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Esclerose Múltipla AULA

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Esclerose Múltipla
Fisioterapia Neurofuncional II
Prof. Patrícia Passos Martins
A Esclerose Múltipla (EM), também conhecida como 
doença de Charcot, é uma desordem desmielinizante 
mais comum do SNC, caracterizada por múltiplas áreas 
de inflamação da substância branca e desmielinização.
Epidemiologia
 Afeta principalmente adultos jovens entre 20 e 40 anos;
 Nos EUA afeta cerca de 400.000 indivíduos;
 Mais comum em mulheres do que em homens 2:1, predominantemente 
da população branca;
 O Brasil é considerado um país de baixa prevalência;
 A forma de apresentação encontrada mais frequentemente é a 
remitente-recorrente.
Etiologia
 Etiologia desconhecida; auto-imune;
 Teorias propostas que provavelmente resultaria da interação entre 
fatores imunológicos, genéticos, ambientais e infecciosos;
 Caracteriza-se por diversos sinais e sintomas neurológicos, com 
períodos de exacerbação e remissão;
 As principais áreas do SNC acometidas são as áreas periventriculares 
do cérebro, formações ópticas, cerebelo, tronco encefálico, medula 
espinhal.
Classificações
 Remitente–recorrente: tipo mais comum (70%), caracterizada por surtos com 
comprometimento agudo das funções neurológicas, seguidos de remissão, 
períodos sem progressão da doença, com inibição parcial ou total dos sintomas.
 Primário-progressiva: forma rara (10%), caracteriza-se por agravamento quase 
contínuo da doença desde o início, sem surtos distintos. As incapacidades 
permanentes são causadas pelos surtos com remissão incompleta. Ocorre após 
os 40 anos.
 Secundário-progressiva: começa com um curso remitente-recorrente, seguindo 
uma progressão com ou sem surtos , com pequenas remissões e platôs.
 Progressivo-recorrente: inicia-se através de um desenvolvimento 
progressivo, com surtos claros e agudos que podem ou não ser 
totalmente recuperados.
 Benigna: doença moderada onde o paciente permanece 
completamente funcional após 15 anos de início da doença.
 Maligna: caracterizada pela progressão rápida da doença, levando à 
incapacidade significativa ou morte dentro de pouco tempo.
Manifestações Clínicas
Caracteristicamente na doença ocorre o comprometimento de diversas 
áreas do SNC, evoluindo com exacerbações (sintomas novos que duram pelo 
menos 24h) e remissões.
As manifestações clínicas são variadas e determinadas pela localização das 
lesões, e incluem paresia, espasticidade, distúrbios da marcha, tremor 
intencional, distúrbios visuais, fadiga, distúrbios vesicais e intestinais, ataxia 
sensorial e distúrbios cognitivos.
 Tríade de Charcot: tremor intencional (ataxia), fala escandida e nistagmo.
 Alterações Sensoriais: diminuição de sensibilidade em áreas limitadas, parestesias em 
rosto, corpo ou membros.
 Dor:
• Neuralgia do trigêmeo: episódios dolorosos na face, bochechas e mandíbula. 
• Sinal de Lhermitte: choque elétrico que desce pela coluna até MMII, ao fletir a cervical.
• Dor paroxística nos membros: dor mais conhecida na EM, queimação anormal com dor 
persistente normalmente em MMII que piora á noite e após exercícios.
• Dor crônica: resultado das lesões da desmielinização.
 Alterações Visuais: 
• Visão nublada ou dupla;
• Acuidade reduzida;
• Nistagmo.
 Sintomas Cognitivos:
• Diminuição de concentração, 
• Velocidade de processamento da 
informação e das habilidades 
visuoespaciais.
 Sintomas Emocionais:
• Depressão,
• Afeto pseudobulbar,
• Ansiedade.
 Sintomas da bexiga e intestinais:
• Urgência urinária;
• Incontinência;
• Constipação;
• Diarreia.
 Fala e Deglutição:
• Disartria (discurso desarticulado de volume e 
velocidade baixos);
• Disfonia (alteração na qualidade vocal, voz mais 
baixa, rouquidão);
• Disfagia (dificuldade de deglutição, devido déficit 
na coordenação da língua e dos músculos orais).
