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Universidade Federal de Viçosa Departamento de Biologia Animal BAN 100 - ZOOLOGIA GERAL ___________________________________ “Répteis” Renato Neves Feio Henrique Caldeira Costa 2007/2 Índice 1. Introdução ......................................................................................................................... 1 2. Características Gerais dos Répteis.............................................................................4 2.1. Esqueleto ....................................................................................................................4 2.2. Tegumento .................................................................................................................5 2.3. Músculos .....................................................................................................................5 2.4. Circulação...................................................................................................................6 2.5. Digestão......................................................................................................................6 2.6. Respiração..................................................................................................................7 2.7. Excreção.....................................................................................................................7 2.8. Nervos e Sentidos....................................................................................................7 2.9. Reprodução ................................................................................................................9 2.10. Termorregulação ....................................................................................................9 2.11. Comportamentos.................................................................................................... 10 3.Aula Prática ..................................................................................................................... 10 3.1. Crocodilianos ............................................................................................................ 10 3.2. Quelônios...................................................................................................................11 Chave para as Famílias de Chelonia do Brasil....................................................... 12 3.3. Lagartos e Anfisbênios ......................................................................................... 13 Chave simplificada para as principais famílias de Lagartos do Brasil............ 14 3.4. Serpentes................................................................................................................. 14 Chave para as principais famílias de Serpentes do sudeste do Brasil........... 17 Chave para os principais gêneros de Viperidae ................................................... 17 4.Referências Bibliográficas: .......................................................................................... 18 i 1. Introdução Os répteis são descendentes dos anfíbios e se transformaram nos primeiros vertebrados terrestres, solucionando os problemas da reprodução, onde se necessitava da água, ou de ambientes úmidos, para o desenvolvimento do ovo. O “aparecimento” do ovo amniótico, associado a uma série de outras mudanças, foi fundamental para possibilitar tal avanço evolutivo. Assim, podemos caracterizar os principais aspectos adaptativos que permitiram a conquista definitiva do ambiente terrestre: a) ovo amniótico (Fig. 1): apesar do âmnion ser considerado geralmente como a aquisição mais importante, pois envolve o embrião evitando seu ressecamento, dois outros anexos embrionários também aparecem no ovo amniótico e desenvolvem papel fundamental em sua estruturação: o alantóide, responsável pelas atividades de respiração (pois é altamente vascularizado) e excreção, funcionando como local de armazenamento de dejetos nitrogenados, produzidos pelo metabolismo do embrião; e o córion, que envolve externamente todo o ovo, protegendo-o contra o ressecamento, e também permitindo a passagem de gases e alguma umidade; b) pele seca com escamas e placas queratinizadas e/ou cornificadas, evitando a perda de água pela pele; c) respiração pulmonar desde o nascimento; d) desenvolvimento direto, sem qualquer tipo de fase larval. Fig. 1: Esquema do ovo amniótico (Pough