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INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE A´lgebra em projetos de estruturas meta´licas Luzerna SC, Brasil 2015 INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE A´lgebra em projetos de estruturas meta´licas Jonas Ciello, Josue´ Rampon, Maicon Zago, Michael Ferreira e Robson Zamboni Semina´rio sobre utilizac¸o˜es da a´lgebra dentro da engenharia mecaˆnica Luzerna SC, Brasil 2015 Resumo No nosso cotidiano, presenciamos diversas aplicac¸o˜es da a´lgebra que muitas vezes passa por despercebido. Pore´m, uma aplicac¸a˜o que na˜o podemos fazer vista grossa e muito menos deixar de lados os ca´lculos, e´ a aplicac¸a˜o em es- truturas meta´licas. Hoje na engenharia mecaˆnica essa aplicac¸a˜o torna-se a mais visada pelos formados, devido a alta demanda de execuc¸a˜o de servic¸o e consequentemente a remunerac¸a˜o que se torna alta, devido a` complexidade de certas estruturas e ma˜o de obra aplicada, incluindo trabalho manual unido com um bom maquina´rio, para realizar uma obra com sucesso. Tendo em vista a aplicac¸a˜o do nosso trabalho, vemos que nossa estrutura vai muito ale´m apenas da a´lgebra. Na construc¸a˜o de estruturas meta´licas deve-se levar muito em conta a aplicac¸a˜o da f´ısica, devido a forc¸as que ali sera˜o aplica- das, forc¸as que devem estar em equil´ıbrio e a que quantidade de peso essa estrutura podera´ suportar. Para os amantes da matema´tica, em espec´ıfico da a´lgebra, a soluc¸a˜o pode estar aqui. Hoje, a construc¸a˜o de estruturas pode ser totalmente resolvida e calculada apenas com a teoria da a´lgebra. Conse- guindo o escalonamento de matrizes, sua invers´ıvel e aplicando multiplicac¸a˜o entre elas pode-se deixar de lado a f´ısica pura, tendo sucesso com a realizac¸a˜o de ca´lculos atrave´s de matrizes. Tendo como suas principais vantagens maior a´rea u´til, compatibilidade com outros materiais, menor prazo de entrega da obra, garantia de qualidade, reciclabilidade, preservac¸a˜o do meio ambiente, 1 precisa˜o construtiva entre outras. Quanto ao enfoque teo´rico sera˜o enfati- zadas questo˜es em relac¸a˜o a aplicac¸a˜o da a´lgebra sobre as vantagens que as estruturas podem trazer em construc¸o˜es meta´licas. PALAVRAS CHAVES: Estruturas - Matrizes - Equil´ıbrio - F´ısica Suma´rio 1 A´lgebra e Sistemas lineares 6 1.1 Definic¸a˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 1.2 Matrizes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 1.3 Matriz Linha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 1.4 Matriz Coluna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 1.5 Matriz Quadrada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 1.6 Matriz nula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 1.7 Matriz Identidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 1.8 Matriz Transposta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 1.9 Matriz Sime´trica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 1.10 Matriz Invers´ıvel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 1.11 Propriedades alge´bricas das matrizes . . . . . . . . . . . . . . 9 1.12 Multiplicac¸a˜o de matrizes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 1.13 Determinante de uma matriz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 1.14 Operac¸o˜es elementares sobre as matrizes . . . . . . . . . . . . 10 1.15 Escalonamento de uma matriz . