o poder da nobreza, alterando a superestrutura. Passa a reinar o 
modo de produção capitalista. 
 
De acordo com Marx é a luta entre as classes que faz mover a história. 
 
Levando novamente para a dialética: 
Afirmação = Modo de produção capitalista 
Germe de negação = Proletariado e desenvolvimento das forças de produção 
3º elemento/síntese = Socialismo 
 
 
Dessa vez, o choque se dá com a luta entre as classes, o proletariado toma o poder da burguesia. 
 
Ainda assim, para Marx o socialismo não representaria o estágio final da humanidade. O 
socialismo seria na verdade, um período de consolidação do poder do proletariado, para que se 
chegasse à uma sociedade sem classes e sem estado, que seria o comunismo.

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