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Aula 2 20152 A Zona Costeira

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ORIGEM DA ZONA COSTEIRA
Superposição/Sombreamento com: 
• Geologia e Geofísica Marinha 
• Sedimentologia 
• Estratigrafia 
• Geologia Ambiental 
• Arqueologia (costeira e marinha) 
• Gerenciamento Costeiro 
• Engenharia Costeira 
• Oceanografia
O que é a Zona Costeira ?
Zona onde 
ocorre a 
interação 
entre o 
continente, a 
atmosfera e o 
oceano
Será que esta 
definição é 
adequada ???
Plataforma Continental
Talude
Elevação Continental
Durante o Quaternário (últimos 1,8 ma) o nível do mar variou 
verticalmente dezenas de metros, várias vezes, devido a 
expansão e contração dos lençóis de gelo em altas latitudes
6
7
MUDANÇAS DO NÍVEL DO MAR DURANTE OS ÚLTIMOS 9 MA
MUDANÇAS DO NÍVEL DO MAR DURANTE OS ÚLTIMOS 
2 MILHÕES DE ANOS
Nível do Mar Atual
0 21
EXCENTRICIDADE: 95 ka, 123 ka, 413 ka
CICLOS DE MILANKOVITCH
OBLIQUIDADE: 41 ka
CICLOS DE MILANKOVITCH
PRECESSÃO: 19 ka, 23 ka
A natureza cíclica dos três parâmetros orbitais causa variações cíclicas do 
grau de insolação em altas latitudes provocando o avanço e recuo dos 
lençóis de gelo
ATUAL 20.000 anos atrás: -120 m
SUL DA BAHIA
16.000 anos AP
Situação AtualSituação 20.000 anos atrás – nível do mar: - 120 m
 A ZONA COSTEIRA COMO UM SISTEMA: um conjunto de 
elementos que interagem e formam um todo integrado
nível do mar
nível do mar
ZONA COSTEIRA
Área de abrangência do PNGC: 
Faixa Marítima - é a faixa que se 
estende mar afora distando 12 
milhas marítimas das Linhas de 
Base estabelecidas de acordo com 
a Convenção das Nações Unidas 
sobre o Direito do Mar, 
compreendendo a totalidade do 
Mar Territorial. 
Faixa Terrestre - é a faixa do 
continente formada pelos 
municípios que sofrem influência 
direta dos fenômenos ocorrentes 
na Zona Costeira, 
DEFINIÇÕES IMPORTANTES: 
MAR TERRITORIAL – fixado até um limite que não 
ultrapassa12 milhas marítimas ( 1m.m. = 1.852 m) medidas a 
partir das linhas de base do litoral. A soberania do estado 
costeiro estende-se até o mar territorial. 
ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA (ZEE) – não se 
estenderá além das 200 milhas marítimas das linhas de base 
do litoral. O estado costeiro tem direitos de soberania para 
fins de exploração e aproveitamento, conservação e gestão 
dos recursos naturais vivos e não vivos.
ZEE
DEFINIÇÕES IMPORTANTES: 
PLATAFORMA CONTINENTAL JURÍDICA 
Compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas que se 
estendem além do seu mar territorial até o bordo exterior da 
margem continental. O limite mínimo são as 200 milhas da 
ZEE. 
O estado costeiro exerce direitos de soberania para efeitos de 
exploração de recursos minerais do leito do mar e subsolo e 
organismos vivos sedentários. 
PLATAFORMA CONTINENTAL JURÍDICA 
Critérios para a Delimitação: 
Espessura de sedimentos e distâncias fixas medidas a partir 
do pé do talude continental 
PLATAFORMA 
CONTINENTAL JURÍDICA 
DO BRASIL
Zona Econômica Exclusiva
Plataforma 
Continental 
Jurídica
O território marítimo brasileiro 
tem cerca de 3,6 milhões de km² 
(ZEE). 
O Brasil está pleiteando, junto à 
ONU, um acréscimo de 900 mil 
km² a essa área, em pontos onde 
a Plataforma Continental vai além 
das 200 milhas náuticas (370 
km). 
