Buscar

Enfermagem Cardiologica parte 03

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Curso de 
Enfermagem em Cardiologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO III 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do 
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores 
descritos na Bibliografia Consultada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO III 
4. DOENÇAS CARDÍACAS II 
4.1 Endocardites 
 
Endocardite é o nome dado às afecções, infecciosas ou não, do endocárdio. A 
maioria das endocardites tem uma origem infecciosa e os microorganismos mais 
freqüentemente causadores dessa doença são: bactérias, fungos, micobactérias, 
riquetsias, clamídias, micoplasmas. 
Os agentes mais comuns são: estreptococos, estafilococos, enterococos, alguns 
germes gram-negativos. 
Também existem reações inflamatórias do endocárdio provocadas por doenças 
auto-imunes, nas quais não encontramos um agente infeccioso na reação inflamatória do 
endocárdio. 
 
 
A endocardite se localiza preferencialmente nas válvulas do coração, mas pode ser 
encontrada em qualquer parte do endocárdio, podendo ser classificada em aguda e 
subaguda. 
 
121 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
 
 
 
 
 
 
 
122 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
A aguda se caracteriza pela intensa toxicidade e rápida progressão, podendo 
evoluir em dias para a morte. Costuma provocar infecções à distância, como no cérebro, 
rins, pulmões, fígado, olhos. O agente etiológico mais comum é o estafilococos aureus. 
Já a subaguda tem a evolução mais lenta, persistindo por até meses e, na maioria 
dos casos, é causada por Estreptococos viridans, enterococos, estafilococos coagulase 
negativos ou bacilos gram-negativos. 
A endocardite pode atingir as pessoas em qualquer idade e os sintomas e sinais 
principais são: febre de longa duração, suores noturnos persistentes, astenia, baço 
aumentado de volume, alterações cardíacas, como o agravamento súbito de uma doença 
cardíaca previamente existente. 
 
O que favorece o aparecimento de endocardites 
 
As pessoas portadoras de lesões valvulares do coração, congênitas ou adquiridas, 
são as mais propensas a apresentarem a doença. Contudo, a endocardite também ocorre 
em pessoas que não tenham lesões cardíacas. 
As endocardites surgem principalmente depois de procedimentos invasivos, em que há a 
invasão do organismo, como cirurgias, extrações dentárias, colocação de sondas, 
manipulação de abscessos (espinhas ou furúnculos). Em alguns grupos, a metade dos 
casos encontrados de endocardite é em pessoas que fizeram ou fazem uso de drogas 
injetáveis. 
Um outro grupo de pessoas seguidamente acometido de endocardite encontra-se 
entre os que foram submetidos a cirurgia cardíaca. Existem trabalhos que relatam que até 
30% das válvulas artificiais implantadas nos corações são atingidas por infecção. 
 
Diagnóstico 
 
O diagnóstico de endocardite é feito principalmente quando existe um alto índice de 
suspeita do médico naqueles pacientes que tenham febres prolongadas e sem um outro 
diagnóstico que explique a elevação da temperatura. A história de procedimentos 
cirúrgicos, dentários e uso de drogas aumentam a suspeita. Para um diagnóstico de 
endocardite, o médico se vale de um bom exame clínico do sistema cardiovascular, no 
 
 
 
 
 
 
 
123 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
qual se destacam o surgimento ou a alteração em sopros anteriormente existentes, o 
aumento do baço, alterações ecocardiográficas e culturas do sangue. 
Atualmente, um dos exames que mais auxilia para o diagnóstico de endocardite é a 
ecografia trans-esofágica. Em um grande número de casos, não se consegue obter uma 
cultura positiva do sangue para identificar o agente causador da endocardite. Nos 
melhores laboratórios, que tenham acesso às técnicas mais apuradas, em cerca de 70 a 
80% dos casos em que se colhe o sangue dos pacientes se consegue obter culturas 
positivas que identifiquem o agente etiológico. Uma das razões para a falta de 
identificação está no fato da maioria dos pacientes estarem recebendo antibióticos 
administrados às cegas, isto é, sem ter um diagnóstico etiológico confirmado. 
 
Tratamento 
 
O tratamento é feito com antibióticos em doses generosas e durante um tempo 
prolongado, em média 30 dias. Alguns pacientes, uma vez curada a infecção do coração, 
havendo alterações severas de válvulas, devem ser submetidos a troca cirúrgica dessa 
válvula. Denomina-se de endocardite hospitalar aquela que ocorre em pessoas tratadas 
em hospital, que não foram submetidas a procedimentos sobre o coração, e que tendo ou 
não uma lesão cardíaca ou uma válvula artificial, desenvolvem endocardite atribuída ao 
uso de agulhas ou cateteres infectados, instrumentação ou cirurgia de vias urinárias ou 
digestivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
124 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
 
Microrganismos mais freqüentemente envolvidos na endocardite 
 
Estreptococcus viridans 
de 30 a 65% dos casos de endocardite não relacionados ao uso de drogas 
ilícitas, são causados por esse agente. Ele é um habitante normal das nossas 
vias aéreas e orofaringe. Essa endocardite é muito encontrada em portadores 
de lesões valvulares que foram submetidos a tratamentos dentários nos dias 
precedentes à descoberta de endocardite. 
Estreptococcus bovis (e outros) 
é geralmente um habitante normal do trato digestivo, estando envolvido em 
cerca de 27% dos casos de endocardite. É mais freqüente em pacientes 
portadores de câncer ou pólipos intestinais. 
Estreptococcus pneumoniae 
Embora esse germe seja muito encontrado no sangue dos portadores de 
infecções causadas por ele, só em 1 a 3% ele atinge o coração. É encontrado 
em alcoolistas e costuma estar associado a meningite e pneumonia. 
Enterococcus 
Em 85 % dos casos de endocardite provocada pelos enterococos, os 
responsáveis são e E. faecalis ou o E. faecium. São habitantes normais do 
trato digestivo e urinário e os casos de endocardite por eles causados 
costumam ser em pessoas jovens, principalmente em mulheres jovens e 
homens idosos, como conseqüência da manipulações do trato genitourinário. 
Estafilococos 
O E. aureus dos coagulase positivos e o E. epidermidis entre os coagulase 
negativos, são os mais encontrados em casos de endocardite provocados pelo 
uso de sondas, drenos e próteses de uso hospitalar. 
Fungos 
Os fungos podem estar envolvidos em casos de endocardite, bacteriana ou 
não, que se caracterizam por lesões vegetantes de proporções maiores 
causando embolias. São particularmente encontrados em pacientes que 
tiveram válvulas cardíacas trocadas e em usuários de drogas ilícitas injetáveis. 
Endocardite não bacteriana trombótica 
Pode surgir em pacientes que tenham sofrido uma lesão no endocárdio e em 
portadores de doenças que se acompanham de hipercoagulabilidade do 
sangue. É mais encontrada em pessoas idosas, em portadores de doenças 
malignas, lesões de válvulas, portadores de lupus eritematoso sistêmico e em 
pacientes que tiveram cateteres implantados em procedimentos hospitalares.Esse tipo de endocardite chega a ser detectado em l,3% das necrópsias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
125 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
Sintomas e sinais 
Sintomas de endocardite, mais freqüentes: 
 
Calafrios - 40 a 70% 
Suores, principalmente noturnos - 25% 
Emagrecimento - 25 a 35% 
Falta de ar - 20 a 40% 
Tosse - 25% 
Confusão mental - 10 a 20% 
Dores diversas - 5 a 35%. 
 
