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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Geografia A Opção Certa Para a Sua Realização 1 GEOGRAFIA: Noções básicas de cartografia: Orientação: pontos cardeais; Locali- zação: coordenadas geográficas (latitude e longitude); Representa- ção: leitura, escala, legenda e convenções. Natureza e meio ambiente no Brasil: Grandes domínios climáticos; Ecossistemas. As atividades econômicas e a organização do espaço: Espaço agrário: modernização e conflitos; Espaço urbano: atividades eco- nômicas, emprego e pobreza; A rede urbana e as Regiões Metropolitanas. Formação Territorial e Divisão Político-Administrativa: Divisão Políti- co-Administrativa; Organização federativa. Noções básicas de cartografia: Orientação: pontos cardeais; Localização: coordenadas geográficas (latitude e longitude); Representação: leitura, escala, legenda e convenções. MEIO DE ORIENTAÇÃO E COORDENADAS GEOGRÁFICAS OS PONTOS DE ORIENTAÇÃO O homem, para facilitar o seu deslocamento sobre a superfície terres- tre, tomando por base o nascer e o pôr do Sol, criou alguns pontos de orientação. Devido à marcante influência que o Sol exerce sobre a Terra, o ho- mem, observando sua aparente marcha pelo espaço, fixou a direção em que ele surge no horizonte’. O ponto em que o Sol aparece diariamente no horizonte, o nascente, é conhecido também por leste ou oriente, e o local onde ele se põe, o poente, corresponde ao oeste ou ocidente. Estendendo a mão direita para leste e a esquerda para oeste, encon- tramos mais dois pontos de orientação — o norte, à nossa frente, e o sul, às nossas costas. Esses quatro principais pontos de orientação: norte, sul, leste e oeste, constituem os pontos cardeais. Entre os pontos cardeais, foram criados mais quatro pontos de orien- tação, os colaterais, que são: nordeste, sudeste, noroeste e sudoeste. Para tornar mais segura a orientação sobre a superfície terrestre, en- tre um ponto cardeal e um colateral foi criado o subcolateral. Os pontos subcolaterais são em número de oito: NNE — nor-nordeste; ENE — es-nordeste; ESE — es-sudeste; SSE — su-sudeste; SSO — su-sudoeste; OSO — os-sudoeste; ONO — os-noroeste; NNO — nor-noroeste. Juntando-se os pontos cardeais, colaterais e subcolaterais notamos que eles formam uma figura conhecida pelo nome de rosa-dos-ventos. O MAGNETISMO TERRESTRE A Terra pode ser perfeitamente comparada a um gigantesco imã, possuindo dois pólos magnéticos que se situam próximo aos pólos geográficos, mas que não coincidem com estes. O magnetismo terrestre tem sua provável origem na eletricidade emi- tida pela massa líquida, proveniente da junção dos oceanos nas extremida- des do globo terrestre. Descoberta a atração magnética que os extremos da Terra exercem sobre as demais partes do globo, inventou-se a bússola, aparelho que é um seguro meio de orientação. A bússola é constituída por uma agulha magnética convenientemente colocada sobre uma haste no centro de uma caixa cilíndrica. A agulha está ligada a um círculo graduado e dividido como a rosa- dos-ventos. Este círculo é geralmente constituído de talco ou mica. Como essa agulha tem a propriedade de apontar sempre o norte, para nos orientarmos pela bússola basta colocarmos o “norte” do mostrador na direção indicada pela agulha, o que de imediato nos proporcionará a posi- ção dos demais pontos. A agulha imantada da bússola não aponta o norte geográfico, mas sim o norte magnético. A direção da agulha e o norte geográfico formam quase sempre um ângulo, variável de lugar para lugar e de época para época, ao qual se dão nome de declinação magnética. ORIENTAÇÃO PELO CRUZEIRO DO SUL Além dos meios de orientação já conhecidos, à noite é possível nos orientarmos por meio das estrelas. Um importante elemento de orientação em nosso hemisfério é o Cru- zeiro do Sul, para nós bastante visível. A forma de nos orientarmos por ele consiste em prolongarmos quatro vezes o braço maior da cruz e, desse ponto imaginário, baixarmos uma perpendicular à linha do horizonte. Assim teremos o sul. Se nos colocarmos de costas para a constelação teremos à frente o norte, à direita o leste e à esquerda o oeste. No hemisfério norte usa-se a estrela Polar como meio de orientação. Ela aponta sempre a direção norte. AS LINHAS E CÍRCULOS DA TERRA Devido à grande extensão do nosso planeta, para facilitar a localiza- ção de qualquer ponto da sua superfície foram imaginadas algumas linhas ou círculos. Para se traçar essas linhas foi necessário representar-se graficamente a Terra por meio de uma figura semelhante à sua forma — a esfera. Nos extremos da esfera terrestre estão situados os pólos norte e sul. A igual distância dos pólos, foi traçado no centro da esfera terrestre um círculo máximo — o Equador. O Equador divide a Terra horizontalmente em duas partes iguais — os hemisférios norte ou boreal e sul ou austral. PARALELOS APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Geografia A Opção Certa Para a Sua Realização 2 Paralelamente ao Equador, em ambos os hemisférios, foram traçadas outras linhas ou círculos — os paralelos (90 no hemisfério norte e 90 no hemisfério sul). Portanto, paralelos são círculos imaginários que atravessam a Terra paralelamente ao Equador. Destas linhas duas são mais importantes em cada um dos hemisférios — os Trópicos de Câncer e de Capricórnio, distantes do Equador a aproxi- madamente 23º27', e os círculos polares Ártico e Antártico, que se distanci- am do seu pólo correspondente a aproximadamente 23º27'. AS ZONAS CLIMÁTICAS DA TERRA Os trópicos e os círculos polares dividem a superfície terrestre em cinco grandes zonas climáticas, assim chamadas porque nos indicam aproximadamente o clima de cada uma dessas regiões: Zona tórrida: que se localiza entre os dois trópicos e é atravessada ao centro pelo Equador. Constitui a zona mais quente do globo. Zonas temperadas: a do Norte e a do Sul, situando-se respectivamen- te entre os trópicos e os círculos polares, onde as temperaturas são bem mais amenas do que na zona tórrida, e as estações do ano se apresentam bem mais perceptíveis. Zonas frias ou glaciais: situam-se no interior dos círculos polares Árti- co e Antártico e constituem as regiões mais frias do globo, quase que permanentemente cobertas de gelo. MERIDIANOS Atravessando perpendicularmente o Equador, temos também linhas ou círculos que vão de um pólo a outro — os meridianos. Assim como o Equador é o paralelo inicial ou de 00, os geógrafos convencionaram adotar um meridiano inicial. Este meridiano é conhecido também pelo nome de Meridiano de Greenwich, pelo fato de passar próxi- mo de um observatório astronômico situado na cidade do mesmo nome, nas proximidades de Londres, Inglaterra. Esse meridiano divide a Terra verticalmente em dois hemisférios — o oriental e o ocidental. Embora se possam traçar tantos meridianos quantos se queira, são u- tilizados somente 360 deles. Tomando-se por base o Meridiano Inicial ou de Greenwich, temos 180 meridianos no hemisfério oriental e 180 no oci- dental. AS COORDENADAS GEOGRÁFICAS Utilizando os paralelos e os meridianos podemos, por meio da latitude e da longitude, determinar a posição exata de um ponto qualquer da super- fície terrestre. A latitude e a longitude constituem as coordenadas geográfi- cas. LATITUDE A latitude éa distância em graus de qualquer ponto da superfície ter- restre em relação ao Equador. Ela pode ser definida como o ângulo que a vertical desse lugar forma com o plano do Equador. A Latitude pode ser norte ou sul e variar de 00 a 900. Cada grau divi- de-se em 60 minutos e cada minuto em 60 segundos. Todos os pontos da superfície terrestre que têm a mesma latitude en- contram-se evidentemente sobre o mesmo paralelo. LONGITUDE Corresponde à distância em graus que existe entre um ponto da su- perfície terrestre e o Meridiano Inicial ou de Greenwich. Ela pode ser oriental ou ocidental, contada em cada um destes hemis- férios de 0º a 180º. Se quisermos saber qual a posição geográfica da cidade onde mora- mos, basta procurar no mapa o paralelo e o meridiano que passam por ela ou próximo a ela. Observe o exemplo abaixo e ponha em prática o que acabamos de aprender. FUSOS HORÁRIOS De acordo com o que observamos, a Terra realiza o movimento de ro- tação de oeste para leste. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Geografia A Opção Certa Para a Sua Realização 3 Para dar uma volta completa sobre si, diante do Sol, a Terra leva 24 horas, o que corresponde a um dia (um dia e uma noite). Sabendo-se que a esfera terrestre se divide em 3600 e que o Sol leva 24 horas para iluminá-la, conclui-se que, a cada hora, são iluminados diretamente pelo astro-rei 15 meridianos (360 : 24 = 15). O espaço da superfície terrestre compreendido entre 15 meridianos ou 150 recebe o nome de fuso horário. A Terra possui, portanto, 24 fusos horários, que representam as 24 horas do dia. Para calcular a hora, convencionou-se que o fuso horário inicial, isto é, o fuso a partir do qual a hora começaria a ser contada, seria o fuso que passa por Greenwich. A hora determinada por este fuso horário recebe o nome de hora GMT. Partindo-se da hora GMT, quando na região que corresponde ao me- ridiano inicial for meio-dia, nas regiões compreendidas em cada um dos fusos a leste desse meridiano teremos uma hora a mais, e a oeste, uma hora a menos, isto porque, conforme vimos, a Terra gira de oeste para leste. Consideradas as ilhas oceânicas, o Brasil possui 4 fusos horários. Observamos pelo mapa que há um limite prático e um teórico dos fu- sos horários. O meridiano que divide o 1º fuso do 2º passa pelos Estados do Nor- deste. Se esse limite teórico prevalecesse, esses Estados teriam horas diferentes. Como a diferença não é muito grande, criou-se um limite prático, através do desvio do meridiano que divide o 1º do 2º fuso horário. Assim, todo o território nordestino permanece no 2º fuso horário brasileiro. Notamos também que do 2º para o 3º fuso houve um desvio para co- incidir com os limites políticos dos Estados, exceção feita ao Pará, cujo território se encontra no 2º e 3º fusos. O 1º fuso horário brasileiro está atrasado duas horas em relação a Greenwich. O 2º fuso horário, atrasado três horas em relação a Greenwich, consti- tui a hora legal do nosso país (hora de Brasília). Nele encontra-se a maioria dos Estados brasileiros. O 3º fuso horário está atrasado quatro horas em relação a Londres e uma hora em relação a Brasília.. O 4º fuso horário, com cinco horas de atraso em relação a Greenwich, está atrasado também duas horas em relação a Brasília. Nele estão inseri- dos apenas o Acre e o extremo-oeste do Estado do Amazonas. LINHA INTERNACIONAL DE MUDANÇA DA DATA Estabelecido o sistema de fusos horários, tornava-se necessário de- terminar o meridiano a partir do qual deveríamos começar a contagem de um novo dia. Escolheu-se para tal fim o meridiano de 1800 ou linha interna- cional da data, onde ocorre a mudança de datas. Cruzando-se esta linha no sentido oeste-leste, deve-se subtrair um dia (24 horas) e, cruzando-a no sentido leste-oeste, deve-se acrescentar um dia. A REPRESENTAÇÃO DA TERRA A representação gráfica da Terra é uma tarefa que cabe a um impor- tante ramo da ciência geográfica — a Cartografia. A Cartografia tem por objetivo estudar os métodos científicos mais adequados para uma melhor e mais segura representação da Terra, ocu- pando-se, portanto, da confecção e análise dos mapas ou cartas geográfi- cas. Existem duas formas por meio das quais representamos graficamente o nosso planeta: os globos e os mapas. O globo terrestre é a melhor forma de se representar a Terra, pois não distorce a área e a forma dos oceanos e continentes. Porém, os mapas, além de oferecerem maior comodidade no seu manuseio e transporte, são menos custosos e permitem, também, que as indicações neles contidas sejam mais completas e minuciosas do que nos globos. ESCALAS Para reproduzirmos a Terra ou parte dela em um mapa, precisamos diminuir o tamanho da área a ser representada. Para este fim é que dispomos das escalas. Chamamos escala à rela- ção de redução que existe entre as dimensões reais do terreno e as que ele apresenta no mapa. As escalas podem ser de duas espécies: Numérica ou aritmética: representada por uma fração ordinária ou sob 000 500 1 a forma de uma razão — 1:500 000. Isto significa que o objeto da representação foi reduzido em quinhen- tas mil vezes para ser transportado com detalhes para o mapa. Assim, para se saber o valor real de cada centímetro basta fazer a seguinte operação: Escala 1: 500 000 1 cm = 5 000 metros ou 5 km Conhecendo o valor real de cada centímetro, com o auxílio de uma régua, poderemos calcular a distância em linha reta entre dois ou mais pontos do mapa. Basta, por exemplo, medir os centímetros que separam duas cidades e multiplicá-los pelo valor equivalente a 1 cm, já encontrado pela operação acima exemplificada. Gráfica: representada por uma linha reta dividida em partes, na qual encontramos diretamente os valores. Um mapa é feito em grande escala quando a redução ou o denomina- dor da fração é pequeno (1:80000; 1:50000). Um mapa é elaborado em pequena escala quando a redução ou o denominador da fração é grande (1:500 000; 1:10 000 000). PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS Como a representação da Terra ou de parte dela em um mapa não pode ser feita com exatidão matemática, posto que a esfera é um corpo geométrico de certa incompatibilidade com as figuras planas, é preciso deformá-la um pouco. Essas deformações serão tanto maiores quanto menor for a superfície representada. As deformações que a Terra ou parte dela sofre ao ser representada em figuras planas —os mapas — ocorrem devido às projeções cartográfi- cas. Diversos tipos de projeções permitem-nos passar para um plano, com o mínimo possível de deformações, as figuras construídas sobre uma esfera. Em todos os tipos de projeções, primeiro é transportada, da esfera pa- ra a superfície, a rede de paralelos e meridianos, depois, ponto por ponto, as figuras ou formas que se deseja representar. TIPOS DE PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Geografia A Opção Certa Para a Sua Realização 4 Todas as projeções cartográficas têm vantagens e inconvenientes. Por exemplo, as eqüiangulares, para dar traçado exato dos continentes, respeitam os ângulos, porém exageram as proporções; as equivalentes mantêm as superfícies e as proporções, deformando com isto o traçado dos continentes; as eqüidistantes procuram respeitar a proporção entre as distâncias; e as ortomórficasconservam as formas. Uma vez que nenhuma projeção reúne os requisitos de conservação do ângulo, da área, da distância e da forma, o cartógrafo deve usá-las de acordo com a superfície que deseja representar e a finalidade a que o mapa se destina. As projeções costumam ser reunidas em três tipos básicos: cilíndri- cas, cônicas, e azimutais. PROJEÇÃO CILÍNDRICA Esta projeção, idealizada pelo cartógrafo Mercator, consiste em proje- tar a superfície terrestre e os paralelos e meridianos sobre um cilindro. Neste tipo de projeção, muito utilizada na confecção dos planisférios, os paralelos e meridianos são representados por linhas retas que se cortam em ângulos retos. Os paralelos aparecem tanto mais separados à medida que se aproximam dos pólos, acarretando grandes distorções nas altas latitudes. Dessa forma, a Groenlândia, por exemplo, que é bem menor que a América do Sul, no planisfério aparece quase do mesmo tamanho que essa parte do continente americano. PROJEÇÃO CÔNICA Neste tipo de projeção, a superfície da Terra é representada sobre um cone imaginário, que está em contato com a esfera em determinado parale- lo. Por essa projeção, obtemos mapas ou cartas com meridianos for- mando uma rede de linhas retas, que convergem para os pólos, e paralelos constituindo círculos concêntricos que têm o pólo como centro. Na projeção cônica, as deformações são pequenas próximo ao para- lelo de contato, mas tendem a aumentar à medida que as zonas represen- tadas estão mais distantes. Devemos recorrer a este tipo de projeção para representarmos mapas regionais, onde são apresentadas apenas pequenas partes da superfície terrestre. PROJEÇÃO AZIMUTAL Esse tipo de projeção se obtém sobre um plano tangente a um ponto qualquer da superfície terrestre. Este ponto de tangência ocupa sempre o centro da projeção. No caso do plano ser tangente ao pólo, os paralelos aparecem repre- sentados por círculos concêntricos, que têm como centro o pólo e os meri- dianos corno raios, convergindo todos para o ponto de contato. Neste tipo de projeção, as deformações são pequenas nas proximida- des do pólo (ou ponto de tangência), mas aumentam à medida que nos distanciamos dele. A projeção azimutal destina-se especialmente a representar as regi- ões polares e suas proximidades. Além destes três tipos de projeções, podemos destacar também: a de Mollweide: não utiliza nenhuma superfície de contato. Ela se des- tina à representação global da Terra, respeitando os aspectos da superfí- cie, porém, os meridianos se transformam em elipses, e o valor dos ângulos não é respeitado. Nesta projeção, os paralelos são linhas retas e os meridi- anos, linhas curvas; a estereográfica: utilizada para os mapas-múndi, em que a Terra apa- rece representada por dois hemisférios — o oriental e o ocidental. Nela, os paralelos e meridianos, com exceção do Equador e do Meridiano Inicial, são curvos, sendo que a curvatura dos paralelos aumenta gradativamente, à medida que se aproximam dos pólos. CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS Várias técnicas são empregadas pelos cartógrafos para se represen- tar, em um mapa, os aspectos físicos, humanos e econômicos de um continente, país ou região. SÍMBOLOS Tendo em vista simplificar o uso de símbolos para se expressar os e- lementos geográficos em um mapa, foi padronizada uma simbologia inter- nacional, que permite a leitura e a interpretação de um mapa em qualquer parte do globo. A REPRESENTAÇÃO DO RELEVO TERRESTRE A representação do relevo terrestre pode ser feita por meio de vários processos: graduação de cores, curvas de nível, hachuras e mapas som- breados. MAPAS COM GRADUAÇÃO DE CORES Como exemplo de mapas com graduação de cores, temos: mapas de relevo ou hipsomêtricos: em que as diferen- ças de altitude são sempre expressas: pelo verde, para re- presentar as baixas altitudes; pelo amarelo e alaranjado, para as médias altitudes; e pelo marrom e avermelhado, para as maiores altitudes; mapas oceânicos ou batimétricos: onde observamos as diferentes profundidades oceânicas, peas tonalidades do a- zul: azul claro, para representar as pequenas profundidades, e vários tons de azul, até o mais escuro, para as maiores pro- fundidades. CURVAS DE NÍVEL As curvas de nível são linhas empregadas para unir os pontos da su- perfície terrestre de igual altitude sobre o nível do mar. Elas