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Balantidíase • Agente etiológico: Balantidium coli. • É o maior dos protozoários parasito do homem (pode chegar até 150µm de comprimento); • Forma ovóide; • Possui o perístoma (forma de funil) que conduz a citóstoma (boca celular) ciliado; • No citoplasma apresenta vacúolos pulsáteis: um na região anterior e outro na região posterior; • Macronúcleo e micronúcleo; • Divisão binária; • Os trofozoítos podem resistir à passagem pelo estômago. Balantidíase Balantidium coli • Reservatório - As espécies de ciliados do gênero Balantidium são encontrados em diversos vertebrados, inclusive o porco. • Transmissão - Pode ser transmitido em contato direto com intestinos ou fezes de porco. - Alimentos e águas contaminadas Balantidium coli Ciclo biológico – B.C. • Estabelecida a infecção, o B.C. pode permanecer na cavidade intestinal, sem produzir qualquer quadro mórbido; • Produção de hialuronidase e capacidade motora ajudam a penetrar mucosa ou submucosa e camadas musculares; • Lesões necróticas chegando até a ulceração em todo o grosso intestino. • Histologicamente, o quadro é o mesmo da amebíase. Localizações extra-intestinais (nos pulmões e trato-urogenital) são raríssimas, podendo ocorrer em imunodeprimidos. Patologia e patogenia • No homem - Pode ser assintomático, disentérico ou tipo crônico, com surtos diarreia. A severidade do quadro disentérico vai desde formas brandas até as fulminantes. • Diarréia, dores abdominais, acompanhadas de fraqueza e indisposição geral, podendo apresentar anorexia, náuseas, vômitos, cefaléia e febre. • As fezes são líquidas e o número de evacuação pode chegar a mais de seis vezes ao dia. • Pode haver emagrecimento, anemia e a síndrome de colite crônica. • Os porcos infectados não tem sintomas visíveis. Sintomas • A etiologia é estabelecida pelo exame de fezes a fresco ou corado com demonstração da presença de formas trofozoíticas ou císticas do B.C. • Deve se atentar para a contaminação da amostra fecal, com ciliados de vida livre que são abundantes no solo e água. • Importante a concentração (pequena produção no intestino do homem) Diagnóstico • Os casos ansitomático evolui para cura naturalmente; • Nas formas mais graves, a morte do paciente pode resultar de hemorragia, perfuração intestinal ou de desidratação; • Tetraciclina e metronidazol (Flagyl) Tratamento • Epidemiologia: Porcos são o principal hospedeiro reservatório do B. coli. • Modo de transmissão: Fecal-oral, através de água ou alimentos contaminados com cistos. • Período de incubação: Não é conhecido, mas pode ser de vários dias. • Período de transmissibilidade: Enquanto cistos forem excretados nas fezes (podem permanecer no ambiente por vários meses). Epidemiologia Tricomoníase • Classe: Trichomonadae • Gênero: Trichomonas • Espécies parasitas do homem • Trichomonas vaginalis - vagina e uretra • Trichomonas tenax - cavidade bucal • Penatrichomonas hominis - ceco Trichomonas vaginalis • Forma típica alongada, ovóide e piriforme (10 a 30µm de comprimento por 5 a 12 µm de largura). • Sem estrutura rígida (formação de psudópodes) • Possui 4 flagelos no canal periflagelar (polo anterior) e um quinta flagelo fora voltado para tras (aderente ao corpo celular por uma “prega que constitui a membrana ondulante). - Axóstilo: em forma de fita, fazem toda a saliência do corpo Trichomonas vaginalis Ciclo biológico – T.V. • Fácil propagação pelo coito (parasita a uretra, vesículas seminais e próstata); • Contaminação pela placenta (5%) e por fômites; • A vagina é “resistente” as infecções quando estão em sua normalidade; - Alterações que favorecem o desenvolvimento da infecção: (a) modificações da flor microbiana, (b) diminuição da acidez; (c) descamação epitelial. Infectividade – T.V. • A infecção muitas vezes é silenciosa; • Os exames ginecológicos das pacientes assintomáticas podem demonstrar lesões discretas ou até erosões na superfície da mucosa com reações inflamatórias instensas; • Frequentemente ocorre leucorréia (corrimento abundante) variando a aparência de acordo com os micro-organismos associados; • Na mulher: prurido intenso, ardor e sensação de queimação que se agravam a noite e são exacerbados pelo ato sexual; • No homem: normalmente subclínica e benigna mas pode evoluir para uretrites acompanhadas de disúria, com secreção matutina mucoide ou purulenta. HÁ CASOS DE EVOLUÇOES CRÔNICAS Patologia • Muito inespecíficos! • Forma segura: demonstração do parasito; • Para a mulher: Secreção vaginal; • Para o homem: Presença na secreção uretral, urina primeiro jato e esperma. Diagnósticos • Metronidazol: 250 mg, 3 vezes ao dia por 10 dias; • Ornidazol: Dose única de 3 comprimidos de 500 mg (Infecções agudas) e 2 comprimidos de 500 mg durante 5 dias (Infecções crônicas); • Tinidazol: Dose única de 4 comprimidos de 500 mg. • Contraindicado para grávidas (até os seis meses de gestação) • Linhagens parasitas resistentes na EUR • Deve incluir os parceiros Tratamento • Tricomoníase é uma “moléstia” cosmopolita, com incidência nas mulheres adultas (16 a 35 anos); • Transmitida principalmente por relação sexual, pode ser considerada venérea (de maior incidência em escala mundial) mas também por falta de higiene e fômites. Epidemiologia e Profilaxia
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