et al., 2003). As formas atuais (crocodilianos, quelônios, tuatara, lagartos e serpentes) são apenas alguns poucos remanescentes do grande grupo de répteis que ao final da Era Paleozóica apresentou intensa diversificação de formas, invadindo e dominando os ambientes terrestres durante toda a Era Mesozóica, que ficou conhecida como a Idade dos Répteis. Desta imensa variedade de formas, surgiram outros dois grupos de vertebrados: as aves e os mamíferos. A Classe Reptilia apresenta maior potência na mordida, pois os músculos que tracionam a mandíbula podem se apoiar em aberturas localizadas na região temporal do crânio, chamadas de aberturas temporais. Assim, esta característica (número e a posição das 1 aberturas temporais presentes no crânio) divide os principais grupos: 1. ANAPSIDA (Fig. 2a): este tipo craniano é considerado o mais primitivo e não apresenta qualquer abertura temporal, possuindo apenas aberturas para os principais órgãos dos sentidos. Como representantes atuais, temos apenas aproximadamente 300 espécies de tartarugas, cágados e jabutis, incluídos na Ordem Testudines (ou Chelonia), com duas sub-ordens: Cryptodira (que retrai a cabeça em linha reta) e Pleurodira (que retrai a cabeça lateralmente). 2. DIAPSIDA (Fig. 2b): com duas aberturas temporais, representa o grupo de maior sucesso evolutivo entre os répteis, pois foi o tipo craniano presente em todos os dinossauros, inclusive aqueles que originaram as Aves. Atualmente, este tipo ocorre em três Ordens: a) Sphenodontia: Ordem com apenas duas espécies de lagartos chamados de tuatara (Sphenodon), ocorrendo apenas em algumas ilhas na Nova Zelândia. b) Crocodylia: Ordem representada por 23 espécies atuais de jacarés e crocodilos. No Brasil, ocorrem 6 espécies de jacarés da Família Alligatoridae, não havendo nenhum representante das Famílias Crocodylidae e Gavialidae. c) Squamata: Maior Ordem atual de répteis, agrupados em três sub- ordens: Amphisbaenia (cobras de duas cabeças), Lacertilia (lagartos) e Serpentes (serpentes). Possuem crescimento determinado, hemipênis e escamas mais finas e delicadas que os demais répteis. Vale mencionar ainda que um outro tipo craniano presente nos répteis primitivos, o tipo SINAPSIDA (Fig. 2c), que possui apenas uma abertura temporal, foi também muito freqüente e originou todos os atuais Mamíferos. (a) Crânio Anapsida (b) Crânio Diapsida (c) Crânio Sinapsida Fig. 2: Principais tipos de aberturas temporais (Orr, 1978; modificado). Assim, podemos resumir a seguir, a caracterização taxonômica dos répteis: 2 Esta caracterização taxonômica foi estruturada há várias décadas e apresenta grande utilidade prática. No entanto, com o desenvolvimento da sistemática filogenética, que prioriza relações de parentesco em relação a similaridades eco-morfológicas, alguns Classe Reptilia Sub-Classe Anapsida: Ordem Testudines/Chelonia (cágados, tartarugas, jabutis). Sub-Classe Diapsida: Ordem Sphenodontia (tuatara) Ordem Crocodylia (jacarés e crocodilos)Ordem Squamata Sub-Ordem Amphisbaena (cobras-de-duas-cabeças) Sub-Ordem Lacertilia (lagartos) Sub-Ordem Serpentes dos nomes acima não são mais utilizados e as relações de parentesco entre estes animais e demais vertebrados estão resumidas no cladograma abaixo: Fig. 3: Cladograma mostrando as relações filogenéticas entre os tetrápodas atuais (Modificado de Pough et al., 2003). 3 2. Características Gerais 2.1. Esqueleto Aberturas temporais no crânio constituem a base da taxonomia do grupo: Anapsida (quelônios); Diapsida (lepidosauria, crocodilianos, dinossauros e aves); Sinapsida (mamíferos). Surgimento do palato secundário (céu da boca), que é desenvolvido em crocodilianos (Fig. 4), estruturado parcialmente nos quelônios e ausente nos squamata. Fig. 4: Esquema da cabeça de um Crocodylia, mostrando o palato secundário (P.S.). (Pough et al., 1998). O osso quadrado é solidamente fundido ao crânio em crocodilianos e quelônios. Em lagartos e serpentes (principalmente) o osso quadrado é móvel, permitindo uma maior abertura da boca (Fig. 5). Os dentes estão ausentes em quelônios, que possuem um “bico córneo” com capacidade cortante. Os demais répteis têm dentes e (exceto os Sphenodontia e alguns lagartos) são polifiodontes, ou seja, possuem várias gerações de dentes. A maioria possui homodontia, com alguns heterodontes (presas em serpentes). Fig. 5: Crânio de serpente mostrando movimentação do osso quadrado durante abertura da boca (Melgarejo, 2003; modificado). Quanto à implantação dentária (Fig. 6), apenas os crocodilianos são tecodontes (dentes em alvéolos); os demais possuem dentes acrodontes (implantados superficialmente sobre as maxilas), ou pleurodontes (lateralmente). Em serpentes a posição das presas define grupos taxonômicos. 