são indicadas no mapa por algarismos aos quais se dá o nome de “cotas de altitude”. O processo de representar o relevo por curvas de nível consiste em se imaginar o terreno cortado por uma série de planos horizontais guardan- do entre si uma distância vertical. A diferença de nível entre duas curvas é quase sempre a mesma, po- rém, se duas curvas se aproximam, é porque o declive (inclinação) é maior, APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Geografia A Opção Certa Para a Sua Realização 5 e se, pelo contrário, se afastam, o declive, ou seja, o relevo, é mais suave e menos abrupto. HACHURAS As hachuras são pequenos traços, de grossura e afastamento variá- vel, desenhados para exprimir maior inclinação do terreno. Elas são desenhadas entre as curvas de nível e perpendicularmente a elas. Assim sendo, os mapas que representam relevos de maior declivida- de ou inclinação são bastante escurecidos, enquanto aqueles que repre- sentam menores inclinações do terreno se apresentam mais claros. Os terrenos planos e os situados ao nível do mar são deixados em branco. Este método não tem sido muito utilizado ultimamente, sendo substitu- ído pelo das curvas de nível ou pelo da graduação de cores. FOTOGRAFIAS AÉREAS OU AEROFOTOGRAMETRIA Atualmente vem ganhando destaque o processo de reconhecimento do terreno pelas fotografias aéreas. Este processo, denominado aerofoto- grametria, é desenvolvido da seguinte maneira: Um avião, devidamente equipado, fotografa uma certa área, de tal modo que o eixo focal seja perpendicular à superfície. A primeira e a se- gunda fotos devem corresponder à cobertura de uma área comum de aproximadamente 600/o (figura A). As fotos obtidas são colocadas uma ao lado da outra, obedecendo a mesma orientação, de tal forma que ambas apresentem igual posição. Com o auxílio de um estereoscopio podemos observar a área (A) em imagem tridimensional. Utilizando-se vários instrumentos, podem ser traçadas as curvas de nível e interpretados os diversos aspectos físicos que a área focalizada apresenta. Natureza e meio ambiente no Brasil: Grandes domínios climáti- cos; Ecossistemas. Domínios Morfloclimáticos Brasileiros, Os (segundo Aziz Ab'Saber) sobre Geografia por Denis Richter drichtersa@hotmail.com Dentre os diversos tipos de clima e relevo existente no Brasil, obser- vamos que os mesmos mantêm grandes relações, sejam elas de espaço, de vegetação, de solo entre outros. Caracterizando vários ambientes a longo de todo território nacional. Para entende-los, é necessário distinguir um dos outros. Pois a sua compreensão deve ser feita isoladamente. Nesse sentido, o geógrafo brasileiro Aziz Ab’Saber, faz uma classificação desses ambientes chamados de Domínios Morfoclimáticos. Este nome, morfoclimático, é devido às características morfológicas e climáticas encon- tradas nos diferentes domínios, que são 6 (seis) ao todo e mais as faixas de transição. Em cada um desses sistemas, são encontrados aspectos, histórias, culturas e economias divergentes, desenvolvendo singulares condições, como de conservação do ambiente natural e processos erosivos provocadospela ação antrópica. Nesse sentido, este texto vem explicar e exemplificar cada domínio morfoclimático, demonstrando sua localização, área, povoamento, condições bio-hidro-climáticas, preservação ambiental e economia local. Os Domínios Morfoclimáticos Os domínios morfoclimáticos brasileiros são definidos a partir das ca- racterísticas climáticas, botânicas, pedológicas, hidrológicas e fitogeográfi- cas; com esses aspectos é possível delimitar seis regiões de domínio morfoclimático. Devido à extensão territorial do Brasil ser muito grande, vamos nos defrontar com domínios muito diferenciados uns dos outros. Esta classificação feita, segundo o geógrafo Aziz Ab’Sáber (1970), dividiu o Brasil em seis domínios: I – Domínio Amazônico – região norte do Brasil, com terras baixas e grande processo de sedimentação; clima e floresta equatorial; II – Domínio dos Cerrados – região central do Brasil, como diz o nome, vegetação tipo cerrado e inúmeros chapadões; III – Domínio dos Mares de Morros – região leste (litoral brasileiro), onde se encontra a floresta Atlântica que possui clima diversificado; IV – Domínio das Caatingas – região nordestina do Brasil (polígono das secas), de formações cristalinas, área depressiva intermontanhas e de clima semi-árido; V – Domínio das Araucárias – região sul brasileira, área do habitat do pinhei- ro brasileiro (araucária), região de planalto e de clima subtropical; VI – Domínio das Pradarias – região do sudeste gaúcho, local de coxilhas subtropicais. I – Domínio Morfoclimático Amazônico Situação Geográfica Situado ao norte brasileiro, o domínio Amazônico é a maior região mor- foclimática do Brasil, com uma área de aproximadamente 5 milhões km² – equivalente a 60% do território nacional – abrangendo os Estados: Amazo- nas, Amapá, Acre, Pará, Maranhão, Rondônia, Roraima, Tocantins e Mato Grosso. Encontram-se como principais cidades desta região: Manaus, Belém, Rio Branco, Macapá e Santarém. Características do Povoamento A região é pouco povoada, sua densidade demográfica é de aproxima- damente 2,88 hab./km². Isto se deve ao fato da grande extensão territorial e dos difíceis acessos ao interior dessa área. Nesse sentido, o governo em 1970, fez o programa de ocupação populacional na região amazônica, com migrações oriundas do nordeste. A extração da borracha permitiu desen- volver esta área, antes inóspita economicamente, numa região de alta produtividade, seja ela econômica, cultural ou social. Nessa época, muitas cidades foram afetadas com o crescimento gerado pelo capital. O governo continuou auxiliando e orientando o desenvolvimento da região e incorpora em Manaus a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), que trouxe para a capital amazonense muitas indústrias transnacionais. Tanto foi a resposta desta “zona livre”, que antes da Zona Franca de Manaus, a mesma cidade detinha uma população de 300 mil/hab e com a instalação desta área, passou para 800 mil/hab. Outros projetos são instalados pelo governo federal na região amazônica, como: o Projeto Jari, o Programa Calha Norte, o PoloNoroeste e o Projeto Grande Carajás. Com isso, inicia- se a exploração mineral e vegetal da Amazônia. Mas os resultados desses projetos foram pobres em sua maioria, pois com a retirada da vegetação natural o solo tornava-se inadequado ao cultivo da agricultura. Características Bio-Hidro-Climáticas e Fisiográficas Este domínio sofre grande influência fluvial, já que aí se encontra a maior bacia hidrográfica do mundo – a bacia amazônica. A região passa por dois tipos de estações flúvio-climáticas, a estação das cheias dos rios e a estação da seca, porém esta última estação não interrompe o processo pluviométrico diário, só que em índices diferentes. O transporte existente também é influenciado pela enorme rede hidrográfica, enquanto que o rodoviário é quase inexistente. Assim, o transporte fluvial e o aéreo são muito utilizados devido às facilidades encontradas neste domínio. Como se trata de uma floresta equatorial considerada um bioma riquíssimo, é de fundamental importância entendê-la para não desestruturar seu frágil equilíbrio. Devido à existência de inúmeros rios, a região sofre muita sedi- mentação por parte fluvial, já que a precipitação é abundante (2.500 mm/ano), transformando a região numa grande “esponja” que detém altas taxas de umidade no solo. Este mesmo solo é formado basicamente por latossolos, podzólicos e plintossolos, mas o mesmo não detém característi- cas de ser rico à vegetação existente, na verdade, o processo de precipita- ção é o que torna este domínio morfoclimático riquíssimo em floresta hidró- fita e não o solo, como muitas pessoas pensam que é o responsável por tudo isto. Valendo destacar os tipos de matas encontradas na Amazônia, como: de iaipó – de regiões inundadas; de várzea – de regiões inundadas ciclicamente e de terras altas – que dificilmente são inundadas. As espécies de árvores encontradas nesta região são: castanaha-do-pará, seringueira, carnaúba, mogno, etc. (essas duas últimas em extinção); os animais: peixe- boi, boto-cor-de-rosa, onça-pintada; e a flora com a vitória régia e as diver- sas orquídeas. Com um grande processo de lixiviação encontrado na Amazônia, essa ação torna o solo pobre levando todos os seus nutrientes pela força da APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Geografia A Opção Certa Para a Sua Realização 6 capacidade do rio (correnteza). Mas esta riqueza diversa não deve ser confundida como grande potencialidade agrícola, pois com a retirada da vegetação nativa, transforma o solo num grande alvo da erosão, devido as fortes chuvas ocorridas na região. A rede hidrográfica é outra fonte de potencialidade econômica da Amazônia, pois seus leitos fluviais são de grande piscosidade, o que torna a área num importante atrativo natural para o turismo, às indústrias pesqueiras e a população ribeirinha. Com um clima equatorial, sem muitas mudanças de temperatura ao longo do ano, a região amazônica diferencia-se apenas nas épocas das chuvas (ou cheias dos rios) e das secas. Assim esta primeira época faz com que os rios transbordem e nutram as áreas de terras marginais ao leito dos mesmos. Com um solo essencialmente argiloso e a forte influência do escoamento fluvial, faz com que a Amazônia torna-se uma área de terras baixas, decapi- tando as formações existentes