Caso aceita a proposta brasileira, 
as águas jurisdicionais brasileiras 
somarão quase 4,5 milhões de 
km². 
Uma área maior do que a 
Amazônia verde. 
Uma Amazônia em pleno mar. 
AMAZÔNIA 
AZUL
IMPORTÂNCIA DA ZONA COSTEIRA 
Cada vez mais valorizada para usos recreativos e estéticos
IMPORTÂNCIA 
DA ZONA COSTEIRA 
1. Contém alguns dos mais 
complexos, diversos e produtivos 
ecossistemas do planeta. 
2. Recifes de corais, manguezais, 
terras úmidas, e planícies de 
maré são importantes áreas de 
reprodução, bercário e 
alimentação para a maioria das 
espécies marinhas conhecidas.
60 % da população mundial 
(4 bilhões de pessoas) vive 
a menos de 50 km da linha 
de costa. 
2/3 das cidades do mundo 
com população superior 
a 2,5 milhões de habitantes 
estão situadas próximo a 
estuários.
IMPORTÂNCIA DA 
ZONA COSTEIRA
“Say but that they are a ruin, and you have in one word explained 
them all”. Thomas Burnet (Telluris Theoria Sacra) - 1681
ORIGEM DA ZONA COSTEIRA
A TERRA É UMA RUÍNA
As Zonas Costeiras e sua beleza cênica são também parte 
deste processo de destruição (e recriação) do planeta.
“Say but that they are a ruin, 
and you have in one word explained them all” 
Thomas Burnet (Telluris Theoria Sacra) - 1681 
A ORIGEM DO RIO AMAZONAS
TECTÔNICA DE PLACAS 
ORIGEM DA ZONA COSTEIRA 
ORIGEM DA ZONA COSTEIRA
Plataforma Continental
Talude
Elevação Continental
ZONA COSTEIRA DO BRASIL
ZONA COSTEIRA DO BRASIL
ZONA COSTEIRA DO BRASIL
ZONA COSTEIRA DO BRASIL
Grupo Barreiras – Tabuleiros Costeiros 
Depósitos Quaternários 
Bacias Sedimentares Cretácicas 
Embasamento Cristalino
Plataforma Continental
ROCHAS CRISTALINAS
ROCHAS SEDIMENTARES
SEDIMENTOS
SEDIMENTOS
Plataforma Continental
Talude
Elevação Continental
TECTÔNICA DE PLACAS 
O
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am
u
Baía de 
Todos os Santos
Baía de Camamu 
Baía da Lagoa 
 Encantada
Baía de Todos os 
Santos 
Baía de Todos os Santos
49
50
51
52
SUB-BACIA DO RECÔNCAVO 
Três fases de pré-enchimento: 
Pré-rifte - antecede a implantação do 
rifte. Data do final do Jurássico 
(150-145 ma). Lagos rasos em um clima 
desértico (rios temporários e campos 
de dunas). 
Rifte - marcada pelo aparecimento 
brusco de sedimentos lacustres por 
volta de 145 ma. O lago tectônico 
estava completamente assoreado por 
volta de 125 ma. 
Pós-Rifte - soerguimento durante 
aprox. 10 ma, após o que ocorre 
deposição de sedimentos continentais. 
Segue-se um intervalo de aprox. 90-100 
milhões de anos dominado por 
processos erosivos. 
 1
 - 
B
A
C
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 BACIA DO RECÔNCAVO - PRINCIPAIS FALHAS
 BACIA DO RECÔNCAVO - FASE PRÉ-RIFTE 
Final do Jurássico (150-145 ma)
 BACIA DO RECÔNCAVO - FASE RIFTE
 BACIA DO RECÔNCAVO - FASE RIFTE 
(145-125 ma)
59
FASE PÓS- RIFTE 
Após 125 ma atrás, episódio de 
soerguimento com duração 
aproximada de 10 ma, seguido 
pela deposição de sedimentos 
continentais (Fm. Marizal)
A altura máxima alcançada pelo nível 
do mar ainda não está bem 
estabelecida, mas se situaria entre 25 
e 150 m acima do nível do mar, a 
depender da metodologia utilizada. 
