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DIREITO TRIBUTÁRIO
1 . CONCEITO – É o ramo do direito público interno que irá estudar o conjunto de normas que tratam sobre a instituição, arrecadação e fiscalização de tributos. Essas normas estão presentes na CR/88 e no CTN.
	Entende-se por Sistema Tributário Nacional as disposições constitucionais referentes à tributos. Tais disposições tratam dos aspectos estruturais básicos do ordenamento jurídico-tributário, contendo regras que devem ser seguidas pelos legisladores infraconstitucionais, bem como pela Administração Pública e o Poder Judiciário. A CR/88 não cria tributos apenas reparte o poder estatal de tributar entre os vários entes da federação (UNIÃO, ESTADOS e MUNICÍPIOS), de modo que cada um possua competência própria para impor prestações tributárias.
	O CTN embora tenha sido criado como lei ordinária, foi recepcionado pela CR/88 como lei complementar, prestando-se a disciplinar o sistema tributário nacional e a instituir normas gerais de direito tributário aplicáveis aos entes da federação.
2 . CONCEITO E ESPÉCIES DE TRIBUTO
Conceito – art. 3º do CTN –“ É toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sãnção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.”
Passamos a analisar o conceito: 
“toda prestação pecuniária” – significa dizer que é prestação que irá assegurar ao Estado os meios financeiros de que necessita para a consecução de seus objetivos. 
“prestação compulsória” – significa dizer que o dever de pagar tributo nasce independentemente da vontade. Ausência do elemento vontade. 
“em moeda em cujo valor nela se possa exprimir” – isto é a prestação pecuniária sempre será expressa em moeda, não havendo pagamento de tributo se não for através do dinheiro, não havendo tributo pago através de execução de um serviço ou entrega de um bem diverso do dinheiro. 
“que não constitua sanção de ato ilícito” – a situação de fato descrita na lei que dá ensejo ao pagamento do tributo nunca terá origem ilícita, sempre sendo um fato lícito.
Pagamento de multa de trânsito não é tributo, mas uma penalidade. O que caracteriza a penalidade é que o fato que deu origem a sua cobrança é ilícito. 
“instituída em lei” – só a lei poderá estabelecer um tributo, segundo determina o art. 150, I da CR/88. É a aplicação do Princípio da Legalidade.
“cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada” – significa dizer que a cobrança do tributo decorre de um ato administrativo vinculado, ou seja, aquele em que não se faz um juízo de conveniência ou oportunidade, não podendo a Administração Pública deixar de praticar o ato.
Espécies de tributo
. art. 5º do CTN : Impostos, taxas e contribuições de melhoria.
. art. 149 da CR/88: contribuições sociais
. art. 148 da CR/88: empréstimos compulsórios
Vejamos o conceito de cada espécie tributária:
Impostos – o conceito está descrito no art. 16 do CTN
	Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. O fato gerador do imposto não se liga a nenhuma atividade estatal específica relativa ao contribuinte. Não é porque pagamos o IPVA que o Estado deverá realizar obras de melhoria nas rodovias, porque o fato gerador desse imposto não está vinculado a nenhuma atividade estatal, seu fato gerador é a aquisição de propriedade de um veículo automotor. 
Taxa – o conceito está descrito no art. 77 do CTN 
	Taxa é o tributo que tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia (art. 78 do CTN) ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte. Exemplo: taxa de iluminação pública. 
Contribuição de Melhoria – é o tributo cuja obrigação tem coo fato gerador a valorização de imóveis decorrente de obra pública. Distingue-se do imposto porque depende de atividade estatal específica, e da taxa porque a atividade estatal é diversa. Enquanto a taxa está ligada ao exercício do poder de polícia, ou a serviço público, a contribuição de melhoria está ligada à realização de obra pública. 
Contribuições sociais – é o tributo destinado a custear atividades estatais específicas, que nãon são inerentes ao Estado. São divididas em três espécies:
A . contribuições de intervenção no domínio econômico (art. 149 da CR/88) – caracteriza-se pela finalidade interventiva. Ex: Lei 10.336/2001 instituiu contribuição no domínio econômico incidente sobre a importação e comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool etílico combustível; salário-educação; FGTS.
B . contribuição de interesse de categorias profissionais ou enconômicas (art. 149 da CR/88) – são as contribuições profissionais. Caracterizam-se por serem instituídas em favor de categorias profissionais ou econômicas, vale dizer, por sua vinculação a entidades representativas desses segmentos sociais (ex: OAB, CRC, COREN, CRM, entre outros)
C . contribuição de seguridade social – caracterizam também pela vinculação à finalidae dos recursos que geram. Por isso mesmo integram a receita da entidade paraestatal responsável pelas ações relativas à seguridade social. 