Sinais de endocardite, os mais freqüentes: 
 
Febre - 80 a 90% 
Sopro no coração - 80 a 85% 
Mudanças dos sopros cardíacos - 10 a 40% 
Agravamento súbito de doença cardíaca preexistente - 30% 
Alterações neurológicas - 30 a 40% 
Embolias arteriais ou pulmonares - 20 a 40% 
Aumento do baço - 15 a 50% 
Manifestações periféricas - 5 a 40% (em pele, unhas, fundo do olho) 
 
 
4.2 Miocardiopatias 
 
A miocardiopatia é um distúrbio progressivo que altera a estrutura ou compromete 
a função da parede muscular das câmaras inferiores do coração (ventrículos). Pode ser 
causada por muitas doenças conhecidas ou pode não ter uma causa identificável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coração dilatadoCoração hipertrofiadoCoração normal
 
4.2.1 Miocardiopatia Congestiva Dilatada 
 
O termo miocardiopatia congestiva dilatada refere-se a um grupo de distúrbios 
cardíacos nos quais os ventrículos dilatam, mas são incapazes de bombear um volume de 
sangue suficiente que supra as demandas do organismo e acarretam a insuficiência 
cardíaca. Nos Estados Unidos, a causa identificável mais comum da miocardiopatia 
congestiva dilatada é a doença arterial coronariana disseminada. Essa doença arterial 
coronariana acarreta uma irrigação sangüínea inadequada ao miocárdio, a qual pode 
levar a uma lesão permanente. Como conseqüência, a parte do miocárdio não lesada 
sofre um espessamento para compensar a perda da função de bomba. Quando esse 
espessamento não compensa adequadamente, ocorre a miocardiopatia congestiva 
dilatada. Uma inflamação aguda do miocárdio (miocardite) por uma infecção viral pode 
enfraquecer esse músculo e causar miocardiopatia congestiva dilatada (às vezes 
denominada miocardiopatia viral). Nos Estados Unidos, a infecção pelo coxsa-ckievírus B 
é a causa mais comum de miocardiopatia viral. Alguns distúrbios hormonais crônicos, 
como o diabetes e os distúrbios tireoideanos, podem produzir a miocardiopatia congestiva 
dilatada. O problema também pode ser causado por drogas, como o álcool e a cocaína, e 
 
126 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
 
 
 
 
 
 
 
127 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
por medicamentos, como os antidepressivos. A miocardiopatia alcoólica pode ocorrer 
após aproximadamente dez anos de consumo intenso de álcool. Raramente, gravidez ou 
doenças do tecido conjuntivo, como a artrite reumatóide, podem causar a miocardiopatia 
congestiva dilatada. 
 
Sintomas e Diagnóstico 
 
Os primeiros sintomas usuais da miocardiopatia congestiva dilatada – dificuldade 
respiratória durante os exercícios e cansaço fácil – são decorrentes do enfraquecimento 
da função de bomba do coração (insuficiência cardíaca). Quando a miocardiopatia é 
decorrente de uma infecção, os primeiros sintomas podem ser uma febre súbita e 
sintomas similares aos do resfriado. Qualquer que seja a causa, a freqüência cardíaca 
aumenta, a pressão arterial é normal ou baixa, ocorre retenção de líquido nos membros 
inferiores e no abdômen e os pulmões apresentam congestão líquida. 
A dilatação do coração faz com que as válvulas cardíacas abram e fechem 
inadequadamente e aquelas que permitem a passagem do sangue aos ventrículos (as 
válvulas mitral e tricúspide), freqüentemente, apresentam insuficiência. Um fechamento 
valvular inadequado produz sopro, o qual pode ser auscultado pelo médico com o auxílio 
de um estetoscópio. A lesão miocárdica e a dilatação podem tornar aumentar ou diminuir 
anormalmente o ritmo cardíaco. Essas anormalidades interferem ainda mais na função de 
bomba do coração. O diagnóstico é baseado nos sintomas e no exame físico. 
A eletrocardiografia (procedimento que examina a atividade elétrica do coração) 
pode revelar alterações características. A ecocardiografia (exame que utiliza ondas ultra-
sônicas para gerar uma imagem das estruturas cardíacas) e a ressonância magnética 
(RM) podem ser utilizadas para a confirmação do diagnóstico. Se o diagnóstico 
permanecer duvidoso, um cateter destinado a mensurar a pressão é inserido no coração 
para uma avaliação mais precisa. Durante a cateterização, uma amostra de tecido pode 
ser removida para ser submetida a um exame microscópico (biópsia), para confirmar o 
diagnóstico e, freqüentemente, para detectar a causa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
128 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
 
Prognóstico e Tratamento 
 
Cerca de 70% das pessoas com miocardiopatia congestiva dilatada morre nos 
cinco anos subseqüentes ao início dos sintomas e o prognóstico piora à medida que as 
paredes cardíacas tornam-se mais delgadas e a função cardíaca diminui. As anomalias 
do ritmo cardíaco também indicam um prognóstico ruim. Em geral, a sobrevida dos 
homens equivale apenas à metade do tempo de sobrevida das mulheres e a sobrevida 
dos indivíduos da etnia negra equivale à metade do tempo de sobrevida dos brancos. 
Aproximadamente 50% das mortes são súbitas, provavelmente em razão de uma arritmia 
cardíaca. 
O tratamento das causas subjacentes específicas, como o consumo abusivo de 
álcool ou uma infecção, pode prolongar a vida do paciente. Se o uso abusivo de bebidas 
alcoólicas for a causa, o paciente deve abster-se da ingestão alcoólica. Se uma infecção 
bacteriana produzir uma inflamação aguda do miocárdio, esta deve ser tratada com 
antibiótico. No indivíduo com doença arterial coronariana, a irrigação sangüínea deficiente 
pode provocar angina (dor torácica causada por uma cardiopatia), impondo a necessidade 
de um tratamento com um nitrato, um betabloqueador ou um bloqueador dos canais de 
cálcio. 
Os betabloqueadores e os bloqueadores dos canais de cálcio podem reduzir a 
força das contrações cardíacas. Medidas que auxiliam a reduzir a tensão sobre o coração 
incluem o repouso e o sono suficientes e a redução do estresse. O acúmulo de sangue no 
coração dilatado pode acarretar a formação de coágulos nas paredes das câmaras 
cardíacas. Para prevenir a sua ocorrência, geralmente são utilizadas drogas 
anticoagulantes. 
Quase todas as drogas utilizadas na prevenção de arritmias cardíacas são 
prescritas em doses pequenas e estas são ajustadas através de pequenos aumentos, 
pois esses agentes podem reduzir a força das contrações cardíacas. A insuficiência 
cardíaca também é tratada com drogas como, por exemplo, um inibidor da enzima 
conversora da angiotensina e, freqüentemente, um diurético. 
No entanto, a menos que a causa da miocardiopatia congestiva dilatada possa ser 
tratada, é provável que a insuficiência cardíaca acarrete a morte do paciente. Devido a 
 
 
 
 
 
 
 
129 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
esse prognóstico sombrio, a miocardiopatia congestiva dilatada é a indicação mais 
comum para a realização deum transplante cardíaco. 
 
 
4.2.2 Miocardiopatia Hipertrófica 
A miocardiopatia hipertrófica é um grupo de distúrbios cardíacos caracterizados 
pelo espessamento das paredes ventriculares. A miocardiopatia hipertrófica pode ser um 
defeito congênito. Ela também pode ocorrer em adultos com acromegalia, um distúrbio 
resultante do excesso de hormônio do crescimento no sangue, ou em portadores de 
feocromocitoma, um tumor que produz adrenalina. Indivíduos com neurofibromatose, um 
distúrbio hereditário, também podem apresentar miocardiopatia hipertrófica. 
Geralmente, qualquer espessamento das paredes musculares do coração 
representa a reação muscular a um aumento da carga de trabalho. As causas típicas são 
a hipertensão arterial, o estreitamento da válvula aórtica (estenose aórtica) e outros 
distúrbios que aumentam a resistência à saída do coração. No entanto, os indivíduos com 
miocardiopatia hipertrófica não apresentam essas condições. 
Por outro lado, o espessamento produzido nos casos de miocardiopatia hipertrófica 
geralmente é resultante de um defeito genético hereditário. O coração aumenta de 
espessura e torna-se mais rígido do que o normal e apresenta uma maior resistência à 
entrada de sangue proveniente dos pulmões. 
Uma das conseqüências é a pressão retrógrada nas veias pulmonares, a qual pode 
acarretar acúmulo de líquido nos pulmões e, conseqüentemente, uma dificuldade 
respiratória crônica. Além disso, à medida que as paredes ventriculares aumentam de 
espessura, elas podem bloquear o fluxo sangüíneo, impedindo o enchimento adequado 
do coração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Miocardiopatia Hipertrófica
Sintomas e Diagnóstico 
Os sintomas incluem desmaio, dor torácica, palpitações produzidas pelas arritmias 
cardíacas e insuficiência cardíaca acompanhada de dificuldade respiratória. Em 
decorrência dos batimentos cardíacos irregulares, pode ocorrer a morte súbita. 
Geralmente, o médico consegue diagnosticar a miocardiopatia hipertrófica através do 
exame físico. Por exemplo, os sons cardíacos auscultados através de um estetoscópio 
costumam ser característicos. Geralmente, o diagnóstico é confirmado por um 
ecocardiograma, eletrocardiograma (ECG) ou por radiografia torácica. No caso do médico 
aventar a possibilidade de uma cirurgia, pode haver ser necessário a realização de um 
cateterismo cardíaco para a mensuração das pressões no interior do coração. 
 