no seu substrato rochosos. Condições Ambientais e Economicamente Sustentáveis Nos dias atuais é grande a devastação ambiental na Amazônia – quei- madas, desmatamentos, extinção de espécies, etc. – fazem com que a região e o mundo preocupe-se com seu futuro, pois se trata da maior reserva florestal do globo. Ecologicamente a Amazônia está correndo muito perigo, devido ao grande atrativo econômico natural que é encontrado nesta região, o equilíbrio é colocado muitas vezes em risco. A exploração descontrolada faz com que as ideologias conservacionistas sejam deixadas de lado. As indústrias mineradoras geram consequências incalculáveis ao ambiente e nos rios são despejados muitos produtos químicos para esta exploração. A agricultura torna áreas de vegetação em solos de fácil erosi- vidade e em resposta a tudo isso, gera-se um efeito “dominó” no meio ambiente, onde um é responsável e necessário para o outro. São poucas as atividades econômicas que não agridem a natureza. A extração da borracha, por exemplo, era uma economia viável ecologicamente, pois necessitava da floresta para o crescimento das seringueiras. Mas atualmen- te, esta exploração é quase rara, devido à falta de indústrias consumidoras. Nesse sentido, deverão ser tomadas medidas de aprimoramento nas explo- rações existentes nesta região, paraque deixem de causar imensas seque- las ao ambiente natural. II – Domínio Morfoclimático dos Cerrados Situação Geográfica Formado pela própria vegetação de cerrado, nesta área encontram-se as formações de chapadas ou chapadões como a Chapada dos Guimarães e dos Veadeiros, a fauna e flora ali situada, são de grande exuberância, tanto para pontos turísticos, como científicos. Vale destacar que é da região do cerrado que estão três nascentes das principais bacias hidrográficas brasileiras: a Amazônica, a São-Franciscana e a Paranáica. Localizado na região central do Brasil, o Domínio Morfoclimático do Cerrado detém uma área de 45 milhões de hectares, sendo o segundo maior domínio por extensão territorial. Incluindo neste espaço os Estados: do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul, do Tocantins (parte sul), de Goi- ás, da Bahia (parte oeste), do Maranhão (parte sudoeste) e de Minas Gerais (parte noroeste). Encontrado ao longo de sua área cidades impor- tantes como: Brasília, Cuiabá, Campo Grande, Goiânia, Palmas e Montes Claros. Características do Povoamento Devido a sua localização geográfica ser no interior brasileiro, o povoa- mento e a ocupação territorial nesta região era fraca, mas o governo federal vem a intervir com os programas de políticas de interiorização do desenvol- vimento nos anos 40 e 50, e da política de integração nacional dos anos 70. A primeira é baseada, principalmente, na construção de Brasília e a segun- da, nos incentivos aos grandes projetos agropecuários e extrativistas, além de investimentos de infra-estrutura, estradas e hidroelétricas. Com estes recursos, a região vem a atrair investidores e mão-de-obra, e consequen- temente ocorre um salto no crescimento populacional de cada Estado, como no Mato Grosso que em 1940 sua população era de 430 mil/hab. e em 1970 vai para 1,6 milhões/hab. Tal foi à resposta destes programas, que nos dias de hoje o setor agrícola do cerrado ocupa uma ótima coloca- ção em produção, em virtude de migrações do sul do Brasil. Características Bio-Hidro-Climáticas e Fisiográficas Centrada no planalto brasileiro, o domínio do cerrado é dividido pelas formações de chapadas que existem ao longo de sua extensão territorial, estas que são “gigantescos degraus” com mais de 500 metros de altura, formadas na era geológica Pré-Cambriana, limitam o planalto central e as planícies – como a Pantaneira. Com sua flora única, constituída por árvores herbáceas tortuosas e de aspecto seco, devido à composição do solo, deficiente em nutrientes e com altas concentrações de alumínio, a região passa por dois períodos sazonais de precipitação, os secos e os chuvosos. Com sua vegetação rasteira e de campos limpos, o clima tropical existente nesta área, condiz a uma boa formação e um ótimo crescimento das plan- tas. Também auxiliado pela importante rede hidrográfica da região, de onde são oriundas nascentes das três maiores bacias hidrográficas do Brasil como foi destacado no início. Isto lhe dá uma imensa responsabilidade ambiental, pois denota a sua significativa conservação natural. Com um solo formado principalmente por latossolos, areais quartzosas e podzólicos; constituem assim um solo carente em nutrientes fertilizantes, necessitando de correção para compor uma terra viável à agricultura. Observa-se tam- bém, que este mesmo solo apresenta características à fácil erosividade devido às estações chuvosas que ali ocorrem e principalmente a degrada- ção ambiental descontrolada, estes processos fazem a remoção da vegeta- ção nativa que tornam frágeis os horizontes “A” frente aos problemas ambientais existentes, como a voçoroca. Condições Ambientais e Ecologicamente Sustentáveis Em vista desses aspectos fisiográficos, o cerrado atraiu muita atenção para a agricultura, o que lhe tornou uma região de grande produção de grãos como a soja e agropastoril, com a ótima adaptação dos gados zebu, nelore e ibagé. Em virtude disso, o solo nativo foi retirado e alterado por outra vegetação, condizendo a uma maior facilidade aos processos erosi- vos, devido à falta de cobertura vegetal, seja ela gramínea ou herbácea. Nesse sentido, faz-se muito pouco pela preservação e conservação das matas nativas – a não ser nas áreas demarcadas como reservas bio- ecológicas. Outra exploração ativa é a mineral, como o ouro e o diamante, donde decorre uma grande devastação à natureza. Dessa forma, os gover- nos, tanto federal, estadual ou municipal, deverão tomar decisões imediatas quanto à proteção do meio natural, pois deve ocorrer, sim, a exploração pastoril, agrícola e mineral dessa região, porém não se deve esquecer que para a efetiva existência dessas economias o ambiente deverá ser pruden- temente conservado. III – Domínio Morfoclimático de Mares de Morros Situação Geográfica Este domínio estende-se do sul do Brasil até o Estado da Paraíba (no nordeste), obtendo uma área total de aproximadamente 1.000.000 km². Situado mais exatamente no litoral dos Estados do: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, da Bahia, Sergipe, de Alagoas, de Pernambuco, da Paraíba; e no interior dos Estados, como: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Incluindo em sua extensão territorial cidades importantes, como: São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória, Salvador, Recife, Porto Alegre e Florianópolis. Características de Povoamento Como encontra-se na região litorânea leste do Brasil, foi o primeiro lu- gar a ser descoberto e colonizado pelos portugueses – tanto que é em Porto Seguro, Bahia, que atracou o navegante Pedro Álvares Cabral, descobrindo o Brasil. Com isso, a primeira capital da colônia portuguesa na América foi Salvador, onde iniciaram-se os processos de colonização e povoamento, respectivamente. É neste domínio que estão as duas maiores cidades brasileiras – São Paulo e Rio de Janeiro. Isto se deve a antiga constituição das duas cidades como centros econômicos, integradores, culturais e políticos. Foram muitos os resultados desse povoamento, como por exemplo, a maior concentração populacional do Brasil e a de melhor base econômica. Características Bio-Hidro-Climáticas e Fisiográficas Como o próprio nome já diz, é uma região de muitos morros de formas residuais e curtos em sua convexidade, com muitos movimentos de massa generalizados. Os processos de intemperismo, como o químico, são fre- quentes, motivo pelo qual as rochas da região encontram-se geralmente em decomposição. Tem uma significativa gama de redes de drenagens, somados à boa precipitação existente (1.100 a 1.800 mm a/a e 5.000 mm APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Geografia A Opção Certa Para a Sua Realização 7 a/a nas regiões serranas), que é devido à massa de ar tropical atlântica (MATA) e aos ventos alísios de sudeste, que ocasionam as chuvas de relevo nestas áreas de morros. Assim, os efeitos de sedimentação em fundos de vale e de colúvios nas áreas altas são muito intensos. A vegeta- ção natural é da mata chamada Atlântica, com poucas áreas nativas de suma importância aos ecossistemas ali existentes. Sua flora e fauna são de grande respaldo ambiental e o solo é composto em sua maioria por latosso- los e podzólicos, sendo muito variável. A textura se contradiz de região para região, pois é encontrado tanto um solo arenoso como argiloso. Como a sua extensão territorial alarga-se entre Norte – Sul, seu clima dependerá da sua situação geográfica, diferenciando-se em: tropical, tropical de altitu- de e subtropical. Condições Ambientais e Economicamente Sustentáveis Lembrando que foi colocado anteriormente em relação ao povoamento, essas terras já estão sendo utilizadas economicamente há muitosanos. Decorrente disso, observa-se uma considerável desgastação do solo que elucida uma atual preservação das matas restantes. Esta região já sofreu muita devastação do homem e da sociedade e devem ser tomadas atitudes urgentes para sua conservação. Existem muitos programas, tanto do go- verno como privados, para a proteção da mata atlântica. Destaca-se por exemplo, a Fundação O Boticário (privado), que detém áreas de preserva- ção ao ambiente natural e o