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Direito Constitucional - LFG EO XIX

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Twitter: @ProfNathMasson 
Email: massonconstitucional@yahoo.com.br
DIREITOS SOCIAIS:[1: 1º Aula (16 de junho de 2015). Nathália Masson.]
1.1. Art. 6º: são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 64 de 2010 = o direito a alimentação foi introduzido na Constituição pelo PODER REFORMADOR na EC 64/2010). *o direito a alimentação é mais novo, não existia na redação original.
Esquema: Ta sem sal PPP = trabalho, alimentação, segurança, educação, moradia, saúde, assistência (aos desamparados), lazer, previdência social, proteção à maternidade e proteção à infância.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS:
2.1. Introdução: cada artigo traz um princípio fundamental específico. Os princípios fundamentais estão listados nos artigos 1º ao 4º da Constituição Federal.
Art. 1º: fundamentos.
Art. 2º: separação de poderes.
Art. 3º: objetivos fundamentais.
Art. 4º: princípios que regem a República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais.
2.1.1. Art. 1º: tem como fundamento da República Federativa do Brasil o So Ci Di Va Plu (soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho e pluralismo político).
2.1.2. Art. 2º: são poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, sendo que os três poderes também existem nos Estados e no Distrito Federal (com exceção dos Municípios que não possuem poder Judiciário). 
O poder Judiciário (Defensoria Pública e Ministério Público) do Distrito Federal é regido (organiza e mantido) pela União (CF, art. 21, inciso XIII e art. 22, inciso XVII). 
OBS: é importante recordar que atualmente não temos uma separação rígida entre os três poderes (como era no momento da criação da Teoria por Montesquieu, na obra “O Espírito das Leis”). Hoje, cada poder exerce todas as funções, pelo menos uma de modo típico e as demais de forma atípica. Exemplo: Legislativo = legislar/fiscalizar como função típica e administrar e julgar (crimes de responsabilidade do Presidente e seus Ministros de Estado) como função atípica.
2.1.3. Art. 3º: são metas, planos para o futuro, programas de governo que a Federação pretende alcançar (algo não conquistado).
Basicamente: Cons Ga Erra Re Pro (construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional, erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; e promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação). 
As Normas constitucionais que trazem planos para o futuro/objetivos/metas, são chamadas de (na classificação do José Afonso da Silva) “Normas Programáticas”.
De acordo com José Joaquim Canotilho, é chamada de “Constituição Dirigente” (Guia de atuação do Governo) aquela que possui em seu texto normas Programáticas.
2.1.4. Art. 4º: a República do Brasil em relações internacionais.
Basicamente: In Pre Auto Não Igual De So Re Co Co (independência nacional; prevalência dos direitos humanos; autodeterminação dos povos; não-intervenção; igualdade entre os Estados; defesa da paz; solução pacífica dos conflitos; repúdio ao terrorismo e ao racismo; cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; concessão de asilo político).
2.1.4.1. Parágrafo único: a República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. O Brasil vai buscar a integração econômica com os demais países da América Latina.
PODER LEGISLATIVO:
3.1. Estrutura do Poder (depende da esfera de poder em que estamos):
Em âmbito federal: bicameral, pois é formado pela reunião de duas casas legislativas (Congresso Nacional = Senado Federal e Câmera dos Deputados). Basicamente: nosso bicameralismo é Federativo, pois, enquanto a Câmera dos Deputados trás representantes do povo, o Senado Federal trás representantes dos Estados e do Distrito Federal.
Em âmbito estadual/distrital/municipal: o poder legislativo é unicameral, porque é formado por uma única casa legislativa.
Estadual: “Assembleia Legislativa”, com deputados estaduais (art. 27).
Distrital: “Câmara Legislativa”, com deputados distritais (art. 32).
Municipal: “Câmara Municipal”, com vereados do munícipio (art. 29).
3.2. Composição da Câmara dos Deputados (art. 45): são 513 deputados federais, cujo número varia de cada Estado conforme sua população, sendo que deverá ser respeitado o limite mínimo de oito e o máximo de setenta. Basicamente: a representação da Câmara é proporcional ao número de habitantes, de forma que Estados mais populosos terão mais representantes, mas nunca um Estado terá mais de setenta ou menos que oito representantes. 
Deputados Federais devem ser brasileiros (natos ou naturalizados). O presidente da Câmara dos Deputados deve ser brasileiro nato (art. 12, § 3º). Para se eleger, deverá o candidato ter no mínimo vinte e um anos.
O mandato corresponde a quatro anos (uma legislatura). 
OBS: legislatura é diferente de sessão legislativa, sendo esta última o período anual de trabalho do Congresso Nacional (art. 57 = de 2º/02 até 12/07 e 1º/08 à 22/12, sendo que de 18 a 31/07 e 23/12 a 1º/02, temos o chamado “Recesso Parlamentar”, em que a qual podem ser convocadas sessões legislativas extraordinárias = art. 57, §§ 6º, 7º e 8º). Vale lembrar que atualmente, a Constituição veda o pagamento de parcela indenizatória em virtude de convocação extraordinária, da mesma forma esta vedação também se aplica às demais esferas da federação, pelo princípio da simetria. 
Sistema proporcional: deputados federais são eleitos pelo sistema eleitoral proporcional (este sistema também é utilizado para a eleição de Deputados Distritais, Estaduais e Vereadores). *Senadores são eleitos pelo sistema majoritário puro ou simples.
3.3. Composição do Senado Federal (art. 46): são 81 senados. A representação no Senado Federal é paritária (equilibrada), pois são três senadores para cada Estado membro e três para o Distrito Federal.
O mandato dos senadores é de oito anos (ou seja, por duas legislaturas).
Senadores devem ser brasileiros (natos ou naturalizados) e o Presidente deve ser nato (art. 12, § 3º), sendo que a idade mínima é de trinta e cinco anos. 
Cada senador é eleito com dois suplentes.
A renovação do Senado Federal a cada eleição é sempre parcial, ou seja, ora renovamos 1/3 da casa (27 senadores), ora renovamos 2/3 da casa (54 senadores).
IMUNIDADES PARLAMENTARES:
4.1. Introdução: as imunidades não são vantagens ou privilégios pessoais, são prerrogativas vinculadas ao cargo, que são irrenunciáveis (ou seja, não pode ser renunciada). O suplente, enquanto ostentar sua condição, não goza de imunidades, porque não está exercendo as funções de “parlamentar”.
OBS: o parlamentar LICENCIADO (para ser Ministro de Estado, Secretário de Governo ou Chefe de Missão Diplomática) não leva consigo as imunidades (súmula 04 do STF foi cancelada). Entretanto, o parlamentar LICENCIADO deve manter o decoro, sob pena de perder o mandato (art. 55, inciso II).
4.2. Imunidade material ou inviolabilidade (art. 53): são invioláveis tanto civil quanto criminalmente. A imunidade material impede a responsabilização penal e cível do parlamentar por suas palavras, opiniões e seus votos.
De acordo com o STF, a imunidade material somente existe para atos praticados “no exercício da função parlamentar” ou “em razão dela”.
Como saber quando o congressista está ou não em exercício parlamenta? Segundo o STF, quando o parlamentar estiver no Congresso Nacional, podemos presumir a incidência da imunidade porque podemos presumir o exercício da função. Entretanto, quando o parlamentar estiver fora do Congresso Nacional, deverá ser comprovadaa relação entre o ato praticado e o exercício da função (nexo causal).
OBS: (i) aquele que faz uso abusivo da imunidade material pode perder o mandato se a casa legislativa decidir que houve a falta de decoro parlamentar. Ainda, (ii) o fato de estarmos durante o recesso parlamentar não impede a incidência da imunidade. Do mesmo modo, (iii) a imunidade material acompanha o parlamentar onde quer que esteja, desde que no exercício de suas funções.
4.3. Imunidade formal relativa à prisão (art. 53, § 2º): em regra o parlamentar federal não poderá ser preso, salvo no caso de flagrante delito (art. 302 do CPP) de crime inafiançável (art. 5º, incisos XLII a XLIV).
Basicamente: Ra Ação He TTT (racismo, ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; hediondos; tortura; tráfico de entorpecentes; e terrorismo).
Se o congressista for preso por crime inafiançável em flagrante, o auto de prisão será encaminhado para que a casa legislativa respectiva (Câmara dos Deputados ou Senado Federal) resolva se vai ou não manter a prisão. 
OBS: (i) segundo o STF, existe uma possibilidade de prisão para os congressistas: aquela decorrente de sentença penal condenatória definitiva. (ii) O congressista também não pode ser preso em decorrência de dívida de alimentos (prisão civil).
PS: a aposentadoria compulsória atinge também os congressistas, não podem-se candidatar com mais de setenta anos.
4.4. Imunidade formal referente ao processo (art. 53, §§ 3º ao 5º): se alterou com a EC 35/01. [2: 2º Aula (18 de junho de 2015). Nathália Masson.]
Antes: o congressista somente poderia ser processado se a casa fornece-se a respectiva autorização. A imunidade significava a impossibilidade de o STF iniciar o processo crime contra o parlamentar se a casa legislativa respectiva não autorizasse (não concedesse sua LICENÇA). *sem autorização não era possível processar o parlamentar.
Após: a EC 35/01 acabou com a necessidade da licença. O STF pode instaurar o processo sem consultar a casa legislativa (nunca será o Congresso Nacional, pois será a respectiva casa).
A imunidade passou a significar a possibilidade de a casa legislativa suspender o andamento da ação penal que tramita no STF contra o parlamentar (desde que por votação com respectiva aprovação da maioria absoluta de seus membros).
Esta imunidade só existe para crimes cometidos APÓS a diplomação. OBS: diplomação? A diplomação é o ato de entrega do diploma pela Justiça Eleitoral, atestando que houve uma eleição válida e regular, na qual o sujeito foi eleito (primeiro deve ser eleito, após ser diplomado e por fim tomar posse). 
