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DSTs nao virais

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
FACULDADE DE MEDICINA
INTERNATO – GO I
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
NÃO VIRAIS
Acadêmicos: Rafael Assis
Rafael Sizo
Taís Coelho
Belém - 2015
INTRODUÇÃO
 Definição:
• Compreende as infecções disseminadas pelo contato interpessoal,
íntimo e sexual, causadas por bactérias, protozoários e fungos.
 Classificação sindrômica:
• Corrimento vaginal -Vulvovaginites eVaginose
• Candidíase
• Tricomoníase
• Vaginose bacteriana
• Corrimento uretral - Uretrites
• Gonocócica
• Não gonocócica
Infecções sexualmente transmissíveis
• IST’s assintomáticas
• Cervicites
• Sífilis Latente
• Doença Inflamatória Pélvica
• Úlceras genitais
• Sífilis
• Cancro mole
• Donovanose
• Linfogranuloma venéreo
Infecções sexualmente transmissíveis
 Epidemiologia
• Segundo estimativas da OMS (2013), mais de um milhão de pessoas
adquirem uma IST diariamente.
• A cada ano, estima-se que 500 milhões de pessoas adquirem uma das IST
curáveis (gonorreia, clamídia, sífilis e tricomoníase).
Infecções sexualmente transmissíveis
CORRIMENTO VAGINAL
(VULVOVAGINITES + VAGINOSE)
CONTEÚDO VAGINAL FISIOLÓGICO
 Resíduo vaginal
◦ Muco cervical + secreção das glândulas de Bartholin e Skene + 
transudato vaginal
 Células vaginais e cervicais esfoliadas
 Micro-organismos
◦ Variam de mulher para mulher e durante as diferentes fases do ciclo 
mentrual;
◦ L. acidophilus, (bacilos de Doderlein) S. epidermidis, E. coli, G. 
vaginalis, Enterococcus, S. agalactiae, Candida sp.
 pH vaginal entre 3,8-4,2
PORTANTO, NEM TODA DESCARGA VAGINAL REPRESENTA 
UMA DOENÇA!
 Mucorreia X CorrimentoVaginal:
◦ Mucorréia é a secreção vaginal acima do normal. Não há presença de
inflamação vaginal, a mucosa vaginal está de coloração rosa-pálido e o
muco é claro e límpido.
Infecções sexualmente transmissíveis
Definição:
 Processo inflamatório, com aumento da quantidade de PMN, que acomete 
o TG inferior (vulva, paredes vaginais e a ectocérvice).
Manifestações clínicas:
 Corrimento vaginal;
 Prurido;
 Irritação;
 Associado ou não a odor desagradável, à ardência e ao desconforto vaginal.
Obs.: A coloração do corrimento pode sofrer alteração pela presença de sangue, 
células descamadas, muco ou espermatozóides, e por isso, em algumas 
literaturas, está em desuso. 
CORRIMENTO VAGINAL
Infecções sexualmente transmissíveis
CORRIMENTO VAGINAL
Avaliação diagnóstica:
◦ Exame especular;
◦ Microscopia direta ou exame a fresco;
◦ Teste do pH;
◦ Teste das aminas (de Whiff);
◦ Bacterioscopia por coloração de Gram. 
Infecções sexualmente transmissíveis
CORRIMENTO VAGINAL
VAGINOSE BACTERIANA 
 Conjunto de sinais e sintomas decorrentes de um desequilíbrio da
flora vaginal.
 Há diminuição de Lactobacillus e um crescimento polimicrobiano
de bactérias (principalmente o de Gardnerella vaginalis), cujo fator
desencadeante é DESCONHECIDO.
 O processo inflamatório é discreto ou até mesmo inexistente.
 Não tem como causa a clássica transmissão sexual – mas quando
presente, pode aumentar a taxa de aquisição de IST’s.
 Causa mais comum de corrimento vaginal!
Infecções sexualmente transmissíveis
CORRIMENTO VAGINAL
 Quadro clínico:
◦ Corrimento vaginal
 Branco-acinzentado;
 Aspecto fluido ou cremoso e não aderente;
 Pequena quantidade;
 Algumas vezes bolhoso.
◦ Odor fétido, de “peixe podre” (mais acentuado após a relação 
sexual sem o uso do preservativo, e durante o período menstrual);
◦ Dispareunia, irritação vulvar e disúria são pouco 
frequentes.