Prognóstico e Tratamento 
Anualmente, cerca de 4% das pessoas com miocardiopatia hipertrófica morrem. 
Geralmente, a morte é súbita. A morte por insuficiência cardíaca crônica é menos comum. 
Pode ser necessário o aconselhamento genético para os indivíduos que apresentam esse 
distúrbio de natureza congênita e que desejam ter filhos. O tratamento tem como objetivo 
principal a redução da resistência cardíaca à entrada de sangue entre os batimentos 
cardíacos. Administrados de forma isolada ou simultânea, os betabloqueadores e os 
bloqueadores dos canais de cálcio representam o principal tratamento. 
A cirurgia de remoção de parte do miocárdio melhora o refluxo do sangue do 
coração, mas essa operação é realizada apenas em indivíduos cujos sintomas são 
incapacitantes apesar da terapia medicamentosa. A cirurgia pode reduzir os sintomas, 
 
130 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
 
 
 
 
 
 
 
131 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
mas não diminui o risco de vida. Antes de qualquer tipo de tratamento odontológico ou 
qualquer procedimento cirúrgico, devem ser administrados antibióticos para reduzir o risco 
de infecção do revestimento interno do coração (endocardite infecciosa). 
 
4.2.3 Miocardiopatia Restritiva 
A miocardiopatia restritiva é um grupo de distúrbios do miocárdio nos quais as 
paredes ventriculares enrijecem, mas não necessariamente apresentam espessamento, 
produzindo uma resistência ao enchimento normal com sangue entre os batimentos 
cardíacos. Sendo a forma menos comum de miocardiopatia, a miocardiopatia restritiva 
apresenta muitas características da miocardiopatia hipertrófica. 
Comumente, a sua causa é desconhecida. Em um de seus dois tipos básicos, o 
miocárdio é substituído gradualmente por tecido cicatricial. No outro tipo, ocorre infiltração 
de um material anormal no miocárdio como, por exemplo, glóbulos brancos (leucócitos). 
Outras causas de infiltração são a amiloidose e a sarcoidose. Quando o organismo possui 
uma quantidade excessiva de ferro, esse metal pode acumular-se no miocárdio, como 
ocorre na hemocromatose (sobrecarga de ferro nos tecidos). 
A causa também pode ser um tumor que invade o tecido cardíaco. Porque a 
resistência cardíaca ao enchimento com sangue, a quantidade de sangue bombeada para 
fora é adequada quando o indivíduo encontra-se em repouso, mas não quando ele está 
exercitando-se. 
 
Sintomas e Diagnóstico 
A miocardiopatia restritiva causa insuficiência cardíaca acompanhada de dificuldade 
respiratória. O diagnóstico baseia-se, em grande parte, no exame físico, no 
eletrocardiograma (ECG) e no ecocardiograma. A ressonância magnética (RM) pode 
fornecer informações adicionais sobre a estrutura do coração. Geralmente, um 
diagnóstico preciso exige um cateterismo cardíaco, para a mensuração das pressões, e 
de uma biópsia do miocárdio (remoção e exame microscópico de uma amostra), a qual 
pode permitir a identificação da substância infiltrada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prognóstico e Tratamento 
 
Cerca de 70% dos indivíduos com miocardiopatia restritiva morrem nos cinco anos 
que sucedem o início dos sintomas. Para a maioria das pessoas com esse distúrbio, não 
existe uma terapia satisfatória. Por exemplo, os diuréticos, que normalmente são 
utilizados no tratamento da insuficiência cardíaca, podem reduzir o volume sangüíneo que 
chega ao coração, agravando o problema em vez de melhorá-lo. 
As drogas normalmente utilizadas em casos de insuficiência cardíaca que visam 
reduzir a carga de trabalho do coração, em geral, não ajudam, pois elas podem produzir 
uma redução excessiva da pressão arterial. Algumas vezes, a causa da miocardiopatia 
restritiva pode ser tratada para prevenir a piora da lesão cardíaca ou mesmo para reverter 
o quadro. Por exemplo, nos casos de sobrecarga de ferro, a remoção de sangue em 
intervalos regulares reduz a quantidade de ferro armazenado. Os indivíduos com 
sarcoidose podem utilizar corticosteróides. 
 
 
 
132 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
 
 
 
 
 
 
 
4.3 Valvulopatias 
 
O coração possui quatro câmaras: duas superiores e de pequenas dimensões (os 
átrios), e duas inferiores e maiores (os ventrículos). Cada ventrículo possui uma válvula 
de entrada e uma válvula de saída, ambos unidirecionais. A válvula tricúspide abre-se do 
átrio direito para o ventrículo direito e a válvula pulmonar abre-se do ventrículo direito para 
as artérias pulmonares. 
A válvula mitral abre-se do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo e a válvula 
aórtica abre-se do ventrículo esquerdo para a aorta. 
 
 
 
As válvulas cardíacas podem apresentar um funcionamento deficiente, permitindo 
um vazamento (insuficiência valvular) ou uma abertura não adequada (estenose valvular). 
Qualquer um desses problemas pode interferir gravemente na capacidade de 
bombeamento de sangue do coração. Algumas vezes, uma válvulaapresenta os dois 
problemas simultaneamente. 
 
Estenose e a Regurgitação (Insuficiência) 
As válvulas cardíacas podem funcionar mal, seja não abrindo adequadamente 
(estenose) seja permitindo o vazamento do sangue (regurgitação). Estas ilustrações 
apresentam os dois problemas na válvula mitral, embora eles também possam ocorrer 
nas demais válvulas cardíacas. 
 
133 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.3.1 Insuficiência Mitral 
A insuficiência mitral (incompetência mitral, regurgitação mitral) consiste no fluxo 
retrógrado de sangue através dessa válvula ao átrio esquerdo cada vez que o ventrículo 
esquerdo se contrai. Quando o ventrículo esquerdo bombeia o sangue para fora do 
coração e para o interior da aorta, ocorre um fluxo retrógrado de uma certa quantidade de 
sangue ao átrio esquerdo, aumentando o volume e a pressão nessa câmara. Por sua vez, 
isso aumenta a pressão no interior dos vasos que levam o sangue dos pulmões ao 
coração, resultando em um acúmulo de líquido (congestão) no interior dos pulmões. 
A doença reumática costumava ser a causa mais comum de insuficiência mitral. 
Atualmente, ela é rara nos países que contam com uma medicina preventiva de boa 
qualidade. Na América do Norte e na Europa Ocidental, por exemplo, o uso de 
antibióticos contra a infecção de garganta por estreptococos impede, na maioria dos 
casos, a ocorrência da moléstia reumática. Nessas regiões, a insuficiência mitral causada 
pela moléstia reumática é comum apenas em pessoas idosas que não foram beneficiadas 
pelos antibióticos durante a juventude. 
Entretanto, nos países onde a medicina preventiva é de má qualidade, a moléstia 
reumática ainda está presente, sendo uma causa comum de insuficiência mitral. Na 
América do Norte e na Europa Ocidental, uma causa mais comum de insuficiência mitral é 
 
134 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
 
 
 
 
 
 
 
135 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
o infarto do miocárdio, o qual pode lesar as estruturas de sustentação da válvula mitral. 
Outra causa é a degeneração mixomatosa, um distúrbio no qual a válvula torna-se 
gradativamente mais flácida. 
 
Sintomas 
 
Uma insuficiência mitral leve pode não produzir qualquer sintoma. O problema, às 
vezes, é identificado apenas quando o médico, auscultando o paciente com um 
estetoscópio, ouve um sopro cardíaco característico resultante fluxo retrógrado do sangue 
que retorna ao átrio esquerdo após a contração do ventrículo esquerdo. Pelo fato de ser 
obrigado a bombear mais sangue para compensar o fluxo retrógrado de sangue ao átrio 
esquerdo, ocorre um aumento progressivo do ventrículo esquerdo para aumentar a força 
de cada batimento cardíaco. 
O ventrículo dilatado pode produzir palpitações (percepção de batimentos 
cardíacos vigorosos), particularmente quando a pessoa encontra-se em decúbito lateral 
esquerdo. O átrio esquerdo também tende a dilatar para acomodar o sangue adicional 
que retorna do ventrículo. Geralmente, um átrio muito dilatado bate rapidamente e com 
um padrão desorganizado e irregular (fibrilação atrial), o qual reduz a eficácia do 
bombeamento do coração. 
Na realidade, o átrio em fibrilação não bombeia, apenas tremula, e a ausência de 
um fluxo sangüíneo adequado permite a formação de coágulos. Se um desses coágulos 
se soltar, será bombeado para fora do coração e poderá obstruir uma artéria de menor 
calibre e pode provocar um acidente vascular cerebral ou outra lesão. 
A insuficiência grave reduz o fluxo sangüíneo anterógrado o suficiente para 
provocar uma insuficiência cardíaca, a qual pode produzir tosse, dificuldade respiratória 
durante o exercício ou esforço e edema nos membros inferiores. 
 