Vale lembrar: se o crime foi cometido ANTES da diplomação, o processo foi iniciado na Justiça Comum (era um cidadão comum) e, com a diplomação, será o mesmo encaminhado ao STF. Neste caso, a casa legislativa não poderá determinar a suspensão da ação penal.
De ofício: a casa legislativa não vai agir de ofício (ou seja, não poderá sustar o andamento da ação penal de ofício). Ela deve ser provocada por partido político nela representado (a casa legislativa não pode agir de ofício, deverá ser provocada por um partido que possui pelo menos um representante na respectiva casa). *não é suficiente estar representado no Congresso Nacional. O partido que esta representado no Congresso Nacional, nem sempre está representado naquela casa legislativa que pode sustar a ação (afinal, pode ser que o partido só esteja representado na outra casa legislativa).
A suspensão da ação penal ocasiona a sustação automaticamente da prescrição do delito.
4.5. Foro especial por prerrogativa de função (art. 53, § 1º): o foro dos deputados federais e senadores é o STF. Só existe enquanto o mandato eletivo existir, sendo que após o término do mandato, o processo irá para a primeira instância (caso não haja sentença penal transitada em julgado). *a renúncia também vale para remeter os autos para a primeira instância, desde que não seja abusiva.
OBS: em 2010, na AP 396, o STF entendeu (por maioria) que a renúncia apresentada na véspera do julgamento é abusiva e representa uma tentativa de fraudar e burlar a jurisdição do STF. Foi o caso do deputado federal Natan Donadon, e o STF concluiu o abuso, julgou e condenou o então parlamentar (mesmo após a renúncia).
Importante: 
O partido político está representado na casa legislativa quando possui, pelo menos um membro naquela casa. Enquanto que o partido político estará representado no Congresso Nacional quando possui, pelo menos, um membro na Câmera dos Deputados ou no Senado Federal.
A regra de foro especial somente vale para ações penais. *improbidade administrativa? CIVEL, não é criminal Logo, correrão na Justiça Comum.
Vale lembrar que os congressistas serão processados e julgados no STF inclusive por crime doloso contra a vida (eles não irão à Júri).
4.6. Imunidades dos deputados estaduais e distritais (art. 27, § 1º e 32, § 3º): eles possuem as mesmas imunidades que os congressistas. Vale destacar que o foro é o TJ da respectiva localidade.
Deputado estadual ou distrital que cometer crime doloso contra a vida não vai a Júri (julgamento feito no TJ). *a súmula 3 do STF foi superada.
Crime eleitoral ou federal (súmula 702 STF, fala em prefeito mas vale para deputados estaduais): vale ressaltar que a competência do TJ não é absoluta, afinal existirão situações nas quais o deputado estadual ou distrital será julgado no TRF (crime feral) e no TRE (crime eleitoral). Aplica-se a súmula 702 do STF.[3: Súmula 702 STF. A competência do Tribunal de Justiça para julgar Prefeitos restringe-se aos crimes de competência da Justiça comum estadual; nos demais casos, a competência originária caberá ao respectivo tribunal de segundo grau.]
4.7. Imunidades dos vereadores (art. 29, inciso VIII): vereados são os únicos membros do legislativo que não possuem nenhuma imunidade FORMAL (processo e prisão), mas, possuem imunidade material, com ressalvas.
Imunidade material: possui sim (inviolabilidade). No entanto, vereadores possuem imunidade material, na circunscrição do município onde exerce o mandato (somente). Exemplo: se o vereador do município de Marília/SP vai a Pompeia, no exercício da função, por estar fora da circunscrição, não será amparado pela imunidade material.
A CF não estabeleceu foro especial, nada impede, todavia, que as Constituições Estaduais estabeleçam um foro especial para vereadores (normalmente é o TJ, muda de acordo com a Constituição daquele respectivo Estado membro).
OBS: súmula vinculante 45 (de março de 2015). Vale frisar que os vereadores, por crimes dolosos contra a vida, serão julgados no Júri (afinal a previsão da CF prevalece diante da previsão da Constituição Estadual).[4: Súmula Vinculante 45: "A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual."]
	RESUMO:
Congressistas = STF.
Deputado Estadual ou Distrital = TJ, TRF e TRE (depende da natureza da infração).
Vereadores = Júri (quando doloso contra a vida) ou crimes comuns no foro previsto na Constituição Estadual.
PROCESSO LEGISLATIVO DAS EMENDAS CONSTITUCIONAIS:
5.1. Introdução (art. 59 e 60 da CF): nossa Constituição é rígida, o que significa que admite mudanças em seu texto, mas estas serão feitas de acordo com um procedimento mais solene e dificultoso do que aquele previsto para a feitura de leis.
5.2. Iniciativa para apresentação de PEC (art. 60):
Presidente da República.
1/3 dos membros da Câmara dos Deputados (171 deputados federais).
1/3 dos membros do Senado Federal (27 senadores).
Mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação (pelo menos 14), cada um se manifestando pela relativa de seus membros.
5.3. Discussão e votação da PEC (art. 60, § 2º): 2 (duas casas legislativas) 2 (dois turnos de votação) 35 (3/5 de seus membros). A discussão e a votação ocorrem nas duas casas do Congresso Nacional,sendo que cada casa terá dois turnos de votação, por maioria de 3/5 de seus membros.
5.4. Promulgação da EC (art. 60, § 3º): não existe sanção ou veto presidencial para a EC. Depois que a proposta é aprovada nas duas casas, ela é encaminhada para a promulgação (não temos a participação do Presidente nesta fase). 
O presidente da República promulga lei. A promulgação de EC é feita pelas mesas da Câmara dos Deputados e Senado Federal.
5.5. Rejeição da PEC (art. 60, § 5º): se uma PEC for rejeitada, existe a possibilidade de ela ser rediscutida, mas só a partir da próxima SESSÃO LEGISLATIVA (nunca na mesma). ≠ de legislatura (período de quatro anos). 
OBS: uma legislatura possui quatro sessões legislativas.
5.6. Limites circunstâncias (art. 60, § 1º): a Constituição não poderá ser emendada em situações excepcionais (extraordinárias), como por exemplo durante o Estado de Sítio (arts. 137 ao 141), o Estado de Defesa (arts. 136, 140 e 141) e a Intervenção Federal (arts. 34 e 36).
5.7. Limites Materiais (ou seja, de conteúdo = art. 60, § 4º): alguns temas (chamados de cláusulas pétreas) fazem parte da essência da Constituição (núcleo material imutável), logo não poderão ser abolidos ou restringidos por EC. Entretanto poderá ocorrer a ampliação/reforço/melhora normalmente.
Basicamente: Cláusulas pétreas podem sim ser objeto de EC, desde que a mesma não seja abolitiva ou restritiva
5.7.1. Não podem ser abolidas ou restringidas:
Forma Federativa do Estado.
Voto: direto, secreto, universal e periódico. OBS: a obrigatoriedade do voto para pessoas alfabetizadas, com idade entre dezoito e setenta anos não é cláusula pétrea, ou seja, poderão ser alteradas a qualquer momento por meio de uma EC.
Separação de Poderes.
Direitos e garantias individuais.
PODER EXECUTIVO:[5: 3º Aula (19 de junho de 2015). Nathália Masson.]
6.1. Quem exerce o Poder Executivo? O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado, que são escolhidos livremente pelo chefe do Executivo (nomeia e exonera livremente).
6.2. Ministros de Estado: são nomeados/exonerados pelo Presidente da República, livremente (art. 81, inciso I da CF). OBS: livremente? Não precisa de aprovação do Senado Federal. 
6.2.1. Requisitos (art. 87): brasileiros nato ou naturalizado (exceto Ministro Estado de Defesa que precisa ser nato), mínimo de vinte e um anos e estar em pleno exercício dos direitos políticos. O Ministro de Estado da Defesa deve ser brasileiro nato (art. 12, § 3º).
Os Ministros de Estado serão processados e julgados no STF, por crime comum e crime de responsabilidade (art. 102, inciso I, “c”). Exceção: se o crime de responsabilidade praticado pelo Ministro de Estado for conexo com o do Presidente, o julgamento será feito pelo Senado Federal (art. 52, inciso I e parágrafo único).
CHEFE DO PODER EXECUTIVO:
7.1. Requisitos para ser Presidente da República (art. 14, § 3º): 
Brasileiro Nato (art. 12, § 3º).
Idade mínima de trinta e cinco anos.
Ser eleitor.
Possuir filiação partidária.
Possuir domicílio em território na República Federativa do Brasil.
Estar em pleno exercício dos direitos políticos.
7.2. Eleição (art. 77): o Presidente será eleito com o vice que com ele tenha sido registrado.
O sistema eleitoral utilizado será o majoritário absoluto (segundo este sistema será eleito Presidente, o candidato que obtiver a maioria absoluta dos votos válidos, ou seja, descontando os votos nulos e os em branco, em primeiro ou segundo turno).
7.3. Governador? Governador e seu vice também são eleitos pelo sistema majoritário absoluto (mesma situação do Presidente da República).
7.4. Prefeito? Os prefeitos e vices de municípios com mais de duzentos mil eleitores também são eleitos pelo sistema majoritário absoluto. Se o município possuir até duzentos mil eleitores, o sistema eleitoral será o majoritário simples (sistema de turno único, da qual será eleito aquele candidato que conquistar a maioria dos votos válidos, ou seja, aquele que foi mais votado).
	RESUMO:
Sistema proporcional: deputado federal; estadual e distrital; e vereador.
Sistema majoritário absoluto: presidente/vice; governador/vice; e prefeito/vice de municípios com mais de duzentos mil eleitores.
Sistema majoritário simples: senador; e prefeito/vice de municípios com menos de duzentos mil eleitores.
7.5. Impedimentos e vacância do Presidente (arts. 79 a 81): o impedimento (substituição) é uma situação temporária (como viagem e doença) em que o Presidente será substituído. Por sua vez, a vacância (sucessão) é uma situação definitiva em que um sucessor irá assumir a função presidencial.