Trabalhos recentes, entretanto, 
posicionam o nível do mar em torno de 
45-55 m acima do nível atual. 
Deposição das Formações Barreiras e 
Sabiá. 
A queda do nível do mar no Mioceno 
médio/superior é significativa porque 
está associada ao estabelecimento 
permanente do lençol de gelo do leste 
da Antártica (EAIS – East Antarctic Ice 
Sheet)
O NÍVEL DE MAR ALTO DO MIOCENO
MUDANÇAS CLIMÁTICAS CENOZÓICAS
Os trabalhos anteriores 
desconsideraram o papel 
fundamental das variações 
eustáticas do nível do mar, durante 
o Cenozóico. 
Este é talvez o principal fator a 
determinar a origem e o modelado 
da Baía de Todos-os-Santos, que 
teria resultado da erosão diferencial 
associada a um dramático 
rebaixamento do nível de base. 
Existe uma perfeita correlação entre 
a altitude do terreno e a resistência 
das diferentes unidades geológicas 
à erosão. 
Captura de Drenagem
Pε
K
4 - A BAÍA DE TODOS OS SANTOS - os últimos 120.000 anos
A BAÍA DE TODOS OS SANTOS 20.000 ANOS ATRÁS
5 - A BAÍA DE TODOS OS SANTOS - HOJE
5 - A BAÍA DE TODOS OS SANTOS - HOJE
A BAÍA DE TODOS OS SANTOS - HOJE
71
LAJES ROCHOSAS
73
CIRCULAÇÃO NA BAÍA DE TODOS OS SANTOS 
CIRCULAÇÃO NA BAÍA DE TODOS OS SANTOS 
CIRCULAÇÃO 
NA ENTRADA 
DA BTS
A BAÍA DE TODOS 
OS SANTOS 
HOJE
Lyell (1830): “....como a condição atual das nações é o resultado de muitas 
mudanças antecedentes, algumas extremamente remotas e outras recentes, 
algumas graduais e outras súbitas e violentas, também o estado do mundo 
natural é o resultado de uma longa sucessão de eventos, e se nós 
desejarmos expandir nossa experiência da presente economia da natureza, 
devemos investigar os efeitos de suas operações em épocas pretéritas”. 
 
ORIGEM DOS 
TABULEIROS 
COSTEIROS E 
PLANÍCIES 
QUATERNÁRIAS
CENOZOIC CLIMATE CHANGES
Barreiras 
Deposition
ÁREA DE OCORRÊNCIA DA FORMAÇÃO 
BARREIRAS
0
500
1800 m
1000
Tb
Fonte: CPRM – Mapa Geológico do Brasil
A Formação Barreiras é uma 
das mais expressivas 
unidades estratigráficas da 
costa brasileira, ocorrendo de 
modo quase ininterrupto do 
Rio de Janeiro ao Pará. 
ORIGEM DA FORMAÇÃO BARREIRAS
0
500
1800 m
1000
Tb
Fonte: CPRM – Mapa Geológico do Brasil
Considerada classicamente 
como de origem fluvial-lacustre. 
 Nas últimas décadas, 
principalmente na região 
norte do Brasil, vários 
autores chamaram 
atenção para uma origem 
marinha/costeira.
Deposição associada a um 
nível de mar alto durante o 
Mioceno Inferior-Médio.
(p.ex. Araí 2006, Rossetti 2001).