4 A B C Fig. 6: Tipos de implantação dentária: Acrodonte (A), Pleurodonte (B) e Tecodonte (C). (Orr, 1978; modificado). Cada ramo mandibular é formado por vários ossos; em serpentes as duas metades da mandíbula são unidas por um ligamento frouxo, permitindo que se separem quando uma presa muito grande é ingerida. A coluna vertebral é fundida a placas dérmicas da carapaça em quelônios (Fig. 7). Em crocodilianos estas placas são menores e não se fundem, sendo chamados de osteodermos (Fig. 8), presentes também em alguns lagartos. Fig. 7: Vértebras e costelas fundidas às placas dérmicas da carapaça de um quelônio (Pough et al., 2003). Fig. 8: Osteodermos no dorso de um crocodiliano (Rue III, 1998). 2.2. Tegumento A pele é seca e recoberta por escamas, escudos ou placas córneas; ocorrem mudas periódicas por descamação (em pedaços) como nos lagartos, ou uma troca inteira, como em serpentes. Em cascavéis (gênero Crotalus), a cada muda de pele, ocorre deposição de um anel córneo na ponta da cauda, originando uma estrutura denominada “chocalho”. Os cromatóforos participam da estruturação da cor da pele dos répteis e têm função de proteção, dimorfismo sexual, alterações na época reprodutiva e mudanças de temperatura ou mesmo na muda. 2.3. Músculos Em relação ao sistema muscular, destaca-se a maior especialização dos músculos do tronco, permitindo ampla movimentação lateral, indispensável na locomoção; no entanto, em quelônios, apenas os músculos respiratórios e aqueles dos membros e cervicais são desenvolvidos. Em anfisbênios ocorre um tipo de movimentação chamado “locomoção sanfonada”, quando o animal se locomove enrugando e desenrugando o corpo, tanto para frente quanto para trás. O nome do grupo é uma alusão a este tipo de movimento: amphis = duplo + baen = caminhar. 5 2.4. Circulação O coração é tricavitário na maioria dos répteis (Fig. 9), com dois átrios e um ventrículo. Nos crocodilianos já se observa uma nítida separação entre os ventrículos, sendo o coração considerado tetracavitário (Fig. 10). Fig. 9: Esquema do coração de um réptil típico atual. AD = átrio direito; AE = átrio esquerdo; V = ventrículo (Romer, 1985; modificado). Fig. 10: Esquema do coração de um crocodiliano atual. AD = átrio direito; AE = átrio esquerdo; VD = ventrículo direito; VE = ventrículo esquerdo (Romer, 1985; modificado). Quelônios, crocodilianos e alguns lagartos podem fazer “desvios circulatórios”, ou seja, a emissão de sangue desoxigenado novamente para a circulação sistêmica, evitando o trajeto pulmonar e otimizando a termorregulação, o que aproveita o oxigênio residual do sangue, em momentos de apnéia (mergulho). 2.5. Digestão A maioria das espécies é carnívora, incluindo todas as serpentes e crocodilianos. No entanto, algumas são herbívoras como os lagartos Iguanidae e alguns jabutis em sua fase adulta. Grande parte das espécies possui glândulas orais para umedecer os alimentos: palatinas; labiais; linguais; sublinguais. As glândulas de Duvernoy e glândulas de veneno das serpentes têm origem nas glândulas labiais. Fig. 11: Provável processo de especialização da peçonha das serpentes. A=áglifa (glândula supralabial); B=opistóglifa (gl. de Duvernoy); C=proteróglifa (gl. de veneno); D=solenóglifa (gl. de veneno). (Melgarejo, 2003; modificado). A língua de crocodilianos e quelônios não é extensível, permanecendo sempre no interior da 6 cavidade bucal. Já nos camaleões verdadeiros (Chamaleonidae) a língua é protrátil e utilizada na captura de alimentos. Em alguns lagartos e serpentes, onde é bifurcada, tem também a função da captação de estímulos químicos (cheiro) até o órgão vomeronasal (ou “órgão de Jacobson”) que é a estrutura que interpreta tais estímulos. O estômago dos crocodilianos apresenta uma dilatação muscular que, como nas aves, recebe o nome de moela. 