Nas duas hipóteses o vice é o substituto do Presidente (art. 79)
7.6. Duplo impedimento: ocorre quando o Presidente e o vice (ambos) estiverem impedidos de exercer as funções presidenciais. Acionaremos, na ordem do art. 80 da CF:
Presidente da Câmara dos Deputados;
Presidente do Senado Federal;
Presidente do STF.
7.7. Dupla vacância: ocorre quando os dois cargos, de Presidente e vice, ficam vagos (em definitivo). Neste caso serão organizadas NOVAS ELEIÇÕES que poderão ser diretas ou indiretas.
OBS: enquanto aguardamos a realização das novas eleições, acionaremos as autoridades do art. 80 para assumirem e forma temporária a Presidência da República.
7.7.1. Eleição direta: os dois cargos (Presidente e vice) ficaram vagos nos dois primeiros anos do período presidencial, sendo que serão convocadas novas eleições em até noventa dias (art. 81, “caput”).
7.7.2. Eleição indireta: os dois cargos (Presidente e vice) ficaram vagos nos dois últimos anos do período presidencial, sendo que as eleições serão realizadas em até trinta dias, de forma indireta, pois não será feita pelos eleitores, e sim por meio do Congresso Nacional (cf. preceitua o art. 81, § 1º). 
OBS: qualquer pessoa que preencha os requisitos constitucionais pode se candidatar nas eleições diretas e indiretas. Aqueles que forem eleitos, nessas eleições extraordinárias (diretas ou indiretas), somente cumprirão o período que resta do mandato dos antecessores (art. 81, § 2º).
Aquele que se eleger para o “mandato tampão” estará cumprindo um primeiro mandato e poderá se reeleger para mais um período subsequente (segundo mandato) *art. 14, § 5º.
Outrossim, de acordo com o STF, a regra do art. 81, § 1º, não é de repetição obrigatória para os demais esferas da Federação. Isso significa que se em âmbito municipal ou estadual em caso de vacância, teremos novas eleições. Estas serão diretas quando a dupla vacância ocorrer nos dois primeiros anos. Mas se a dupla vacância ocorrer nos dois últimos anos, a nova eleição será direta ou indireta, a depender daquilo previsto na Constituição Estadual/Lei Orgânica.
7.8. Licença (art. 83): a licença do Congresso Nacional para o Presidente da República e o vice (saírem juntos ou sozinhos) saírem do país só é necessária se o período for superior a quinze dias. 
Basicamente: de acordo com o posicionamento do STF a regra do art. 83 é de repetição obrigatória para as demais esferas da Federação. Isso significa que Governadores só podem se ausentar por mais de quinze dias mediante prévia autorização da Assembleia Legislativa. *o mesmo vale para Prefeito.
7.9. Mandatos: é de quatro anos, que tem início em 1º de janeiro do ano seguinte às eleições. O art. 14, § 5º da CF admite uma reeleição apenas para o chefe do Poder Executivo.
7.10. Posse (art. 78): ocorre em sessão do Congresso Nacional.
7.10.1. Ausência do Presidente e/ou do vice: a eventual ausência do Presidente e/ou do vice, ensejará o seguinte questionamento: há ou não motivo justificável para o não comparecimento? Se há motivo, aguardaremos pelo tempo que for necessário, em contrapartida, senão houver motivo, aguardaremos pelo prazo de dez dias e, findo este, o cargo do ausente será declarado vago. *não tem nova eleição para vice.
Motivo = espera.
Sem motivo = dez dias, sob pena de declarar o cargo válido.
IMUNIDADESDO PRESIDENTE DA REPÚBLICA:
8.1. Prisão (art. 86, § 3º): só pode ser preso em decorrência de sentença penal condenatória (não precisa ser definitiva), prolatada pelo STF.
Atenção: o Presidente da República não pode ser preso em flagrante, preventivamente ou temporariamente. *somente por sentença penal condenatória.
OBS: está imunidade só existe para o Presidente e NÃO para Governadores e Prefeitos.
8.2. Cláusula de irresponsabilidade penal temporária (art. 86, § 4º): na vigência de seu mandato, o Presidente pode cometer crimes comuns que são:
Estranhos à Função: se o crime for estranho à função, a responsabilização somente ocorrerá após o término do mandato (o processo correrá na Justiça Comum).
Relacionados à Função: se o crime for relacionado à função, a responsabilização poderá ocorrer durante o mandato (correrá no STF).
 
OBS: essa imunidade só vale para o Presidente da República, NÃO pode ser aplicada para Governadores e Prefeitos.
8.3. Autorização (arts. 51, inciso I e 86, “caput”): [6: 4º Aula (26 de junho de 2015). Fábio Tavares.]
PROCESSO DE IMPEDIMENTO (IMPEACHMANT):
9.1. Introdução:
Sujeito ativo: quem pode sofrer? Presidente da República.
Conduta: quando ocorre o impeachment? Quando o Presidente da República viola a Constituição Federal.
Violação: esta conduta configura crime de responsabilidade.
Natureza Jurídica (finalidade/objetivo = localizar o instituto no ordenamento jurídico): natureza jurídica de crime de responsabilidade, ou seja, infração política-administrativa.
OBS: se o Presidente da República violar qualquer artigo da Constituição Federal será processado pelo crime de responsabilidade, porém, se violar ESPECIALMENTE o art. 85 CF, será muito mais grave.
9.2. Processo de Impedimento: Câmara dos Deputados autoriza, e o Senado Federal instaura/processa e julga.
O processo de Impedimento depende de prévia autorização de 2/3 dos membros da CÂMARA DOS DEPUTADOS. A Câmara, por decisão de 2/3 autoriza o Senado Federal a instaurar, processar e julgar o crime de responsabilidade do Presidente da República (e eventualmente dos Ministros de Estado em crime conexo). OBS: Depende do Presidente da Câmara colocar esta votação em pauta.
	Art. 51, inciso I, CF: Questão de Prova.
O processo de impedimento depende de autorização de 2/3 dos membros da Câmara dos Deputados.
O processo de impedimento visa apurar a prática de crime de responsabilidade, tendo como autores (do crime) o Presidente da República, seu vice e os Ministros de Estado.
A autorização da Câmara dos Deputados para instauração do processo pelo Senado terá a forma de RESOLUÇÃO.
A partir da instauração (pelo Senado) do processo de impedimento, o Presidente da República será afastado de suas funções por 180 DIAS.
Em tese, o processo de impedimento deve durar até 180 dias (período de afastamento do Presidente da República). Contudo, se não for possível, deve retomar suas funções.
PS. Qualquer pessoa do povo pode denunciar o crime de responsabilidade à Câmara dos Deputados por qualquer meio. Entretanto, não há desistência/retração da Câmara dos Deputados quanto à autorização.
9.2.1. O Senado Federal pode: 
Proferir decisão absolutória: será publicada RESOLUÇÃO no diário oficial para arquivar o processo, já que o Senado entendeu que não houve crime de responsabilidade.
Proferir decisão condenatória: quando o Senado Federal profere decisão condenatória, pois entende ter existido crime de responsabilidade, há publicação de RESOLUÇÃO no diário oficial.
9.2.2. Requisitos para a decisão condenatória: 2/3 dos membros do Senado Federal.
9.2.3. Efeitos: perda do cargo e inabilitação para função pública pelo prazo de oito anos.
	Art. 52, inciso I, CF: Questão de Prova.
A sessão de julgamento do processo de impedimento será presidida pelo Presidente do STF. Lembrando que somente o Senado Federal poderá absolver ou condenar, logo, o PRESIDENTE DO STF SÓ PRESIDE, MAS NÃO VOTA.
Qualquer pessoa tem legitimidade para provocar a Câmara dos Deputados para que ela autorize por decisão de 2/3 de seus membros o Senado (a qualquer tempo dentro do mandato).
Cuidado: os Ministros do Estado e os Comandantes da Marinha, Aeronáutica e Exército só serão processados e julgados pelo Senado Federal pela prática de crime de responsabilidade, se o crime for CONEXO com o do Presidente da República,
Se o crime de responsabilidade praticado por Ministro de Estado ou por Comandante da Marinha, Aeronáutica ou Exército não sendo conexo com o do Presidente, todos serão processados e julgados pelo STF.
2/3 dos membros do Senado serão necessários para condenar, sendo que se não atingir esse “quórum”, absolverá.
Pode haver provocação para instauração de processo de impedimento pela Câmara dos Deputados durante o segundo mandato do Presidente da República por crime de responsabilidade praticado no primeiro mandato.
COMPETÊNCIA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA:
10.1. Introdução:
Competência privativa (art. 61, § 1º, CF): indelegável, com natureza jurídica exclusiva.
Competência privativa (art. 84, CF): delegável.
O Presidente da República tem duas competências previstas na Constituição Federal. As duas são privativas, mas uma delas é privativa de natureza exclusiva (art. 61, § 1º).
A competência privativa do Presidente da República, nos termos no art. 61, § 1º, tem natureza jurídica de competência exclusiva (NÃO É EXCLUSIVA, É PRIVATIVA). Isso porque a competência do art. 61, § 1º é INDELEGÁVEL – não pode delegar nenhuma das atribuições desse artigo, pois em que pese a competência privativa, é de natureza exclusiva.
Competência privativa com natureza jurídica privativa do art. 84: o Presidente poderá DELEGAR ALGUMAS de suas atividades ao Procurador Geral da República, Advogado Geral da União e Ministros de Estado.
10.2. Quais atribuições podem ser delegadas do art. 84, CF? O Presidente da República nos termos da Constituição Federal, poderá delegar somente as seguintes atribuições:
Dispor mediante Decreto sobre (art. 84, inciso VI, “a” e “b”):
Organização e funcionamento da Administração Federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos.
Extinção de função ou cargos públicos, quando vagos.
Conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei (art. 84, inciso XII).