SOS Mata Atlântica (governamental e privado). Neste sentido, a solução mais adequada para este domínio, seria a estag- nação de muitos processos agrícolas ao longo de sua área, pois o solo encontra-se desgastado e com problemas erosivos muito acentuados. Deixando assim, a terra “descansar” e iniciar um projeto de reconstituição à vegetação nativa. IV – Domínio Morfoclimático das Caatingas Situação Geográfica Situado no nordeste brasileiro, o domínio morfoclimático das caatingas abrange em seu território a região dos polígonos das secas. Com uma extensão de aproximadamente 850.000 km², este domínio inclui o Estado do Ceará e partes dos Estados da Bahia, de Sergipe, de Alagoas, de Per- nambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Piauí. Tendo como principais cidades: Crato, Petrolina, Juazeiro e Juazeiro do Norte. Características do Povoamento Sendo uma das áreas junto ao domínio morfoclimático dos mares de morros, de colonização pelos europeus (portugueses e holandeses), sua história de povoamento já é bastante antiga. A caatinga foi sempre um palco de lutas de independência, seja ela escravista ou nacionalista. A região tornou-se alvo de bandidos e fugitivos contrários ao Reinado Portu- guês e posteriormente ao Império Brasileiro. Como o domínio das caatingas localiza-se numa área de clima seco, logo chamou a atenção dos mesmos para refugiarem-se e construírem suas “fortalezas”, chamados de cangacei- ros. Com isso o processo de povoamento, instaurados nos anos 40 e 50, centrou-se mais em áreas próximas ao litoral, mas o governo federal inves- tiu em infra-estrutura na construção de barragens, açudes e canais fluviais, surgindo assim o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). Entretanto, o clima “desértico” da caatinga, prejudicou muito a ocupação populacional nesta região, sendo que a caatinga continua sendo uma área preocupante no território brasileiro em vista do seus problemas sociais, que são imensos. Valendo destacar que com todos esses obstácu- los sociais e naturais da caatinga, seus habitantes partem para migração em regiões como a Amazônia e o sudeste brasileiro, chamada de migra- ções de transumância (saída na seca e volta na chuva). Características Bio-Hidro-Climáticas e Fisiográficas Com o seu clima semi-árido, o solo só poderia ter características seme- lhantes. Sendo raso e pedregoso, o solo da caatinga sofre muito intempe- rismo físico nos latossolos e pouca erosão nos litólicos e há influência de sais em solo, como: solonetz, solodizados, planossolos, solódicos e soon- chacks. Segundo Ab´Saber, a textura dos solos da caatinga passa de argilosa para textura média, outra característica é a diversidade de solos e ambientes, como o sertão e o agreste. Mesmo tendo aspectos de um solo pobre, a caatinga nos engana, pois necessita apenas de irrigação para florescer e desenvolver a cultura implantada. Tendo pouca rede de drena- gem, os mínimos rios existentes são em sua maioria sazonais ao período das chuvas, que ocorrem num curto intervalo durante o ano. Porém existe um “oásis” no sertão nordestino, o Rio São Francisco, vindo da região central do Brasil, irriga grandes áreas da caatinga, transformando suas margens num solo muito fértil – semelhante o que ocorre com as áreas marginais ao Rio Nilo, no Egito. Neste sentido, comprova-se que a irrigação na caatinga pode e deve ser feita com garantia de bons resultados. Outro fato que chama a atenção, é a vegetação sertaneja, pois ela sobrevive em épocas de extrema estiagem e em razão disso sua casca é dura e seca, conservando a umidade em seu interior. Assim, a região é caracterizada por uma vegetação herbácea tortuosa, tendo como espécies: as cactáceas, o madacaru, o xique-xique, etc. Condições Ambientais e Economicamente Sustentáveis Devido o homem não intervir de significativa maneira em seu habitat, o ambiente natural da caatinga encontra-se pouco devastado. Sua região poderia ser ocupada mais a nível agrícola, em virtude do seu solo possuir boas condições de manejo, só necessitando de irrigação artificial. Assim, considerando os fatos apresentados, a caatinga teria condições de desen- volver-se economicamente com a agricultura, que seria de suma importân- cia para acabar com a miséria existente. Mas sem esquecer de utilizar os recursos naturais com equilíbrio, sendo feito de modo organizado e pré- estabelecido à não causar desastres e consequências ambientais futuros. V – Domínio Morfoclimático das Araucárias Situação Geográfica Encontrado desde o sul paulista até o norte gaúcho, o domínio das a- raucárias ocupa uma área de 400.000 km², abrangendo em seu território cidades importantes, como: Curitiba, Ponta Grossa, Lages, Caxias do Sul, Passo Fundo, Chapecó e Cascavel. Características do Povoamento A região das araucárias foi povoada no final do século XIX, principal- mente por imigrantes italianos, alemães, poloneses, ucranianos etc. Com isto, os estrangeiros diversificaram a economia local, o que tornou essa região uma das mais prósperas economicamente. Caracterizado por colô- nias de imigração estabelecidas pela descendência estrangeira, podemos destacar como principais pontos, as cidades de: Blumenau – SC , colônia alemã; Londrina – PR, colônia japonesa; Caxias do Sul – RS, colônia italiana. Mas a vinda desses imigrantes não foi só boa vontade do governo daquela época. O Brasil tinha acabado de terminar a sua guerra com Para- guai, que deixou muitas perdas em sua população, em virtude disso a solução foi atrair imigrantes europeus e asiáticos. Características Bio-Hidro-Climáticas e Fisiográficas Atualmente, a vegetação de araucária – chamada de pinheiro-do- Paraná, ou pinheiro-braseleiro – pouco resta, as indústrias de celulose e madeireiras da região, fizeram um extrativismo descontrolado que resultou no desaparecimento total em algumas áreas. Sua condição de arbórea, geralmente com mais de 30 m de altura, condiz a um solo profundo, em virtude de suas raízes estabelecerem a sustentação da própria árvore. A região das araucárias encontra-se no planalto meridional onde a altitude pode variar de 500 metros até cerca de 1.200 m. Isso evidencia um clima subtropical em toda sua extensão que mantém uma boa relação com a precipitação existente nesse domínio, variando de 1.200 a 1.800 mm. Nesse sentido, a região identifica-se com uma grande rede de drenagem em toda a sua extensão territorial. O solo é formado principalmente por latossolos brunos e também é encontrado latossolos roxos, cambissolos, terras brunas e solos litólicos. Com estas características, o solo detém uma alta potencialidade agrícola, como: milho, feijão, batata, etc. As morfologias do relevo se destacam por uma forte ondulação até um montanhoso, o que o representa num solo de fácil adesão a processos erosivos, iniciados pela degradação humana e social. Condições Ambientais e Economicamente Sustentáveis Percebe-se atualmente que esta arbórea quase desapareceu dessa região, devido à descontrolada exploração da araucária para produção de celulose. Felizmente, medidas foram tomadas e hoje a araucária é protegi- da por lei estadual no Paraná. Mas os questionamentos ambientais não estão somente na vegetação. Devido este solo ser utilizado há anos vêem a ocorrer uma erosividade considerada. Em virtude do mesmo, surge a técnica de manejo agrícola chamada plantio direto,que evidencia uma proteção ao solo nu em épocas de pós-safra. Nesse sentido, o domínio APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Geografia A Opção Certa Para a Sua Realização 8 morfoclimático das araucárias, que compreende uma importante área no sul brasileiro, detém um nível de conservação e reestruturação vegetal consi- derável. Mas não se deve estagnar esse processo positivo, pois necessita- mos muito dessas terras férteis que mantém as economias locais. VI – Domínio Morfoclimático das Pradarias Situação Geográfica Situado ao extremo sul brasileiro, mais exatamente a sudeste gaúcho, o domínio morfoclimático das pradarias compreende uma extensão, segun- do Ab’Saber, de 80.000 km² e de 45.000 km² de acordo com Fontes & Ker – UFV. Tendo como cidades importantes em sua abrangência: Uruguaiana, Bagé, Alegrete, Itaqui e Rosário do Sul. Características do Povoamento Território mãe da cultura gauchesca, suas tradições ultrapassam gera- ções, demonstrando a força da mesma. Caracterizado por um baixo povo- amento, a região destaca-se grandes pelos latifúndios agropastoris, que são até hoje marcas conhecidas dos pampas gaúchos. Os jesuítas inicia- ram o povoamento com a catequização dos índios e posteriormente surgem as povoações de charqueadas. Passando por bandeirantes e tropeiros, as pradarias estagnam esse processo (ciclo do charque) com a venda de lotes de terras para militares, pelo governo federal. Devido à proximidade geo- gráfica com a divisão fronteiriça de dois países (Argentina e Uruguai), ocorreram várias tentativas de anexação dos pampas a uma destas nações – devido aos tratados de Madrid e de Tordesilhas. Mas as tentativas foram inválidas, hoje os pampas continuam sendo parte do território brasileiro. Características Bio-Hidro-Climáticas e Fisiográficas Como é uma área também chamada de pradarias mistas, o solo condiz ao mesmo. Segundo Ab’Saber, que o caracteriza como diferente de todos os outros domínios morfoclimáticos, existindo o paleossolo vermelho e o paleossolo claro, sendo de clima quente e frio. Denominado um solo jovem, devido guardar materiais