VAGINOSE BACTERIANA
Infecções sexualmente transmissíveis
CORRIMENTO VAGINAL VAGINOSE BACTERIANA
 Diagnóstico:
◦ Baseia-se na presença de três dos quatro critérios de 
Amsel: 
 Corrimento vaginal homogêneo, geralmente, acinzentado e de 
quantidade variável;
 pH vaginal > 4,5; 
 Teste de Whiff ou teste da amina (KOH 10%) positivo; 
 Presença de clue cells na bacterioscopia corada por Gram
Infecções sexualmente transmissíveis
CORRIMENTO VAGINAL
 Tratamento
◦ Metronidazol 500 mgVO 12/12 h por 7 dias ou Metronidazol gel vaginal 
100 mg/g, um aplicador cheio via vaginal, à noite ao deitarse, por 5 dias;
◦ 2ª opção: Clindamicina 300 mg, VO, 2xdia, por 7 dias;
◦ Gestantes: 
 Primeiro trimestre: Clindamicina 300 mg, VO, 2xdia, por 7 dias.;
 Após primeiro trimestre: Metronidazol 250 mg, 1 comprimido VO, 3xdia, por 7 dias 
◦ Recorrência: Metronidazol 250 mg, 2 comprimidos VO, 2xdia, por 10 a 14 
dias 
Evitar álcool por 4 dias (efeito antabuse) se Metronidazol.
Tratar toda gestante sintomática
NÃO PRECISA TRATAR PARCEIRO
VAGINOSE BACTERIANA
Infecções sexualmente transmissíveis
CORRIMENTO VAGINAL
Candidíase
 Agente etiológico:
◦ Candida Albicans
Não é transmitida sexualmente, mas é vista com mais frequência em
mulheres com vida sexual ativa!
 Candidíase vulvovaginal recorrente:
◦ Quatro ou mais episódios sintomáticos em um ano.
 Fatores de risco:
◦ Gravidez;
◦ Diabetes mellitus (descompensado);
◦ Obesidade;
◦ Uso de contraceptivos orais;
◦ Uso de antibióticos, corticoides, imunossupressores ou quimio/radioterapia;
◦ Hábitos de higiene e vestuário que aumentem a umidade e o calor local;
◦ Contato com substâncias alergênicas e/ou irritantes (ex.: talcos, perfumes,
sabonetes ou desodorantes íntimos);
◦ Alterações na resposta imunológica (imunodeficiência), incluindo a infecção
pelo HIV.
Infecções sexualmente transmissíveis
 Manifestações Clínicas:
◦ Prurido vulvovaginal (principal sintoma, e de intensidade variável);
◦ Disúria;
◦ Dispareunia;
◦ Corrimento branco, grumoso e com aspecto caseoso (“leite coalhado”);
◦ Hiperemia;
◦ Edema vulvar;
◦ Fissuras e maceração da vulva;
◦ Placas brancas ou branco-acinzentadas, recobrindo a vagina e colo uterino.
 Diagnóstico:
◦ Sintomatologia;
◦ Teste do pH vaginal< 4,5; 
◦ E/ou por bacterioscopia, com a visualização de leveduras e/ou pseudo-hifas.
CANDIDÍASECORRIMENTO VAGINAL
Infecções sexualmente transmissíveis
 Diagnóstico:
◦ Sintomatologia;
◦ Teste do pH vaginal< 4,5; 
◦ E/ou por bacterioscopia, com a visualização de leveduras e/ou pseudo-hifas.
Infecções sexualmente transmissíveis
 Tratamento:
◦ Miconazol creme a 2%, via vaginal, um aplicador cheio, à noite ao deitar-se, por
7 dias;
◦ OU Nistatina 100.000 UI, uma aplicação, via vaginal, à noite ao deitarse, por 14
dias.
Segunda opção:
◦ Fluconazol 150 mg,VO, dose única
Gestantes:
◦ Durante a gravidez, o tratamento deve ser realizado somente por via vaginal.
O tratamento oral está contraindicado na gestação e lactação.