Empréstimos compulsórios – é tributo instituído para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência e no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, não podendo ser cobrado no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que o instituiu ou aumentou. 
Princípios Constitucionais Tributários e Limitações constitucionais ao poder de tributar
	Estudar limitação constitucional ao poder de tributar significa estudar os princípios constitucionais tributários, pois serão eles que irão estabelecer o limite de atuação do poder de instituir tributos. 
	Desta forma, são princípios constitucionais tributários. 
1 – Princípio da Capacidade Contributiva (art. 145, §1º da CR/88) – Os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, que é a qualidade do indivíduo que o capacita a dispor de parte de seu patrimônio em favor das necessidades coletivas. 
2 – Princípio da Estrita Legalidade (art. 150, I da CR/88 e art. 97 do CTN) – Tributos só podem ser instituídos ou aumentados mediante expedição de lei a qual deve definir o fato gerador, a base de cálculo e o contribuinte do tributo. 
3 – Princípio da Anterioridade (art. 150, III da CR/88) – A vigência da lei que institui ou aumenta o tributo só ocorre no ano seguinte ao exercício financeiro em que este foi criado, e depois de 90 dias da publicação da lei. Exceções: Impostos de importação e exportação, IPI, IOF e impostos extraordinários.
4 – Princípio da Irretroatividade tributária (art. 150, III, a da CR/88 e art. 106, II, c do CTN) – A lei não deve abranger situações passadas para prejudicar o contribuinte, vale apenas no momento da ocorrência do fato gerador. Exceção: multas com valor reduzido, que devem retroagir para beneficiar o contribuinte. 
5 –Princípio da igualdade tributária (art.150, II do CTN) – É vedado instituir tratamento desigual entre contribuintes que estejam em situações equivalentes, são proibidas distinções em razão de ocupação profissional ou função. 
6 – Princípio da Probição de tributo com efeito de confisco (ART. 150, IV da CR/88) – É vedada a instituição de tributos exacerbados, o Estado está impedido de absorver, total ou parcialmente, o patrimônio do particular. 
7 – Princípio da não limitação ao tráfego (ART. 150, V da CR/88) – Veda tributação ao tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos interestaduais e intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder público. 
8 – Princípio da uniformidade geográfica (a rt. 151, I da CR/88)– É imperativo que os tributos instituídospela União sejam uniformes em todo o território nacional. Exceções: incentivos fiscais específicos para promoção do equilíbrio entre diferentes regiões. 
9 – Princípio da Não cumulatividade (art, 153, § 3º, II da CR/88) – É aplicável ao IPI, no ICMS e em eventuais impostos que vierem a ser criados pela União, na sua competência residual. Na apuração contábil, o imposto a ser pago é lançado como débito, e o que já foi pago nas operações anteriores é lançado como crédito, a diferença entre esses débitos e crédito é que deve ser recolhida em determinado período, proibindo-se a “tributação em cascata”.
10 – Princípio da vedação de distinção em razão de procedência ou destino (art. 152 da CR/88) – É vedado aos Estados, ao DF e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino .
	A imunidade tributária também representa limitação constitucional ao poder de tributar. Representa uma barreira à tributação. O fato gerador não chega sequer a ocorrer, pois a Constituição determina que o tributo não incide sobre determinado caso. 
	A imunidade tributária é aplicada somente aos impostos, e não em outros tributos. Assim, determina a CR/88 (art. 150, IV) que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não podem instituir impostos sobre:
A – patrimônio , renda ou serviços uns dos outros.
B – templos de qualquer culto;
C – patrimônio , renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei
D – livros, jornais, períodicos e o papel destinado a sua impressão. 
		A isenção tributária difere da imunidade tributária, visto que nesta o fato gerador não ocorre, enquanto naquela o fato gerador ocorre, mas a lei dispensa seu pagamento. Outra diferença é que a isenção tributária está previsa em uma lei ordinária ou complementar, enquanto que na imunidade tributária somente a Constituição poderá determinar quais são os casos em que não haverá tributação. 
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
		Refere-se à aptidão para criar tributos, e cada entidade política deverá respeitar os limites das atribuições para si definidas na Constituição. A competência tributária é indelegável, embora seja possível um ente público atribuir a outro a função de arrecadar ou fiscalizar tributos e executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária. 