ferrosos e primários, sua coloração vêem a ser escura. Estabelecido por um clima subtropical com zonas temperadas úmidas e sub-úmidas, a região é sujeita a sofrer alguma estiagem durante o ano. Sua amplitude térmica alcança índices elevados, como em Uruguaia- na, considera a mais alta do Brasil, com 7° a/a. Isto evidencia suas limita- ções agrícolas, pois o solo é pouco espesso e têm indícios de pedrugosi- dade. Assim, caracteriza-o a uma atividade pastoril de bovinos e ovinos. Com a utilização do solo sem controle, denota-se um sério problema erosi- vo que origina as ravinas e posteriormente as voçorocas. Esse processo amplia-se rapidamente e origina o chamado deserto dos pampas. A drena- gem existente é perene com rios de grande vazão, como: Rio Uruguai, Rio Ibicuí e o Rio Santa Maria. Condições Ambientais e Economicamente Sustentáveis O domínio morfoclimático das Pradarias detém importantes reservas biológicas, como a do Parque Estadual do Espinilho (Uruguaiana e Barra do Quarai) e a Reserva Biológica de Donato (São Borja). As condições ambientais atuais fora desses parques, são muito preocupantes. Com o início da formação de um deserto que tende a crescer anualmente, essa região está sendo foco de muitos estudos e projetos para estagnar esse processo. Devido ao mau uso da terra pelo homem, como a monocultura e as queimadas, essas darão origem as ravinas, que por sua vez farão surgir às voçorocas. Como o solo é muito arenoso e a morfologia do relevo é levemente ondulado, rapidamente os montantes de areia espalham-se na região ocasionados pela ação eólica. Em virtude a tudo isso, poucas medi- das estão sendo tomadas, exceto os estudos feitos. Assim, as autoridades locais deverão estar alerta, para que esse processo erosivo tenha um fim antes que torne toda as pradarias num imenso deserto. Faixas de Transições Encontrados entre os vários domínios morfoclimáticos brasileiros, as faixas de transições são: as Zonas dos Cocais, a Zona Costeira, o Agreste, o Meio-Norte, as Pradarias, o Pantanal e as Dunas. Espalhadas por todo o território nacional, constituem importantes áreas ambientais e econômicas. Faixas de Transição Nordestinas A zona dos cocais, representa uma importante fonte de renda à popu- lação nordestina, pois é nessa área principalmente, que se faz à extração dos cocos. A zona costeira detém outra característica, é uma importante região ambiental, onde se encontra a vegetação de mangue, que constitui um bioma riquíssimo em decomposição de matéria. Outra faixa de transição é o agreste, que é responsável pela produção de alimentos para o nordes- te, como: leite, aves, sisal, entre outras matérias primas para indústrias. No litoral cearense, encontra-se as dunas, que é uma região de montantes de areias depositados pela ação dos ventos e de constante remodelação. O meio-norte se estabelece entre a caatinga do sertão e a Amazônia (Maranhão e Piauí). Com uma diversidade de vegetação como cerrado e matas de cocais, o meio-norte detém sua economia na pecuária bovina, chamada de pé-duro e na criação do jegue. A carnaúba e o óleo de babaçú são outras fontes de extrativismo. Sem esquecer que todas estas zonas demonstradas situam-se na região nordestina brasileira. Faixa de Transição da Região Sul Brasileira Na região sul, encontra-se a zona de transição das Pradarias, que se situa entre os domínios morfoclimáticos da Araucária e das Pradarias. São geralmente campos acima de serras e são encontradas vegetações do tipo araucárias, de campo, floresta e cerrado. Assim, os sistemas naturais situados nessa região, são de fundamental importância para o meio natural envolvente a ela. Faixa de Transição – Pantanal O pantanal é uma das principais zonas de transição encontrada no Brasil. Ele é um complexo ambiental de suma importância, pois compreen- de uma grande diversidade de fauna e flora. Situado em regiões serranas e em terras altas, o pantanal é considerado um grande reservatório de água, devido encontrar-se numa depressão entre várias montanhas. Sua rede fluvial é composta por rios, como: Cuiabá, Taquari, Paraguai etc, sendo considerados rios perenes. Como o pantanal passa por duas estações climáticas durante o ano, a seca e as cheias dos rios, essa região detém características e denomina- ções únicas, como: “cordilheira” – que significa áreas mais altas, onde não sofrem alagamentos (pequenas elevações); salinas – regiões deprimidas que se tornam lagoas rasas e salgadas com as cheias dos rios; barreiros – são os depósitos de sal após a seca das salinas; caixas – canais que ligam lagoas, existindo somente durante as inundações; e vazante – cursos d´aguas existente durante as épocas das chuvas. Com tudo, o pantanal sofre consequências ambientais como a exploração mineral, que poluem intensamente os rios – considerados como os responsáveis pela existência da biodiversidade da região. A pecuária e a utilização de enormes monocul- turas, fazem o despejo de uma grande quantidade de agrotóxicos aos rios. Nesse sentido, a preservação dessas zonas de transição são conside- radas de suma importância para a existência dos domínios morfoclimáticos brasileiros. Pois eles estabelecem uma relação direta com a fauna, flora, hidrografia, clima e morfologia, conservando o equilíbrio dos frágeis siste- mas ecológicos. Principais Regiões Fitogeográficas do Brasil APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Geografia A OpçãoCerta Para a Sua Realização 9 A Amazônia A Floresta Amazônica ocupa a Região Norte do Brasil, abrangendo cerca de 47% do território nacional. É a maior formação florestal do planeta, condicionada pelo clima equatorial úmido. Esta possui uma grande varie- dade de fisionomias vegetais, desde as florestas densas até os campos. Florestas densas são representadas pelas florestas de terra firme, as florestas de várzea, periodicamente alagadas, e as florestas de igapó, permanentemente inundadas e ocorrem na por quase toda a Amazônia central. Os campos de Roraima ocorrem sobre solos pobres no extremo setentrional da bacia do Rio Branco. As campinaranas desenvolvem-se sobre solos arenosos, espalhando-se em manchas ao longo da bacia do Rio Negro. Ocorrem ainda áreas de cerrado isoladas do ecossistema do Cerrado do planalto central brasileiro. O Semi-árido (Caatinga) A área nuclear do Semi-Árido compreende todos os estados do Nor- deste brasileiro, além do norte de Minas Gerais, ocupando cerca de 11% do território nacional. Seu interior, o Sertão nordestino, é caracterizado pela ocorrência da vegetação mais rala do Semi-árido, a Caatinga. As áreas mais elevadas sujeitas a secas menos intensas, localizadas mais próximas do litoral, são chamadas de Agreste. A área de transição entre a Caatinga e a Amazônia é conhecida como Meio-norte ou Zona dos cocais. Grande parte do Sertão nordestino sofre alto risco de desertificação devido à de- gradação da cobertura vegetal e do solo. O Cerrado O Cerrado ocupa a região do Planalto Central brasileiro. A área nuclear contínua do Cerrado corresponde a cerca de 22% do território nacional, sendo que há grandes manchas desta fisionomia na Amazônia e algumas menores na Caatinga e na Mata Atlântica. Seu clima é particularmente marcante, apresentando duas estações bem definidas. O Cerrado apresen- ta fisionomias variadas, indo desde campos limpos desprovidos de vegeta- ção lenhosa a cerradão, uma formação arbórea densa. Esta região é per- meada por matas ciliares e veredas, que acompanham os cursos d'água. A Mata Atlântica A Mata Atlântica, incluindo as florestas estacionais semideciduais, ori- ginalmente foi a floresta com a maior extensão latitudinal do planeta, indo de cerca de 6 a 32oS. Esta já cobriu cerca de 11% do território nacional. Hoje, porém a Mata Atlântica possui apenas 4% da cobertura original. A variabilidade climática ao longo de sua distribuição é grande, indo desde climas temperados superúmidos no extremo sul a tropical úmido e semi- árido no nordeste. O relevo acidentado da zona costeira adiciona ainda mais variabilidade a este ecossistema. Nos vales geralmente as árvores se desenvolvem muito, formando uma floresta densa. Nas enconstas esta floresta é menos densa, devido à freqüente queda de árvores. Nos topos dos morros geralmente aparecem áreas de campos rupestres. No extremo sul a Mata Atlântica gradualmente se mescla com a floresta de Araucárias. O Pantanal Mato-Grossense O Pantanal mato-grossense é a maior planície de inundação contínua do planeta, coberta por vegetação predominantemente aberta e que ocupa 1,8% do território nacional. Este ecossistema é formado por terrenos em grande parte arenosos, cobertos de diferentes fisionomias devido a varie- dade de microrelevos e regimes de inundação. Como área transicional entre Cerrado e Amazônia, o Pantanal ostenta um mosaico de ecossiste- mas terrestres com afinidades sobretudo com o Cerrado. Outras Formações Os Campos do Sul (Pampas) No clima temperado do extremo sul do país desenvolvem-se os cam- pos do sul ou pampas, que já representaram 2,4% da cobertura vegetal do país. Os terrenos planos das planícies e planaltos gaúchos e as coxilhas, de relevo suave-ondulado, são colonizados por espécies pioneiras campes- tres que formam uma vegetação tipo savana aberta. Há ainda áreas de florestas estacionais e de campos de cobertura gramíneo-lenhosa. A Mata de Araucárias (Região dos Pinheirais) No Planalto Meridional Brasileiro, com altitudes superiores a 500m, destaca-se a área de dispersão