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TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

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Tecnologia dos Materiais
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Materiais de Construção 
 _______________________________________________________________________________________________ 
1. Introdução
	
	Os materiais de construção podem ser simples ou compostos, obtidos directamente da natureza ou resultado de trabalho industrial. O seu conhecimento é que permite a escolha dos mais adequados à cada situação. 
As condições económicas de um material de construção dizem respeito à facilidade de aquisição e emprego do material, aquela dependendo de sua obtenção e transporte, e esse de sua manipulação e conservação.
	Os materiais sólidos são frequentemente classificados em três grupos principais: materiais metálicos, materiais cerâmicos e materiais poliméricos ou plásticos. Esta classificação é baseada na estrutura atómica e nas ligações químicas predominantes em cada grupo. Um quarto grupo, que foi incorporado nesta classificação nas últimas décadas, é o grupo dos materiais compósitos.
A evolução dos materiais utilizados pelo homem para abrigo e construção, ao longo da sua trajetória, desde os remotos tempos da pré-história em seus períodos marcantes, até os dias atuais. Verificando as peculiaridades de cada época, com as dificuldades no manejo, ferramentas, técnicas, disponibilidades de matéria prima, entre outras, e como foram evoluindo e integrando-se na arte de construir, possibilitando uma Arquitectura marcada pela busca de necessidades culturais, econômicas, técnicas, religiosa entre outras, que o espírito humano imprime em sua evolução.
	
2. Agregados
	Pode ser definido como um material granular, sem forma e volume definidos, de actividade química praticamente nula (inerte) e propriedades adequadas para uso em obras de engenharia.
 2.1 Britas
	As britas provêm da desagregação das rochas em jazigos e que após passar em peneiras, são classificadas de acordo com sua dimensão média, variável de 2,38 a 50,80 mm.
São classificadas em brita número zero, um, dois e três, e são normalmente utilizadas para a confecção de concretos, podendo ser obtidas de pedras graníticas e ou calcárias. Britas calcárias apresentam menor dureza e normalmente menor preço.
2.2 Classificação de acordo com a granulometria das britas
Pó de pedra tamanho menor que (areia) 2,38 mm
Pedra 0 2,38 a 9,50 mm
Pedra 1 4,76 a 19,10 mm
Pedra 2 9,5 a 38,10 mm
Pedra 3 19,1 a 50,80 mm
2.3 Aplicação.
	
Para concreto armado a escolha da granulometria baseia-se no facto de que o tamanho da brita não deve exceder 1/3 da menor dimensão da peça a betonar. As mais utilizadas são as britas número 1 e 2.
	Este material pode ser utilizado também solto sobre pátios de estacionamento e também como isolante térmico em pequenos terraços.
	Cascalho ou pedra-de-mão, são os agregados de maiores dimensões sendo retidos na peneira 76mm (pode chegar até a 250mm). Utilizados normalmente na confecção de concreto ciclópico e calçamentos.
	A aplicação desses materiais é variada podendo ser citado o uso em lastro de vias férreas, bases para calçamento (lastro), adicionadas aos solos ou materiais betuminosos para construir os pavimentos, na confecção de argamassas e concretos, etc.
Utilização da brita em vários casos como:
- Lastro de vias-férreas.
- Confecção do betume asfáltico.
- Regularização e pavimentação de vias.
3. Areia
	Areia é um material de origem mineral finamente dividido em grânulos, conhecido também por inerte fino.
Forma-se à superfície da Terra pela fragmentação das rochas por erosão, por acção do vento ou da água. Através de processos de sedimentação pode ser transformada em arenito.
	É utilizada nas obras de engenharia civil, em aterros, execução de argamassas,  concretos e também na fabricação de vidros. O tamanho de seus grãos tem importância nas características dos materiais que a utilizam como componente.
	Constituída por fragmentos de mineral ou de rocha, cujo tamanho é variável.
	É empregue no fabrico de argamassa, fabrico de cimento. 
	As areias são formadas por grãos de um diâmetro inferior a 5 mm, resultantes do desagregamento de diversas rochas. Empregam-se no fabrico de cimento e argamassas.
	As areias de maneira geral, podem ser encontradas nos rios, no mar, nas minas, por meio da trituração de rochas ou ser areia virgem.
3.1 Classificação quanto ao tamanho.
Para a sua utilização as areias classificam-se em:
Areia fina – aquela cujos grãos passam por um crivo com uma malha de 1 mm de diâmetro e ficam retidos por outro de 0,25 mm.
Areia média – é aquela cujos grãos passam por um crivo de 2,5 mm de diâmetro e são retidos por outro de 1 mm.
Areia grossa – aquela cujos grãos passam por um crivo 5 mm e são retidos por outro de 2,5 mm.
3.2 Classificação quanto a origem.
Quanto a sua procedência as areias classificam-se em:
- areia do rio; areia do mar; areia do areeiro; areia virgem e areia artificial.
Areia (imagem ampliada por microscópio)
 