Diagnóstico 
 
Em geral pode-se diagnosticar uma insuficiência mitral através do sopro 
característico – um som auscultado através de um estetoscópio quando o ventrículo 
esquerdo se contrai. O eletrocardiograma (ECG) e radiografias torácicas revelam se o 
ventrículo esquerdo encontra-se aumentado. 
 
 
 
 
 
 
 
136 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
O exame que fornece mais informações é a ecocardiografia, uma técnica de 
diagnóstico por imagem que utiliza ondas ultra-sônicas. Esse exame pode gerar uma 
imagem de uma válvula defeituosa, indicando a gravidade do problema. 
 
Tratamento 
 
Se a insuficiência for grave, a válvula deverá ser reparada ou substituída antes que 
a anormalidade do ventrículo esquerdo torne-se muito importante e não possa ser 
corrigida. A cirurgia pode ter como objetivo a reparação da válvula (valvuloplastia) ou a 
sua substituição por uma válvula mecânica ou por uma válvula feita parcialmente com 
uma válvula de porco. 
A reparação valvular elimina ou diminui a insuficiência o suficiente para que os 
sintomas se tornem toleráveis e não ocorra lesão cardíaca. Cada tipo de válvula substituta 
apresenta vantagens e desvantagens. Apesar de normalmente serem eficazes, as 
válvulas mecânicas aumentam o risco de formação de coágulos sangüíneos, obrigando o 
paciente a tomar anticoagulantes por um período indeterminado para que haja menor 
risco. 
As válvulas de porco funcionam bem e não acarretam o risco de formação de 
coágulos, mas a sua duração é menor do que a das válvulas mecânicas. Se uma válvula 
substituta apresentar defeito, ela deve ser imediatamente substituída. A fibrilação atrial 
também pode exigir tratamento medicamentoso. Drogas como os betabloqueadores, a 
digoxina e o verapamil podem reduzir a freqüência cardíaca e ajudar no controle da 
fibrilação. 
As superfícies das válvulas cardíacas lesadas podem ser locais de graves 
infecções (endocardite infecciosa). Qualquer pessoa que apresente uma lesão valvular ou 
uma válvula artificial deve tomar antibióticos antes de ser submetida a tratamento 
odontológico ou procedimento cirúrgico, para evitar a ocorrência de processos 
infecciosos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.3.2 Prolapso da Válvula Mitral 
 
No prolapso da válvula mitral, ocorre uma protrusão dos folhetos da válvula para o 
interior do átrio esquerdo durante a contração ventricular, a qual, algumas vezes, permite 
o fluxo retrógrado de pequenas quantidades de sangue para o átrio. Cerca de 2 a 5% da 
população apresentam prolapso da válvula mitral. Raramente, essa anomalia produz 
problemas cardíacos graves. 
 
Sintomas e Diagnóstico 
A maioria dos indivíduos com prolapso da válvula mitral não apresenta sintomas. 
No entanto, alguns deles apresentam sintomas que são difíceis de serem explicados 
baseando-se apenas no problema mecânico. Esses sintomas incluem a dor torácica, 
palpitações, enxaqueca, fadiga e tontura. Em alguns indivíduos, a pressão arterial cai 
abaixo do normal quando eles assumem a posição ortostática e, em outros, batimentos 
cardíacos discretamente irregulares produzem palpitações (percepção dos batimentos 
cardíacos). 
Diagnostica-se o distúrbio através da ausculta de um som característico (“clique”) 
através do estetoscópio. A insuficiência é diagnosticada através da ausculta de um sopro 
durante a contração ventricular. A ecocardiografia, uma técnica de diagnóstico por 
 
137 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditosdeste conteúdo são dados a seus respectivos autores
 
 
 
 
 
 
 
imagens que utiliza ultra-som, permite a visualização do prolapso e a determinação da 
gravidade de qualquer insuficiência. 
 
Tratamento 
A maioria dos indivíduos que apresenta prolapso da válvula mitral não necessita de 
trata mento. Se o coração bater em uma freqüência excessivamente rápida, o paciente 
pode utilizar um betabloqueador, para diminuir a freqüência cardíaca e reduzir as 
palpitações e outros sintomas Caso o indivíduo apresente insuficiência, ele deve tomar 
antibióticos antes de procedimentos cirúrgicos ou odontológicos devido ao pequeno risco 
de infecção valvular decorrente das bactérias liberadas durante os mesmos. 
 
 
4.3.3. Estenose Mitral 
 
A estenose mitral é o estreitamento da abertura dessa válvula que aumenta a 
resistência ao fluxo sangüíneo do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo. Quase 
sempre, a estenose mitral é resultante da moléstia reumática, afecção que atualmente é 
rara na América do Norte e na Europa Ocidental. 
Por essa razão, nessas partes do mundo, a estenose mitral ocorre principalmente 
em pessoas idosas que apresentaram moléstia reumática durante a infância. No resto do 
mundo, a moléstia reumática é comum, levando à estenose mitral em adultos, 
adolescentes e mesmo em crianças. Em geral, quando a moléstia reumática é a causa da 
estenose, os folhetos da válvula mitral tornam-se parcialmente fundidos. A estenose mitral 
também pode ser congênita. 
 
138 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
 
 
 
 
 
 
 
139 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
Lactentes que nascem com esse distúrbio raramente sobrevivem além dos 2 anos 
de idade, exceto quando submetidos a uma cirurgia. Um mixoma (tumor não maligno 
localizado no átrio esquerdo) ou um coágulo sangüíneo podem obstruir o fluxo sangüíneo 
através da válvula mitral, produzindo o mesmo efeito que a estenose. 
 
Sintomas e Diagnóstico 
Se a estenose for grave, a pressão arterial aumenta no átrio esquerdo e nas veias 
pulmonares, acarretando insuficiência cardíaca com acúmulo de líquido nos pulmões 
(edema pulmonar). Se uma mulher com estenose mitral grave engravidar, pode ocorrer 
uma instalação rápida da insuficiência cardíaca. 
O indivíduo com insuficiência cardíaca apresenta cansaço fácil e dificuldade 
respiratória. Inicialmente, ele pode apresentar dificuldade respiratória somente durante a 
atividade física. Posteriormente, os sintomas podem ocorrer mesmo durante o repouso. 
Alguns indivíduos respiram confortavelmente somente se ficarem recostados sobre 
travesseiros ou sentados eretos. Um rubor cor de ameixa nas regiões das bochechas é 
sugestiva de estenose mitral. 
A pressão elevada das veias pulmonares pode acarretar a ruptura venosa ou 
capilar, acarretando sangramento (discreto ou abundante) no interior dos pulmões. O 
aumento do átrio esquerdo pode levar à fibrilação atrial, um batimento cardíaco irregular e 
rápido. Através de um estetoscópio, o médico ausculta um sopro cardíaco característico 
quando o sangue proveniente do átrio esquerdo passa através da válvula estenosada. 
Ao contrário de uma válvula normal, cuja abertura é silenciosa, a válvula 
estenosada freqüentemente produz um estalido ao se abrir para permitir a entrada do 
sangue para o interior do ventrículo esquerdo. 
Geralmente, o diagnóstico é confirmado através do eletrocardiograma, de uma 
radiografia torácica que revela a dilatação atrial ou de um ecocardiograma (técnica de 
diagnóstico por imagens que utiliza ondas ultra-sônicas). Algumas vezes, a realização de 
um cateterismo cardíaco é necessária para se determinar a extensão e as características 
da obstrução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
140 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
Prevenção e Tratamento 
A estenose mitral pode ser evitada com a prevenção da moléstia reumática, uma 
doença infantil que, algumas vezes, ocorre após uma infecção estreptocóccica da 
garganta. Drogas, como os betabloqueadores, a digoxina e o verapamil, podem reduzir a 
freqüência cardíaca e ajudar no controle da fibrilação atrial. No caso de insuficiência 
cardíaca, a digoxina também fortalece os batimentos cardíacos. 
Os diuréticos, através da redução do volume sangüíneo circulante, podem diminuir 
a pressão arterial nos pulmões. Se o tratamento medicamentoso não produzir redução 
dos sintomas de maneira satisfatória, pode ser necessária a reparação ou a substituição 
da válvula. A abertura da válvula pode simplesmente ser aumentada através de um 
procedimento denominado valvuloplastia com cateter com balão. 
Nesse procedimento, um cateter que possui um balão na sua extremidade é 
introduzido através de uma veia e é dirigido ao coração. Quando o cateter estiver 
localizado na válvula, o balão é insuflado, afastando os folhetos valvulares nos locais de 
fusão. 
Opcionalmente, o paciente é submetido a uma cirurgia de separação dos folhetos 
fundidos. Se a válvula apresentar uma lesão importante, ela poderá ser substituída 
cirurgicamente por uma válvula mecânica ou por uma válvula parcialmente produzida a 
partir de uma válvula de porco. Os indivíduos com estenose mitral são tratados com 
antibióticos antes de qualquer procedimento cirúrgico ou odontológico para reduzir o risco 
de infecção da válvula cardíaca. 
 