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 2 F´ısica envolvida nos ca´lculos 12 2.1 Equil´ıbrio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 2.2 Equil´ıbrio esta´tico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 3 2.3 Equil´ıbrio dinaˆmico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 2.4 Torque . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 2.5 Forc¸a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 2.6 Forc¸a Gravitacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 2.7 Forc¸a Normal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 3 Desenvolvimento 16 4 Conclusa˜o 23 5 Refereˆncias bibliogra´ficas 25 4 Introduc¸a˜o Demonstrar atrave´s de estudos detalhados sobre a´lgebra linear aplicac¸o˜es dentro da a´rea de engenharia mecaˆnica. Onde iremos mostrar a utilizac¸a˜o de matrizes para projetar uma estrutura que sera´ a base de um guindaste utilizado para erguer uma carga. Atrave´s das matrizes iremos descobrir se a estrutura suporta a carga a ser suspensa, sendo que o ca´lculo sera´ com base na forc¸a exercida em cada no´ da estrutura meta´lica. Se ela na˜o suportar a carga, deve-se fazer mudanc¸as nos aˆngulos para aumentar a resisteˆncia ao torque exercido pela carga. 5 Cap´ıtulo 1 A´lgebra e Sistemas lineares 1.1 Definic¸a˜o A a´lgebra linear e´ o ramo da matema´tica que estuda os espac¸os vetoriais, ou espac¸os lineares, ale´m de func¸o˜es lineares que associam vetores entre dois espac¸os vetoriais. Espac¸os vetoriais sa˜o uma generalizac¸a˜o do espac¸o <3 co- tidiano e de senso comum onde vivemos, com dimenso˜es tais como largura, altura e profundidade. 1.2 Matrizes Uma matriz mxn e´ uma tabela na qual os elementos sa˜o dispostos em linha (m) e colunas (n). Temos as matrizes quadradas e as retangulares. Uma matriz e´ representada por: 6 a11 a12 ... a1n a21 a22 ... a2n : am1 am2 ... amn 1.3 Matriz Linha E´ uma matriz que so´ possui uma linha, a matriz compreende a ordem A1xn. Por exemplo: [ a11 a12 ... a1n ] 1.4 Matriz Coluna E´ uma matriz que so´ possui uma coluna, a matriz compreende a ordem Bmx1. Por exemplo: a11 a21 a31 : am1 1.5 Matriz Quadrada Chamamos matriz quadrada de ordem n uma matriz em que o nu´mero de linhas e´ igual ao de colunas. Exemplo: a11 a12 a21 a22 7 1.6 Matriz nula E´ uma matriz quadrada onde todos os seus elementos sa˜o iguais a zero. Exemplo: 0 0 0 0 1.7 Matriz Identidade E´ uma matriz diagonal onde os elementos da diagonal principal sa˜o iguais a unidade, ou seja: 1 0 0 0 1 0 0 0 1 1.8 Matriz Transposta A transposta da matriz A mxn e´ denotada por At, onde as linhas da matriz A va˜o se transformar nas colunas da At. 1.9 Matriz Sime´trica Dizemos que uma matriz e´ sime´trica quando: aij = aj i para todo i, j 8 1.10 Matriz Invers´ıvel Uma matriz e´ chamada de invers´ıvel ou na˜o singular se e somente se seu determinante e´ diferente de zero, por isso uma matriz so´ pode ser invers´ıvel se for uma matriz quadrada com determinante diferente de zero e e´ repre- sentada pelo nu´mero -1 sobrescrito ao nome da matriz. 1.11 Propriedades alge´bricas das matrizes • A+B = B+A • A+(B+C)=(A+B)+C • A+0 = 0 • A-A = 0 Multiplicac¸a˜o por escalar: Se Am× ne´ uma matriz e k e´ um nu´mero (um escalar) enta˜o: (k×A)ij = kAij. 1.12 Multiplicac¸a˜o de matrizes Dadas as matrizes Am× n e´ Bn× p(notando portanto que B tem um nu´mero de linhas igual ao nu´mero de colunas de A) definimos o produto de A por B da seguinte forma: 9 Isto significa que o elemento da i-e´sima linha e j-e´sima coluna e´ obtido pela soma dos produtos de elementos da i-e´sima linha de A com a j-e´sima coluna de B. O produto e´ a matriz AB de dimenso˜es n× p. Alguns exemplos servira˜o para esclarecer este procedimento. No entanto e´ u´til compreender a operac¸a˜o indicada simbolicamente pelo somato´rio acima. 