Promover e extinguir os cargos públicos federais na forma da lei (art. 84, inciso XXV, primeira parte).
CUIDADO: o Presidente da República não pode delegar “a possibilidade de EXTINGUIR” cargos públicos federais na forma da lei, e muito menos os demais incisos do art. 84, CF.
PODER JUDICIÁRIO:
11.1. Formação: o Poder Judiciário é formado por órgãos dotados de jurisdição (STF, Tribunais Superiores, Tribunais Regionais, Tribunais de Justiça e Juízes) mais um órgão desprovido de jurisdição (CNJ – art. 103-B, cuja deliberação é sobre matéria administrativa).
11.1.1. Justiça:
Comum:
Federal:
Tribunais Regionais Federais.
Juízes Federais.
Estadual:
Tribunais de Justiça.
Juízes Estaduais.
Especializada:
Trabalho:
TST.
TRT’s.
Juízes do Trabalho.
Eleitoral:
TSE.
TRE.
Juízes Eleitorais.
Militar:
STM (não é segunda instância).
TSM.
Auditores militares.
11.1.2. Órgãos do Poder Judiciário:
De SOBREPOSIÇÃO: são órgãos que não estão condicionados à nenhuma Justiça (comum/especial). São órgãos de sobreposição:
STF.
STJ.
De CONVERGÊNCIA: o STJ (apenas) é, ao mesmo tempo, órgão de convergência e de sobreposição. São aqueles para onde convergem as decisões dos TRT’s/TJ’s/TRE's/TSM’s em forma recursal.
Tribunais Superiores: TST, TSE, STM e STJ.
11.1.3. Sede: o STF tem sede, o CNJ tem sede e todos os Tribunais Superiores tem sede na capital Federal, ou seja, no Distrito Federal.
11.1.4. Estatuto da Magistratura (iniciativa do STF, sendo que será por meio de Lei Complementar): somente o STF tem competência para criar o Estatuto da Magistratura que servirá para TODOS os juízes e será por meio de Lei Complementar.Atualmente a Lei Complementar 35/79, que está em vigor, é o Famoso Estatuto da Magistratura. A LC 35/97 foi criada na vigência de qual Constituição?
1824: outorgada.
1891: promulgada.
1934: promulgada.
1937: outorgada.
1946: promulgada.
1967 + EC 01/69: outorgada (período da Ditadura Militar)*.
1988: promulgada.
O Estatuto da Magistratura que atualmente está em vigor foi criado na vigência de uma Constituição Militar. Desde o advento da Constituição de 1988, o STF não criou um novo Estatuto da Magistratura.
11.1.5. Quinto Constitucional: 1/5 dos lugares dos TRF’s e dos Tribunais de Justiça será composto por membros do Ministério Público e por advogados.
O MINISTÉRIO PÚBLICO e a OAB elaborarão, cada órgão, uma lista sêxtupla e enviarão para o respectivo TRF ou TJ, que irá elaborar uma lista tríplice (escolher três dentre os seis nomes de cada lista).
Esta lista tríplice segue para o Executivo, e dentro de vinte dias (prazo próprio que deve ser cumprido) o Chefe do Executivo irá escolher uma pessoa para nomear como Desembargador. OBS: este processo se repete até completar 1/5 dos membros.
11.1.5.1. Requisitos para fazer parte da lista sêxtupla (do quinto constitucional): os membros do Ministério Público e advogados devem possuir os seguintes requisitos:
a) Exercer mais de dez anos de atividade jurídica.
b) Reputação ilibada.
c) Notório saber jurídico.
11.2. Vedação aos membros da Magistratura (art. 95, parágrafo único): aos juízes e aos Promotores de Justiça, é vedado:
Exercer ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério (inciso I).
Receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo (inciso II).
Dedicar-se à atividade político-partidária (inciso III).
Receber a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei (inciso IV).
Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou (fora dele poderá advogar normalmente) antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração (período denominado de “quarentena”) (inciso V).
11.3. Garantias dos membros da Magistratura (art. 95): os juízes e Promotores de Justiça gozam das seguintes garantias:
Vitaliciedade que, no primeiro grau, será adquirida após dois anos (dependendo de perda do cargo nesse período, de deliberação do tribunal a que estiver vinculado), e nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado (inciso I).
Basicamente:
Antes da vitaliciedade: pode perder o cargo por deliberação do Tribunal - ato discricionário, contudo, o Tribunal deve avaliar o desempenho.
Depois da vitaliciedade: só perde por sentença judicial transitada em julgado.
OBS: não confundir o prazo de dois anos de exercício com o prazo de três anos para que o servidor adquira estabilidade. Juízes e Promotores são vitalícios enquanto outros servidores só têm estabilidade, após três anos de efetivo exercício e avaliação de desempenho favorável.
Inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público (inciso II).
Irredutibilidade de subsídio (inciso III).
11.4. Competência dos Tribunais (literalidade do art. 96): ao Poder Judiciário é assegurado: AUTONOMIA ADMINISTRATIVA e AUTONOMIA FINANCEIRA, sem prejuízo de sua competência.
11.5. Órgão Especial: possui o número mínimo de onze julgadores e máximo de vinte e cinco.
11.5.1. Função do Órgão Especial: função administrativa e jurisdicional, sendo que essa última é delegada do PLENO do respectivo Tribunal.
11.5.2. Eleição: metade dos membros do Órgão Especial será eleita pelo PLENO DO TRIBUNAL. A outra metade, dos membros do Órgão Especial serão nomeados entre os membros do Pleno, conforme antiguidade e merecimento.
OBS: O PLENO DO TRIBUNAL é o órgão de cúpula do próprio Tribunal. Exemplo: Qual é o órgão de cúpula do TJMT? PLENO. O TJMT pode constituir órgão especial? Depende, se o Tribunal tiver mais de vinte e cinco julgadores o próprio Tribunal poderá criar o órgão especial. 
Basicamente: o Tribunal só pode criar órgão especial se tiver mais de vinte e cinco julgadores (vinte e cinco não pode, tem que ter no mínimo vinte e seis).
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL:
12.1. Natureza Jurídica: órgão de cúpula do Poder Judiciário, bem como é um órgão de sobreposição (porque ele não pertence à Justiça comum e nem à Justiça especializada).
12.2. Composição: o STF compõem-se de onze ministros, divididos em duas turmas com cinco ministros cada, sendo que cada turma será presidida pelo Presidente do STF.
12.3. Requisitos (são cumulativos): ser brasileiro (nato, sendo que naturalizado não pode = art. 12, § 3º), ter entre 35 e 65 anos, conduta ilibada e notório saber jurídico.
12.4. Nomeação: pelo Presidente da República, após a aprovação pelo voto da maioria absoluta do Senado Federal (sabatina).
12.5. Competência do STF: 
Originária (art. 102, inciso I, “a” ao “r”): a demanda do direito processual (ação) será proposta originalmente/inicialmente no STF, ou seja, trabalha com ações.
Recursal (art. 102, incisos II e III): recurso ordinário e extraordinário.
12.5.1. Competência originária (art. 102, inciso I):
ADI, ADC e ADPF.
Crime comum: denúncia/queixa crime envolvendo Presidente e vice da República, membros do Congresso Nacional, Procurador Geral da República (PGR), Ministros do STF, Ministros de Estado, Comandantes das forças armadas (E, M e A), membros dos Tribunais Superiores (STJ, TSE, STM e STS), membros do TCU (Tribunal de Contas da União) e chefes de missão diplomática (somente em caráter permanente).
Crime de Responsabilidade: envolvendo Ministros de Estado, Comandantes das forças armadas (E, M e A), membros dos Tribunais Superiores (STJ, TSE, STM e STS), membros do TCU (Tribunal de Contas da União) e chefes de missão diplomática (somente em caráter permanente). OBS: Presidente e conexos pelo Senado.
Paciente: no Habeas corpus tendo como paciente Presidente e vice da República, membros do Congresso Nacional, Procurador Geral da República, Ministros do STF, Ministros de Estado, Comandantes das forças armadas (E, M e A), membros dos Tribunais Superiores (STJ, TSE, STM e STS), membros do TCU (Tribunal de Contas da União) e chefes de missão diplomática (somente em caráter permanente). 
OBS: cuidado! Sendo eles autoridades coatoras o órgão competente para processar e julgar o Habeas data, será o STJ, para Ministros de Estado e os Comandantes das forças armadas.
Autoridades coatoras no Mandado de Segurança e no Habeas Data: Presidente da República, mesa diretora da Câmara e do Senado, Tribunal de Contas da União, Procurador Geral da República e Ministros do STF.
Litígio: entre Estado Estrangeiro ou Organismo Internacional (como a ONU) e União, Estados, Distrito Federal e Territórios. 
OBS: se o examinador incluir município ou pessoa residente no Brasil a competência passará a ser do STJ. Exemplo: Estado Estrangeiro x Município (STJ), Organismo Estrangeiro x Pessoa residente no Brasil (STJ).
Conflitos: União e os Estados; União e o Distrito Federal; ou entre uns e outros e qualquer um dos órgãos da Administração Pública Indireta (administração descentralizada que é formada pelas autarquias, sociedades de economia mista, fundações públicas e as empresas públicas).
Extradição solicitada por país estrangeiro.
Reclamação para preservar a competência do STF, bem como para manter a autoridade de suas decisões : como no caso da Turma Recursal do Juizado Especial Cível proferir uma decisão contraria a Constituição, sendo que o recorrente protocola Recurso Extraordinário na própria turma que analisará o juízo de admissibilidade. Se a Turma Recursal não analisar o recurso, caberá Reclamação, pois trata-se de usurpação de competência. OBS: o candidato deve observar que a Reclamação que é o verdadeiro exercício do direito de petição será utilizado para impedir a usurpação de competência, bem como compelir os demais órgãos do Poder Judiciário a aplicar as decisões do STFque tenham efeito “erga omnes” (ADI, ADC, ADPF, Súmulas vinculantes e o recurso extraordinário com repercussão geral).