Casos recorrentes:
◦ Mesmas opções do tratamento da candidíase vaginal, por 14 dias
◦ OU Fluconazol 150 mg, VO, 1xdia, dias 1, 4 e 7, seguido de terapia de
manutenção: fluconazol 150mg,VO, 1xsemana, por 6 meses
CANDIDÍASECORRIMENTO VAGINAL
Infecções sexualmente transmissíveis
Tricomoníase
 Agente etiológico:
◦ Trichomonas vaginalis
 Quadro clínico:
◦ Corrimento abundante, amarelado
ou amarelo esverdeado, bolhoso;
◦ Prurido e/ou irritação vulvar;
◦ Dor pélvica (ocasionalmente);
◦ Sintomas urinários (disúria, polaciúria);
◦ Hiperemia da mucosa (colpite difusa e/ou focal,
com aspecto de framboesa).
“Pode haver alterações morfológicas celulares, alterando a classe do exame
citopatológico, o qual deve ser repetido três meses após o tratamento para avaliar a
persistência das alterações”
CORRIMENTO VAGINAL
Infecções sexualmente transmissíveis
 Diagnóstico:
◦ Visualização direta dos protozoários móveis em material do ectocérvice,
por exame bacterioscópico a fresco ou pela coloração de Gram, Giemsa,
Papanicolaou,entre outras.
 Tratamento:
◦ Metronidazol 400 mg, 5 comprimidos, VO, dose única (dose total de
tratamento 2g)
◦ OU Metronidazol 250 mg, 2 comprimidos,VO, 2xdia, por 7 dias
Gestantes:
◦ Metronidazol 400 mg, 1 comprimido,VO, 2xdia, por 7 dias
◦ OU Metronidazol 250 mg, 1 comprimido,VO, 3xdia, por 7 dias
TRATAR PARCEIROS
TRICOMONÍASECORRIMENTO VAGINAL
Infecções sexualmente transmissíveis
CERVICITE
 Definição
Inflamação do epitélio glandular do
colo uterino.
Infecções sexualmente transmissíveis
CERVICITE 
 Etiologia
1) Neisseria gonorrohea (gonococo)
- Diplococo gram-negativo intracelular 
- Trato geniturinário, faringe, conjuntiva e 
articulaçõs
11) Chlamydia trachomatis
- Bacilo gram-negativo intracelular obrigatório
- Trato geniturinário, conjuntiva
- Sorotipos D a K 
Infecções sexualmente transmissíveis
CERVICITE 
 Fatores de Risco
- Parceiro com sintomas 
- Paciente com múltiplos parceiros, sem 
proteção
- Paciente acredita ter se exposto a DST
- Paciente proveniente de áreas de alta 
prevalência de gonococo e clamídia. 
Infecções sexualmente transmissíveis
CERVICITE 
 Quadro Clínico
- 70 a 80 % assintomáticas 
- Corrimento vaginal
- Dispareunia
- Disúria
- Sangramento vaginal pós-coito
- Colo edemaciado e friável 
- Secreção mucopurulenta no orifício 
externo do colo uterino
Infecções sexualmente transmissíveis
CERVICITE 
 Diagnóstico
Infecções sexualmente transmissíveis
CERVICITE 
 Tratamento
Infecções sexualmente transmissíveis
CERVICITE 
 Gestação
- Maior risco de: prematuridade,
ROPREMA, CIUR e febre puerperal.
- No RN: conjutivite, pneumonia, meningite,
endocardite e estomatite.
- Devem ser tratadas com uma
cefalosporina em caso de gononoco. (se
alergia, dessensibilizar!)
Infecções sexualmente transmissíveis
URETRITE 
 Inflamação da uretra 
 Infecciosas sexualmente transmissíveis 
são as mais comuns
 Mais comum no sexo masculino 
Infecções sexualmente transmissíveis
URETRITE 
 Etiologia 
 Goncócica: Neisseria gonorrhoeae
 Não Gonocócicas: Chlamydia
trachomatis, Ureaplasma urealyticum,
Mycoplasma hominis,Trichomonas vaginalis.
Infecções sexualmente transmissíveis
URETRITE 
 Quadro Clínico
- Em mulheres, pouco sintomática
1) Gonocócica (P.I. 2 a 5 dias)
- Prurido na fossa navicular 
- Disúria
- Corrimento (mucóide -> purulento) 
- Febre 
- Sem tratamento: polaciúria, sensação de 
peso no períneo, hematúria no final da 
micção...
