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unesp Faculdade de Engenharia - Câmpus de Ilha Solteira Departamento de Matemática UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "Júlio de Mesquita Filho" Cálculo Diferencial e Integral II: 2 O Semestre de 2013 - Mecânica Roteiro 9: Fórmula de Taylor Objetivo: Efetuar a aproximação de uma função usando a fórmula de Taylor. 1. Aproximação local de uma função diferenciável por uma função afim. Seja f uma função derivável em xo e seja T dada por: )xx)(x(f)x(f)x(T ooo . O gráfico de T é a reta tangente ao gráfico de f em (xo, f(xo)). Figura 1: O gráfico da função T. Para cada x do domínio de f, seja E(x) o erro que se comete na aproximação de f(x) por T(x). Então, )xx)(x(f)x(f)x(f ooo + E(x), x domf. Para x 0, tem-se que: )x(f xx )x(f)x(f xx )x(E o o o o e 0 xx )x(E lim o xx o . Assim, quando x xo, o erro E(x) tende a zero mais rapidamente que x - xo. xo x f(xo) T(x) f(x) E(x) T(x) 2 Pode-se provar que a função )xx)(x(f)x(f)x(T ooo é a única função afim que goza da propriedade de o erro E(x) tender a zero mais rapidamente que x - xo. Daí segue que, se f for derivável em xo, )xx)(x(f)x(f)x(T ooo é a melhor função afim que melhor aproxima localmente a f em volta de xo.Como T é uma função polinomial de grau no máximo 1, segue que T é o polinômio de grau no máximo 1 que melhor aproxima localmente a f em volta de xo. Note que: (1) f(xo) = T(xo); (2) )x(T)x(f oo . Definição: O polinômio )xx)(x(f)x(f)x(P ooo é dito polinômio de Taylor de ordem 1 de f em volta de xo. Teorema: Seja f derivável até a 2 a ordem no intervalo I e sejam x, xo I. Então, existe pelo menos um número c no intervalo (x, xo) tal que: f(x)= f(xo)+ )x(x 1! )(x f o o + 2 o )x(x 2! (c) f . Note pelo teorema, que existe um número c no intervalo (x, xo) tal que: f(x)= P(x) + E(x). Exemplo: Seja f derivável até a 2 a ordem no intervalo I e seja xo I. Suponha que existe M > 0 tal que M)x(f para todo x I. Prove que para todo x em I, 2 oxx 2 M )x(P)x(f . Resolução: Pelo teorema, existe c no intervalo (x, xo) tal que: )x(P)x(f = 2 o )x(x 2! (c) f = 2 o )x(x(c) f 2 1 ≤ 2 oxx 2 M . Observação: A aproximação feita anteriormente pode ser feita considerando-se a função f derivável até a ordem n no intervalo I. E(x) 3 Definição: Um polinômio de grau n é uma função da forma f(x) = an x n + an-1 x n-1 + ......+ a1 x +a0, sendo ai é um número real, an 0, e os expoentes são inteiros não negativos. Os polinômios são as funções mais simples para o cálculo, no sentido que seus valores podem ser obtidos empregando-se apenas adições e multiplicações de números reais. Para o calculo de valores de funções logarítmicas, exponenciais, trigonométricas, e outras funções transcendentes, são necessárias operações mais complicadas. Às vezes, é possível a obtenção de aproximações dos valores por meio de polinômios. Por exemplo, como 1 x senx lim 0x , se x é pequeno, sen x x, isto é, o valor da função seno e quase o mesmo que o valor do polinômio x. Diz-se que sen x pode ser aproximado pelo polinômio x (desde que x esteja próximo de 0). Existem vários métodos de aproximação de uma dada função por polinômios. Um dos métodos mais usado é aquele que envolve a fórmula de Taylor (devido ao Matemático Brook Taylor 1685-1731). Definição: Seja f derivável até a ordem n no intervalo I e seja xo I. O polinômio P(x) = f(xo) + )x(x 1! )(x f o o + 2 o o )x(x 2! )(x f + ...+ n o o (n) )x-x( n! )(xf é o polinômio de Taylor, de ordem n, de f em volta de xo. Se xo = 0, o polinômio de Taylor é dito polinômio de Mac-Laurin, de orden n, de f. Prova-se que o polinômio de Taylor, de ordem n, de f em volta de xo, é o único polinômio de grau no máximo n que aproxima localmente f em volta de xo, de modo que o erro E(x) tenda a zero mais rapidamente que (x - xo) n , quando x xo. Teorema: Seja f uma função tal que f e suas n primeiras derivadas sejam contínuas no intervalo fechado [a, b]. Além disso, f (n+1) (x) exista para todo x no intervalo aberto (a, b). Então, existe um número c no intervalo (a, b) tal que: f(x)= f(xo) + )x(x 1! )(x f o o + 2 o o )x(x 2! )(x f + ...+ n o o (n) )x-x( n! )(xf + 1n o 1)(n )x-x( !1n (c)f Observações: (a) A função f(x) = f(xo) + )x(x 1! )(x f o o + 2 o o )x(x 2! )(x f + ...+ n o o (n) )x-x( n! )(xf + 1n o 1)(n )x-x( !1n (c)f , dada pelo teorema anterior é dita fórmula de Taylor de f(x) em torno do ponto xo; 4 (b) Quando n = 0 na fórmula de Taylor, tem-se que: f(x)= f(xo) + )x(x 1! (c) f o , ou seja, o o xx )f(xf(x) (c)f . Este é o Teorema do Valor Médio. (c) Podemos escrever a Fórmula de Taylor como f(x) = Pn(x) + E(x) sendo: P(x) = f(xo) + )x(x 1! )(x f o o + 2 o o )x(x 2! )(x f + ...+ n o o (n) )x-x( n! )(xf , E(x) = 1n o 1)(n )x-x( !1n (c)f . E(x) é dito o Resto e também Forma de Lagrange do Resto. Exemplo: Determine o polinômio de Taylor de ordem 4, de f(x) = e x em volta de x = 0. Problema 1: (a) Determine o polinômio de Taylor, de ordem 1, de f(x) = lnx em volta de xo = 1; (b) Avalie ln1,003. Problema 2: Determine os polinômios de Taylor de ordem 1 e 2, de f(x) = e x em volta de x = 0. Esboce os gráficos de f e dos polinômios. Problema 3: Encontre o polinômio de Taylor de grau n de f(x) = e x em torno de xo = 0. Problema 4: (a) Encontre o polinômio de Taylor de terceiro grau da função cos-seno em 4 e a forma de Lagrange para o resto; (b) Calcular um Valor aproximado de cos47 e determine a precisão do resultado; (c) Use um polinômio de Taylor para encontrar um valor de e com uma precisão de quatro decimais . Problema 5: Seja x1 1 )x(f . Mostre que P(x) = 1 + x + x 2 é o polinômio de Taylor, de ordem 2, de f em torno de xo = 0. Esboce o gráfico de f e dos polinômios.
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