2.6. Respiração Répteis não possuem o músculo diafragma, e apenas os músculos costais e abdominais atuam na expiração e inspiração. Em quelônios a contração das vísceras empurra o pulmão para cima, realizando a expiração; o peso dos órgãos traciona o pulmão para baixo, expandindo suas câmaras e alvéolos. Serpentes e alguns lagartos possuem apenas o pulmão direito desenvolvido (nas serpentes Boidae os dois pulmões são desenvolvidos). Os anfisbenídeos têm apenas o pulmão esquerdo. Alguns quelônios aquáticos conseguem retirar pequenas quantidades de oxigênio da água, em atividade chamadas de “respiração cloacal” e “respiração faríngea”, realizadas pela cloaca e faringe, respectivamente. 2.7. Excreção Os rins dos répteis são metanéfrons. O ácido úrico é o principal componente da excreção. A bexiga urinária está presente apenas em quelônios e alguns lagartos. 2.8. Nervos e Sentidos Órgão vomeronasal: presente nas serpentes e alguns lagartos, é também chamado de Órgão de Jacobson; possui epitélio olfatório responsável pela interpretação das partículas de cheiro, capturadas pela língua bífida. Fig. 12: Esquema do órgão vomeronasal (OV) de uma serpente. Nervos do órgão o conectam ao lobo olfatório do cérebro. N=narina (Mattinson, 1995; modificado). A visão é desenvolvida. Em lagartos a acomodação visual ocorre por movimentação da forma do cristalino, e em serpentes por movimentação do cristalino em relação à retina. Alguns lagartos têm movimentação independente dos olhos: Chamaleonidae (camaleões verdadeiros) e Polychrus.Nas serpentes e alguns lagartos (Gekkonidae), as pálpebras são imóveis e estes animais nunca “fecham os olhos”. Os Tuatara, os 7 crocodilianos e os lagartos possuem membrana nictitante além das pálpebras. Alguns lagartos e os tuatara possuem olho pineal (ou olho parietal), estrutura fotorreceptora sob a pele na região dorsal da cabeça, com função de percepção de ritmos circadianos e tempo de exposição ao sol (Fig. 13). Em lagartos algumas escamas que recobrem o tímpano (Fig. 14) podem ser consideradas como um primitivo “ouvido externo”. O ouvido médio possui um osso (columela), que transmite as vibrações do tímpano ao ouvido interno. Serpentes, tuatara e alguns lagartos não apresentam ouvido externo. Os ossos da mandíbula transmitem as vibrações à columela. Órgãos termossensitivos estão presentes nas serpentes. Fossetas labiais (Fig. 15) são típicas de alguns Boidae e a fosseta loreal (Fig. 16) é exclusiva de alguns Viperidae. Ainda que emissão de sons não seja uma característica bem desenvolvida em répteis, os tuatara, crocodilianos, alguns quelônios e lagartos (Gekkonidae) podem emitir vocalizações. Fig. 13: Olho pineal (apontado pela seta) do lagarto Chalarodon madagascariensis (Foto: Brian Finch; modificada). Fig 14: Alguns lagartos possuem escamas que recobrem o tímpano (Foto: Roberto Murta; modificada). Fig. 15: Fossetas labiais da suaçubóia, Corallus hortulanus (Foto: Zoltan Takacs; modificada). Fig. 16: Fosseta loreal da cascavel, Crotalus durissus (Foto: Henrique C. Costa; modificada). 8 2.9. Reprodução Em todos os répteis ocorre a fecundação interna, sendo que os quelônios e crocodilianos machos apresentam uma estrutura copuladora única, protraída da cloaca, denominada pênis (Fig. 17); em Squamata (lagartos e serpentes), este órgão é duplo, emergindo como dois apêndices nas laterais da cloaca, sendo por isto denominado como hemipênis (Fig. 18). Os Sphenodontia não apresentam órgão copulador; as cloacas de macho e fêmea entram em contato e o esperma é transferido. Fig. 17: Pênis evertido de um crocodilo (Foto: Adam Britton). Fig. 18: Hemipênis direito e esquerdo de uma jararaca (Bothrops jararaca), evertidos (Foto: Henrique C. Costa). A grande maioria dos répteis é ovípara (todos os quelônios e crocodilianos); em serpentes e lagartos ocorrem espécies ovíparas e vivíparas. Na jararaca-ilhoa (Bothrops insularis) espécie que habita uma única ilha no litoral de São Paulo ocorrem fêmeas com um “hemiclítoris”, lembrando um hemipênis, o que levou esses indivíduos a serem considerados antigamente como “intersexos” ou “hermafroditas”. O cuidado parental é mais acentuado em crocodilianos. sendo este comportamento bastante complexo, envolvendo a construção de ninhos, e proteção ativa aos ovos e filhotes. Alguns Squamata fazem ninhos e incubam ovos, e pesquisas recentes têm demonstrado a presença de cuidado parental com os filhotes em alguns lagartos e serpentes. 2.10. Termorregulação Os répteis são considerados animais ectotérmicos, ou seja, dependem de calor externo para atingir a temperatura ideal, otimizar seus processos fisiológicos e realizar suas atividades diárias. Assim, atingem e mantém em grande parte do dia uma temperatura constante (relativa homeotermia), revezando o tempo de exposição direta ao sol com incursões a locais sombreados. Podem também se aquecer por convecção, ou seja, recebem o calor indireto de outras fontes, como a areia e rochas. 