Infecções sexualmente transmissíveis
URETRITE 
11) Não Gonocócica (P.I. 14 a 21 dias)
- Corrimento mucóide leve e discreto 
- Disúria leve e intermitente 
- Síndrome de Reiter (uretrite, artrite, 
conjutivite) 
Infecções sexualmente transmissíveis
URETRITE 
 Diagnóstico
Infecções sexualmente transmissíveis
URETRITE 
 Tratamento
Infecções sexualmente transmissíveis
DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA
 Conjunto de sinais e sintomas
secundários à ascensão e à disseminação,
no trato genital feminino superior, de
micro-organismos provenientes da vagina
ou endocérvice.
Infecções sexualmente transmissíveis
DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA
 Etiologia
1) Agentes primários 
Neisseria gonorrhoeae e Chlamydiatrachomatis
11) Agentes secundários
Polimicrobiana: Mycoplasma hominis,
Ureaplasma urealyticum, Streptococcus
beta-hemolítico do grupo A...
Infecções sexualmente transmissíveis
DONÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA
 Fatores de Risco 
- Mulheres sexualmente ativas 
- Sem atraso menstrual 
- Próximas ao final do período menstrual 
- Múltiplos parceiros que não usam 
contraceptivos de barreira 
- DIP prévia 
Infecções sexualmente transmissíveis
DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA 
 Diagnóstico
Infecções sexualmente transmissíveis
DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA 
 Tratamento
Classificação de Monif
- Estágio 1: Sem peritonite 
- Estágio 11: Com peritonite 
- Estágio 111: Oclusão de tuba; Abscesso 
tubo-ovariano
- Estágio 1V: Abscesso > 10 cm; Abscesso 
roto
Infecções sexualmente transmissíveis
DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA
 Tratamento
A) Ambulatorial (Monif 1)
Infecções sexualmente transmissíveis
DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA
 Tratamento
B) Hospitalar (CDC) 
- Clindamicina IV + Gentamicina IV 
- Cefotetan IV + Cefoxitina IV + DoxiciclinaVO 
C) Cirúrgico (videolaparoscopia / laparotomia)
- Falha no tratamento clínico
- Massa pélvica que persiste ou aumenta mesmo 
com o tratamento clínico
- Suspeita de rotura de abscesso
- Hemoperitôneo
- Abscesso de fundo de saco de Douglas 
Infecções sexualmente transmissíveis
DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA 
 Complicações
- Abscesso tubo-ovariano
- Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis
- Infertilidade
- Prenhez ectópica 
- Dor pélvica crônica 
- Dispareunia
Infecções sexualmente transmissíveis
Úlceras Genitais
- Sífilis (Treponema pallidum)
- Cancro mole (Haemophilus ducreyi)
- Linfogranuloma venéreo (Chlamydia trachomatis, sorotipos L1,
L2 e L3)
- Donovanose (Klebsiella granulomatis)
- Considerações gerais: Os aspectos clínicos das úlceras
genitais são bastante variados e têm baixa relação de
sensibilidade e especificidade com o agente etiológico,
mesmo nos casos considerados clássicos. O diagnóstico
com base na impressão clínica apresentou valores
preditivos positivos muito baixos, segundo o MS.
Infecções sexualmente transmissíveis
Úlceras Genitais 
Infecções sexualmente transmissíveis
Úlceras Genitais - Sífilis
- Agente etiológico: Treponema pallidum – espiroqueta, não se cora 
por gram e nem cresce em meios de cultura artificiais 
- Epidemiologia: No Brasil a prevalência de sífilis em gestantes é de 
0,85% - 1,05% (Norte), 1,14% (Nordeste), 0,73% (Sudeste), 0,48% 
(Sul) e 1,20% (Centro-Oeste).
- 24,8% dos casos notificados no primeiro trimestre de gestação, 
com 31,3% no segundo trimestre e 36,3% no terceiro. Norte 
apresenta o maior percentual de diagnósticos no terceiro 
trimestre de gestação, com 50,9% (29,0% no segundo e 14,7% no 
primeiro).
- Em 2013, o número total de casos notificados no Brasil foi de 
21.382, em gestantes. 
- 2013 a taxa foi de 4,7 casos por 1.000 nascidos vivos no Brasil, 
sendo que a Região Nordeste apresentou a maior incidência de 
casos (5,3), seguida da Sudeste (5,1), Sul (4,1), Norte (3,5) e 
Centro-Oeste (3,3).