do pinheiro-do-paraná, Araucária angustifo- lia, que já ocupou cerca de 2,6% do território nacional. Nestas florestas coexistem representantes da flora tropical e temperada do Brasil, sendo dominadas, no entanto, pelo pinheiro-do-paraná. As florestas variam em densidade arbórea e altura da vegetação e podem ser classificadas de acordo com aspectos de solo, como aluviais, ao longo dos rios, submonta- nas, que já inexistem, e montanas, que dominavam a paisagem. A vegeta- ção aberta dos campos gramíneo-lenhosos ocorre sobre solos rasos. Devido ao seu alto valor econômico a Mata de Araucária vêm sofrendo forte pressão de desmatamento. Ecossistemas costeiros e insulares Os ecossistemas costeiros geralmente estão associados à Mata Atlân- tica devido a sua proximidade. Nos solos arenosos dos cordões litorâneos e dunas, desenvolvem-se as restingas, que pode ocorrer desde a forma rastejante até a forma arbórea. Os manguesais e os campos salinos de origem fluvio-marinha desenvolvem-se sobre solos salinos. No terreno plano arenoso ou lamacento da Plataforma Continental desenvolvem-se os ecossistemas bênticos. Na zona das marés destacam-se as praias e os rochedos, estes colonizados por algas. As ilhas e os recifes constituem-se acidentes geográficos marcantes da paisagem superficial. http://www.brcactaceae.org/ecossistemas.html As atividades econômicas e a organização do espaço: Espaço agrário: modernização e conflitos; Espaço urbano: atividades econômicas, emprego e pobreza; A agricultura brasileira se iniciou na região nordeste do Brasil, no sé- culo XVI, com a criação das chamadas “Capitanias Hereditárias” e o início do cultivo da cana. Baseada na monocultura, na mão de obra escrava e em gran- des latifúndios, a agricultura permaneceria basicamente restrita à cana com alguns cultivos diferentes para subsistência da população da região, porém de pouca expressividade. Só a partir do século XVIII com a mineração e o início das plantações de café, que a partir do século XIX seriam o principal produto brasileiro, é que o cultivo de outros vegetais começa a ganhar mais expressividade. Muitos engenhos são abandonados e a atividade canavieira se estagna devido à transferência da mão-de-obra para a mineração e o cultivo do café. Tal como ocorrera com o período de grande produção da cana-de- açúcar, o auge da cafeicultura no Brasil representou uma nova fase eco- nômica. Por isso, podemos dizer que a história da agricultura no Brasil está intimamente associada com a história do desenvolvimento do próprio país. Ainda mais, quando se considera o período a partir do século XIX quando o café se tornou o principal artigo de exportação brasileiro, logo após o declí- nio da mineração. Mas o cultivo do café, que durante todo o século XIX faria fortunas e in- fluenciaria fortemente a política do país, começa a declinar por volta de 1902 quando a crise atinge seu ponto culminante, o Brasil produzira mais APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Geografia A Opção Certa Para a Sua Realização 10 de 16 milhões de sacas de café enquanto que o consumo mundial pouco ultrapassava os 15 milhões fazendo com que o preço do café, que já estava em queda, chegasse a 33 francos (bem menos que os 102 francos de 1885). Desta forma, houve uma necessidade de diversificação da economia que, entre outras atividades além das estreantes indústrias, começava a valorizar outros tipos de culturas. Além do que, o aumento da urbanização do país exigia também, o aumento do cultivo de matérias- primas. Mas, esta mudança tomaria forma mesmo, só a partir da décadade 1940. Atualmente, segundo dados do último levantamento realizado pelo IB- GE em novembro de 2007, no Brasil são cultivados 58.033,075 ha de terra. Sendo que a cana-de-açúcar ainda predomina: são produzidos 514.079,729t contra 58.197,297t da soja em grão. Quanto ao café em grão, este responde por cerca de 2.178,246t. Caroline Faria Agricultura moderna Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Laranjal em Avaré A agricultura moderna surgiu após a primeira fase da Revolução Industrial, situada entre o final do século XVIII e o inicio do século XIX, com base na utilização da energia a vapor e também da eletricidade. Logo, ela é aquela caracterizada pela maior regularização das safras e o aumento da produção agrícola devido à utilização de tratores, colheitadeiras, semeadeiras e alguns novos implementos agrícolas. A invenção da máquina de separar o caroço da fibra do algodão, por exemplo, possibilitou o fornecimento abundante dessa importante matéria prima por um baixo preço. O Cotton Gin, o descaroçador de algodão, foi inventado em 1793 por Eli Whitney, um mestre-escola da Nova Inglaterra. Do ponto de vista de diversos historiadores, essa invenção contribuiu mais para a extinção da escravatura na América do Norte, que todas as teorias que pudessem incentivá-lo na época. Colheitadeira em um campo de cultivo de cerais Nesse período houve também um grande desenvolvimento do conhecimento científico e a criação de novos tratos culturais, que foram introduzidos nas lavouras. Contudo, o principal fator de estímulo ao desenvolvimento e a modernização da agricultura foi a acumulação de bens de capital, que proporcionaram um aumento da capacidade de financiar máquinas modernas e, assim, a produtividade agrícola aumentou. Isso porque a Revolução Industrial provocou uma grande acumulação de capital. Como a produtividade agrícola aumentou rapidamente, e como a demanda por produtos agrícolas não aumentou, já que a quantidade de alimentos que uma pessoa pode consumir é limitada em função da capacidade do seu estômago, a porcentagem da população que trabalhava na agricultura se reduziu drásticamente e foram buscar empregos nas cidades, gerando um grande processo de urbanização. Ocorreu ainda nessa a etapa da evolução agrícola o desenvolvimento da pecuária leiteira na Europa Ocidental(França, Dinamarca etc.), nos EUA e, mais tarde, na ex-URSS, da floricultura nos Países Baixos e de olivais nas penínsulas Ibérica e Balcânica. Atualmente a maioria dos países subdesenvolvidos encontra se com a agricultura nesse estágio. Os conflitos pela terra no Brasil Maria Teresa Manfredo O tema da divisão da terra evoca uma questão recorrente no Brasil: os conflitos fundiários que, no decorrer da história do país, adquiriram diferen- tes contornos. De acordo com a doutora em história pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Marina Machado, muitas vezes esses conflitos aconteceram por envolverem divisões territoriais administrativas, constru- ção de limites e de fronteiras. Para ela, é fundamental, também, considerar que tal discussão é atravessada pela questão das disputas entre terras latifundiárias. A expansão - ou não - de uma fronteira explora diferentes aspectos e interesses, de diferentes grupos envolvidos em um mesmo processo (fazendeiros, moradores, grupos indígenas, agentes do governo, representantes da igreja etc.), lembra a historiadora. Num período mais recente, a partir da segunda metade da década de 1990, após a fase de reestruturação e modernização da produção agrícola, as questões econômicas relacionadas a esses conflitos ganharam maior grau de complexidade. De acordo com a economista Viviam Souza Nasci- mento, que desenvolveu pesquisa sobre o tema junto à Universidade de São Paulo (USP), nos últimos anos a complexificação dessas disputas se deu em função "do aumento das demandas sociais criadas com a crise econômica da década de 1980, da modernização do setor agrícola e das significativas mudanças institucionais que alteraram o ambiente de negó- cios brasileiro". Por outro lado, Nascimento relembra o percurso histórico dessa ques- tão, sinalizando que convencionalmente atribui-se a raiz desses conflitos no Brasil ao problema da concentração de terras, que teria suas origens no modelo de ocupação territorial adotado no século XVI pela Coroa Portu- guesa, durante o período da colonização. Contudo, para ela é "a falta de regulamentação e fiscalização na distribuição de terras no país que efeti- vamente contribuiu para a concentração fundiária". Carlos Alberto Feliciano, geógrafo da Universidade Estadual Paulista (Unesp, campus de Presidente Prudente), reforça que entre as principais causas dos conflitos fundiários no Brasil está a concentração de terras. Esses conflitos são bastante antigos no Brasil, com maior evidência a partir do século XIX, tendo se agravado ainda mais no século XX. Entre os principais conflitos no início do século XX estão Canudos e Contestado, que "embora muitas vezes sejam lembrados como episódios que envolveram questões religiosas, estão diretamente voltados para uma questão de luta pela terra", afirma a historiadora Marina Machado. Nesse sentido, Feliciano ressalta que o assunto em nosso país ultrapassa a ques- tão das fronteiras legais das unidades federativas, mas ao mesmo tempo é movido pelas relações sociais de poder e disputa que nelas são materiali- zadas. Em comparação aos séculos anteriores, é possível afirmar que no sé- culo XX houve, ao mesmo tempo, uma redução na concentração fundiária e uma valorização da terra no país. Isso se deu, por um lado, devido ao fato de os agricultores brasileiros passarem a investir em atividades urbano- APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Geografia A Opção Certa Para a Sua Realização 11 industriais - em decorrência, sobretudo, da desvalorização mundial do café durante a Primeira