9 Mudanças de postura do corpo em relação ao sol e ao substrato, além de abertura da boca (ofegação) e alterações fisiológicas em determinadas partes do corpo como a vasodilatação e vasoconstrição são alternativas de termorregulação utilizadas pelos répteis. 2.11. Comportamentos Como mecanismos e modos de forrageio, destacam-se duas grandes táticas bem diferenciadas: a) os “predadores de espreita” (“senta e espera”) que são aqueles mais restritos na movimentação, utilizando a visão e velocidade para localizar e capturar suas presas, mantendo-se camuflados em habitats restritos; b) os “predadores ativos” apresentam grande mobilidade, raramente mantendo-se parados, conseguindo localizar suas presas através da captação dos estímulos químicos pela língua bífida. Em relação às serpentes, a captura e subjugação das presas ocorrem através da mordida da presa, que pode ser engolida ainda viva, morta por constrição, ou ainda, como tipo mais especializado, morta pela utilização da peçonha. 3.Aula Prática Caracterização Geral: Crocodilianos, Quelônios, Lagartos e Serpentes 3.1. Crocodilianos Jacarés e crocodilos são Diapsida Archosauria, incluídos na Ordem Crocodylia. Caracterizam-se por possuir crânio alongado com narinas terminais superiores com válvulas; palato secundário presente ("céu da boca"); dentição tecodonte ("dentes implantados em alvéolos"); dedos (5 anteriores e 4 posteriores) com membrana interdigital; coração tetracavitário; dilatação muscular no estômago (moela); todos ovíparos; apresentam cuidado parental; três Famílias atuais: Alligatoridae, Crocodylidae e Gavialidae (Fig. 19 A, B e C, respectivamente). Fig. 19: Morfologia geral da cabeça das três famílias de crocodilianos (Pough et al., 2003; modificado). 10 Gavialidae: Gavialis gangeticus; endêmico da Índia; focinho fino e alongado. Crocodylidae: crocodilos; ocorrem nos trópicos de 5 continentes; 4° dente mandibular é visível com boca fechada: Crocodylus, Tomistoma, Osteolaemus. Alligatoridae: jacarés; ocorrem nas Américas e China; 4° dente mandibular ajusta-se em uma cavidade da maxila e não é visível com boca fechada; 4 gêneros: Alligator não ocorre no Brasil; No Brasil ocorrem 6 espécies: Melanosuchus niger: jacaré-açú; até 5 metros; Amazônia; geralmente 18/18 dentes; Paleosuchus trigonatus: jacaré coroa; Amazônia; não atinge 2 metros; Paleosuchus palpebrosus: jacaré coroa; maior área de dispersão; bacias do Amazonas, São Francisco, Paraguai e Paraná; não atinge 2 metros; Caiman crocodilus: jacaretinga; não possui máculas mandibulares; Amazônia, Maranhão, Mato Grosso e Goiás; atinge pouco mais de 2 metros; Caiman yacare: jacaré do pantanal; possui máculas; atinge 2,5 metros; ocorre na Bacia do Paraguai nos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul; Caiman latirostris: jacaré do papo amarelo; pouco mais de 2 metros; focinho largo; Mata Atlântica do RS ao RN e bacias do São Francisco e Jequitinhonha; tolera águas salobras; ocupa preferencialmente lagoas e brejos evitam margem de rios. Atividades Práticas 1) Identifique o crânio Diapsida, típico dos crocodilianos e da maioria dos répteis. Diferencie as aberturas temporais das demais aberturas do crânio. 2) Diferencie jacaré de crocodilo nos animais e crânios apresentados. Cite as famílias, o nome comum e as espécies observadas em aula. 3.2. Quelônios Os quelônios (Chelonia ou Testudines) pertencem ao grupo dos Amniota e dos Anapsida; possuem o corpo envolto pela carapaça dorsal e pelo plastrão ventral. Apresentam 12 famílias no mundo com cerca de 300 espécies. No Brasil ocorrem 36 espécies em 8 famílias. São divididos em dois grandes grupos: Cryptodira (retração retilínea do pescoço; plastrão com 11 ou 12 placas córneas; 10 famílias no mundo e 5 no Brasil) e Pleurodira (retração lateral do pescoço; plastrão com 13 placas córneas; 2 famílias). 11 Atividades Práticas 1) Identifique e caracterizeo crânio Anapsida, típico dos quelônios; 2) Reconheça e assinale nos desenhos: tipos de retração do pescoço, bico córneo (sem dentes), tímpano, plastrão, ponte, carapaça, escudos ósseos, placas dérmicas da carapaça (vertebrais, costais, marginais, nucal) e do plastrão (gulares, intergular, peitorais, abdominais, etc.), cristas ou carenas, barbilhões, patas (com unhas, em forma de remo, colunares, etc.), cauda, cloaca. Fig. 20: Carapaça e Plastrão, com suas respectivas escamas. Ab=abdominal; An=anal; F=femoral; G=gular; M=marginais; N=nucal; Pe=peitoral; Pl=pleural; U=umeral; V=vertebral (Pough et al., 2003; modificado). 