Qual é a única decisão do STF de efeito “inter partes” que caberá reclamação contra um juiz ou tribunal que vier a desrespeita-la? R: decisão em sede de recurso extraordinário.
Revisão Criminal e Ação Rescisória (das decisões transitadas em julgado do STF).
Conflitos de Competência: STJ x qualquer tribunal; Tribunal Superior x qualquer tribunal.
Mandado de Injunção: sempre que a norma regulamentadora tiver que ser criada ou editada pelo Presidente da República, Congresso Nacional, Câmara dos Deputados, Senado Federal, TCU, Tribunais Superiores, Mesas da Câmara e do Senado Federal e o próprio STF. Exemplo: aposentadoria do ser público federal. 
OBS: conceder-se-á mandado de injunção sempre que lhe faltar norma regulamentadora que inviabilize o exercício de direitos fundamentais. 
Em outras palavras as normas constitucionais de eficácia limitada desafiam o mandado de injunção, pois dependem de norma regulamentadora. 
A título de exemplo todos os direitos sociais são normas eficácia limitada de princípios programáticos.
Ações propostas contra o CNJ e o CNMP (quaisquer ações contra um deles).
12.5.2. Competência Recursal:
Recurso Ordinário (art. 102, inciso II, “a”): HC, MS, HD e MI = cuja decisão for denegatório por um Tribunal Superior (STJ, STM, TSE e TST).
Crime Político? Também, pois quem julga é um JUIZ FEDERAL (que profere decisão condenatória ou absolutória), sendo que cabe ao STF decidir o recurso ordinário (não cabe recurso ao TRF e nem ao STJ).
Recurso Extraordinário (artigo 102, inciso III, c/c o § 3º do mesmo artigo): somente será admitido no STF se demonstrado a repercussão geral (caso que poderá repercutir em um número indefinido de pessoas, sendo de ordem econômica, social ou outras).
Literalidade:
Contrariar dispositivo desta Constituição;
Declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
Julgar válida lei ou ato de governo local (significa lei municipal) contestado em face desta Constituição;
Julgar válida lei local (significa lei municipal) contestada em face de lei federal;
OBS: no Recurso Extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros (inversamente o STF só não admitirá o RE por decisão de no mínimo oito votos alegando a falta de repercussão geral).
12.6. Súmula Vinculante: a criação é por parte do STF (somente ele), desde que respeitado alguns requisitos:
Decisão de 2/3 de seus Ministros;
Matéria Constitucional;
Decisões Reiteradas no Tribunal.
12.6.1. Criação: o STF pode criar súmulas vinculantes de ofício ou provocado pelos legitimados do rol do art. 103, CF.
12.6.2. Efeitos: “erga omnes” e vinculantes (vincula todos os demais órgão do Poder Judiciário e a Administração Pública Direita e Indireta).
	Questões:
O STF está vinculado a sua própria súmula vinculante? Não, porque se estivesse vinculado não existiria a possibilidade de cancelamento e alteração.
O Poder Legislativo está vinculado as Súmulas Vinculantes? Não, em homenagem ao Princípio a Vedação da Fossilização. No Estado Democrático de Direito e por força do Princípio da Separação dos Poderes previsto no art. 2º da CF, é inadmissível vincular ou fossilizar a atuação do titular da função típica, qual seja, de legislar (Poder Legislativo).
Uma Súmula vinculante se submete ao Controle Concentrado de Constitucionalidade, ou seja, cabe ADI? Não, pois compete ao STF tão somente cancelar/revisar de ofício ou por provocação dos legitimados do art. 103, CF. 
CUIDADO: os legitimados do art. 103 poderão sim propor ADI, ADC e ADPF, mas nunca contra súmula vinculante, no máximo provocar o STF para que cancele ou revise a referida súmula.
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA:
13.1. Composição: mínimo de trinta e três ministros, sendo:
1/3 de juízes dos TRF’s.
1/3 de desembargadores dos Tribunais de Justiça.
1/3 pela regra do art. 94, ou seja, um quinto constitucional, composto por advogados e membros do Ministério Público, com no mínimo dez anos de carreira e conduta ilibada, além de notório saber jurídico.
OBS: nos dois primeiros casos o Tribunal elabora uma lista tríplice.
13.2. Requisitos: ser brasileiro nato ou naturalizado, mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, notório saber jurídico e reputação ilibada.
13.3. Nomeação: Presidente da República pela aprovação do Senado Federal, pela maioria absoluta de seus membros.
13.4. Competência:
Originária (art. 105, inciso I): ações.
Recursal (art. 105, incisos II e III): recursos ordinário e especial (RESP).
13.4.1. Competência originária:
Crime comum: governador.
Crime de responsabilidade: denúncia contra desembargadores dos Tribunais de Justiça, membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, membro dos TRF’s, dos TRT’s, dos TRE's, Conselhos ou Tribunais de Contas dos Munícipio (somente os municípios de SP e RJ tem TCM – CF veda a criação de novos TCM), e membros dos MPU que oficiem perante os Tribunais (os membros do MPU são Procuradores da República (1ª instância), logo aqueles que oficiem na segunda instância (Procurador Regional da República) se praticarem crime comum ou de responsabilidade serão processados e julgados perante o STJ).
Mandado de segurança e habeas data: contra ato dos Ministros de Estado, comandante das forças armadas.
Conflitos entre Tribunais: desde que o STJ e qualquer Tribunal superior não esteja conflitando.
Reclamação para preservação das decisões do STJ, bem como para impedir a usurpação de competência do STJ.
Mandado de Injunção: sempre que a falta de norma regulamentadora partir de uma autoridade federal ou entidade da Administração Pública Direta e Indireta (o candidato deve excluir o Presidente, Mesas da Câmara e do Senado, Congresso Nacional, PGR, TCU e o próprio STF).
Revisão criminal e ação rescisória das decisões transitadas em julgado pelo STJ.
Homologação de sentença estrangeira.
Concessão de “exequatur” as cartas rogatórias (cumpra-se): será cumprido por um JUIZ FEDERAL. 
OBS: o examinando deve memorizar o seguinte: (i) o STJ homologa e concede, (ii) o juiz federal executa a sentença estrangeira e cumpre (exequatur) à carta rogatória.
Incidente de deslocamento de competência (IDC): quem julga é o STJ baseado no procedimento do art. 109, § 5º, CF. Vejamos:
Natureza jurídica: ação incidental.
Legitimidade: apenas o Procurador Geral da República.
Competência: STJ.
Requisitos: GRAVE VIOLAÇÃO DE DIREITO HUMANOS consagrados em tratados internacionais. OBS: por ser ação incidental, presume ação principal tramitando na Justiça Estadual, sendo que pela procedência desloca-se a competência para a Justiça Federal.
CUIDADO: a ação principal pode estar em qualquer fase do inquérito ou processo.
13.4.2. Competência Recursal (art. 105, inciso II e III): 
a) Recurso ordinário:
Os “habeas corpus” decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória;
Os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
As causas em que forem partes o Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País. 
OBS: as causas em que forem partes o Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, de outro, município ou pessoa residente ou domiciliada no país compete ao juiz federal, logo a decisão recurso ordinário para o STJ.
b) Recurso Especial (art. 105, inciso III):
Contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
Julgar válido ato de governo local contestado em face delei federal; 
Der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA:[7: 6º Aula (08 de julho de 2015). Nathália Masson.]
14.1. Introdução: o CNJ é um órgão do Poder Judiciário (art. 92, inciso I-A, CF) que não tem função jurisdicional. A função do Conselho é a de fiscalizar e controlar a atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário, bem como fiscalizar o cumprimento dos deveres funcionais por parte dos juízes.
O CNJ não foi instituído pelo Poder Constituinte Originário (que é o Poder que cria a Constituição); foi criado pelo Poder Derivado Reformado, por meio da EC 45/04. OBS: as súmulas vinculantes também foram criadas por esta emenda constitucional.
O STF já decidiu que o CNJ é constitucional.
14.2. Composição: o CNJ possui quinze conselheiros, destes nove são jurisdicionais (membros do Judiciário) e seis não, sendo eles:
3: STF = Presidente do STF (automaticamente é o Presidente do CNJ), Desembargador do TJ (indicado pelo STF) e Juiz Estadual (também indicado pelo STF).
3: STJ = Ministro do próprio STJ (indicado pelo STJ, sendo que o mesmo será o Ministro Corregedor do CNJ), Juiz do TRF (indicado pelo STJ) e Juiz Federal (também indicado pelo STJ).
3: TST = Ministro do TST (indicado pelo TST), Juiz de TRT (indicado pelo TST) e Juiz do Trabalho (indicado pelo TST).
6: dois membros do Ministério Público (são indicados pelo Procurador-Geral da República), dois são advogados (foram indicados pelo Conselho Federal da OAB) e dois são cidadãos (um indicado pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal, desde que tenham notório saber jurídico e reputação ilibada).
14.3. Mandato: é de dois anos com apenas UMA única recondução.
CUIDADO: não existe mais o critério etário para integrar o CNJ (antes da EC 61 era mais de 35 e menos de 66 anos). Logo, o membro poderá ter qualquer idade.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE:
15.1. Teoria Geral do Controle:
15.1.1. Sistema: refere aos órgãos responsáveis pela realização do Controle de Constitucionalidade. É chamado de Jurídico ou Jurisdicional no Brasil, pois é feito pelos órgãos que integram o Poder Judiciário, como juízes, tribunais e o próprio STF.
15.1.1.1. Exceção: exceções ao Sistema Jurisdicional ocorrem em situações nas quais o Controle é realizado por órgãos que são externos ao Poder Judiciário. 
Poder Executivo:
Veto jurídico (art. 66, § 1º): é o veto baseado na inconstitucionalidade do projeto de lei
É o descumprimento de lei pelo Chefe do Poder Executivo, na sua Administração Pública, ao argumento de que ela é inconstitucional.
