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CONSTRUÇÃO CIVIL II - MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS.docx

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SINOPSE DO CASE: A importância da Engenharia diagnóstica na Manutenção Preventiva de Manifestações Patológicas em Prédios Residenciais.[1: Case apresentado à disciplina de Construção Civil II, da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco, UNDB.]
Aynã Carvalho[2: Aluna do 8º período, do curso de Engenharia Civil, da UNDB.]
Rogério Belfort[3: Professor, Mestre, Orientador.]
1 DESCRIÇÃO DO CASO
Patologia é toda manifestação que venha a prejudicar o desempenho de uma construção. Estuda todos os mecanismos que podem ter originado, assim como sua natureza, origem e possíveis consequências. 
Essas ocorrências patológicas podem estar associadas a diversos fatores, como a falta de compatibilização dos projetos, a falta de detalhamento, ao uso de materiais de segunda linha, a falta de mão de obra especializada, a falta de acompanhamento de profissionais com conhecimento no assunto e também por intempéries naturais, como sol, chuva e vento.
São cada vez mais comuns, seja qual for a construção em questão, o que mostra que a falta de manutenção já está dissociada, muitas vezes interpretada como um gasto a mais, sendo na verdade uma maneira de se evitar um gasto muito maior.
O presente case trata da análise de diversas manifestações patológicas que surgiram em um condomínio residencial de 14 andares e pavimento térreo.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Ao longo desses últimos anos foram realizados muitos estudos relacionados à patologias em concreto, revestimentos e pisos. O objetivo desses estudos é de analisar as causas de tais manifestações patológicas através de inspeções, desenvolvendo métodos de manutenção que corrijam e/ou previnam esses aparecimentos.
Segundo Ziegler e Carmo (2003), a maneira mais adequada de evitar que muitos dos problemas ocorram nas estruturas e tenham seus efeitos intensificados, a ponto de comprometer as condições de funcionamento e durabilidade, seria através de inspeções periódicas, visando atividades de manutenção, possibilitando uma melhor estratégia de ação para evitar o avanço das patologias.
Ainda, segundo Ziegler e Carmo (2003), é importante destacar a necessidade de se estabelecer maiores critérios nas especificações de projeto, com o objetivo de melhorar as características como um todo, assegurando uma maior durabilidade.
2.1 CONCEITOS DE PATOLOGIA
Patologia construtiva é definida como sendo o estudo que se ocupa da natureza das modificações estruturais e funcional produzindo anomalias construtivas, segundo o IBAPE/SP (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo, 2007).
 Através do estudo de erros acontecidos, acidentes e insucessos da engenharia, foi constatado que algumas estruturas obtiveram desempenho insatisfatório se comparadas com as finalidades para as quais se propunham anteriormente. Desta forma, com insucessos e desempenhos abaixo do mínimo exigido pela norma, vem a tona o ramo de Patologias das Estruturas, segundo Guimarães (2011).
Ainda segundo Guimarães (2011), pensava-se apenas na relação esforços solicitantes, capacidade resistente e não se dava a devida atenção para analisar as condições mínimas de serviço como fissuras, deformações e curvaturas e com o passar dos anos, houve a necessidade de se pensar em construções que atendessem a critérios de qualidade a custos justos. Atualmente, levando em consideração esses critérios de resistência aos esforços de compressão, incorpora-se conceitos de vida útil, durabilidade, inspeção e manutenção das estruturas.
2.2 CONCEITOS DE VIDA ÚTIL E DURABILIDADE
Segundo o IBAPE/SP, em sua norma de inspeção predial coordenada por Milton Gomes (2007) e também segundo a NBR 5674/1999 define vida útil como sendo o intervalo de tempo em que a edificação e suas partes constituintes atendem aos requisitos funcionais para os quais foram projetados, obedecendo aos planos de operação, uso e manutenção prevista.
Ocorrem variações na vida útil dos materiais de acordo com os inúmeros fatores que interferem tanto no seu conjunto, como quando analisados de maneira isolada. Esse fato preocupa a sociedade, pois está diretamente relacionado a durabilidade da construção, envolvendo custos e exploração de matéria-prima.
2.3 CONCEITOS DE INSPEÇÃO PREDIAL
De acordo com a norma de inspeção predial da IBAPE/SP, inspeção predial é a analise isolada ou combinada das condições técnicas, se uso e de manutenção da edificação. Ou seja, é uma avaliação com o objetivo de identificar o estado geral da edificação, assim como dos seus sistemas construtivos, analisando todos os aspectos, como durabilidade, desempenho, segurança, estado de conservação, manutenção, estado de operação e operação.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 5674 do ano de 1999, define como: 
''Avaliação do estado da edificação e de suas partes constituintes, realizada para orientar as atividades de manutenção''. 