Guerra Mundial e a crise econômica de 1929. Por outro lado, houve um aumento do valor de uso da terra, gerando maior produtivi- dade em propriedades de pequeno e médio porte em algumas regiões do país - como é o caso da região Sul. Para o geógrafo da Unesp, além da concentração de terra, a constru- ção da propriedade privada no Brasil trouxe consigo o significado de terra como reserva de valor, "onde boa parte dos ditos 'proprietários' vivem da renda que ela pode lhes auferir, mesmo sendo improdutiva." Foi na década de 1960, que surgiu com maior intensidade a discussão sobre a necessidade de reforma agrária no Brasil, principalmente nas regiões Norte e Nordeste que sofriam mais com a concentração fundiária. No mesmo período, seguiu-se a criação da organização das Ligas Campo- nesas e muitos outros conflitos, como o episódio de Trombas e Formoso, em Goiás (das décadas de 1950 e 1960). Ocorreu também nessa época a discussão sobre terras devolutas - "um tipo de terra pública que deveria estar sob o domínio do Estado, mas que está na esfera privada, seja ligada a proprietários, ou então, a grandes empreendimentos, como bancos ou indústrias", explica Feliciano. Em meio a esse contexto, em março de 1963, foi aprovado o Estatuto do Trabalhador Rural, regulando as relações de trabalho no campo, que até então estavam à margem da legislação trabalhista. Contudo, com o golpe militar de 1964, as ideias foram revistas e a reforma agrária realizada nesse período foi concentrada na fronteira agrícola do Centro-Oeste, visando sobretudo a ocupação do território. Entre 1980 e 1990, surgiram várias organizações em defesa da refor- ma agrária como o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra, Ligas Cam- ponesas e a Pastoral da Terra. Em 1993, o Congresso Nacional estabeleceuque a improdutividade das terras caracterizava o não cumprimento do caso previsto pela Constitu- ição de 1988 de função social da propriedade; ficou estabelecido por Lei que a improdutividade procederia à desapropriação. Atualmente, por parte dos movimentos, as ocupações de terra tornaram-se o principal mecanismo de pressão sobre o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), para a execução dos processos de desapropriação e assentamen- tos. Para Viviam Nascimento, um caminho para minimizar o conflito neste sentido é fortalecer as políticas de controle e fiscalização da propriedade agrícola, "organizando a titulação, acompanhando o mercado de terras (incluindo a compra por parte dos estrangeiros), além de fiscalizar e agir com rapidez nas resoluções de conflitos". Segundo Carlos Feliciano, "a solução para esse impasse é a realização de uma reforma agrária ampla, baseada em critérios legais melhor defini- dos", de acordo com o pesquisador, só assim o Estado cumpriria o que a Constituição Federal estabelece como função social da propriedade: ser produtiva, respeitar as leis trabalhistas, ambientais, gerando desenvolvi- mento para a região a que pertence. Mapeamento dos conflitos Em abril deste ano, a Comissão Pastoral da Terra lançou um relatório sobre conflitos no campo a partir de dados coletados em 2010. Dos 638 conflitos neste último ano, mais da metade refere-se a posseiros (antigos donos de pequenas áreas sem títulos da propriedade) e a povos e comuni- dades tradicionais (indígenas, quilombolas, extrativistas etc.) - totalizando 57% das violências ligadas à terra, no ano. A maioria tem sua causa ligada a grandes projetos, como barragens, ferrovias, rodovias, parques eólicos, e mineração. Mas o que mais marca o ano de 2010 nesse quesito é o crescimento do número de assassinatos em conflitos no campo: 34 assassinatos, um número 30% maior que em 2009, quando foram registrados 26. O estado do Pará mantém a liderança quanto ao número dos assassinatos, 18, número 100% maior que em 2009, quando foram registrados 9 mortes. Além dos assassinatos, em 2010 foram registradas 55 tentativas de assas- sinato, 125 pessoas receberam ameaças de morte, 4 foram torturadas, 88 presas e 90 agredidas. Com relação aos conflitos de terra propriamente ditos, o total permane- ceu muito próximo ao de 2009, passando de 854 para 853, em 2010. Os embates protagonizados pelos movimentos sociais do campo caíram 38%; por outro lado, os conflitos gerados por expulsões, pistolagem, despejos e ameaças cresceram 21% - passando de 528, em 2009, para 638, em 2010. A região Nordeste teve o maior número de conflitos, com 43,7% (279), seguido da região Norte com 36,7% (234). As demais regiões concentraram 9,6% (61) no Sudeste, 5,8% (37) no Centro-Oeste e 4,2% (27) no Sul. A chamada Amazônia Legal concentra 65% dos conflitos de terra, sen- do que Maranhão, Pará e Tocantins concentram 46,2% desse total. Ao analisar as categorias sociais que foram vítimas das 604 ocorrên- cias de ações violentas em conflitos no campo, 57% envolveram popula- ções tradicionais, como comunidades indígenas ou ribeirinhas. Outros 43% atingiram setores que eram considerados protagonistas da luta pela refor- ma agrária, como os sem-terra (182 conflitos), os assentados (61), peque- nos proprietários (9) e outros. Para a Pastoral da Terra, esses dados "deixam evidente que não é por causa da ação dos sem-terra que a violência no campo persiste, mas sim devido à violência sobre a qual se alicerçou todo o processo de ocupação territorial brasileiro desde o tempo da Colônia até os dias de hoje." O espaço urbano no Brasil Crescimento urbano – crescimento da população que vive nas cida- des. Urbanização – corresponde a transferência de populações originárias das zonas rurais em direção às cidades. O processo de urbanização brasileira começou a partir de 1940, como resultado da modernização econômica e do grande desenvolvimento indus- trial graças a entradas de capital estrangeiro no país. As empresas transnacionais preferiram se instalar nas cidades em que a concentração populacional fosse maior e de melhor infra-estrutura, dando origem às grandes metrópoles. A industrialização gerou empregos para os profissionais qualificados, expandiu a classe média e o nível de consumo urbano. A cidade transfor- mou-se num padrão de modernidade, gerando êxodo rural. A tecnologia e o nível de modernização econômica não estavam adap- tados à realidade brasileira. A migração campo-cidade gerou desemprego e aumento das ativida- des do setor terciário informal. O modelo de desenvolvimento econômico e social adotado no Brasil a partir dos anos 50 levou a um processo de metropolização. Ocorrência do fenômeno da conurbação, que constituem as regiões metropolitanas (criadas em 1974 e 1975). A partir da década de 80 houve o que se chama de desmetropolização, com os índices de crescimento econômico maiores nas cidades médias, havendo assim um processo de desconcentração econômica. Outras regiões passaram a atrair mais que as regiões metropolitanas, havendo também desconcentração populacional. Está ocorrendo um declínio da importância das metrópoles na dinâmica social e econômica do país. Um número crescente de cidades passou a pertencer ao conjunto das cidades médias e grandes. Podemos dizer que o Brasil se modernizou e que a grande maioria da população brasileira, já está de alguma forma integrada aos sistemas de consumo, produção e informação. Existe hoje uma integração entre o Brasil urbano e o agrário, um absol- vendo aspectos do outro. A produção rural incorporou inovações tecnológi- cas produzidas nas cidades. O Brasil rural tradicional está desaparecendo e sobrevive apenas nas regiões mais pobres. A produção comercial está cada vez mais voltada para a cidade. A produtividade aumentou e o meio rural integrou-se aos principais mercados nacionais e internacionais. A implantação de modernos sistemas de transportes e de comunica- ções reduziu as distâncias e possibilitou a desconcentração das atividades econômicas, que se difundiram por todo o país e hoje são coordenadas a partir de diretrizes produzidas nos grandes centros nacionais e internacio- nais. Segundo o modelo informacional, São Paulo é a metrópole mundial brasileira que exerce controle sobre os principais sistemas de comunicação APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Geografia A Opção Certa Para a Sua Realização 12 que difundem as inovações por todo o país, através dos meios de comuni- cação. Observa-se uma ruptura com a hierarquia urbana tradicional e a formu- lação de um novo modelo de relações, muito mais complexo e adequado ao quadro social e econômico do Brasil contemporâneo. Autoria: Elton Santiago -o0o- O processo de urbanização do Brasil, fruto de uma industrialização tar- dia, realizada num país subdesenvolvido, trouxe uma série de problemas. Esses problemas urbanos normalmente estão relacionados com o tipo de desenvolvimento que vem ocorrendo no país por várias décadas, do qual, por um lado, aumenta a riqueza de uma minoria e, por outro, agrava-se o problema da maioria dos habitantes. Um desses problemas é a moradia. Enquanto em algumas áreas das grandes cidades brasileiras surgem ou crescem novos bairros ricos com, com residências moderníssimas, em outras, ou as vezes, até nas vizinhan- ças, multiplicam-se as favelas, cortiços e demais habitações precárias. Mas o tipo de habitação popular que vem crescendo nos últimos anos, nos grandes centros urbanos do país, é a casa própria da periferia. Trata- se de uma casinha que o trabalhador constrói, ele mesmo, com a ajuda
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