ORIGEM: ONLAP DE FACIES COSTEIRAS/FLUVIAIS SOBRE UNIDADES 
MAIS ANTIGAS (PRINCIPALMENTE EMBASAMENTO) 
IDADE: MIOCENO MÉDIO/INFERIOR
ALCÂNTARA - MA
K
FM. BARREIRAS (transicional – estuarino)
PÓS-BARREIRAS
Lateritas
ALCÂNTARA - MA
FM. BARREIRAS (tidal bundles – estuarino)
ALCÂNTARA - MA
FM. BARREIRAS (fácies heterolíticas)
ALAGOAS
FM. BARREIRAS (sandwaves – tidal bundles)
BAHIA 
FM. BARREIRAS (depósitos de tempestades)
BAHIA 
FM. BARREIRAS (traços-fósseis)
BAHIA 
FM. BARREIRAS (traços-fosséis - Ophiomorpha)
BAHIA 
FM. BARREIRAS (traços-fósseis)
BAHIA 
FM. BARREIRAS (traços-fósseis)
BAHIA 
FM. BARREIRAS (Barita)
BAHIA 
FM. BARREIRAS (Barita)
ALTITUDES DA FORMAÇÃO BARREIRAS 
Extraídas do SRTM
Miller et al. 
(2005)
Haq et al. 
(1988)
CENOZOIC CLIMATE CHANGES
Barreiras 
Deposition
MUDANÇAS DO NÍVEL DO MAR DURANTE OS ÚLTIMOS 9 MA
Large NHIS
Miller et al. (2005)
TABULEIROS COSTEIROS
Durante os últimos 2ma o nível do mar raramente 
esteve tão alto como hoje
PRINCIPAL IMPLICAÇÃO: incisão de uma rede de 
drenagem na Formação Barreiras.
Nível do Mar Atual
0 21
Miller et al. (2005)
108
Texto
ENERGIA RELATIVA DE ONDAS e MARÉS
areia lama terras úmidas
ENERGIA DE ONDAENERGIA DAS MARÉS
"Strandplain"
Planície
aluvial
Delta
Planícies de Maré
(modificado de Boyd et al. 1992)
ENERGIA RELATIVA DE ONDAS E MARÉS
M
AR
ÉS
O
ND
AS
DOMINADO POR MARÉS
DOMÍNIO MISTO
DOMINADO POR ONDAS
ENERGIA RELATIVA DE ONDAS E MARÉS
areia lama terras úmidas
ENERGIA DE ONDAENERGIA DAS MARÉS
"Strandplain"
Planície
aluvial
Delta
Planícies de Maré
(modificado de Boyd et al. 1992)
PARÁ
BAHIA
PARÁ - Dominado por Marés
Planície de Belmonte (BA) - Dominado por Ondas
ü No Continente - tipos de solos e 
conseqüentemente a vegetação e a 
vida silvestre. 
üNo Mar – tipos de fundo, circulação, 
níveis de energia e distribuição de 
habitats submarinos. 
HERANÇA GEOLÓGICA 
(RELEVO) 
 + 
CLIMA 
+ 
PROCESSOS 
 
Determinam:
RECURSOS NATURAIS
São Francisco
Jequitinhonha
Doce
Paraiba do Sul
Salvador
RELEVO
Frentes Frias
Zona de Convergência Intertropical
Ventos Alísios
CLIMA - CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA
Banco Royal Charlotte 
Banco de Abrolhos 
Complexo Recifal de Abrolhos
Bacia Sedimentar do Reconcavo 
Bacia 
Sedimentar 
de Almada 
HERANÇA GEOLÓGICA
Bacia Sedimentar de Camamu 
SEDIMENTOS DE FUNDO 
Areia 
(<2 mm, >0.062 mm)
SILICICLASTOS
SEDIMENTOS DE FUNDO 
Cascalho (>2 mm)
BIOCLASTOS
PLATAFORMA 
CONTINENTAL
Fundos Arenosos
Fundos Consolidados
Fundos de Cascalho
üMata Atlântica 
üRestingas 
üTerras Úmidas 
üManguezais 
üRecifes de Corais 
üDunas 
üPraias 
üPlataforma Continental
Manguezal
Mata Atlântica Terras Úmidas
Restinga
Recifes de 
CoraisDunas
Praias
Plataforma 
Continental
Principais Ecossistemas da Zona Costeira
A Zona Costeira possui uma grande 
variedade de recursos naturais explorados 
pelo homem – Usos Múltiplos
RECURSOS 
NATURAIS: 
Materiais, 
organismos, 
localidades e 
processos úteis ou 
de valor para a 
sociedade (ar, água, 
solos, rochas, 
minerais, 
organismos etc)

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