As principais etapas de uma inspeção predial são constituídas por levantamento de dados e documentação da edificação, entrevista com o gestor ou síndico, realização de vistorias na edificação, classificação das deficiências encontradas, classificação do grau de risco, elaboração de lista de prioridades técnicas, elaboração de orientações técnicas, avaliação da qualidade de manutenção e avaliação do uso da edificação (IBAPE/SP, 2012).
2.4 CONCEITOS DE MANUTENÇÃO PREDIAL
Segundo o IBAPE/SP, em sua norma de inspeção predial coordenada por Milton Gomes (2007), manutenção predial é o conjunto de atividades e recursos que garanta o melhor desempenho da edificação para atender às necessidades dos usuários, com confiabilidade e disponibilidade, ao menor custo possível.
Portanto a manutenção predial visa assegurar a segurança, conservação e confiabilidade da edificação, resistindo ao uso de agentes que venham a alterar suas propriedades técnicas, atendendo aos seus usuários por muitos anos, como previsto em projeto.
2.4.1 Preventiva
A manutenção preventiva busca minimizar os efeitos da degradação natural da construção. Ela se baseia na análise da evolução de um sistema ou deterioração, de forma a antecipar a solução do problema que pode vir a acontecer.
Segundo, Ziegler e Carmo (2003), tem o intuito de se conservar o desempenho das construções dentro nos níveis requeridos, as mesmas devem ser restauradas e mantidas em condições usuais de funcionamento, uma vez que as edificações são constituídas de materiais que envelhecem e deterioram com o passar do tempo.
2.4.2 Corretiva
Segundo Guimarães (2011), a manutenção corretiva é aquela que ocorre depois que o material apresenta uma falha, que não foi planejada, ou quando ele trabalha de maneira inferior ao esperado. Esse tipo de manutenção é uma técnica reativa e na maioria das vezes possui um custo maior comparado a manutenção preventiva.
3 ANÁLISE DO CASO
O presente caso trata-se da análise das manifestações patológicas num edifício de condomínio residencial, constituído por 14 andares e pavimento térreo, construído há doze anos. O edifício possui várias manifestações patológicas, como fissuras e trincas externas, desprendimento do reboco externo, degradação da pintura externa, infiltração no sistema de captação de águas pluviais (encontros de calhas e tubos de descida d'água) na cobertura e na cortina de concreto e corrosão nas armaduras.
Neste trabalho serão discutidos as causas e natureza de tais manifestações, assim como as possíveis consequências que elas proporcionam e soluções a serem tomadas.
3.1 FACHADA EXTERNA
Observa-se na imagem acima, que corresponde a fachada externa do edifício, inúmeras bolhas e reboco apresentando desplacamento e pulverulência (esfarelamento) em várias regiões.
O desplacamento e pulverulência observados na imagem, são provocados por umidade percolante ocorrendo de dentro para fora da superfície, geralmente provocados por falta de impermeabilização das áreas molhadas do apartamento, como cozinha e banheiros. Neste caso é necessário que seja feita a impermeabilização das áreas internas citadaspara que depois seja refeito o revestimento da fachada externa.
As bolhas, quando ocorrem em ambientes externos, são geralmente causadas por uso de argamassa inadequada. A solução adequada seria remover o revestimento atual, aplicar um fundo preparador de parede, massa acrílica e tinta acrílica da cor de preferência.
Como relatado, as manifestações da imagem ocorreram devido a falta de impermeabilização ou manutenção da mesma, e também devido ao uso de argamassa inadequada para áreas externas.
3.2 PAVIMENTO TÉRREO
Neste caso, ocorre devido a fatores semelhantes ao caso anterior, nota-se o esfarelamento do reboco, agora localizado no pavimento térreo. Tal manifestação ocorre devido a percolação de água de dentro para fora, agravada também pela percolacão proveniente do piso, portanto se relaciona a falta de manutenção das áreas impermeabilizadas ou a falta de impermeabilização das mesmas, internamente. Quanto a solução, é a mesma aplicada ao caso anterior, deve-se retirar o revestimento atual e logo depois aplicar um fundo preparador de parede, massa acrílica e tinta acrílica.
