Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UFMT – ICET MATEMA´TICA (2008) – Prof. Geraldo L. Diniz, Ca´lculo Integral – Turma: ESA Gabarito da terceira avaliac¸a˜o – P3 1. Verifique se a sequeˆncia a seguir e´ crescente e, neste caso, se ela e´ limitada superiormente. an = 2n+ 3 n+ 1 Resoluc¸a˜o: Para verificar se a sequeˆncia e´ crescente ou na˜o, devemos comparar dois termos gene´ricos consecutivos, ou seja, devemos verificar se an ≤ an+1. Assim, temos: an+1 = 2(n+ 1) + 3 (n+ 1) + 1 = 2n+ 5 n+ 2 . Agora, suponhamos que an ≤ an+1 ⇒ 2n+ 3 n+ 1 ≤ 2n+ 5 n+ 2 ⇒ (2n+ 3) · (n+ 2) ≤ (2n+ 5) · (n+ 1)⇒ 2n2 + 5n+ 3 ≤ 2n2 + 7n+ 10⇒ −7 ≤ 2n, que e´ verdadeira para todo n ≥ −3. Como n e´ um inteiro positivo, temos que an ≤ an+1 e, portanto, a sequeˆncia e´ crescente. A sequeˆncia e´ limitada superiormente, pois lim n−→∞ an = limn−→∞ 2n+ 3 n+ 1 = lim n−→∞ 2n n + 3 n n n + 1 n = lim n−→∞ 2 + 3n 1 + 1n = 2 + 0 1 + 0 = 2. Portanto, a sequeˆncia e´ limitada superiormente por 2. 2. Determine se a sequeˆncia an = 2n + 1 3n e´ convergente ou divergente. Resoluc¸a˜o: A sequeˆncia e´ convergente, pois a sequeˆncia e´ monotoˆnica decrescente e limitada inferiormente por zero. Portanto, pelo teorema da sequeˆncia monotoˆnica, esta sequeˆncia converge. Resta mostrar que a sequeˆncia e´ mono´tona decrescente, para isto basta provar que an ≥ an+1. Com efeito, suponhamos que an ≥ an+1 ⇒ 2 n + 1 3n ≥ 2 n+1 + 1 3n+1 ⇒ (2n + 1) · 3n+1 ≥ 3n (2n+1 + 1)⇒ 3 · 3n (2n + 1) ≥ 3n (2 · 2n + 1)⇒ 3 (2n + 1) ≥ 2.2n + 1 ⇒ 3.2n + 3 ≥ 2.2n + 1 ⇒ (3 − 2)2n ≥ 1 − 3 ⇒ 2n ≥ −2, que e´ verdadeira para todo n inteiro positivo. 3. Resolva, pelo me´todo de Picard, a seguinte equac¸a˜o: x2 = x Resoluc¸a˜o: Tabela 1: Tabela de iterac¸o˜es do Me´todo de Picard n xn 0 0,5 1 0,25 2 0,0625 3 0,00390625 4 0,000015258789 5 0,00000000023 Sabemos que a equac¸a˜o tem duas soluc¸o˜es, a saber: x1 = 0 ou x2 = 1. No entanto, o me´todo de Picard so´ converge para x = 0. Para aplicar o me´todo de Picard, usamos a equac¸a˜o recur- siva: xn+1 = x2n, obtida a partir da equac¸a˜o a ser resolvida. Assim, constru´ımos a tabela 1 de resultados ao lado, donde obtemos x ≈ 0, 00000000023, uma aproximac¸a˜o com erro � < 10−9, que supera o nu´mero de d´ıgitos que aparece no visor da maioria das calculadoras do mercado. 4. Encontre a fo´rmula para a soma parcial (Sn) da seguinte se´rie: 1 2 · 3 + 1 3 · 4 + 1 4 · 5 + · · ·+ 1 (n+ 1) · · · (n+ 2) + · · · Resoluc¸a˜o: Como se trata de uma se´rie na˜o-geome´trica, mas telesco´pica, para cada termo an, podemos escrever: an = 1 (n+ 1) · (n+ 2) = 1 n+ 1 − 1 n+ 2 . Assim, considerando os n primeiros termos da se´rie, temos que: 2 Gabarito da terceira avaliac¸a˜o – P3 Sn = 1 2 · 3 + 1 3 · 4 + 1 4 · 5 + · · ·+ 1 (n+ 1) · (n+ 2) = ( 1 2 − 1 3 ) + ( 1 3 − 1 4 ) + · · ·+ ( 1 n+ 1 − 1 n+ 2 ) . Da´ı, ao retirarmos os pareˆnteses, havera´ o cancelamento de termos restando apenas o primeiro e o u´ltimo termos. Portanto, teremos: Sn = 1 2 − 1 n+ 2 5. Considere a se´rie ∞∑ n=0 e−2n. Mostre se ela converge ou diverge e, caso convirja, encontre seu limite. Resoluc¸a˜o: Para verificar a convergeˆncia, primeiramente tomamos a soma parcial dos n primeiros termos da se´rie. Assim, temos: Sn = n∑ k=0 e0 + e−2 + e−4 + · · ·+ e−2n = 1 + 1 e2 + 1 e4 + 1 e6 + · · ·+ 1 e2n . que e´ uma se´rie geome´trica de raza˜o r = ( 1 e )2, cuja soma para os n primeiros termos e´ dada por: a1 1 + rn 1− r = 1 1 + ( 1 e )2n 1− ( 1e )2 , o que nos da´, ao multiplicarmos cada termo por e2: Sn = e2 + e2(1−n) e2 − 1 . Assim, tomando o limite de Sn, quando n −→∞, vem: lim n−→∞Sn = limn−→∞ e2 + e2(1−n) e2 − 1 = e2 + 0 e2 − 1 = e2 e2 − 1 . Portanto, a se´rie converge e seu limite vale e2 e2 − 1 Cada questa˜o vale 2 pontos. Cuiaba´, 15 de Julho de 2008.
Compartilhar