Infecções sexualmente transmissíveis
Úlceras Genitais - Sífilis
Classificação
- Sífilis adquirida
Quanto ao tempo: Recente –
menos de um ano de evolução;
Tardia – mais de um ano de
evolução
Quanto as manifestações
clínicas: Primária; Secundária;
Latente (recente e tardia); Sífilis
Terciária
Infecções sexualmente transmissíveis
Úlceras Genitais - Sífilis
- Sífilis primária: Também conhecida como
“cancro duro”, ocorre após o contato sexual
com o indivíduo infectado. O período de
incubação é de 10 a 90 dias (média de três
semanas). Úlcera, geralmente única, indolor,
base endurecida e fundo limpo, rica em
treponemas; Adenopatia satélite inguinal
bilateral, indolor e não inflamatória. Duração:
entre duas e seis semanas, desaparecendo
espontaneamente, independentemente de
tratamento.
Infecções sexualmente transmissíveis
Úlceras Genitais - Sífilis
- A sífilis secundária surge entre seis semanas e seis meses
após a infecção. Podem ocorrer: Erupções cutâneas em
forma de máculas (roséola) e/ou pápulas; Eritema palmo-
plantares; Placas eritematosas branco-acinzentadas nas
mucosas; Lesões pápulo-hipertróficas nas mucosas ou pregas
cutâneas (condiloma plano ou condiloma lata); Alopécia em
clareira e madarose. A sintomatologia pode desaparecer
espontaneamente em poucas semanas. Mais raramente,
observa-se comprometimento hepático, quadros meníngeos
e/ou até oculares, em geral uveítes.
Infecçõessexualmente transmissíveis
Úlceras Genitais - Sífilis
- Sífilis latente: sem nenhum sinal ou sintoma clínico de sífilis,
com reatividade nos testes imunológicos que detectam
anticorpos (maioria dos diagnósticos). É dividida em latente
recente (<1a) e latente tardia (> 1a). Aproximadamente 25%
dos pacientes intercalam lesões de secundarismo com os
períodos de latência, durante o primeiro ano da infecção. Se
não for possível inferir a duração da infecção (sífilis de duração
ignorada), trata-se como sífilis latente tardia.
- Sífilis terciária: ocorre em 30% das infecções não tratadas,
podendo surgir entre 2 a 40 anos depois do início da infecção.
Manifesta-se na forma de inflamação e destruição tecidual. É
comum o acometimento do SN e CV. Lesões - Cutâneas:
gomosas e nodulares, de caráter destrutivo; › Ósseas: periostite,
osteíte gomosa ou esclerosante, artrites, sinovites e nódulos
justa-articulares; › Cardiovasculares: aortite sifilítica, aneurisma
e estenose de coronárias; › Neurológicas: meningite aguda,
goma do cérebro ou da medula, atrofia do nervo óptico,
paralisia geral e demência.
Infecções sexualmente transmissíveis
Úlceras Genitais - Sífilis
- Diagnóstico:
- Sífilis recente (cancro duro e lesões muco-cutâneas):
1- Pesquisa do treponema por bacterioscopia em campo escuro -
observam as bactérias vivas e móveis (padrão-ouro). Realizada no
momento da consulta. (sensibilidade de 74% a 86%)
2- Imunofluorescência direta; Impregnação pela prata (técnica de Fontana-
Tribondeaux, embora seja grosseira e sujeita a mais erros, pode ser
realizada depois da consulta).
- Todas as fases da Sífilis:
Sorologias: não treponêmica – VDRL (mais usado) e RPR; treponêmica
FTA-Abs (mais usado), MHA-TP e Elisa. O VDRL reator com título igual ou
superior a 1/16 é entendido como doença e deve o paciente ser tratado.
O VDRL pode dar falso positivo em títulos baixos devido a reações
cruzadas e falsos negativos, principalmente na fase primária e na latente
tardia. O mesmo pode ocorrer com exames treponêmicos, porém, com
menor frequência.
Infecções sexualmente transmissíveis
Úlceras Genitais - Sífilis
Infecções sexualmente transmissíveis
Úlceras Genitais - Sífilis
- A sífilis congênita é de notificação compulsória
nacional desde o ano de 1986; a sífilis em
gestante, desde 2005; e a sífilis adquirida, desde
2010.
Infecções sexualmente transmissíveis
Úlceras Genitais - TTO 
- Sífilis primária, sífilis secundária e latente recente:
Penicilina G benzatina, 2,4 milhões UI, IM, dose única 
(1,2 milhão UI em cada glúteo). 
