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Profa. Maria Augusta Lima Siqueira 
Roteiro de estudo – BAN 100
Reino Protista 
Os organismos pertencentes ao Reino Protista eram, no passado, conhecidos como animálculos ou infusórios e considerados como “os primeiros animais” (proto= primeiro e zoa= animal). Atualmente sabe-se, entretanto, que os protozoários não são animais. Estes organismos são definidos como indivíduos eucariotos, unicelulares, que não apresentam as células organizadas em tecidos semelhantes aos das plantas, animais ou fungos. Existem cerca de 90.000 espécies descritas, mas estima-se que o número de espécies desconhecidas seja muito maior do que das espécies descritas. O Reino constitui um grupo de organismos abundante, diversificado e com habitats e hábitos de vida muito diferentes. Existem espécies de vida-livre e parasitas. Há uma grande variedade de formas, funções e estratégias de sobrevivência no Reino. 
As espécies de vida-livre habitam os ambientes de água doce, marinho ou terrestre. As espécies de vida-livre podem ser solitárias, coloniais ou viverem associadas a outros organismos (espécies mutualistas ou comensais). As espécies parasitas utilizam vários animais como hospedeiros. Muitos protozoários são importantes parasitas de humanos e de animais domésticos, apresentando portanto importância médico-veterinária e econômica. Os protistas podem ser autotróficos ou heterotróficos e realizaram respiração aeróbica ou anaeróbica, dependendo da espécie. 
As principais características dos protistas são: 
• A maioria é microscópica: o tamanho é limitado porque eles não possuem um mecanismo de circulação corporal eficiente. 
• O corpo é limitado pela membrana celular. 
• Em espécies de água-doce, é comum a ocorrência de vacúolos contráteis, que acumulam o excesso de água que penetra no organismo, para posterior liberação. 
• Em várias espécies há organelas de defesa denominadas tricocistos, que portam substâncias tóxicas utilizadas também na predação. 
• O material genético da célula se concentra no núcleo, que é envolto por uma membrana nuclear (são eucariotos). 
• A nutrição varia enormemente entre os grupos. Pode ser realizada por meio de fagocitose ou pinocitose, como ocorre nas amebas, que utilizam os pseudópodes (projeções citoplasmáticas das células) para capturarem o alimento. A suspensívoria também é comum, principalmente nos ciliados, que possuem uma “boca celular” (citóstoma) por onde o alimento é ingerido. A digestão ocorre nos vacúolos alimentares e as excretas são liberadas por um poro denominado citoprocto. 
• As estratégias de reprodução também são muito variáveis. Há reprodução sexuada (ex: conjugação) e assexuada (ex: fissão binária). 
• As organelas locomotoras podem ser cílios, pseudópodes ou flagelos. Algumas espécies são imóveis, vivendo fixas a um substrato ou no interior dos corpos dos hospedeiros. 
Dentre as inúmeras espécies parasitas, os ciclos de vida são muito variáveis entre as espécies do grupo. Há espécies que necessitam de um ou mais hospedeiros intermediários para completarem o ciclo de vida, enquanto outras possuem apenas um hospedeiro. Esses organismos parasitam vários grupos de animais. Em humanos, os protozoários podem causar diversas doenças, algumas mencionadas abaixo. 
1) Tripanossomíase (Doença de Chagas): 
Causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, a doença de Chagas é transmitida por besouros dos gêneros Triatoma, Rhodnius e Panstrongylus. Ao picarem pessoas sadias, os besouros contaminados defecam próximo ao local da picada. As fezes destes insetos contêm formas infectantes de T. cruzi, que ao entrarem em contato com o ferimento do local da picada, caem na corrente sanguínea do hospedeiro. A doença causa uma diminuição da atividade cardíaca. Portanto, a profilaxia da tripanossomíase envolve o combate ao inseto vetor e a utilização de moradias adequadas, que não possam fornecer abrigo ao barbeiro. 
2) Amebíase e giardíase: 
Com transmissão fecal-oral, estas doenças podem ser adquiridas por meio do contato com água e alimentos contaminados. Os sintomas são dores abdominais, diarréia e vômitos. A Entamoeba histolytica e a Giardia lamblia são parasitos com alta prevalência. As medidas profiláticas consistem no consumo de água filtrada ou fervida e de alimentos bem higienizados, especialmente se consumidos crus. Medidas de higiene como lavar as mãos adequadamente e dar um destino adequado às fezes também são importantes. 
3) Toxoplasmose: 
O Toxoplasma gondii pode ser transmitido aos humanos por meio do contato com fezes de gato, água ou alimentos contaminados. Geralmente, em indivíduos adultos não causa sintomas graves. Porém, fetos cujas mães têm contato com o protozoário durante a gestação podem sofrer deformidades. O abortamento também pode ser causado em mães contaminadas durante a gravidez. Portanto, a profilaxia envolve a ingestão de alimentos (carne e ovos) bem cozidos, boa higienização dos alimentos consumidos crus e restrição ao contato com gatos, especialmente por parte das mulheres grávidas. 
4) Malária: 
Diversas espécies de Plasmodium podem causar malária, doença transmitida pela picada de pernilongos do gênero Anopheles. Dentre os sintomas estão febres recorrentes, vômitos, náusea, sudorese, rompimento das hemácias, anemia, escurecimento do sangue e da urina. A doença pode ser letal. O ciclo de vida do parasita é muito complexo, envolvendo alternância entre fases assexuada e sexuada. A prevenção consiste na utilização de mosquiteiros, combate ao mosquito transmissor e tratamento dos doentes. Viagens a locais onde há alta prevalência do parasito devem ser evitadas.

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