3.3 SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS DE COBERTURA
Na imagem acima, nota-se a presença de infiltração no encontro entre o tubo de descida d'água e a calha, pode ter sido ocasionada por diversos fatores, como vazamento do tubo por entupimento, ressecamento do tubo causando trincas e consequentes vazamentos, ou seja, os problemas estão relacionados à falta de manutenção do sistema de captação.
3.4 COBERTURA
Esta imagem da cobertura mostra a ausência do componente de fixação do telhado, ressecamento da borracha vedante do parafuso de fixação e péssimas condições do telhado que se encontra poroso e quebradiço.
A solução para este caso seria a aplicação de um novo telhado de fibrocimento ou até mesmo um de metal galvanizado, que possui uma maior vida útil, substituindo também as borrachas ressecadas, pois no estado em que estão já perderam sua função de anti vibração provocada pelos ventos e vedação.
3.5 GARAGEM DO SUBSOLO
Na situação acima é evidente a infiltração atravessando a cortina de concreto. Este tipo de estrutura é construída para conter o maciço de solo em construções no subsolo e, consequentemente, evitar a passagem de água que percola no solo para dentro da edificação. Neste caso, não houve impermeabilização entre a cortina de concreto e o solo, nem mesmo foi feita a aplicação de drenos para a passagem de água que aliviem as tensões de poropressão, exercidas pelo solo saturado.
Provavelmente existe uma área verde ou piscina próximo ao solo apoiado na cortina de concreto, que quando saturado, infiltra na estrutura e causa as manchas mostradas na imagem.
A solução para este problema deveria ter sido prevista na concepção do projeto, reparar tal infiltração custaria muito caro e necessitaria de muitos recursos.
3.6 PILARES COM ARMADURA EXPOSTA
Esta imagem retrata as condições que se encontram os pilares da garagem no subsolo, pode-se perceber a armadura da estrutura exposta. Os motivos que levam a esse acontecimento podem ser vários, como corrosão da armadura, desagregação do concreto e desgaste do concreto.
A corrosão da armadura pode ter sido ocasionada pela infiltração de agentes pelo solo, fazendo com que a interação destrutiva causada pelo aço chegue a corroer também o concreto. A desagregação é resultado da má execução do lançamento e/ou vibração do concreto quando ainda fluido, causando desplacamento devido a ligação frágil entre os agregados. O desgaste do concreto é geralmente causado por abrasão ou atrito, caracterizado pela perda de material devido a erosão.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
É possível notar que existe uma carência muito grande de um plano de manutenção em boa parte dos condomínios, como o que foi estudado neste caso, os problemas que surgem, na maioria das vezes, poderiam ter sido evitados com uma manutenção periódica do local, assim como existem problemas ocasionados por falta de utilização e/ou procedimento adequado.
As manifestações patológicas aqui retratadas são as mais comuns em edificações antigas e também recentes, mostrando que as técnicas usadas continuam as mesmas, mesmo com a evolução de materiais e técnicas construtivas.
O que se aconselha para que haja uma redução de problemas patológicos futuros, é a utilização de materiais de qualidade, de forma adequada, nos lugares adequados. Dessa forma os custos com manutenção caem e também se evita grandes problemas a serem reparados a grandes custos.
5 REFERÊNCIAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14037/1998: Manual de operação uso e manutenção das edificações - Conteúdo e recomendações para elaboração e apresentação. Rio de Janeiro, 1998. 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5674/1999: Manutenção de edificações – Procedimento. Rio de Janeiro, 1999. 
PUJADAS, Flavia Zoéga Andreatta. SILVA, Gerson Viana. Inspeção Predial: a saúde dos edifícios. IBAPE/SP, 26 páginas. Disponível em: http://www.ibape-sp.org.br. Acessado em: 03/05/16.
ZIEGLER, Guilherme L. F; CARMO, Paulo I. O. Inspeção e Manutenção de Estrutura de Concreto Armado: Uso e ensaios não destrutivos. Universidade Federal de Santa Maria- Santa Maria, Rio Grande do Sul, 2003.
GUIMARÃES, Júlia. Patologias em Estruturas de Concreto Armado, Revestimentos e Pisos: estudo de caso no edifício Piemonte. (Trabalho de Conclusão de Curso). Universidade Presbiteriana Mackenzie. São Paulo, 2011.
GOMES, Milton. Glossário de Terminologia básica aplicável à Engenharia de Avaliações e Perícias do IBAPE/SP. Disponível em HTTP://www.ibape-sp.org.br. Acesso em: 06/05/16.

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