Alternativa: Doxiciclina 100 mg, VO, 2xdia, por 15 dias 
(exceto para gestantes); Ceftriaxona 1g, IV ou IM, 1xdia, 
por 8 a 10 dias para gestantes e não gestantes. 
Azitromicina 1g VO por semana, durante 2 ou 3 
semanas para sífilis até 1 ano;
- Sífilis latente tardia ou latente com duração ignorada e 
sífilis terciária: 
Penicilina G benzatina, 2,4 milhões UI, IM, (1,2 milhão UI 
em cada glúteo), semanal, por três semanas. Dose total 
de 7,2 milhões UI. 
Alternativa: Doxiciclina 100 mg, VO, 2xdia, por 30 dias 
(exceto para gestantes); Ceftriaxona 1g, IV ou IM, 1xdia, 
por 8 a 10 dias para gestantes e não gestantes 
-Neurossífilis: Penicilina cristalina, 18-24 milhões UI/dia, 
IV, administrada em doses de 3-4 milhões UI, a cada 4 
horas ou por infusão contínua, por 14 dias.
Obs: Seguimento de 30 dias para gestantes e 60 dias 
para não gestantes + teste não treponêmico.
Infecções sexualmente transmissíveis
Úlceras Genitais – Cancro mole
- Agente etiológico: Haemophilus ducreyi. Cocobacilo curto, gram-
negativo, imóvel, não formador de esporos, desprovido de cápsula.
Esfregaço: apresentam-se em situação intra e extracelular, aos
pares e formando cadeias, eventualmente associados aos micro-
organismos piógenos. Sua coloração bipolar dá impressão, à
microscopia ótica, de um vacúolo central
 Clínica: Caracteriza-se por lesões múltiplas (podendo haver lesão
única) e habitualmente dolorosas. Úlcera rasa, borda irregular,
apresentando contornos eritemato-edematosos e fundo irregular,
recoberto por exsudato necrótico, amarelado, com odor fétido e
sangramento fácil. Os linfonodos inguinais se tornam dolorosos,
aumentados e aderidos entre si e formam um abscesso grande
com flutuação (bubão) na virilha. A pele sobre o abscesso pode se
tornar hiperemiada e brilhante e pode se romper, formando um
pertuito. A autoinoculação pode resultar em novas lesões. As
complicações incluem fimose, estenose uretral, fístula uretral e
destruição tecidual grave.
Infecções sexualmente transmissíveis
Úlceras Genitais – Cancro mole
Ocasionalmente as mulheres podem ser assintomáticas quando as úlceras
ocorrem no colo do útero ou na vagina. A adenopatia ocorre menos em
mulheres devido a diferenças na drenagem linfática em relação aos
homens.
O período de incubação é geralmente de 3 a 7 dias, podendo se estender
por até duas semanas. O risco de infecção em uma relação sexual é de
80%.
- Diagnóstico:O exame bacterioscópico deve ser feito após limpeza da
lesão com soro fisiológico, coletando-se, com alça de platina ou espátula,
exsudato purulento do fundo da lesão, preferencialmente sob as bordas. A
positividade ocorre em 50% dos casos. Quando o bubão estiver presente
pode fazer a punção e proceder ao esfregaço
Infecções sexualmente transmissíveis
Úlceras Genitais – Linfogranuloma
Venéreo (LGV)
- Agente etiológico: O LGV é causado por C.
trachomatis, sorotipos L1, L2 e L3.
- Sinônimos: O linfogranuloma venéreo, linfogranuloma
Inguinal, mula, bubão ou Doença de Nicolas-Favre
- Clínica: A manifestação clínica mais comum do LGV é a
linfadenopatia inguinal e/ou femoral, já que esses
sorotipos são altamente invasivos aos tecidos linfáticos.
Lesão primária: ulceração ou pápula que dura 3 a 5 dias.
Após duas a seis semanas, surge o bubão inguinal que é
uma inchação dolorosa dos gânglios da região inguinal
unilateral (70% das vezes é de um lado só). Se este bubão
não for tratado adequadamente ele evolui para o
rompimento espontâneo e formação de fístulas que
drenam secreção purulenta.