 
4.3.4 Insuficiência Aórtica 
 
A insuficiência aórtica (incompetência ou regurgitação aórtica) é o refluxo de 
sangue através da válvula aórtica toda vez que o ventrículo esquerdo relaxa. Na América 
do Norte e na Europa Ocidental, as causas mais comuns costumavam ser a moléstia 
reumática e a sífilis. Atualmente, ambas são raras, graças ao uso disseminado de 
antibióticos. Em outras regiões, a lesão valvular causada pela moléstia reumática ainda é 
comum. 
 
 
 
 
 
 
 
141 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
Além dessas infecções, a causa mais comum de insuficiência aórtica é o 
enfraquecimento do material valvular, normalmente fibroso e resistente, devido a uma 
degeneração mixomatosa, a um defeito congênito ou a fatores desconhecidos. A 
degeneração mixomatosa é um distúrbio hereditário do tecido conjuntivo que enfraquece 
o tecido valvular cardíaco, o que permite sua distensão anormal e, raramente, o seu 
rompimento. 
Outras causas são as infecções bacterianas ou uma lesão. Cerca de 2% dos 
meninos e 1% das meninas nascem com uma válvula aórtica contendo dois folhetos em 
vez dos três habituais, o que pode causar insuficiência leve. 
 
Sintomas e Diagnóstico 
Uma insuficiência aórtica leve não produz sintomas além de um sopro cardíaco 
característico, o qual pode ser auscultado através de um estetoscópio em cada 
relaxamento do ventrículo esquerdo. No caso de uma insuficiência grave, o ventrículo 
esquerdo recebe uma quantidade de sangue cada vez maior, o que acarreta a dilatação 
do ventrículo e, finalmente, à insuficiência cardíaca. 
A insuficiência cardíaca produz dificuldade respiratória ao esforço ou em decúbito 
dorsal, especialmente à noite. A posição sentada permite que a drenagem do líquido da 
parte superior dos pulmões e restauração da respiração normal. O indivíduo também 
pode apresentar palpitações (percepção dos batimentos cardíacos vigorosos), as quais 
são causadas por contraçõesfortes do ventrículo aumentado. 
Podem ocorrer dores torácicas, especialmente durante a noite. Geralmente, o 
diagnóstico é estabelecido após auscultar o sopro característico, além dos outros sinais 
de insuficiência aórtica observados durante o exame físico (como certas anormalidades 
do pulso) e da presença de dilatação cardíaca nas radiografias. 
Um eletrocardiograma (ECG) pode revelar alterações do ritmo cardíaco e sinais de 
dilatação do ventrículo esquerdo. A ecocardiografia pode gerar uma imagem da válvula 
defeituosa, indicando a gravidade do problema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
142 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
Tratamento 
Antibióticos são administrados antes de procedimentos odontológicos ou cirúrgicos 
para impedir infecção da válvula cardíaca lesada. Essa precaução é tomada mesmo nos 
casos de insuficiência aórtica leve. O indivíduo que apresenta sintomas de insuficiência 
cardíaca deve ser submetido à cirurgia antes que ocorra uma lesão irreversível do 
ventrículo esquerdo. 
Nas semanas que antecedem a cirurgia, a insuficiência cardíaca é tratada com 
digoxina e inibidores da enzima conversora da angiotensina ou com outras drogas que 
produzem dilatação dos vasos sangüíneos e redução do trabalho cardíaco. 
Em geral, a válvula é substituída por uma válvula mecânica ou por uma válvula 
parcialmente produzida a partir de uma válvula de porco. 
 
4.3.5 Estenose Aórtica 
 
A estenose aórtica é o estreitamento da abertura dessa válvula que aumenta a 
resistência ao fluxo sangüíneo do ventrículo esquerdo para a aorta. 
Na América do Norte e na Europa Ocidental, a estenose aórtica é uma doença 
típica de pessoas idosas – resultante da cicatrização e do acúmulo de cálcio nos folhetos 
da válvula. Por essa razão, a estenose aórtica inicia-se após os 60 anos de idade. 
No entanto, ela comumente não produz sintomas até os 70 ou 80 anos. A estenose 
aórtica também pode ser decorrente da moléstia reumática contraída na infância. Quando 
essa é a causa, a estenose aórtica geralmente é acompanhada por um distúrbio da 
válvula mitral, produzindo estenose, insuficiência ou ambas. 
Em indivíduos jovens, a causa mais comum é um defeito congênito. A válvula 
aórtica estenosada pode não ser um problema durante a infância, tornando-se, no 
entanto, problemática na idade adulta. A válvula permanece do mesmo tamanho à medida 
que o coração aumenta e tenta bombear volumes maiores de sangue através da válvula 
pequena. A válvula pode apresentar apenas dois folhetos, em vez dos três habituais, ou 
pode apresentar uma forma anormal, em funil. Com o passar dos anos, a abertura dessa 
válvula freqüentemente torna-se rígida e estreitada devido ao acúmulo de depósitos de 
cálcio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sintomas e Diagnóstico 
A parede do ventrículo esquerdo espessa à medida que o ventrículo tenta bombear 
um volume sangüíneo suficiente através da válvula aórtica estenosada e o miocárdio 
aumentado exige um maior suprimento sangüíneo das artérias coronárias. Finalmente, o 
suprimento sangüíneo torna-se insuficiente, produzindo dor torácica (angina) ao esforço. 
Essa irrigação sangüínea insuficiente pode lesar o miocárdio e, consequentemente, o 
volume sangüíneo originário do coração torna-se inadequado para as necessidades do 
organismo. 
A insuficiência cardíaca resultante acarreta fadiga e dificuldade respiratória ao 
esforço. O indivíduo com estenose aórtica grave pode desmaiar durante o esforço, pois a 
válvula estenosada impede que o ventrículo bombeie sangue suficiente para as artérias 
dos músculos, os quais dilataram para receber mais sangue rico em oxigênio. 
Geralmente, o médico baseia o diagnóstico em um sopro cardíaco característico 
(auscultado através de um estetoscópio), em anormalidades do pulso, em anormalidades 
reveladas no eletrocardiograma (ECG) e no espessamento da parede cardíaca revelado 
através da radiografia torácica. 
Para a identificação da causa e a de terminação da gravidade da estenose em 
indivíduos que apresentam angina, dificuldade respiratória ou desmaios, a ecocardiografia 
(técnica de diagnóstico por imagem utilizando ondas ultra-sônicas) e, possivelmente, o 
cateterismo cardíaco podem ser utilizados. 
 
143 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
 
 
 
 
 
 
 
144 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
 
Tratamento 
Em qualquer adulto que apresente desmaios, angina e dificuldade respiratória ao 
esforço provocados por uma estenose aórtica, é realizada a substituição cirúrgica da 
mesma, de preferência antes que ocorra uma lesão irreparável do ventrículo esquerdo. 
A válvula substituta pode ser uma válvula mecânica ou uma válvula parcialmente 
produzida a partir de uma válvula de porco. Qualquer indivíduo com implante valvular 
deve tomar antibióticos antes de ser submetido a procedimentos odontológicos ou 
cirúrgicos para evitar uma infecção da válvula cardíaca. 
Em crianças, caso a estenose seja grave, a cirurgia pode ser realizada mesmo 
antes que haja manifestação dos sintomas. O tratamento precoce é importante porque a 
morte súbita pode ocorrer antes do surgimento dos sintomas. Para crianças, as alterações 
efetivas e seguras à cirurgia de substituição da válvula são a reparação cirúrgica da 
válvula e a valvuloplastia com cateter com balão, na qual um cateter é inserido na válvula 
e o balão localizado em sua extremidade é insuflado para expandir a abertura valvular. 
A valvuloplastia é também utilizada em pacientes idosos e frágeis, os quais não 
suportariam uma cirurgia, embora exista a tendência de reincidência da estenose. No 
entanto, geralmente, a substituição da válvula lesada é o melhor tratamento para adultos 
de todas as idades e seu prognóstico é excelente. 
 
