entrevista com emprendedor

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Nome: Restaurante de comida japonesa (Não podemos divulgar o nome correto, ok?)
Cidade: Região de Campinas
Ramo de atividades: Serviços de restaurante
Entrevistado: Sócio Proprietário do estabelecimento
1 - O que me influenciou em primeiro lugar foi a vontade de tornar mais acessível a todos a comida japonesa. Há 7 anos existiam poucos restaurantes e os preços eram muito elevados. Como aprecio muito a culinária japonesa e tinha muitos amigos que também a apreciavam quis abrir o negócio.
2- Não existem outros empreendimentos
3- Não. A ideia nasceu de uma conversa com um amigo, o qual se tornou meu sócio, enquanto estávamos jantando em um restaurante japonês.
4- Por conta da rotina corrida com o empreendimento não consegui terminar a faculdade de engenharia.
5- Acredito que porque não acreditam em si mesmos. Abrir um negócio não é simples, tem que se dedicar muito e nem pensar em desistir na primeira dificuldade. Momentos difíceis são mais comuns do que se imagina.
6- A partir do momento que se amadurece a ideia de um empreendimento, se tornar um profissional no ramo é o desejo de todos. Porém tudo tem o seu tempo e com certeza o primeiro passo para o alcance dos objetivos é estudar aquilo que você vai fazer, para ter condições de treinar, acompanhar e corrigir sua equipe. O segundo passo é nada mais que trabalhar nele literalmente. Trabalhei quase 7 meses sem folga e sem descanso, todos os dias para garantir que tudo estava saindo como planejado. Não se pode depender de equipe no começo, deve-se trabalhar junto com ela. Assim o amadurecimento acontece reciprocamente.
7- Saber o código de ética e conduta na teoria é muito simples, o grande desafio é atravessar as situações do dia a dia, isso a teoria não explica. O sucesso de um empreendimento se dá quando todos passam a saber sua importância dentro do negócio e passar a se dedicar e trabalhar com respeito e ética.
8- Estava cursando a faculdade e já estava pensando a um tempo sobre abrir um negócio próprio.
9- Eu gostava muito de comida japonesa e não era tão simples encontrar um restaurante acessível, na maioria das vezes eram caros e só tinha condição financeira de ir de vez em quando. Vi a oportunidade em primeiro lugar na minha vontade de comer sempre, tinha vários amigos que pensavam a mesma coisa e quando de repente me deparei com a ideia de abrir um restaurante mais popular com a qualidade similar.
10- Não tinha nenhum plano de negócios. O primeiro planejamento foi fazer um curso de culinária japonesa, para conhecer a técnica e saber se realmente o negócio seria possível. A partir daí, comecei a estudar os custos.
11- Nunca tinha trabalhado neste ramo. Eu dava algumas aulas particulares de matemática.
12- Hoje minha grande força é a minha visão de negócio, quando você se entrega àquilo que realmente quer fazer se torna um grande conhecedor. Uma fraqueza hoje é a mão de obra, temos muita dificuldade de encontrar pessoas qualificadas no ramo e quando fornecemos treinamento e experiência, acabamos perdendo-o para o mercado, pois o ramo está aquecido demais.
13- Tenho um sócio, ele cuida da parte de compras, matéria prima e eu cuido mais da administração das unidades e capacitação dos profissionais.
14- Significa trabalhar muito duro. Nosso país hoje nos obriga a trabalhar muito para se ter um retorno não muito grande. Temos muitos impostos e contribuições que se não tivermos ética a empresa não consegue se manter. Temos que estar sempre cientes de toda a equipe é fundamental para o sucesso e que sozinho não chegamos a lugar nenhum.
15- Na época, vendi meu carro, meu sócio vendeu o dele. Conseguimos um pequeno empréstimo e conseguimos abrir a primeira unidade.
16- Recursos próprios e financiados.
17- O primeiro cliente fui eu! Mas na inauguração tivemos muitos amigos e familiares presentes.
18- Foi quando começaram a abrir os concorrentes! Então tivemos que nos desdobrar para nos reinventar e apresentar um diferencial, mantendo o padrão do preço. Isso se faz necessário sempre, temos sempre que nos reinventar para alcançar o sucesso.
19- O positivo é de que não há nada mais gratificante do que assistir que a sua ideia e o seu trabalho deram certo e que proporciona coisas boas a muita gente, tanto clientes internos quanto externos. O lado negativo é que tudo sempre vai depender da sua decisão, a dedicação é total e o trabalho é intenso.
20- Sim. Me distanciei muito da família. Trabalhava e trabalho ainda muito. Nem sempre a familiar entende. 
21- Faria sim. Porque me sinto realizado quando vejo que tudo deu certo. É muito gratificante. E principalmente vejo que o que aprendi com todas as minhas experiências nenhuma teoria me ensinaria.
22- Dedicação de corpo e alma literalmente! Se você não for a pessoa que acredita e se dedica, ninguém que trabalha com você vai acreditar. Dificuldades são necessárias para o crescimento profissional e não se deve desistir.