Poder Legislativo: 
Atuação das Comissões de Conciliação e Justiça: após a apresentação do projeto de lei (ato de iniciativa) a comissão avalia-o (discussão) antes de ser votado no plenário. Se a CCJ opinar pela inconstitucionalidade do projeto de lei, estará realizando o Controle de Constitucionalidade.
15.1.1.2. Momento: quando o Controle de Constitucionalidade é feito. No Brasil, adotamos o controle PREVENTIVO e o REPRESSIVO.
PREVENTIVO: atinge espécies normativas em fase de confecção (durante o processo legislativo) do projeto de lei e PEC.
REPRESSIVO: alcança espécies normativas já prontas e acabadas (processo legislativo já finalizado), ou seja, de lei ou emenda. CUIDADO: Lei já em vigor, mas em período de “vacatio legis” sofre controle repressivo.
15.1.1.3. Controle Judicial quanto ao momento: a REGRA é o controle judicial repressivo. 
Outrossim, existe EXCEÇÃO, quando será preventivo (importante). Essa hipótese ocorre quando um parlamentar impetra um Mandado de Segurança no Poder Judiciário para defender seu DIREITO LÍQUIDO E CERTO ao devido processo legislativo (o direito de só participar de um processo legislativo que seja hígido, ou seja, que respeite as regras procedimentais previstas na Constituição Federal). 
OBS: em decorrência do Princípio da Separação de Poderes o Judiciário somente intervirá com o controle Repressivo. 
No caso de ser o parlamentar Deputado Federal ou Senador deverá impetrar o MS no STF. Deputado Estadual impetra no Tribunal de Justiça.
15.1.1.4. Vias de Exercício: difusa + concentrada.
Difusa:
Concentrada:
15.2. Controle Difuso e o Controle Concentrado:
15.2.1. Expressões consideradas “sinônimos”:
Difuso: controle concreto ou incidental.
Concentrado: controle abstrato ou realizado em tese.
15.2.2. Ações:
Concentrado: temos ações específicas, quais sejam, a ADI (ação direta de inconstitucionalidade), a ADC (ação direta de constitucionalidade), a ADO (ação direta de inconstitucionalidade por omissão) e a ADPF (ação de descumprimento de preceito fundamental).
Difuso: não existem ações específicas.
15.2.3. Surgimento: 
Controle Difuso: nasceu nos Estados Unidos da América em 1803, por meio de uma lei civil que era contraria à Constituição Federal. No Brasil aparece primeiramente em 1891 com a primeira Constituição Republicana.
Concentrado: nasceu na Áustria em 1920, sendo que no Brasil houve o surgimento por partes. Com efeito, a primeira ação a aparecer no Brasil foi a ADI com a EC 16/65, que recebia o nome de ADIN, posteriormente com a CF de 1988 veio a ADO e ADPF, sendo que por último nasceu no nosso ordenamento jurídico a ADC por meio da EC 3/93.
15.2.4. Competência:
Concentrado: STF, somente ele que julga.
Difuso: em qualquer instância de qualquer órgão jurisdicional do Poder Judiciário por não ter ação específica, ou seja, qualquer juiz e qualquer tribunal (inclusive o STF, por meio de recursos extraordinários e ordinários e ações originárias) possui competência.
15.2.5. Legitimados: no controle difuso qualquer pessoa pode propor uma ação. Entretanto, no controle concentrado só poderão propor ações específicas aqueles previstos no art. 103, CF (neste artigo temos os legitimados à propositura das quatro ações do controle concentrado):
Existem quatro autoridades, quatro mesas e quatro entidades:
Autoridades: (i) Presidente da República, (ii) PGR, (iii) Governador de Estado e (iv) Governador do DF.
Mesas: (i) mesa diretora do Câmara dos Deputados, (ii) do Senado Federal, (iii) da Assembleia Legislativa do DF e (iv) da Assembleia Legislativa do Estado.
Entidades: (i) Conselho Federal da OAB, (ii) Partido Político representado no Congresso Nacional, (iii) Confederação Sindical e (iv) Entidade de Classe de Âmbito Nacional.
OBS 1: o STF diferenciou os legitimados em dois grupos, os UNIVERSAIS (que não precisam comprovar o interesse de agir) e os ESPECIAIS (que devem demonstrar a pertinência temática = art. 103, incisos IV, V e IX).
UNIVERSAL: Presidente e PGR, Mesas diretoras do Senado e da Câmara, Conselho Federal da OAB e Partido Político representado no Congresso.
ESPECIAL: Governado de Estado e do DF, Mesas diretoras da Assembleia Legislativa e da Câmara Legislativa do DF, Confederação Sindical e Entidade de Classe de Âmbito Nacional.
OBS 2: O STF dividiu os legitimados de uma segunda maneira, os que possuem capacidade postulatória (incisos I a VII do art. 103) e aqueles que não possuem capacidade postulatória (incisos VIII e IX do art. 103).
Possuem Capacidade Postulatória (não precisam de advogado para ajuizar a ação perante o STF): com exceção daqueles que não possuem capacidade de postular em Juízo.
Não possuem Capacidade Postulatória: PEC = Partido Político representado no Congresso, Entidade de Âmbito Nacional e Confederação Sindical.
OBS 3: O PARTIDO POLÍTICO está representado no Congresso Nacional quando possuem pelo menos um membro, ou na Câmara dos Deputados ou no Senado Federal.
Se o partido político no curso da ação específica perde a representação parlamentar, a referenciada ação não ficará prejudicada, será julgada normalmente. Afinal a legitimidade deve ser aferida no momento da propositura da ação e não do julgamento.
OBS 4: O Presidente da República e os Governadores podem propor ADI contra Lei, ainda quando eles tinham sancionado o Projeto de Lei ou mesmo apresentado referido projeto.OBS 5: Sindicatos e Federações Sindicais não propõe ações especiais do controle concentrado para questionar a constitucionalidade.
OBS 6: Entidade (i) de classe deve ser proporcional (por isso UNE não é legitimada) e (ii) a classe profissional deve ser homogênea (por isso a CUT não é legitimada).
Ter âmbito nacional significa estar presente em pelo menos nove Estados, ou seja, 1/3 da Federação = posição adotada pelo STF.
CUIDADO: o STF já admitiu uma ADI proposta pela Abersal (ADI 2866 RN), uma entidade de classe que não está presente em pelo menos nove Estados da Federação, em razão da especificidade da atividade.
15.2.6. Objeto: 
Difuso: qualquer lei, seja ela Federal, Estadual, Municipal ou Distrital pré ou pós-constitucional, pode ter sua constitucionalidade avaliada, bem como sua recepção ou não. 
OBS 1: pré-avalio apenas se ela é recepcionada ou não; e pós se é constitucional ou inconstitucional. 
No controle difuso uma pessoa qualquer pode ajuizar uma ação qualquer perante um órgão qualquer do Judiciário para discutir se uma lei qualquer é ou não constitucional, ou se foi ou não recepcionada.
OBS 2: de acordo com o entendimento majoritário doutrinal, é cabível controle difuso para as espécies normativas secundárias.
Concentrado:
ADC (art. 102, inciso I, “a”, CF): o objeto da ADC são as leis/atos normativos federais, desde que pós-constitucionais. 
Na ADC não há análise de leis estaduais ou municipais, tampouco análise de recepção ou não recepção do direito pré-constitucional.
ADI (art. 102, inciso I, “a”, CF): seu objeto são as leis/atos normativos federais ou estaduais, desde que pós-constitucionais.[8: 7º Aula (10 de julho de 2015). Nathália Masson.]
OBS 1: as leis e atos normativos só podem ser objeto de ADI se forem pós-constitucionais.
OBS 2: de acordo com o art. 32, “caput”, o DF não se divide em munícipios, só em regiões administrativas, nos termos do § 1º, do art. 32, o DF possui uma competência legislativa cumulativa, pois legisla exercendo atribuição de natureza estadual (caberá lei no STF) e municipal (não caberá ADI no STF = súmula 642, STF).
OBS 3: sobres os decretos: 
Decretos Legislativos (só podem ser editados pelo Congresso Nacional) podem ser objeto de ADI, pois são espécies normativas primárias (inscritas no art. 59, CF). Todas as espécies primárias do art. 59 podem ser objeto de ADI.
Por outro lado os Decretos Regulamentares são espécies normativas secundárias, que só afrontam a CF de modo indireto, por isso não podem ser objeto de ADI. O Decreto Regulamentar é editado pelo Presidente da República (art. 84, inciso IV, CF).
Os Decretos Autônomos também são editados pelo Presidente da República (art. 84, inciso VI, CF), mas podem ser objeto de ADI pois afrontam a CF de forma direta.
OBS 4: Não cabe ADI contra lei já revogada, por ausência de objeto. Vale lembrar que eventuais prejudicados que queiram questionar a Lei já revogada, discutindo o período em que ela esteve em vigor, deverão propor uma ação no controle difuso, já que nesta via pouco importa de a Lei é pré ou pós-constitucional, se esta em vigor ou se já foi revogada, ou ainda, se é federal, estadual ou municipal.
E se a ADI foi proposta antes de uma lei ser revogada (no curso desta)? Se a ADI for proposta contra Lei que já está em vigor e, no curso da ação, essa lei é revogada, a ADI ficará prejudicada, isto é, será extinta sem análise de mérito.
Vale ressaltar uma exceção na qual a revogação de Lei no curso da ADI não vai gerar sua prejudicialidade, quando a revogação for fraudulenta, ou seja, quando a Lei posterior for praticamente idêntica (ou muito semelhante) a Lei anterior. Neste caso, como a revogação é fraudulenta e tenta burlar a jurisdição do STF, a Corte concluiu que a ADI deveria ser julgada bastando aditar a petição inicial, para trocar a lei que está sendo impugnada.