Disfunções Motoras:
 Fraqueza Muscular: comprometendo NMS, caracteriza-se desde uma paresia 
média, até a paralisia total dos membros.
 Fadiga: 75% a 95% dos indivíduos apresentam esse sintoma diário. 
• Aparece abruptamente, e se assemelha ao desgaste proporcionado por uma gripe.
• A exposição ao calor e umidade contribuem para o aparecimento da fadiga.
 Espasticidade: 80% dos casos, podendo ter um grau entre leve e severo, 
dependendo da progressão da doença, acometendo MMSS e MMII.
• Causa aumento da fadiga, dor (devido contraturas incapacitantes) e 
clônus.
• Pode ser exacerbada em temperaturas extremas ou umidade, estresse, 
infecções.
 Equilíbrio e Coordenação: devido lesões desmielinizantes no cerebelo e 
tronco encefálico.
• Ataxia (movimentos descoordenados), caracterizados por dismetria 
(incapacidade de alcançar um alvo), dissinergia (incoordenação de músculos coordenados) e 
disdiadococinesia (dificuldade de realizar mov. Rápidos e coordenados).
• Tremores posturais (agitação para frente e para trás, em movimentos 
oscilantes).
• Tremores intencionais (ação, involuntários, com movimentos agitados que 
ocorrem quando o movimento proposital é tentado).
• Hipotonia e fraqueza do tronco.
Marcha
Marcha Ebriosa ou Atáxica Cerebelar 
 Dificuldade na marcha devido fraqueza (fraqueza de flexores e abdutores de 
quadril) e queda do pé (fraqueza de dorsiflexores), fadiga, espasticidade e 
ataxia.
 Caracterizada por dificuldade de caminhar, demora nos passos, passos 
cambaleantes e desordenados, aumenta-se a base de sustentação para poder 
ficar de pé. 
Diagnóstico
O diagnóstico de Esclerose Múltipla ainda é clínico e baseia-se 
em dados de história e exame físico.
 Ressonância Magnética.
Escala para Avaliação
 Escala Expandida do Estado de Incapacidade (EDSS)
Quantifica as incapacidades em oito sistemas funcionais (SF)
1. Funções Piramidais
2. Funções Cerebelares
3. Funções do Tronco Cerebral
4. Funções Sensitivas
5. Funções Vesicais
6. Funções Intestinais
7. Funções Visuais
8. Funções Mentais
Tratamento
Tratamento Medicamentoso
 Espasticidade: Baclofen (relaxante muscular);
 Dor: Carbamazepina (Tegretol), Diazepam;
 Fadiga: (Simetrel), agonista de dopamina diminuindo a fadiga;
 Tremor: Hidroxizina e Clonazepam;
 Problemas emocionais: Fluoxetina.
Fisioterapia
É necessário avaliação contínua do paciente, devido às remissões de sintomas.
 Dor: alongamentos, cinesioterapia, US, hidroterapia.
 Fadiga: demonstrada por sonolência, cansaço excessivo e sensação de 
fraqueza.
• Conservação de energia: estratégias que reduzem o total de energia 
necessária; modificação da tarefa.
• Atividade compassada: equilíbrio que intercala atividades e períodos de 
repouso ao longo do dia. 
 Espasticidade: hidroterapia, cinesioterapia, posicionamentos e intervenções 
farmacológicas.
 Coordenação e Equilíbrio: exercícios de Frenkel.
 Marcha: dificuldade de levantar a perna (fraqueza de flexores e abdutores 
de quadril) e queda do pé (fraqueza de dorsiflexores).
• Órteses - tornozelo-pé (AFO), bengalas, muletas canadenses ou andador.
Treinamento Funcional: mudanças no ambiente para auxiliar o paciente e 
conservar energia, (barras de suporte no leito e banheiro, cadeiras elevadas).
 Exercícios: prescrição personalizada para cada paciente. Observando:
• Frequência 
• Intensidade
• Tipo 
• Tempo/ duração 
 IMPORTANTE: exercitar até antes do ponto de fadiga, para não 
aumentar a debilidade e piorar os sintomas.
 IMPORTANTE: Observar a temperatura corporal interna.
 Condicionamento cardiovascular: Ciclo ergométrico.
 Exercícios realizados 3x por semana, em dias alternados.

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