		As competências podem ser assim classificadas:
a . competência privativa – poder dos entes federativos para criar impostos taxativamente previstos na CR/88. Cada um poderá livremente exercer tal faculdade, sem a possibilidade de outro ente da federação vir a tributar o mesmo fato econômico. 
b . competência comum – duas ou mais entidades políticas recebem poderes para instituir um mesmo tributo (taxas e contribuições de melhoria). É atribuída aos três entes políticos indistintamente, de modo que todos possam exercitá-la. 
c . competência residual – atribuída exclusivamente à União para instituir tributos não cumulativos, sem qualquer similaridade com os demais discriminados no texto constitucional com fato gerador novo e nova base de cálculo. A União poderá instituir, por meio de lei complementar, outras contribuições sociais, visando expandir a seguridade social, observado o art. 154, I da CR/88 (art. 195, § 4º da CR/88).
d . competência cumulativa – possui a União poder de instituir nos territórios federais, os impostos estaduais e, caso o território não seja dividido em municípios, os impostos municipais. Ao Distrito Federal, cabe instituir impostos municipais, pois não pode ser fracionado em municípios (art. 147 da CR/88).
E . competência extraordinária – cabe à União instituir outros impostos em caso de guerra, compreendidos ou não em sua competência (art. 154, II da CR/88).
Competência da União – (arts. 153, 154, 145, 148, 149 e 195 da CR/88)
. Imposto de Importação – fato gerador: entrada de mercadoria
. Imposto de Exportação – fato gerador: saída de mercadoria 
Obs.: nesses dois impostos é facultado ao poder executivo alterar a alíquota nos limites legais, não sendo preciso observar o princípio da anterioridade. 
. Imposto de Renda – fato gerador: disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer natureza.
. Imposto sobre produtos industrializados (IPI) – fato gerador: desembaraço, saída de produtos, arrematação). Também aqui faculta-se ao poder executivo alterar a alíquota nos limites legais.
. Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) – fato gerador: operações financeiras envolvendo crédito, câmbio, seguro, títulos e valores mobiliários.
. Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) – fato gerador: propriedade em zona rural. Suas alíquotas incidem de modo a desestimular a manutenção de propriedade improdutiva. Não recai sobre pequenas glebas de uma mesma família. 
. Imposto sobre grades fortunas (IGF)
. Impostos residuais – mediante lei complementar, não cumulativos e que não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios de outros tributos. 
. Imposto extraordinário de Guerra (IEG) – compreendido ou não na sua competência, na iminência ou caso de guerra externa, devendo ser suprimido gradativamente no máximo em 5 anos contados da celebração da paz. 
Taxas – em função do poder de polícia e pela utilização do serviço público. 
Contribuição de Melhoria – em função de realização de obra pública. 
Empréstimo Compulsório – em função de despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, iminência ou caso de guerra externa, ou investimento público de relevante interesse social. 
Contribuição Social – interventivas, corporativas e previdenciárias. 
Competência dos Estados e do DF (art. 155 da CR/88)
. Imposto sobre a circulação de mercadoria e prestação de serviços de transporte,comunicação e operações que se iniciem no exterior. (ICMS)
. Imposto de transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens e direitos. (ITCMD)
. Imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA)
Contribuição para custeio de regime próprio de previdência e assistência social de seus servidores. 
Taxa – exercício de poder de polícia e utilização de serviço público. 
Contribuição de Melhoria – realização de obra pública. 
Competência dos Municípios (art. 156 da CR/88)
. Imposto sobre propriedade predial ou territorial urbana (IPTU)
. Imposto sobre transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição (ITBI).
. Imposto sobre serviço de qualquer natureza (ISS)
. Taxa – exercício de poder de polícia e utilização de serviço público. 
. Contribuição de Melhoria – realização de obra pública. 
Elementos da Obrigação Tributária 
Fato Gerador – é o conjunto de pressupostos abstratos descritos na norma de direito material, de cuja concreta realização decorrem os efeitos jurídicos previstos. 
Sujeito ativo – é a pessoa jurídica de direito público titular da competência para exigir seu cumprimento (art. 119 do CTN). É a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
Sujeito passivo – é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária (art. 121 do CTN). 
	O sujeito passivo é dividido em contribuinte e responsável. Contribuinte é a pessoa física ou jurídica que tem relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador. Responsável é a pessoa cuja obrigação, sem revestir a condição de contribuinte, decorra de disposição expressa de lei. O empregador é responsável pela retenção e recolhimento do imposto de renda na fonte sobre os pagamentos feitos a seus empregados (contribuinte)
Base de Cálculo 
	É a grandeza econômica escolhida pelo legislador para estabelecer atributação. 
Alíquota
	É o percentual que irá incidir sobre a base de cálculo para apurar-se o montante devido ao tributo. 
	Há de se ressaltar que a obrigação tributária é principal e acessória. 
	Obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tendo por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária, e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente (art. 113, § 1º do CTN).
	Decorre a obrigação acessória da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. Ex: escriturar livros. 
	A obrigação acessória, pelo simples fato de sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.

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