Exemplo: uma Lei Estadual tributária foi editada de modo equivocado no mês de fevereiro de 2014. Por estar no ordenamento jurídico ela goza da presunção de ser constitucional, o que significa que é obrigatória mesmo sendo inadequada. Em junho de 2014 o PGR propõe uma ADI, no entanto, em fevereiro de 2015, depois de um ano em vigor a Lei é revogada e a ADI perde o seu objeto. Se um individuo que se sentiu prejudicado por esta lei quiser, ele pode ingressar com uma ação no controle difuso para reaver a quantia paga indevidamente (ação de repetição de indébito).
ADPF: seu objeto é regido pelo Princípio da Subsidiariedade (art. 4º § 1º, Lei 9.882/99).
Desta forma, a ADPF só será cabível quando a ADI e a ADC não puderem ser utilizadas.
Exemplo 1: Lei ou Ato normativo municipal.
Exemplo 2: Lei ou Ato normativo pré-constitucional.
Exemplo 3: Lei Estadual (não pode ser objeto de ADC) que foi promulgada em 1980 (não cabe ADI por não ser pós-constitucional).
CUIDADO: existem atos que não podem ser objeto de nenhuma ação do controle concentrado, como no caso de:
Projeto de Lei;
PEC;
Súmula comum;
Súmula vinculante;
Veto presidencial.
	Basicamente:
ADC = leis ou atos normativos federais pós-constitucionais.
ADI = leis ou atos normativos federal, estaduais e distritais (quando em competência estadual) pós-constitucionais.
ADPF = o que não pode ser discutido nas outras ações.
15.3. Efeitos das decisões:
a) Controle Difuso: independentemente de qual seja o órgão julgador, os efeitos das decisões no controle difuso serão “inter partes” e “ex tunc”.
ATENÇÃO: quanto a decisão no controle difuso for tomada pelo STF, no sentido da INCONSTITUCIONALIDADE os efeitos poderão ser modificados.
O STF ao declarar a inconstitucionalidade no controle difuso pode modular os efeitos temporais da decisão, em razão da segurança jurídica ou de excepcional interesse social. 
Basicamente: significa adotar os efeitos “ex nunc” (não retroage) ou “pro futuro” (quando o STF escolhe uma data qualquer no futuro para que a norma inicie sua produção de efeitos).
Ao declarar a INCONSTITUCIONALIDADE de uma lei no controle difuso, o STF terá que comunicar sua decisão ao Senado Federal, sendo que se o Senado quiser (e quando quiser) poderá ampliar os efeitos da declaração de inconstitucionalidade para “erga omnes”.
OBS = Atuação do Senado Federal (art. 52, inciso X, CF): 
Não há prazo para o Senado Federal atuar;
Também não há obrigação;
O SF atua neste caso como órgão de caráter nacional, o que significa que será acionado pelo STF sempre que a Corte declarar a inconstitucionalidade de uma lei, pouco importando que esta lei seja federal, estadual ou municipal. Vale lembrar que a Resolução do Senado Federal produzira efeitos “ex nunc” em regra. OBS: quando o STF em controle difuso declarar a não recepção de uma norma pré-constitucional, referida decisão não deverá ser comunicada ao Senado Federal.
b) Controle Concentrado: 
“Erga omnes” = contra todos, qual seja, oponível à todos.
“Ex tunc” = efeito retroativo, ou seja, retroage até a data da publicação.
Vinculante = torna a decisão obrigatória.
OBS 1: Cabe modulação temporal de efeitos (art. 27, Lei 9.868/99). OBS: é cabível modulação temporal de efeitos das decisões do STF pela inconstitucionalidade da norma, tanto no controle difuso, quanto no concentrado. No entanto esta modulação no controle concentrado é autorizado pelo legislador, enquanto que no controle difuso a modulação é feita pelo STF por analogia. 
Basicamente: a lei é inconstitucional, mas é necessária e mantida no ordenamento por um determinado prazo (pro futuro).
OBS 2: o efeito vinculante das decisões do STF no controle concentrado (e também das súmulas vinculantes) atinge os demais órgãos do Poder Judiciário e toda a Administração Pública, Direta e Indireta, nas esferas Federal, Estadual e Municipal. Vale frisar que os Poder Executivo e Legislativo também ficam vinculados, SALVO quando estão na função de legislar. 
Isso significa que o Legislativo e o Executivo podem editar lei contrariando o teor de uma súmula vinculante ou de umadecisão do STF no controle concentrado (evita o fenômeno da Fossilização do Ordenamento Jurídico).
15.4. Atuação do PGR e do AGU no controle concentrado: [9: 8º Aula (16 de julho de 2015). Nathália Masson.]
15.4.1. Advogado Geral da União (arts. 103, § 3º e 131, CF): é a instituição que representa a União, judicial e extrajudicialmente, em assuntos de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo. O chefe da AGU é nomeado livremente pelo Presidente da República (não há aprovação prévia do Senado Federal), desde que tenha (i) no mínimo 35 anos, (ii) notório saber jurídico e (iii) conduta/reputação ilibada.
O AGU não precisa ser integrante da carreira, tampouco possui mandato fixo.
15.4.1.1. Papel do AGU no controle concentrado de constitucionalidade: o AGU não é legitimado ativo (art. 103), ele apenas atua nas ações de inconstitucionalidade (ADI’s e ADO’s quando a omissão é parcial), ele não participa das ADC’s.
De acordo com a Constituição Federal a função do AGU é VINCULADA, pois ele sempre irá defender a constitucionalidade da norma que esta sendo impugnada (como um Curador da Presunção de Constitucionalidade da Norma).
O STF já mitigou a obrigatoriedade de o AGU efetivar essa defesa em dois casos: 
Quando a norma impugnada em ADI ofender os interesses da UNIÃO. 
Quando o próprio STF já tiver declarado a inconstitucionalidade da norma no passado.
15.4.2. Procurador Geral da República (arts. 103, § 1º e 128): o MP se divide em Ministério Público da União (MPU) e Ministérios Públicos Estaduais (MPE).
MPU = MPF, MPT, MPM, MPDFT.
MPE.
O chefe do MPU é o PGR, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, desde que aprovado por Maioria absoluta do Senado Federal, com mais de 35 anos, cujo mandato é de dois anos, permitida a recondução (tantas quantas forem).
Outrossim, o PGR somente será destituído com autorização da maioria absoluta dos membros do Senado Federal.
15.4.2.1. Participação do PGR no controle concentrado: 
O PGR é legitimado ativo (art. 103, inciso VI), ou seja, pode atuar no polo ativo no controle concentrado.
O PGR se manifesta em todas as ações do controle concentrado, de forma livre, desvinculada. Ele pode opinar pela constitucionalidade ou inconstitucionalidade da norma.
Defensor da constituição.
OBS 1: de acordo com os arts. 12-E, § 3º da Lei 9.868/99 e 7º, paragrafo único da Lei 9.882/99, o PGR não irá se manifestar posteriormente nas ADO’s e ADPF’s por ele ajuizadas.[10: Art. 12-E. Aplicam-se ao procedimento da ação direta de inconstitucionalidade por omissão, no que couber, as disposições constantes da Seção I do Capítulo II desta Lei. § 3º O Procurador-Geral da República, nas ações em que não for autor, terá vista do processo, por 15 (quinze) dias, após o decurso do prazo para informações. ][11: Art. 7º. Decorrido o prazo das informações, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os ministros, e pedirá dia para julgamento.Parágrafo único. O Ministério Público, nas arguições que não houver formulado, terá vista do processo, por cinco dias, após o decurso do prazo para informações.]
OBS 2: nas ADI’s e ADC’s em que for o autor, o PGR irá se manifestar posteriormente. Outrossim, ele poderá opinar pela improcedência da ação, sem que isso signifique desistência da ação. Aliás, no controle concentrado, estamos em um processo que é objetivo no qual a desistência jamais será admitida.
OBS 3: de acordo com o art. 2º, § 2º, da Lei 11.417/06, o PGR só atua nas propostas de súmula vinculante quando não for o autor das mesmas[12: Art. 2º. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, editar enunciado de súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma prevista nesta Lei.§ 2º O Procurador-Geral da República, nas propostas que não houver formulado, manifestar-se-á previamente à edição, revisão ou cancelamento de enunciado de súmula vinculante.]
15.5. Participação do “Amicus curiae”: é o amigo da corte, órgão ou entidade que trará para o STF informações relevantes que vão auxiliar o julgamento da causa.
O “amicus” pluraliza/amplia o debate, conferindo às decisões do STF mais legitimidade social, democrática e jurídica.
Existe previsão expressa na Lei 9.868/99 para a participação do “amicus” na ADI (art. 7º, § 2º). Nas demais ações, de acordo com o STF, o “amicus” atua por analogia.[13: Art. 7º Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade.§ 2º O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades.]
É o relator que decide se o “amicus” vai ou não ingressar no feito analisando dois requisitos que estão na lei:
Relevância da matéria;
Representatividade dos postulantes.
Se a decisão do relator for positiva não caberá recurso. Em contrapartida, caberá agravo para o Tribunal Pleno (pedido de reconsideração) em caso de decisão denegatória.
Segundo o STF:
O “amicus” pode fazer sustentação oral e não só apresentar memoriais por escrito.
O prazo máximo de ingresso do “amicus” no processo é a liberação do processo pelo relator para a pauta de julgamento.
15.6. Medida Cautelar: é cabível pedido de medida cautelar em todas as ações do controle concentrado.
CF: art. 102, inciso I, “P”0.
Leis:
ADI: arts. 10 e 11, Lei 9.868/99.
ADC: art. 21, Lei 9.868/99.
ADO: art. 12-F, Lei 9.868/99.
ADPF: art. 5º, Lei 9.868/99.
Os pressupostos para a concessão da Medida Cautelar são o ‘fumus boni juris” e o “periculum in mora”. 