 
4.3.6 Insuficiência Tricúspide 
A insuficiência tricúspide (incompetência ou regurgitação da válvula tricúspide) 
consiste no refluxo sangüíneo através da válvula tricúspide em cada contração do 
ventrículo direito. No caso da insuficiência tricúspide, o ventrículo direito ao contrair não 
apenas bombeia o sangue para os pulmões, mas também envia uma certa quantidade de 
sangue de volta ao átrio direito. 
A insuficiência valvular aumenta a pressão no átrio direito, fazendo com que ele 
dilate. Essa pressão elevada é transmitida para as veias que desembocam no átrio, 
produzindo uma resistência ao fluxo sangüíneo proveniente do corpo em direção ao 
coração. A causa mais usual da insuficiência tricúspide é a resistência ao efluxo do 
 
 
 
 
 
 
 
145 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
sangue proveniente do ventrículo direito, a qual é produzida por uma doença pulmonar 
grave ou por um estreitamento da válvula pulmonar (estenose pulmonar). 
Como mecanismo de compensação, o ventrículo direito aumenta para bombear 
com mais força e ocorre uma dilatação da abertura valvular. 
 
Sintomas e Diagnóstico 
Além dos sintomas vagos, como a fraqueza e a fadiga decorrentes de um baixo 
débito sangüíneo do coração, os únicos sintomas geralmente são um desconforto na 
região superior direita do abdômen, em virtude do aumento do fígado, e pulsações na 
região do pescoço. Esses sintomas são decorrentes do fluxo retrógrado do sangue para 
as veias. 
A dilatação do átrio direito pode acarretar fibrilação atrial– batimentos cardíacos 
rápidos e irregulares. Finalmente, ocorre a insuficiência cardíaca e a retenção líquida, 
principalmente nos membros inferiores. O diagnóstico é baseado no histórico clínico do 
indivíduo e no exame físico, no eletrocardiograma (ECG) e na radiografia torácica. 
A insuficiência valvular produz um sopro que pode ser auscultado pelo médico 
através de um estetoscópio. A ecocardiografia pode gerar uma imagem do refluxo, 
indicando sua gravidade. 
 
Tratamento 
Geralmente, a insuficiência tricúspide em si requer pouco ou nenhum tratamento. 
No entanto, a doença pulmonar ou a valvulopatia pulmonar subjacente pode exigir 
tratamento. Problemas como as arritmias cardíacas e a insuficiência cardíaca comumente 
são tratadas sem que haja necessidade de cirurgia da válvula tricúspide. 
 
 
4.3.7 Estenose Tricúspide 
A estenose tricúspide é um estreitamento da abertura dessa válvula, o qual 
aumenta a resistência ao fluxo sangüíneo proveniente do átrio direito em direção ao 
ventrículo direito. No decorrer do tempo, a estenose tricúspide produz dilatação do átrio 
direito e diminuição do ventrículo direito. 
 
 
 
 
 
 
 
146 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
O volume de sangue que retorna ao coração diminui e a pressão sobre as veias 
que conduzem o sangue de volta ao coração aumenta. Praticamente todos os casos são 
causados pela moléstia reumática, a qual tornou-se rara na América do Norte e na Europa 
Ocidental. Raramente, a causa é um tumor no átrio direito, uma doença do tecido 
conjuntivo ou, ainda mais raramente, um defeito congênito. 
 
Sintomas, Diagnóstico e Tratamento 
Geralmente, os sintomas são leves. O indivíduo pode apresentar palpitações 
(percepção dos batimentos cardíacos), uma tremulação desconfortável no pescoço e 
apresentar fadiga. Ele pode apresentar um desconforto abdominal se o aumento da 
pressão venosa acarretar aumento do fígado. 
Com o auxílio de um estetoscópio, pode-se auscultar o sopro da estenose 
tricúspide. A radiografia torácica pode revelar dilatação do átrio direito e o ecocardiograma 
revela uma imagem da estenose, indicando sua gravidade. eletrocardiograma (ECG) 
mostra alterações sugestivas de sobrecarga do átrio direito. Raramente, a estenose 
tricúspide é suficientemente grave a ponto de exigir uma reparação cirúrgica. 
 
 
4.3.8 Estenose Pulmonar 
 
A estenose pulmonar é o estreitamento da abertura dessa válvula, o qual aumenta 
a resistência ao fluxo sangüíneo proveniente do ventrículo direito para as artérias 
pulmonares. A estenose pulmonar, a qual é rara em adultos, geralmente é um defeito 
congênito. 
 
 
4.4 Febre Reumática 
 
Doença inflamatória que ocorre após um episódio de amigdalite bacteriana tratada 
inadequadamente – pode atingir as articulações, o coração e o cérebro, deixando 
seqüelas cardíacas graves, com conseqüências por toda a vida e podendo levar à morte. 
 
 
 
 
 
 
 
147 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
A doença ocorre em surtos, se não for prevenida, e a cada surto aumenta a chance de 
ocorrerem lesões cardíacas graves. 
Continua sendo a principal causa de doença cardíaca adquirida em crianças e 
adultos jovens em todo o mundo, mas é também a cardiopatia de mais fácil prevenção. É 
uma doença que acomete principalmente crianças de 5 a 15 anos, de baixo nível sócio-
econômico, que vivem em aglomerações urbanas. 
Embora seja uma doença de ocorrência universal, a distribuição da febre reumática 
no mundo reflete o padrão da desigualdade social, com manutenção de índices elevados 
em países em desenvolvimento, chegando a atingir 1% das crianças em idade escolar, e 
redução progressiva em países desenvolvidos, onde a incidência é mínima, ocorrendo por 
vezes em surtos isolados. 
 
Principais Sintomas da Infecção na Garganta (Amigdalite) Bacteriana 
Não é toda Infecção na garganta que pode causar a febre reumática, somente 
aquelas causadas por uma bactéria chamada Streptococcus Beta hemolítico do grupo A 
(ou Streptococcus pyogenes). 
 
 Os sintomas desse tipo de amigdalite são os seguintes: 
Febre alta; 
Dor de garganta muito forte; 
Placas de pus nas amígdalas; 
Caroço inchado e dolorido no pescoço (Gânglio). 
 
 Tratamento da Amigdalite Bacteriana 
O tratamento mais indicado é o uso da penicilina benzatina injetável em dose única 
ou antibiótico oral, por 10 dias, de acordo com o critério do médico. Se a amigdalite 
bacteriana for bem tratada, a criança não terá febre reumática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
148 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
Principais sintomas da Febre Reumática 
- Os primeiros sintomas em geral são febre, edema e dores nas articulações 
(principalmente joelhos, cotovelos e tornozelos) cerca de duas semanas após uma 
infecção de garganta mal curada; 
- Muitas vezes a criança não consegue andar por causa da dor; 
- Quando atinge o coração, o paciente, em geral, sente cansaço constante, falta de ar, e a 
sensação de coração disparado. 
 
Tratamento da Febre Reumática 
A partir do diagnóstico da doença, é necessário usar anti-inflamatórios e tomar uma 
injeção intramuscular de penicilina benzatina em intervalos de até 21 dias, de acordo com 
o critério do seu médico para evitar novos episódios de amidalite bacteriana. A duração 
da profilaxia (tratamento com a penicilina) depende da gravidade da lesão cardíaca, e 
deve ser realizada no mínimo até os 25 anos. Interrompê-lo poderá ocasionar danos 
irreversíveis ao coração. 
 
4.5 Pericardites 
 
O pericárdio é composto de duas camadas de um tecido fibroso pouco distensível. 
Dessas camadas, a interna, denominada de visceral está aderida e praticamente fazendo 
parte do coração. A outra, a externa, denominada parietal, está em volta dessa primeira. 
Elas estão separadas por um espaço virtual que contém uma pequena quantidade de 
líquido. Essa segunda camada mantém o coração fixado no seu lugar dentro do tórax e 
evita o contato direto do coração com as estruturas vizinhas. 
Quando o pericárdio está inflamado ou infectado dizemos haver uma pericardite 
que pode ser um dos tipos de pericardite abaixo descritos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.5.1 Pericardite Aguda 
A pericardite aguda é uma inflamação do pericárdio que apresenta um início súbito 
e que é freqüentemente dolorosa. A inflamação faz com que o líquido (plasma) e os 
produtos do sangue (como fibrina, eritrócitos e leucócitos) depositem-se no espaço 
pericárdico. A pericardite aguda possui muitas causas, desde infecções virais (as quais 
podem ser dolorosas, mas de breve duração e, em geral, não produzem efeitos 
duradouros) até o câncer, o qual é potencialmente letal. 
Outras causas incluem a AIDS, infarto do miocárdio, cirurgia cardíaca, lúpus 
eritematoso sistêmico, doença reumatóide, insuficiência renal, lesões, radioterapia e 
escape de sangue de um aneurisma da aorta (dilatação da aorta com enfraquecimento de 
sua parede). A pericardite aguda também pode ser um efeito colateral de certas drogas, 
como anticoagulantes, penicilina, procainamida, fenitoína e fenilbutazona. 
 