Infecções sexualmente transmissíveis
Úlceras Genitais – Linfogranuloma
Venéreo (LGV)
A doença apresenta 3 fases: Fase de
inoculação: inicia-se por pápula, pústula ou
exulceração indolor, que desaparece sem
deixar sequela; Fase de disseminação
linfática; Fase de sequelas:
Comprometimento ganglionar, supuração e
fistulização por orifícios múltiplos, que
correspondem a linfonodos individualizados,
parcialmente, fundidos numa grande massa.
Os bubões que se tornarem flutuantes
podem ser aspirados com agulha calibrosa,
não devendo ser incisados cirurgicamente. A
obstrução linfática crônica leva à elefantíase
genital, que na mulher é denominada
estiomene. Além disso, podem ocorrer
fístulas retais, vaginais, vesicais e estenose
retal.
Infecções sexualmente transmissíveis
Úlceras Genitais – Linfogranuloma
Venéreo (LGV)
- Diagnóstico: Clínico somado a:
- Bacteriológico (exame direto e cultura):
raramente positivo
- Método ELISA: grande sensibilidade,
identificação dos anticorpos contra o antígeno do
grupo, e não dos diferentes sorotipos.
- Cultura com células de McCoy: é a mais
utilizada, tornando-se positiva em três dias.
- Sorológico (reação de fixação do complemento):
é o teste mais empregado, apresentando alta
sensibilidade e baixa especificidade. Positividade
não implica atividade da doença.
- Microimunofluorescência: método mais sensível
no diagnóstico da doença, capaz de detectar
anticorpos específicos aos diferentes sorotipos.
Infecções sexualmente transmissíveis
Úlceras Genitais - Donovanose
- Agente etiológico: Klebsiella granulomatis
- Clínica: Doença crônica e progressiva. Acomete
preferencialmente pele e mucosas das regiões genitais, perianais
e inguinais. É pouco frequente, ocorrendona maioria das vezes
em climas tropicais e subtropicais.
A donovanose (granuloma inguinal) está frequentemente associada
à transmissão sexual, embora os mecanismos de transmissão não
sejam bem conhecidos, com transmissibilidade baixa.
Lesão inicial: ulceração de borda plana ou hipertrófica, bem
delimitada, com fundo granuloso, de aspecto vermelho vivo e de
sangramento fácil.
- A ulceração evolui lenta e progressivamente, podendo tornar-se
vegetante ou úlcero-vegetante. As lesões costumam ser múltiplas.
Há predileção pelas regiões de dobras e região perianal. Não
ocorre adenite, embora raramente possam se formar
pseudobubões (granulações subcutâneas) na região inguinal, quase
sempre unilaterais.
Infecções sexualmente transmissíveis
Úlceras Genitais - Donovanose
Na mulher, a forma elefantiásica é uma sequela tardia, sendo
observada quando há predomínio de fenômenos obstrutivos
linfáticos. A localização extragenital é rara e, quase sempre,
ocorre a partir de lesões genitais ou perigenitais primárias.
- Diagnóstico: Exames histopatológico e citopatológico podem
identificar os corpúsculos de Donovan confirmando o
diagnóstico.
Infecções sexualmente transmissíveis
Referências:
1. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=
S0365-05962011000300028
2. http://www.dstunifal.com/2014/08/donovanose.html
3. http://www.atlasdermatologico.com.br/
4. http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/publicac
ao/2015/58357/pcdt_ist_10_2015_final_2_pdf_15143.p
df
Infecções sexualmente transmissíveis
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	CERVICITE
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	URETRITE 
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	DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA
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	DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA
	DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA
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	Úlceras Genitais
	Úlceras Genitais 
	Úlceras Genitais - Sífilis
	Úlceras Genitais - Sífilis
	Úlceras Genitais - Sífilis
	Úlceras Genitais - Sífilis
	Úlceras Genitais - Sífilis
	Úlceras Genitais - Sífilis
	Úlceras Genitais - Sífilis
	Úlceras Genitais - Sífilis
	Úlceras Genitais - TTO 
	Úlceras Genitais – Cancro mole
	Úlceras Genitais – Cancro mole
	Úlceras Genitais – Linfogranuloma Venéreo (LGV)
	Úlceras Genitais – Linfogranuloma Venéreo (LGV)
	Úlceras Genitais – Linfogranuloma Venéreo (LGV)
	Úlceras Genitais - Donovanose
	Úlceras Genitais - Donovanose
	Número do slide 57

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