1.13 Determinante de uma matriz E´ dado pelo valor nume´rico que resulta da subtrac¸a˜o entre a somato´ria do produto dos elementos da diagonal principal e do somato´rio do produto da diagonal secunda´ria. Para o ca´lculo de determinantes de matrizes quadradas de ordem menor ou igual a 3 , temos algumas regras pra´ticas para realizar estesca´lculos. Entretanto, a matriz precisa ser quadrada e de ordem maior ou igual a treˆs. 1.14 Operac¸o˜es elementares sobre as matrizes • Troca de linhas dentro da mesma matriz; • Multiplicac¸a˜o de uma linha por um nu´mero diferente de 0; • Substituic¸a˜o de uma linha pela sua soma com outra linha da matriz; • Substituic¸a˜o de uma linha pela sua soma com um mu´ltiplo doutra linha da matriz; 1.15 Escalonamento de uma matriz Uma matriz e´ escalonada (ou reduzida a` forma escada) se o primeiro 10 elemento de cada linha e´ 1. Cada coluna que possui um elemento guia de alguma das linhas conte´m todos os demais elementos nulos. O guia de cada linha ocorre em colunas progressivas, linhas nulas ocorrem abaixo de todas as demais. 11 Cap´ıtulo 2 F´ısica envolvida nos ca´lculos 2.1 Equil´ıbrio Um determinado corpo esta´ em equil´ıbrio quando sua somato´ria de todas as forc¸as que atuam sobre ele for nula, ou seja, igual a zero. De acordo com a Primeira Lei de Newton, quando a resultante das forc¸as que atuam sobre um corpo e´ nula, o corpo permanece em seu estado de repouso ou em movimento retil´ıneo uniforme. Portanto, um objeto em equil´ıbrio pode estar em repouso ou em movimento retil´ıneo uniforme. O equil´ıbrio pode ser classificado como: • Equil´ıbrio esta´tico: Quando o objeto esta´ em repouso; • Equil´ıbrio dinaˆmico: Quando o corpo esta´ em movimento retil´ıneo uniforme. 2.2 Equil´ıbrio esta´tico Sa˜o forc¸as que atuam sobre um determinado corpo que esta´ em repouso de modo que a resultante dessas forc¸as tenha mo´dulo igual a zero. Ou seja, 12 qualquer corpo estara´ parado em relac¸a˜o a um ponto referencial se, somente se, as resultantes das forc¸as aplicadas sobre ele forem nulas. 2.3 Equil´ıbrio dinaˆmico Estado em que um determinado corpo que se encontra em movimento retil´ıneo e uniforme. Com esta´ situac¸a˜o a resultante de todas as forc¸as que atuam sobre este corpo sera´ igual a zero. 2.4 Torque E´ uma grandeza f´ısica que inclui um mo´dulo, uma direc¸a˜o e o sentido da forc¸a aplicada e tambe´m a distaˆncia do ponto de aplicac¸a˜o ate´ o eixo. Essa grandeza que governa o movimento de rotac¸a˜o de um corpo extenso do mesmo modo que a forc¸a e´ a grandeza que governa o movimento de translac¸a˜o ou seja torque nada mais e´ que uma ac¸a˜o de girar ou torcer um corpo em torno de um eixo de rotac¸a˜o. 2.5 Forc¸a Chama-se forc¸a um agente capaz de modificar o estado de repouso ou de movimento de um determinado corpo. Um exemplo de forc¸a que podemos dar e´ nosso cotidiano, parando para perceber que forc¸a esta´ presente em va´rias ac¸o˜es do nosso dia a dia, erguendo uma caixa, empurrando uma cadeira, ou ate´ mesmo tirando um caderno da mochila. A forc¸a e´ uma grandeza vetorial e possu´ı va´rias caracter´ısticas, como: • Mo´dulo que e´ a intensidade da