4.5.2 Pericardite viral 
Pode ser causada por diversos vírus, as coxsaquieviroses, os ecovírus e os vírus 
da gripe, da varicela, hepatite, caxumba e HIV, são os mais freqüentes. 
A doença atinge mais a homens com menos de 50 anos, principalmente depois dedoenças infecciosas das vias aéreas superiores. 
 
149 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
 
 
 
 
 
 
 
150 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
O diagnóstico geralmente é feito em bases clínicas. Em alguns casos, o derrame 
entre as duas camadas do pericárdio pode ser de proporções maiores, provocando o 
tamponamento cardíaco. Em raros casos, a doença torna-se crônica, podendo resultar em 
pericardite constritiva, que pela retração cicatricial do pericárdio provoca o 
encarceramento do coração. Nessa situação há necessidade de operar, retirando-se o 
pericárdio em torno do coração. 
Os casos mais benignos são tratados com aspirina ou outro anti-inflamatório. Em 
raros pacientes, que não respondem ao tratamento, os corticosteróides podem ser 
usados. 
 
4.5.3 Pericardite tuberculosa 
É rara nos países desenvolvidos e, comum em outras áreas. Atinge o pericárdio 
diretamente via linfática ou por disseminação hematógena. Pode haver comprometimento 
ou não do pulmão, contudo o derrame pleural freqüentemente acompanha a pericardite. 
O desenvolvimento da doença costuma ser subagudo com o paciente 
apresentando cansaço, febre e suores noturnos. 
O diagnóstico não é fácil, pode ser suspeitado havendo evidência do bacilo álcool-
ácido resistente (BAAR) em outras partes do doente. A positividade do BAAR no líquido 
retirado do saco pericárdico é muito baixa, do mesmo modo que o é no tecido biopsiado. 
Alguns pacientes que não respondem bem ao tratamento conservador antituberculose 
necessitam ser operados para retiraram o pericárdio. 
 
4.5.4 Pericardite urêmica 
Pacientes com insuficiência renal podem apresentar pericardite. Os sintomas são 
semelhantes às outras pericardites, mas geralmente se acompanham das manifestações 
metabólicas decorrentes da uremia. Muitas vezes a pericardite urêmica é diagnosticada 
pela dor pré-cordial apresentada pelos pacientes. 
O tratamento é o da doença básica que levou a pessoa à insuficiência renal ou o 
tratamento da remissão isoladamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
151 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
4.5.5 Pericardite neoplásica 
A disseminação de um câncer adjacente de pulmão ou de mama, a disseminação 
de um carcinoma de rim, linfomas que envolvem o pericárdio e outros cânceres podem 
causar um derrame pericárdico e tamponamento do coração. Em geral, não há muitos 
sintomas e os que existem podem ser atribuídos à doença básica com suas repercussões 
hemodinâmicas. 
O diagnóstico pode ser particularmente difícil se o paciente foi submetido a 
radioterapia numa área que abrangeu o pericárdio. O prognóstico para pericardite 
neoplásica é mau, geralmente o paciente morre antes de um ano. 
Do tratamento cirúrgico fazem parte a abertura de uma janela no pericárdio para 
drenar o líquido ou a pericardiectomia. Também se tenta a instilação de tetraciclina no 
saco pericárdico, o que em alguns casos evita a recidiva do derrame. 
 
4.5.6 Pericardite pós- radiação 
A irradiação que atinge a área cardíaca pode desencadear uma reação fibrótica 
que se apresenta com uma pericardite subaguda ou constritiva. Ela pode aparecer dentro 
de um ano depois da irradiação, mas existem casos em que apareceu anos depois. A 
solução muitas vezes é cirúrgica. 
 
4.5.7 Pericardite pós- infarto do miocárdio 
É uma complicação do infarto agudo do miocárdio que aparece de 3 a 5 dias 
depois de um infarto transmural. O sintoma é de dor pré-cordial recorrente, geralmente 
atribuída ao próprio infarto. No eletrocardiograma aparecem mudanças confundíveis com 
alterações isquêmicas. Grandes derrames são raros. Muitas vezes pode-se auscultar um 
atrito pericárdico. 
A síndrome de Dressler (SD) é uma pericardite que ocorre semanas ou meses 
depois do infarto ou depois de cirurgias cardíacas. Pode ser recorrente e é provavelmente 
uma resposta auto-imune. É manifesta por febre, dor, mal-estar leucocitose e 
hemossedimentação elevada. O derrame pericárdico pode ser grande na síndrome de 
Dressler que ocorre depois de infarto e não depois de cirurgias cardíacas. Pode haver 
resposta terapêutica com o uso de anti-inflamatórios. 
 
 
 
 
 
 
 
152 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
4.5.8 Pericardites mais raras 
São as atribuídas ao uso de medicamentos como o minoxidil e a penicilina. Podem 
ocorrer também nos pacientes com mixedema (Hipotireoidismo), lúpus eritematoso e 
artrite reumatóide. 
 
4.5.9 Pericardite constritiva 
A inflamação do pericárdio pode levar ao seu espessamento e diminuição da 
distensibilidade por fibrose e por aderência ao coração, dificultando o enchimento do 
coração durante a diástole. Isso dificulta o retorno do sangue ao coração. Pode seguir-se 
a uma pericardite de qualquer etiologia. Atualmente é mais freqüente nas pericardites pós 
irradiação e depois de cirurgias cardíacas. 
Os principais sintomas são fadiga progressiva, falta de ar, fraqueza, edema, 
congestão do fígado e ascite. O que chama mais a atenção nesses pacientes é a 
distensão persistente das veias do pescoço, mesmo com a pessoa em pé ou inspirando 
fundo. Para confirmarmos o diagnóstico, o raio-x geralmente mostra um coração de 
tamanho normal e só é útil se mostrar calcificações. O ecocardiograma pode mostrar o 
pericárdio espessado e cavidades cardíacas pequenas. A tomografia e a ressonância 
magnética podem mostrar melhor as alterações já mostradas no ecocardiograma. 
O tratamento inclui o uso de diuréticos e a remoção cirúrgica do pericárdio. A 
mortalidade dessa operação é alta. 
 
4.5.10 Tamponamento Cardíaco: a Complicação Mais Grave da 
Pericardite 
 
Em geral, o tamponamento é decorrente do acúmulo de líquido ou do sangramento 
no pericárdio, como conseqüência de um tumor, de uma lesão ou de uma cirurgia. 
Infecções virais e bacterianas e a insuficiência renal são outras causas comuns. 
A pressão arterial pode cair bruscamente, atingindo níveis anormalmente baixos 
durante a inspiração. Para confirmar o diagnóstico, o médico utiliza a ecocardiografia 
(procedimento que utiliza ondas ultra-sônicas para gerar uma imagem do coração). 
Freqüentemente, o tamponamento cardíaco representa uma emergência médica. O 
 
 
 
 
 
 
 
153 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
distúrbio é imediatamente tratado através da drenagem cirúrgica ou da punção do 
pericárdio com uma agulha longa para remoção de líquido e redução da pressão. 
O médico utiliza um anestésico local para impedir que o paciente sinta dor durante 
a introdução da agulha através da parede torácica. Quando possível, a remoção do 
líquido é realizada com monitorização ecocardiográfica. No caso de uma pericardite de 
origem desconhecida, pode-se drenar cirurgicamente o pericárdio, coletando uma 
amostra para auxiliar na determinação do diagnóstico. Depois de a pressão ser aliviada, o 
paciente comumente é mantido hospitalizado como medida de prevenção da recorrência 
do tamponamento. 
 