3) Com auxílio das chaves disponíveis, identifique as Famílias, gêneros e espécies dos quelônios apresentados. Cite as espécies brasileiras observadas. Chave para as Famílias de Chelonia do Brasil 1A. Retrai a cabeça lateralmente (Sub-Ordem Pleurodira) ................... 2 1B. Retrai a cabeça para trás (Sub- Ordem Cryptodira) ............................ 3 2A. C/ escama nucal ............. Chelidae 2B. S/ esc. nucal ..... Podocnemididae 3A. Patas com unhas .......................... 4 3B. Patas em forma de remo, sem unhas visíveis ...................................... 7 4A. Patas colunares; carapaça alta ........................................... Testudinidae 4B. Patas com membranas interdigitais ......................................... 5 5A. Com 3 cristas dorsais; plastrão articular móvel ............ Kinosternidae 5B. Uma única crista dorsal; sem plastrão móvel ..................................... 6 6A. Cabeça verde a marrom, com várias listras amarelas/alaranjadas ................................................. Emydidae 6B. Cabeça preta com duas listras vermelhas/amarelas .... Geoemydidae 7A. Carapaça com placas córneas .............................................. Cheloniidae 7B. Pele recobrindo carapaça; sem placas .......................... Dermochelydae 12 3.3. Lagartos e Anfisbênios Os lagartos pertencem ao grupo dos Diapsida Lepidosauria, incluíduos na Ordem Squamata e Sub-Ordem Lacertilia ou Sauria. Apresentam 4.700 espécies e 400 gêneros em 25 famílias. Possuem as mandíbulas fundidas na parte anterior; as pálpebras geralmente presentes e móveis; ducto auditivo externo geralmente presente; a maioria é ovípara; a maioria é carnívora insetívora, mas existem espécies herbívoras. No Brasil ocorrem 226 espécies em 10 famílias: Anguidae (cobras de vidro); Gekkonidae (lagartixas de parede); Gymnophtalmidae (lagartinhos do folhiço); Hoplocercidae (rabo de abacaxi); Iguanidae (iguana); Leiosauridae (“camaleões”); Scincidae (bribas); Teiidae (teiús); Tropiduridae (calangos de muro); Polychrotidae (“camaleões”). Os anfisbênios (cobras-de-duas- cabeças) são Diapsida Lepidosauria, atualmente incluídos na Ordem Amphisbaenia, com 165 espécies no Mundo. São subterrâneos, com “locomoção sanfonada”; aparecem ocasionalmente na superfície, geralmente após chuvas que inundam suas galerias; serpentiformes, sendo que as formas sul-americanas não possuem vestígios de membros. Sistemática do grupo baseia-se na disposição das escamas da cabeça, nas contagens dos anéis corporais e caudais, de segmentos por anel e de poros. No Brasil ocorrem 57 espécies, distribuídas pelas famílias: Amphisbaenidae (49 espécies; Amphisbaena (Fig. 21A) são as mais comuns; têm focinho arredondado); Rhineuridae (8 ssp; Leposternon (Fig. 21B); focinho em forma de pá). A B Fig. 21: Morfologia da cabeça de Amphisbaena (A) e Leposternon (B). (Fotos: Laurie Vitt). Atividades Práticas 1) Identifique e reconheça as famílias mais comuns de lagartos brasileiros. 2) Cite o nome comum dos lagartos observados e tente associá-los às famílias. 13 Chave simplificada para as principais famílias de Lagartos do Brasil 1A. Aspecto geral serpentiforme; membros anteriores ausentes, posteriores vestigiais ao lado da cloaca; textura lisa com aspecto brilhante metálico ............... Anguidae 1B. Presença de membros anteriores e posteriores ....................................... 2 2A. Pálpebras ausentes; ponta dos dedos alargada; face plantar e palmar dos dedos com lâminas transversais adesivas; pele fina, escamas diminutas com grânulos ........ .............................................. Gekkonidae 2B. Pálpebras presentes; dedos normais ................................................. 3 3A. Corpo alongado; membros anteriores e posteriores reduzidos; aspecto liso e metálico ...... Scincidae 3B. Membros normais, sem aspecto reduzido ................................................ 4 4A. Dorso da cabeça com escamas grandes e regulares (pareadas); língua bífida com função sensitiva; sem escamas quilhadas (aspecto liso) ..................................................... Teiidae 4B. Dorso da cabeça com escamas irregulares e pequenas; língua larga sem bifurcação terminal; com escamas quilhadas .............................. 