forc¸a aplicada; 13 • Direc¸a˜o que e´ reta ao longo da qual ela atua; • Sentido e´ dizer para que lado da reta vista o esforc¸o foi feito: esquerda, direita, norte, sul, leste, oeste. Dentro da forc¸a existe a parte que estuda o movimento dos corpos e seus motivos, no qual chamamos de dinaˆmica, em relac¸a˜o as forc¸as que atuam sobre um corpo em repouso, chamamos de esta´tica. A Esta´tica e´ uma parte da F´ısica que estudam sistemas sob a atuac¸a˜o das forc¸as que se equilibram, vemos que a partir da segunda Lei de Newton, tal sistema possui acelerac¸a˜o nula. E em relac¸a˜o a primeira Lei de Newton, todas as partes desses sistemas esta˜o em equil´ıbrio. 2.6 Forc¸a Gravitacional Com uma tentativa de entender o movimento planeta´rio, Isaac Newton se baseou no modelo helioceˆntrico de Nicolau Cope´rnico. Observando o mo- vimento dos planetas Newton apresentou um motivo, no qual o movimento dos planetas era baseado em uma atrac¸a˜o ente os corpos. Ele afirmava que o sol atraia os planetas, a terra atraia a lua e a terra atraia todos os corpos em volta dela. Apo´s analisar estes sentidos numa tentativa de resumir estes conceitos Newton os chamou de Forc¸a Gravitacional. 2.7 Forc¸a Normal Definimos Forc¸a Normal sendo a forc¸a que se aplica ao corpo em uma determinada superf´ıcie com a qual ele esta´ mantido em contato. Lembrando tambe´m que forc¸a normal na˜o surge apenas do contato com superf´ıcies planas 14 e horizontais, em qualquer situac¸a˜o em que um determinado corpo tocar e se juntar a um outro surgira´ uma reac¸a˜o de forc¸a normal. Em f´ısica para situac¸o˜es que formam 90◦ entre duas direc¸o˜es, utilizamos o termo normal, da´ı que surge o fato desta reac¸a˜o ser perpendicular a` superf´ıcie de apoio. No corpo, a forc¸a normal tera´ algumas caracter´ısticas, como: • Mo´dulo: sera´ igual ao da compressa˜o que a superf´ıcie recebe; • Direc¸a˜o: sera´ perpendicular a` superf´ıcie de apoio; • Sentido: do apoio para o corpo. 15 Cap´ıtulo 3 Desenvolvimento Na engenharia e´ normal serem elaborados projetos de estruturas meta´licas onde ha´ diversos tipos e aplicac¸o˜es, como exemplo uma torre de energia ele´trica, guindastes, caixas d’agua, estruturas de galpo˜es e telhados. Estas estruturas sa˜o compostas por vigas meta´licas que necessitam resolver um sistema de equac¸o˜es lineares, quanto mais aˆngulos e forc¸as agem sobre a estrutura mais complexo sera´ o ca´lculo. Utilizando as matrizes podemos descobrir se o sistema vai permanecer em equil´ıbrio onde a matriz dos coeficientes deve ser invers´ıvel, isto e´, o deter- minante diferente de zero para que a estrutura na˜o seja danificada. Como exemplo vamos utilizar uma estrutura onde tera´ que ic¸ar uma determinada carga possuindo uma viga horizontal: 16 Quando obtemos o valor de massa da carga e o comprimento do brac¸o do guindaste podemos calcular as forc¸as que agem promovendo torque. Para que o sistema se mantenha em equil´ıbrio deve satisfazer duas condic¸o˜es, a somato´ria de forc¸as no eixo X, Y e do torque tambe´m deve ser nula. Devemos enta˜o calcular a forc¸a em cada no´. O primeiro se liga com os no´s 2,3 e 4, o terceiro com os no´s 1,2,5 e 6 assim por diante. A somato´ria das forc¸as deve ser obtida retirando a componente X e Y de cada no´ sendo a forc¸a em X resultante do produto da massa pela gravidade e o cosseno do aˆngulo, e a forc¸a em Y o produto da gravidade, massa e do seno do aˆngulo. fx= m g cosθ fy= m g senθ fx componente