4.6 Tumores Cardíacos 
 
É denominado tumor qualquer tipo de crescimento anormal, seja ele canceroso 
(maligno) ou não canceroso (benigno). Os tumores originários do coração são 
denominados tumores primáriose podem ocorrer em qualquer um de seus tecidos. Eles 
podem ser cancerosos ou não cancerosos e são raros. Os tumores secundários originam- 
se em alguma outra parte do corpo – geralmente no pulmão, na mama, no sangue ou na 
pele – e, em seguida, disseminam-se (produzem metástases) ao coração. 
Eles sempre são cancerosos. Os tumores secundários são trinta a quarenta vezes 
mais comuns que os primários, mas, ainda assim, são considerados incomuns. Os 
tumores cardíacos podem não provocar sintomas ou podem produzir uma disfunção 
cardíaca potencialmente letal, simulando outras cardiopatias. Exemplos de tais disfunções 
incluem a insuficiência cardíaca súbita, o surgimento abrupto de arritmias e uma queda 
súbita da pressão arterial decorrente do sangramento no pericárdio (a membrana que 
envolve o coração). 
Os tumores cardíacos são de difícil diagnóstico, tanto por serem relativamente 
incomuns, quanto pelo fato de seus sintomas serem semelhantes aos de muitos outros 
distúrbios. Para chegar ao diagnóstico, é necessário que o médico tenha indícios de sua 
presença. Por exemplo, se um indivíduo apresenta um câncer em qualquer outra região 
do corpo, mas procura auxílio médico por causa de sintomas relacionados à disfunção 
cardíaca, o profissional pode suspeitar da presença de um tumor cardíaco. 
 
 
 
 
 
 
 
154 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
 
4.6.1 Mixomas 
 
O mixoma é um tumor não canceroso e, geralmente, apresenta uma forma irregular 
e uma consistência gelatinosa. Metade de todos os tumores cardíacos primários são 
mixomas. Três quartos dos mixomas localizam-se no átrio esquerdo, a câmara do 
coração que recebe o sangue rico em oxigênio proveniente dos pulmões. Geralmente, os 
mixomas do átrio esquerdo originam- se de um pedículo e podem oscilar livremente com 
o fluxo sangüíneo, igual a uma bola fixada a um fio. Ao oscilarem, os mixomas podem 
mover-se para dentro e para fora da válvula mitral próxima – a via entre o átrio esquerdo e 
o ventrículo esquerdo. 
Essa oscilação pode obstruir e desobstruir a válvula continuamente, de modo que o 
fluxo sangüíneo é interrompido e reiniciado de forma intermitente. Na posição ortostática, 
o indivíduo pode apresentar desmaios ou episódios de congestão pulmonar e de 
dificuldade respiratória, pois a força da gravidade faz com que o tumor se mova para 
baixo, até a abertura da válvula. O decúbito diminui os sintomas. 
O tumor pode lesar a válvula mitral e, consequentemente, ocorre um refluxo de 
sangue por essa abertura, com a produção de um sopro cardíaco que o médico ausculta 
com o auxílio de um estetoscópio. Baseando-se nas características do sopro cardíaco, o 
médico considera se o sopro é resultante de um refluxo causado por uma lesão 
decorrente do tumor, de uma causa rara ou de uma causa mais comum como, por 
exemplo, a cardiopatia reumática. 
Fragmentos de um mixoma ou coágulos sangüíneos que se formam na superfície 
do mixoma podem soltar-se, circularem até outros órgãos e obstruir os vasos sangüíneos 
nesses locais. Os sintomas dependem do vaso obstruído: a obstrução de um vaso 
sangüíneo cerebral pode causar um acidente vascular cerebral; a obstrução de um vaso 
pulmonar pode causar dor e expectoração sanguinolenta. 
Outros sintomas de mixomas incluem a febre, perda de peso, dedos das mãos e 
dos pés frios e doloridos ao serem expostos à baixa temperatura (fenômeno de Raynaud), 
anemia, contagem baixa de plaquetas (pois as plaquetas estão envolvidas na coagulação 
sangüínea) e sintomas sugestivos de infecção grave. 
 
 
 
 
 
 
 
155 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
Um mixoma no átrio esquerdo pode crescer a partir de um pedículo, oscilando 
livremente com o fluxo sangüíneo. Ao oscilar, o mixoma pode entrar e sair da válvula 
mitral próxima – a via de passagem entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo 
obstruindo o fluxo sangüíneo do coração. 
 
4.6.2 Outros Tumores Primários 
Os tumores cardíacos não cancerosos menos comuns, como os fibromas e os 
rabdomiomas, podem crescer diretamente a partir das células do tecido fibroso do 
coração e das células do miocárdio. Os rabdomiomas, o segundo tipo mais comum de 
tumor primário, desenvolvem-se na infância ou na pré-adolescência, geralmente 
associados a uma rara doença infantil denominada esclerose tuberosa. Outros tumores 
cardíacos primários, como os cancerosos primários, são extremamente raros e, para eles, 
não existe um tratamento satisfatório. 
As crianças que apresentam esses tumores apresentam uma expectativa de vida 
inferior a um ano. Vários exames são utilizados no diagnóstico dos tumores cardíacos. 
Com freqüência, para o delineamento dos tumores usa-se a ecocardiografia (exame que 
utiliza ondas ultrassônicas para investigar as estruturas internas do coração). As ondas 
ultrassônicas podem atravessar a parede torácica ou o lado interno do esôfago 
(procedimento chamado ecocardiografia transesofagiana). 
Um cateter inserido através de uma veia até o coração pode ser utilizado para 
injetar substâncias que delineiem um tumor cardíaco nas radiografias; mas esse 
procedimento é menos freqüentemente necessário. A tomografia computadorizada (TC) e 
imagens por ressonância magnética (RM) também são utilizadas. Se for detectado um 
tumor, uma pequena amostra poderá ser removida por meio de um cateter especial; a 
amostra será, então, utilizada para identificar o tipo de tumor, o que ajudará na seleção do 
tratamento adequado. 
Um tumor cardíaco primário não canceroso isolado pode ser removido por cirurgia, 
o que, em geral, cura o paciente. Os médicos não costumam tratar tumores primários 
quando existem diversos presentes, nem tratam de tumores que são tão grandes a ponto 
de impossibilitar a remoção. Tumores cancerosos primários e secundários são incuráveis; 
apenas seus sintomas podem ser tratados. 
 
 
 
 
 
 
 
156 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
 
----------------FIM DO MÓDULO III---------------- 
	4.1 Endocardites 
	 
	O que favorece o aparecimento de endocardites 
	 
	Diagnóstico 
	Tratamento 
	Estreptococcus viridans 
	Estreptococcus pneumoniae 
	Enterococcus 
	Estafilococos 
	Fungos 
	Endocardite não bacteriana trombótica 
	Sintomas e sinais 
	4.2 Miocardiopatias 
	Sintomas e Diagnóstico 
	 
	 
	Prognóstico e Tratamento 
	Sintomas e Diagnóstico 
	4.2.3 Miocardiopatia Restritiva 
	Sintomas e Diagnóstico 
	 
	Prognóstico e Tratamento 
	4.3 Valvulopatias 
	 
	4.3.1 Insuficiência Mitral 
	Sintomas 
	Diagnóstico 
	Tratamento 
	 
	4.3.2 Prolapso da Válvula Mitral 
	 
	Tratamento 
	 
	 
	4.3.3. Estenose Mitral 
	Sintomas e Diagnóstico 
	Prevenção e Tratamento 
	4.3.4 Insuficiência Aórtica 
	Sintomas e Diagnóstico 
	Tratamento 
	4.3.5 Estenose Aórtica 
	Sintomas e Diagnóstico 
	Tratamento 
	4.3.6 Insuficiência Tricúspide 
	Sintomas e Diagnóstico 
	Tratamento 
	4.3.7 Estenose Tricúspide 
	Sintomas, Diagnóstico e Tratamento 
	4.3.8 Estenose Pulmonar 
	4.4 Febre Reumática 
	Principais Sintomas da Infecção na Garganta (Amigdalite) Bacteriana 
	 Tratamento da Amigdalite Bacteriana 
	Principais sintomas da Febre Reumática 
	Tratamento da Febre Reumática 
	4.5 Pericardites 
	4.5.2 Pericardite viral 
	4.5.3 Pericardite tuberculosa 
	4.5.4 Pericardite urêmica 
	4.5.5 Pericardite neoplásica 
	4.5.6 Pericardite pós- radiação 
	4.5.7 Pericardite pós- infartodo miocárdio 
	4.5.8 Pericardites mais raras 
	4.5.9 Pericardite constritiva 
	4.5.10 Tamponamento Cardíaco: a Complicação Mais Grave da Pericardite 
	4.6 Tumores Cardíacos 
	 
	4.6.1 Mixomas 
	4.6.2 Outros Tumores Primários

Outros materiais