5 5A. Com cristas vertebral e gular; grande porte ....................... Iguanidae 5B. Sem crista vertebral e gular ........................................... Tropiduridae 3.4. Serpentes As serpentes são derivadas dos lacertílios; são caracterizados pela perda de membros (às vezes vestigiais - esporões), não têm pálpebras móveis, não possuem ouvido externo. A mandíbula é composta por duas peças ósseas ligadas anteriormente apenas por um ligamento frouxo, fato este que, aliado ao crânio bastante articulado e a pele muito elástica da maioria das espécies, e a ausência do osso esterno, permite a deglutição de presas muito grandes. A dentição das serpentes caracteriza os principais grupos e famílias. No Brasil, os tipos de existentes são (Fig. 22): Áglifo: sem presas para inoculação de peçonha; dentes iguais. Opistóglifo: com dentes para inoculação de peçonha localizados no fundo da boca. Proteróglifo: dentes inoculadores imóveis na parte anterior da boca. Solenóglifo: dentes inoculadores móveis e robustos localizados na parte anterior da boca. 14 Dentição Áglifa Dentição Proteróglifa Dentição Opistóglifa Dentição Solenóglifa Fig. 22: Tipos de dentição das serpentes brasileiras (FUNED, 2005). Atualmente são reconhecidas, no mundo, cerca de 3.000 espécies distribuídas em 20 famílias. No Brasil são reconhecidas cerca de 336 espécies distribuídas em 9 famílias. 5 famílias correspondem a ofídios bastante raros, geralmente subterrâneos, e de difícil encontro; são elas: Aniliidae: Uma única espécie, Anilius scytale; rara; hábitos subterrâneos; ocorre no norte (Amazônia) e centro-oeste do Brasil. Coloração semelhante às corais (anéis vermelhos e pretos). Anomalepididae: 2 gêneros no Brasil (Liotyphlops e Typhlophis). Ofídios raros, vermiformes, também de hábitos subterrâneos. Leptotyphlopidae: Com 1 gênero (Leptotyphlops) e 12 espécies no Brasil. Também são vermiformes e de hábitos subterrâneos. Typhlopidae: Ofídios pequenos, constituição primitiva, aspecto lumbricóide e hábitos subterrâneos. Um gênero (Typhlops) e 6 espécies. Tropidopheidae: Conhecidas no Brasil por uma espécie, Tropidophis paucisquamis, serpentes de pequeno porte e arborícolas, que ocorre na Mata Atlântica da Bahia ao Paraná. As outras quatro famílias representam a grande maioria dos ofídios brasileiros: Boidae: Áglifos, 8 espécies no Brasil; compreendem ofídios de grande corpulência e comprimento; apresentamvestígios de membros posteriores (esporões); escamas diminutas no topo da cabeça; não possuem fosseta loreal; espécies arborícolas, aquáticas e terrestres; constritoras; vivíparos. No Brasil: 15 Boa constrictor (jibóia), Corallus caninus (periquitambóia), C. hortulanus (suaçubóia), Epicrates cenchria (salamanta), E. murinus (sucuri verde), E. notaeus (sucuri amarela); Eunectes deschauenseei (sucuri de De Schauensee). Elapidae: Proteróglifos; dentes anteriores fixos, abertura da boca limitada, não "dão bote", fossoriais. 2 gêneros no Brasil: Leptomicrurus (3 espécies raras da Amazônia) e, Micrurus (“cauda curta”; mais de 20 ssp.); são as corais verdadeiras; espécies do sudeste do Brasil (ex: Micrurus frontalis; M. lemniscatus; M. corallinus) possuem padrão de colorido envolvendo as cores vermelho, preto e branco/ amarelo; anéis completos (dão a volta no corpo todo); têm olhos reduzidos. Colubridae: maior e mais diversificada família de serpentes; aproximadamente 1.600 espécies no mundo e 250 espécies no Brasil; áglifas ou opistóglifas; ovíparas ou vivíparas; não possuem fosseta loreal; podem ser fossoriais, arborícolas, aquáticas (dulcícolas) ou terrestres; dieta variada; exemplos: boipeva (Waglerophis); mussurana (Clélia e Boiruna); jaracussu do brejo (Mastigodryas); cipó (Philodryas); dormideira (Sibynomorphus); falsas corais (Erythrolamprus, Oxyrhopus, Simophis); cobra-dágua (Helicops); caninana (Spilotes), etc. Viperidae: Cerca de 27 espécies no Brasil; todas possuem fosseta loreal, não encontrada em nenhuma outra família. Dentição solenóglifa, presas canaliculadas. Compreendem os ofídios peçonhentos de maior importância médica no país. Quatro gêneros ocorrem no sudeste do Brasil: Crotalus durissus (cascavel; chocalho característico na ponta da cauda), Lachesis (surucucu-pico-de- jaca; maior cobra peçonhenta brasileira; ponta da cauda com escamas eriçados; Mata Atlântica e Amazônia), Bothrops (jararacas; Bothrops araraca (jararaca comum), B. jararacussu (jararacussu) B. alternatus (urutu), B. neuwiedii (jararaca pintada); B. moojeni (caissaca; jararaca do cerrado), etc); Bothriopsis bilineata (jararaca verde; esverdeada, arborícola, cauda semi-preênsil). j Atividades Práticas 1) Com auxílio da chave e com base nas características informadas acima, reconheça a família das serpentes apresentadas (cite o nome comum). 