x da forc¸a fy componente y da forc¸a m massa g gravidade Como e´ poss´ıvel observar alguns componentes sera˜o simplificados como o seno de zero e o cosseno de zero. Montamos enta˜o o conjunto das equac¸o˜es 17 que agem sobre todos os no´s. Por exemplo o no´ 1 e´ afetado pelo 2,3 e 4 enta˜o a somato´ria das forc¸as nesse ponto sa˜o: f12cosθ12 + f13cosθ13 + f14cosθ14 = F1 f12sinθ12 + f13sinθ13 + f14sinθ14 = 0 E´ importante saber que a matriz deve constituir somente os dados referente dos pontos 1 ate´ o 4, pois os pontos 5 e 6 esta˜o fixos no cha˜o. Seguindo a mesma lo´gica obtivemos os seguintes conjuntos de equac¸o˜es para todos os pontos: f12cosθ12 + f13cosθ13 + f14cosθ14 = F1 f12sinθ12 + f13sinθ13 + f14sinθ14 = 0 f21cosθ21 + f23cosθ23 + f24cosθ24 = F2 f21sinθ21 + f23sinθ23 + f24sinθ24 = 0 f31cosθ31 + f35cosθ35 + f32cosθ32 + f36cosθ36 = 0 f31sinθ31 + f35sinθ35 + f3 − 2sinθ32 + f36sinθ36 = 0 f41cosθ41 + f45cosθ45 + f42cosθ42 + f46cosθ46 = 0 f 41sinθ41 + f45sinθ45 + f42sinθ42 + f46sinθ46 = 0 A equac¸a˜o a seguir se refere a base da estrutura, ponto fundamental para o sistema: f35sinθ35 + f46sinθ46 + f54sinθ54 + f63sinθ63 = 0 Como na˜o temos as forc¸as obtidas em cada ponto constru´ımos a matriz somente com os coeficientes seno e cosseno, levando em considerac¸a˜o esta propriedade fij = −fji, algumas forc¸as ficam dessaforma F12 = −F21 assim por diante. A matriz coluna de inco´gnitas das forc¸as em cada no´ fica assim: 18 f= f12 f13 f14 f23 f24 f35 f36 f45 f46 A matriz coluna das forc¸as resultantes: F= F1 0 F2 0 0 0 0 0 0 A matriz dos coeficientes seno e cosseno sa˜o organizados na forma de colunas onde os valores de seno e cosseno sa˜o dispostos embaixo da forc¸a correspondente: 19 [ f12 f13 f14 f23 f24 f35 f36 f45 f46 ] A matriz dos coeficientes completa fica assim: ω cosθ12 cos13 cosθ14 0 0 0 0 0 0 senθ12 sen13 senθ14 0 0 0 0 0 0 −cosθ12 0 0 cosθ23 cosθ24 0 0 0 0 −senθ12 0 0 senθ23 senθ24 0 0 0 0 0 −cos13 0 −cosθ23 0 cosθ35 cosθ36 0 0 0 −senθ13 0 −senθ23 0 senθ35 senθ36 0 0 0 0 −cosθ14 0 −cosθ24 0 0 0 cosθ46 0 0 −senθ14 0 −senθ24 0 0 senθ45 senθ46 0 0 0 0 0 senθ35 −senθ36 −senθ45 senθ46 Substitu´ımos os valores referentes aos aˆngulos formados com a vertical, ja´ que o alguns aˆngulos va˜o ser 0, 1 ou −1, facilitou a troca de valores. Devido o seno e cosseno de 45 ◦ ser √ 2 2 basta substituir estando atento os sinais negativos. Obtemos a seguinte matriz: 20 ω = 0 −1 √ 2 2 0 0 0 0 0 0 1 0 √ 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 √ 2 2 −1 0 0 0 0 −1 0 0 √ 2 2 0 0 0 0 0 0 1 0 − √ 2 2 0 −1 √ 2 2 0 0 0 0 0 − √ 2 2 0 0 √ 2 2 0 0 0 0 − √ 2 2 0 1 0 0 √ 2 2 −1 0 0 − √ 2 2 0 0 0 0 √ 2 2 0 0 0 0 0 0 0 − √ 2 2 −√2 2 0 Para que a estrutura tenha soluc¸a˜o, o determinante dessa matriz ω deve ser diferente de zero sendo poss´ıvel calcular a sua inversa, onde ao multiplica-la pela matriz F seja obtido a forc¸a exercida em cada no´ na matriz f. A matriz escalonada ficou: f= ω−1F ω = 1 0 √ 2 2 0 0 0 0 0 0 0 −1 √ 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 √ 2 2 √ 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 √ 2 2 −1 0 0 0 0 0 0 0 0 −2 −1 √ 2 2 0 0 0 0 0 0 0 1/2 √ 2 4 0 0 0 0 0 0 0 0 √ 2 √ 2 2 −1 0 0 0 0 0 0 0 √ 2 4 1/2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 21 Resultou o determinante igual a zero, sendo assim a estrutura na˜o ira´ suportar e as forc¸as em cada no´ na˜o podera˜o ser calculadas. Para que as condic¸o˜es sejam satisfeitas precisamos alterar os