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Exercícios respondidos sobre ED (Embargos de Declaração)

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Os Embargos de declaração são, muitas vezes, utilizados para o fim de prequestionamento. O que é prequestionamento e como a parte deve prequestionar a matéria? O STJ e o STF exigem prequestionamento implícito ou explicito? Qual a principal mudança verificada com o novo Código de Processo Civil no que tange ao prequestionamento?
R: De acordo com Nelson Nery Junior “diz se prequestionada determinada matéria quando o órgão julgador haja adotado entendimento explicito a respeito”, ou seja, o prequestionamento é a manifestação do tribunal recorrido acerca de determinada questão, o prequestionamento é equivalente a um ato do tribunal, que, ao averiguar a matéria e sobre ela tomar uma decisão, estaria prequestionando. A questão deve ser abordada logo no início do processo, já na petição inicial, no caso do autor, ou em contestação, no caso do réu, para argumentar eventual violação a norma constitucional ou legal. O STJ, RTJ 53/557 diz que: “o dever de prequestionar é do recorrente em primeiro lugar”. Os Tribunais Superiores exigem prequestionamento explicito já que têm sistematicamente rejeitado os recursos interpostos cujo prequestionamento se entende é implícito, entendendo estar ausente o requisito com que eles tratam a questão. A principal mudança no CPC, que tange o prequestionamento, é a consagração da tese do prequestionamento ficto, presento no art.1025, sendo esse prequestionamento aceito apenas no STF.
Ha juízo de admissibilidade nos embargos de declaração? A reiteração de tal recurso pode gerar a sua inadmissibilidade? Justifique.
R: Apesar dos embargos declaratórios serem recursos de fundamental vinculação, pois o recorrente precisa alegar um dos defeitos do art.1022, o pedido de esclarecimento ou complementação se submete sim ao juízo de admissibilidade, aos chamados pressupostos recursais. Os citado pressupostos se dividem em objetivos, onde serão examinadas a existência e adequação do recurso, a tempestividade, a motivação e a regularidade procedimental, e em subjetivos, onde serão examinados o interesse e a legitimação para recorrer, bem como a inexistência de obstáculo ao poder de recorrer. Não, porém quando os embargos de declaração forem protelatórios o juiz ou tribunal em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a 2% sobre o valor atualizado da causa, vide art. 1023, §2º, CPC. Contrariando reiterados embargos de declaração com intenção protelatória a multa será eleva a até 10% sobre o valor atualizado da causa e a interposição de qualquer recurso restará condicionada ao depósito prévio do valor da multa. Não serão admitidos novos embargos de declaração se os dois anteriores tiverem sido protelatórios, como dispõe o art. 1023, §4º, CPC.
3) Com relação ao prazo dos embargos de declaração, responda:
a) Como se distingue o prazo interruptivo do suspensivo?
R: De acordo com o novo CPC, art. 538, os embargos de declaração só terão efeito suspensivo de caráter interruptivo para interposição de outros recursos. O dispositivo acima citado é preciso ao estabelecer o efeito processual decorrente da interposição de outros recursos, porém, para que tal efeito pertinente é necessário que os embargos de declaração tenham sido aceito, pois do contrário, a peça processual é tida como inexistente, tornando-se incapaz de produzir qualquer efeito. Quando ocorre a oposição aos embargos de declaração a eficácia da decisão embargada fica suspensa, mesmo o recurso não tendo efeito suspensivo. Não há expressa previsão legal que confere efeito suspensivo aos embargos de declaração, mas confere-se o efeito suspensivo ao embargos declaratórios, posto que a oposição do mesmo interrompe o prazo para a interposição de outros recursos. 
b) Os embargos interrompem o prazo para a propositura de outros recursos? O magistrado deve determinar esse efeito ao receber o recurso?
R: Confere-se o efeito suspensivo ao embargos declaratórios, posto que a oposição do mesmo interrompe o prazo para a interposição de outros recursos. Não, pois as partes estão cientes que quando se dá a interrupção do prazo para outros recursos, essa interrupção vale para os embargados, embargantes, bem como para o terceiro interveniente ou prejudicado e até mesmo ao Ministério Público.
c) Os embargos de declaração possuem efeito suspensivo?
R: De acordo com o novo CPC, art. 538, os embargos de declaração só terão efeito suspensivo de caráter interruptivo para interposição de outros recursos. O dispositivo acima citado é preciso ao estabelecer o efeito processual decorrente da interposição de outros recursos, porém, para que tal efeito pertinente é necessário que os embargos de declaração tenham sido aceito, pois do contrário, a peça processual é tida como inexistente, tornando-se incapaz de produzir qualquer efeito.
d) Pode o Tribunal não admitir os embargos de declaração em razão do não preenchimento dos requisitos de admissibilidade e, com isso, não recebe--los nos efeitos interruptivo e suspensivo?
R: Sim, apesar dos embargos declaratórios serem recursos de fundamental vinculação, pois o recorrente precisa alegar um dos defeitos do art.1022, o pedido de esclarecimento ou complementação se submete sim ao juízo de admissibilidade, aos chamados pressupostos recursais. Os citado pressupostos se dividem em objetivos, onde serão examinadas a existência e adequação do recurso, a tempestividade, a motivação e a regularidade procedimental, e em subjetivos, onde serão examinados o interesse e a legitimação para recorrer, bem como a inexistência de obstáculo ao poder de recorrer, caso não preencha um desses requisitos os embargos declaratórios poderão não ser recebidos. Com o não recebimento dos embargos não há o que se falar de efeitos produzidos pelo mesmo.
4) Quais são as hipóteses de cabimento dos embargos de declaração e o que e o efeito infringente dos embargos de declaração?
R: As hipóteses de cabimento dos embargos de declaração estão elencadas no artigo 1022 do Código Processual Civil, são eles: I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; III - corrigir erro material. O efeito infringente nos embargos de declaração nada mais é do que o impedimento da reforma a decisão embargada, porém o entendimento não prevalece, pois de acordo com o artigo 494, II, do CPC, na admissão de que o juízo prolator da sentença pode modifica-la do julgamento dos embargos de declaração.
5) Relativamente a multa: Em quais situações ela deve ser aplicada e como se dá a sua reincidência? Aplicada a multa, a interposição de outro recurso fica condicionada ao seu pagamento. E se ela foi incorretamente imposta (porcentagem exorbitante ou errônea), como deve a parte agir nessa situação?
R: Quando os embargos de declaração forem protelatórios o juiz ou tribunal em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a 2% sobre o valor atualizado da causa, vide art. 1023, §2º, CPC. Contrariando reiterados embargos de declaração com intenção protelatória a multa será eleva a até 10% sobre o valor atualizado da causa e a interposição de qualquer recurso restará condicionada ao depósito prévio do valor da multa. Não serão admitidos novos embargos de declaração se os dois anteriores tiverem sido protelatórios, como dispõe o art. 1023, §4º, CPC. Caso a multa tenha sido aplicada em caso errôneo a parte prejudicada deve embargar, com a prerrogativa de erro material.

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