2) Distingüa e reconheça os gêneros de Viperidae; cite o nome comum e demais características diagnósticas. 3) Diferencie as corais falsas (Colubridae) das corais verdadeiras (Elapidae - Micrurus). Desenhe o padrão de colorido das falsas corais. Reconheça as dentições das serpentes observadas. 16 Chave simplificada para as principais Famílias de Serpentes do SE do Brasil 1A. Escamas ventrais não diferenciadas das dorsais ................... Fig. 24: Escamas irregulares no topo da cabeça (Campbell & Lamar, 2004). Anomalepididae - Leptotyphlopidae - Typhlopidae 1B. Escamas ventrais diferenciadas das dorsais ........................................... 2 2A. Com fosseta loreal ..... Viperidae Fig. 25: Escamas regulares no topo da cabeça (Campbell & Lamar, 2004). 2B. Sem fosseta loreal ................... 3 Chave para os principais gêneros de Viperidae 3A. Escamas do topo da cabeça irregulares (Fig. 24) ................ Boidae 3B. Escamas do topo da cabeça regulares (Fig. 25) ............................. 4 1A. Ponta da cauda com chocalho (Fig. 26B) ............ Crotalus (cascavel) 1B. Ponta da cauda normal, sem chocalho ................................................ 2 4A. Cauda curta e romba; olhos pequenos (diâmetro ocular pode ser inserido entre borda inferior do olho e lábio superior); coloração com anéis completos em volta do corpo, os pretos em número ímpar entre os vermelhos; dentição proteróglifa ...... .............................. Elapidae (Micrurus) 2A. Escamas com grânulo central; escamas terminais da cauda eriçadas (Fig. 26C); padrão de desenho com triângulos com vértice ventral (V) (Fig. 23A) .......... Lachesis (surucucu) 2B. Escamas quilhadas; ponta da cauda normal (Fig. 26A); padrão de desenho com triângulos com vértice dorsal (Λ) (Fig. 23B) ........... Bothrops (jararacas) 4B. Sem padrão de coloração “coral” ............................................... Colubridae 4C. Com padrão “coral”, olhos grandes, cauda afilada e longa ............ ............................................... Colubridae (A) (B) Fig. 23: Padrão de desenho geral em Lachesis (A) e Bothrops (B). Fotos: H. C. Costa. Fig. 26: Cauda de Bothrops (A), Crotalus (B) e Lachesis (C). (Melgarejo, 2003; modificado). 17 4.Referências Bibliográficas BRITTON, A. (2007). Crocodilians: Natural History and Conservation. Disponível em: www.flmnh.ufl.edu/natsci/herpetology/britt oncrocs/cnhc.html. Acessado em 05/ 2007 CAMPBELL, J. A. & W. W. LAMAR. (2004). The Venomous Reptiles of the Western Hemisphere. Cornell University Press, Ithaca. 1032p. ENRST, C. H.; ALTERNBURG, R. G. M.; BARBOUR, R. W. (1997). Turtles of the World. Disponível em: http://ip30.eti.uva.nl/bis/turtles.php?menue ntry=inleiding#. Acessado em 05/2007. FRANCO, F. L. (2003). Origem e Diversidade das Serpentes. In: CARDOSO, J.L.C.; FRANÇA, F.O.S.; WEN, F.H.; MÁLAQUE, M.S.; HADDAD Jr. (Org.). Animais peçonhentos no Brasil - Biologia, Clínica e Terapêutica. São Paulo, v. 468 p. FUNDAÇÃO EZEQUIEL DIAS [FUNED] (2005). Animais Peçonhentos. 1ª ed. Belo Horizonte. 18p. GRANTSAU, R. (1991). As cobras venenosas do Brasil. 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Smithsonian Herpetological Information Service 70: p. 1-25. * Ilustrações da capa e sub-itens extraídos de Pough et al., 2003 18 1. Introdução 2. Características Gerais 2.1. Esqueleto 2.2. Tegumento 2.3. Músculos 2.4. Circulação 2.5. Digestão 2.6. Respiração 2.7. Excreção 2.8. Nervos e Sentidos 2.9. Reprodução 2.10. Termorregulação 2.11. Comportamentos 3.Aula Prática Caracterização Geral: Crocodilianos, Quelônios, Lagartos e S 3.1. Crocodilianos 3.2. Quelônios Atividades Práticas Chave para as Famílias de Chelonia do Brasil 3.3. Lagartos e Anfisbênios Chave simplificada para as principais famílias de Lagartos d 3.4. Serpentes Chave simplificada para as principais Famílias de Serpentes Chave para os principais gêneros de Viperidae 4.Referências Bibliográficas
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