aˆngulos de algumas vigas, como os pontos treˆs a` cinco e da viga quatro a` seis, um pequeno aˆngulo tambe´m da viga referente aos pontos um ate´ treˆs e da dois ate´ o quatro. A figura a seguir mostra uma estrutura em que satisfaz as condic¸o˜es, usando os mesmos padro˜es de ca´lculos. Cap´ıtulo 4 Conclusa˜o O que mais nos chamou atenc¸a˜o em pesquisar sobre estruturas meta´licas aplicadas na a´lgebra foram suas grandes vantagens em relac¸a˜o ao processo de construc¸a˜o comparados a outros tipos de materiais usados em construc¸o˜es. As estruturas tem uma excelente durabilidade, flexibilidade, este´tica agrada´vel e pode ser aplicada em qualquer construc¸a˜o tomando a forma que preferir. Outro ponto positivo e´ a reduc¸a˜o do tempo de construc¸a˜o da estrutura em menos dias, e tambe´m diminui o desperd´ıcio de material utilizado na cons- truc¸a˜o ale´m de reduzir bastante os impactos ambientais, pois e´ 100% reci- clado e pode ser aproveitado inu´meras vezes, oferece ainda melhores condic¸o˜es de seguranc¸a ao trabalhador contribuindo para a reduc¸a˜o dos acidentes em obras. Pore´m, pede-se o cuidado em ter uma equipe te´cnica qualificada para a execuc¸a˜o de projetos, pois caso haja erros, pec¸as podem se perder ocasio- nando um custo consideravelmente maior. Assim, vimos que uma estrutura que contenha muitos aˆngulos e forc¸as agindo sobre ela, torna-se o ca´lculo mais complexo. Com ajuda de matri- zes, conseguimos descobrir se o sistema permanecera´ em equil´ıbrio ou na˜o, 23 sendo que para termos sucesso a nossa matriz deve ser invers´ıvel, tendo seu determinante diferente de 0 (zero). Uma estrutura que provem toda ela praticamente de aˆngulos de 45o, cer- tamente na˜o sera´ sustenta´vel, pois ela consiste de inclinac¸o˜es sempre iguais que, ao aplicar forc¸as, todos seus resultados sera˜o 0, construindo assim, uma matriz com va´rios valores nulos, aonde seu determinante provavelmente sera´ 0. E como vimos, uma matriz que na˜o e´ invers´ıvel, ou seja, seu determinante e´ diferente de 0, a mesma na˜o se encontra em equil´ıbrio esta´tico, aonde na˜o suportara´ forc¸as, ou ate´ mesmo, causar acidentes vindo a baixo na hora da execuc¸a˜o da obra. Portanto, ao ter em mente uma construc¸a˜o de estrutura meta´lica, procure um engenheiro qualificado para a realizac¸a˜o de ca´lculos e execuc¸a˜o da obra, sabendo que sua estrutura devera´ conter uma matriz, que seja invers´ıvel para estar em equil´ıbrio, e consequentemente suportar forc¸as aplicadas a ela e atender a demanda solicitada. 24 Cap´ıtulo 5 Refereˆncias bibliogra´ficas Uma Aplicaca˜o de Algebra Linear a` Engenharia Civil: Projeto de Estrutura Meta´lica . Dispon´ıvel em: http://www.mat.ufmg.br/gaal/aplicacoes/estruturas metalicas.pdf. Acesso em: 02 set. 2015. SILVA, Marco Aure´lio da. FORC¸A. Dispon´ıvel em: http://www.brasilescola.com/fisica/forca.htm. Acesso em: 22 nov. 2015. ANJOS, Talita Alves Dos. ”Lei da Gravitac¸a˜o Universal”; Brasil Escola. Dispon´ıvel em http://www.brasilescola.com/fisica/lei-gravitacao-universal.htm. Acesso em 22 de novembro de 2015. FORC¸A Normal. Dispon´ıvel em: http://www.mundoeducacao.com/fisica/forca-normal.htm. Acesso em: 22 nov. 2015. HEWITT, Paul G. F´ısica Conceitual. 11. ed. Porto Alegre: Bookman Companhia Ed, 2011. 768 p. KOLMAN, Bernar; HILL, David R.. Introduc¸a˜o a` A´lgebra Linear com aplicac¸o˜es. 8. ed. Rio de Janeiro: Grupo Gen, 2006. 664 p.
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