15.6.1. Em ADI:
Impacto da concessão da Medida Cautelar = (i) suspensão da norma; (ii) suspensão dos processos que tramitam no controle difuso e tenham como objeto a norma que está sendo discutida em ADI; (iii) efeito repristinatório (é um efeito tácito/automático, sendo que a suspensão da norma pela medida cautelar em ADI torna aplicável a legislação anterior ao caso existente, salvo se o STF se manifestar “expressa” em sentido contrário, quando no caso da lei anterior for pior do que a lei nova).
OBS: sobre repristinação ler o art. 2º, § 3º da LINDB.
Efeitos da concessão da medida cautelar em ADI: efeito “erga omnes”, vinculante e “ex nunc” (em regra). Na decisão final o efeito será “ex tunc”.
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO:
16.1. Introdução: nossa forma de governo é República e o sistema de governo é Presidencialismo. Ainda, nossa forma de Estado é Federada.
16.2. Formas de Estado:
Unitário: o poder é central e não existe descentralização no exercício do Poder Político (existe descentralização Administrativo).
Já adotamos esta forma de Estado na Constituição Monárquica de 1824 (1ª CF).
Federação: o poder político está descentralizado, o que origina as entidades políticas autônomas (entes da Federação). O vínculo entre as entidades é indissolúvel, ou seja, não existe o direito de separação.
Adotamos esta forma federada desde a nossa 1ª CF Republicana de 1891.
Confederação: é a reunião de Estados Soberanos, feita por um tratado (ou acordo) internacional. Como cada país integra a confederação, mantém sua soberania, existe direito de separação.
16.3. Federação quanto ao surgimento: 
Por agregação (EUA): nos EUA tínhamos originariamente treze colônias, todas soberanas e unidas em confederação. No final do século XVIII formaram um país único, um Estado Federal.
Movimento de formação: centrípeto.
Por segregação (Brasil): no Brasil o movimento foi oposto já que éramos um Estado Unitário e o poder foi dividido para as entidades federadas poderem surgir.
Movimento de formação: centrífugo.
OBS: movimento de formação é ≠ de concentraçãode Poder.
16.4. Federação quanto a atual concentração de Poder:
a) Centrípeta: quando concentrar mais atribuições no centro, ou seja, no Plano Federal, como no caso do Brasil.
b) Centrífuga: quando concentra mais tarefas nas entidades regionais (e os Estados), como no caso dos EUA.
16.5. A Federação na CF/88: por primeiro, observamos que “Federação” é CLÁUSULA PETREA (art. 60, § 4º, CF).
OBS: as cláusulas pétreas podem ser objeto de emenda constitucional, desde que a emenda não seja abolitiva ou restritiva.
A República Federativa do Brasil é Estado federal, dotada de soberania (poder político em grau máximo).
Soberania no cenário = interno (supremacia) e internacional (independência perante os demais).
Os entes federados (União, Estados, DF e Municípios) são dotados de autonomia. Não existe hierarquia entre os entes federados, ou seja, todos se subordinam à CF/88.
16.5.1. Territórios Federais (arts. 18, § 2º, 33, 84, inciso XIV e 52, inciso III, “C”): hoje não existem mais territórios federais, já que a Constituição de 88 converteu o AMAPÁ e RORAIMA em Estados e determinou que Fernando de Noronha fosse reincorporado ao Estado de Pernambuco.
Arts. 14 e 15, ADCT.[14: Art. 14. Os Territórios Federais de Roraima e do Amapá são transformados em EstadosFederados, mantidos seus atuais limites geográficos.§ 1º - A instalação dos Estados dar-se-á com a posse dos governadores eleitos em 1990.§ 2º - Aplicam-se à transformação e instalação dos Estados de Roraima e Amapá as normas e critérios seguidos na criação do Estado de Rondônia, respeitado o disposto na Constituição e neste Ato.§ 3º - O Presidente da República, até quarenta e cinco dias após a promulgação da Constituição, encaminhará à apreciação do Senado Federal os nomes dos governadores dos Estados de Roraima e do Amapá que exercerão o Poder Executivo até a instalação dos novos Estados com a posse dos governadores eleitos.§ 4º - Enquanto não concretizada a transformação em Estados, nos termos deste artigo, os Territórios Federais de Roraima e do Amapá serão beneficiados pela transferência de recursos prevista nos arts. 159, I, "a", da Constituição, e 34, § 2º, II, deste Ato.Art. 15. Fica extinto o Território Federal de Fernando de Noronha, sendo sua área reincorporada ao Estado de Pernambuco.]
No entanto, novos territórios federais podem ser criados por lei complementar.
Se um novo território federal for criado, ele não será ente da Federação, pois não possuirá autonomia. O Território Federal integrará a União como uma descentralização. 
Ao contrário do Distrito Federal que não se dividem em municípios, os territórios federais podem ser divididos em municípios.
O município de território federal pode sofrer intervenção federal, determinada pela União (já que o próprio território não sendo um ente um federado não poderia intervir). Por outro lado, os municípios só podem sofrer intervenção estadual, nunca a Federal.
Intervenção: art. 34 ao 36, CF.
FORMAÇÃO DE NOVOS ESTADOS E MUNICÍPIOS:
17.1. Art. 18, §§ 3º e 4º, CF: apesar de não haver direito de secessão, a arquitetura interna do país pode ser modificada, pois, estados e municípios podem ser desmembrados, inclusive se unir para formarem outro.
Quatro situações podem acontecer:[15: 9º Aula (18 de julho de 2015). Nathália Masson.]
Fusão: A + B = C.
Subdivisão: A = A¹ e A².
Desmembramento-formação: A (perde uma parte) = A e a.
Desmembramento-anexação: A (perde uma parte) e B = B ampliado com uma parte do território de A.
17.2. Requisitos:
Aprovação em plebiscito da população diretamente interessa.
STF: de acordo com o STF, toda a população do Estado-membro deve ser consultada (área remanescente e área a ser desmembrada).
Edição de Lei Complementar Federal pelo Congresso Nacional: o CN edita uma lei confirmando o que foi decidido no plebiscito.
17.3. Formação de novos municípios (art. 18, § 4º):
17.3.1. Requisitos:
Edição de uma Lei Complementar Federal que irá uniformizar os requisitos.
Apresentação dos estudos de de viabilidade municipal.
Plebiscito com a população.
Edição de uma Lei Estadual.
OBS: para evitar a criação de novos municípios com finalidade exclusivamente eleitoreira, a EC 15/96 criou um novo requisito para dificultar: a necessidade de edição de uma LEI COMPLEMENTAR.
Até hoje, essa lei complementar não foi elaborada. Logo, novos municípios não podem ser criados.
Mesmo sem a Lei Complementar Federal, novos municípios foram criados. Para salvá-los (constitucionalizados) o Congresso Nacional editou a EC 58/07, incluindo o art. 96 no ADCT (convalidando esses municípios desmembrados).[16: Art. 96. Ficam convalidados os atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos estabelecidos na legislação do respectivo Estado à época de sua criação.]
REPARTIÇÃO CONSTITUCIONAL DE COMPETÊNCIAS:
18.1. Introdução: o princípio que orienta a divisão de tarefas é o da preponderância dos interesses públicos (não é exclusividade).
Se o interesse predominante for nacional, a competência será da UNIÃO. Em contrapartida, se interesse regional, caberá aos Estados membros e interesso local aos MUNICÍPIOS.
OBS: concentramos mais atribuições no Plano Federal.
18.2. Estados: cada Estado possui sua Constituição Estadual (art. 25 da CF e art. 11 do ADCT), elaborada pelo Poder Derivado Decorrente.
OBS: vale lembrar que a CF é elaborada pelo Poder Constituinte Originária.
Os Estados que possuem, via de regra, competência legislativa remanescente, ou seja, aquilo que sobra (art. 25, § 1º, CF).
Exemplo: legislar sobre transportes públicos intermunicipais (ADI 845).
CUIDADO: existem algumas situações em que a CF exige expressamente Lei Estadual, como no caso dos arts. 18, § 4º, 25, §§ 2º (o Estado que irá explorar o gás local canalizado, por meio de Lei, sendo vedado tratar deste assunto por medida provisória) e 3º.
18.3. Municípios: as principais atribuições municipais estão no art. 30, CF. Outrossim, constam atribuições no art. 144, § 8º.
18.3.1. Art. 30, inciso I: os municípios vão legislar sobre assuntos de interesse local.
Segundo a doutrina e o STF, são assuntos de interesse local:
Coleta do lixo.
Ordenação do solo urbano.
Fixação do horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais (Súmula Vinculante 38 = é a antiga súmula 645 do STF).[17: Súmula Vinculante n. 38. É competente o Município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial.]
No entanto, o município não pode impedir a instalação de estabelecimentos comerciais em determinada área, pois isso fere a livre concorrência (Súmula Vinculante 49, antiga 646, STF).
Vale lembrar que a União é competente para fixar o horário de funcionamento das agências bancárias, para fins de atendimento ao público (Súmula 19, STJ).
Segundo o STF, é o município que legisla sobre normas que envolvam o conforto e a segurança dos usurários dos serviços bancários. Exemplo: tempo máximo de espera em fila de banco, instalação de sanitários, bebedouros, cadeiras, portas de segurança, câmeras de segurança.
Outrossim, segundo o STF, é assunto de interesse local legislar sobre o tempo máximo de espera em filas de cartórios para obtenção dos serviços notóriais (não é tema de registros públicos, por isso a competência não é da União).
CUIDADO: município não possui constituição, mas sim Lei Orgânica, votada em DDD.
D: são dois turnos de votação.
D: o intervalo entre eles é de dez dias.
D: a maioria de aprovação exigida é de dois terços.
18.4. Distrito Federal: o DF não possui constituição. O DF te, uma Lei Orgânica (LODF), elaborada pelo Poder Derivado Decorrente e possuidora de “status” de Constituição Estadual.
O DF, nos termos do art. 32, § 1º, CF, possui Competência Legislativa cumulativa! O DF em regra legisla exercendo atribuição de natureza estadual e municipal.
CUIDADO: o DF não possui todas as competências legislativas.

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