 
 Areia com granulometria de1mm (imagem ampliada por microscópica)
3.3 Aplicação 
A areia é muitas vezes misturada com tinta para criar um acabamento texturado para paredes e tectos ou uma superfície não escorregadia ao chão, na fabricação do betão, é usado nas fábricas de tijolo como aditivo à mistura de argila para o fabrico de tijolos.
4. Aglomerantes
São produtos activos empregues para a confecção de argamassas e betão. Os principais são cimento cal e gesso.
Apresentam-se sob a forma de pó, e quando misturados com a água formam pasta que endurecem pela secagem como consequência de reacções químicas. Com o processo de secagem os aglomerantes aderem nas superfícies com as quais foram postas em contacto. 
4.1 Gesso 
	É obtido da pedra natural do gesso, formada por sulfato de cálcio desidratado. Depois de arrancada a pedra das pedreiras, tritura-se e submete-se a coação para lhe extrair, total ou parcialmente, a água de cristalização que contém no estado natural, convertendo-a em sulfato de cálcio hemihidratado. Por fim o produto final é moído, e tem-se uma substância geralmente branca, compacta, resistente mas não macia que se risca com uma unha. São armazenados em silos ou depósitos elevados protegidos da humidade.
4.1.1 Aplicação 
	O gesso é um material que resiste mal a acção dos agentes atmosféricos, pelo que se emprega de preferência em obras de interiores. Adere pouco às pedras e à madeira e oxida o ferro. Constitui um bom isolante acústico.
Em alvenaria : confecção de argamassas simples ou compostas, construção de muros, tabiques e pilares, pavimentos, arcos e abóbadas, tectos lisos, rebocos, revestimento de estuques, estucagem.
Bloco de Gesso (parede divisória)
Na fabricação de pedras artificiais e pré-fabricados: ladrilhos e blocos, mosaicos, placas entalhadas, para tectos falsos, paredes, muros, painéis em ninho de abelha, etc.
Em decoração: artesanato: artesanato, frisos, tectos, florões, motivos decorativos, etc.
4.1.2 Tipos de Gesso 
Considerados como gesso de uso corrente para a construção:
- Gesso branco ou de 1ª: é proveniente da rocha de gesso mais pura. A sua percentagem de sulfato de cálcio hemidratado nunca é inferior a 66 %.
- Gesso negro ou de 2ª: é obtido da rocha de gesso menos pura. Contém como mínimo 50 % desulfato de cálcio hemihidratado. 
 
4.2 Cal
É um produto obtido através da calcinação (aquecimento prolongado de um material a alta temperatura) ou decomposição das rochas calcárias aquecidas a temperaturas superiores a 900ºC pelo qual obtém-se a chamada cal viva, composta fundamentalmente por óxido de cálcio. 
4.2.1 Tipos de Cal
A cal classifica-se segundo o seu emprego na construção de cal dolomítica, gorda e hidráulica.
 
Cal dolomítica – denomina-se também cal cinzenta ou cal magra. É uma cal aérea com uma percentagem de óxido de magnésio superior a 5%. Ao apaga-la forma uma pasta cinzenta, pouco espessa, que não reúne condições satisfatórias para ser na usada na construção. 
Cal dolomítica
Cal gorda – é uma cal aérea que contém como percentagem máxima 5% de óxido de magnésio. Depois de apagada dá uma pasta, fina espessa, macia e untuosa.
Cal hidráulica – é um material aglomerante, pulverulento e parcialmente apagado, que além de endurecer e secar ao ar não o faz debaixo de água.
Obtém-se calcinando rochas calcárias a uma temperatura elevada para que se forme o óxido de cálcio livre, necessário para permitir que se apague e ao mesmo tempo deixa uma certa quantidade de silicatos de cálcio anidros que proporcionam ao pó as suas propriedades hidráulicas.
 
4.3 Cimento
É um material que raras vezes se emprega só, amassado com água forma uma pasta pura. O seu uso mais indicado é em combinação com outros materiais na confecção de aglomerados, especialmente argamassas e betões. Quando amassado com água, o cimento seca e endurece tanto ao ar como debaixo de água.
A pega sofre influência de diversos factores, sendo retardada pelas baixas temperaturas, pelos sulfatos e cloretos de cálcio. É acelerada pelas altas temperaturas e pelos silicatos e carbonatos.
A pega (endurecimento) é um fenómeno físico-químico através da qual a pasta de cimento se solidifica. 
Terminada a pega o processo de endurecimento continua ainda durante longo período de tempo, aumentando gradativamente a sua dureza e resistência. 
 O cimento comum é chamado PORTLAND, havendo diferentes tipos no mercado: 
Cimento de pega normal: encontrado comummente à venda; 
Cimento de pega rápida: só a pedido; 
Cimento branco: usado para efeito estético (azulejos, etc.).
4.3.1 Tipos de cimentos
Cimento portland
Cimento siderúrgico
Cimento puzolâmico
Cimento de adição
Cimento aluminoso
Cimento Portland
De todos os cimentos, são estes os que têm maior aplicação nas construções. Distinguem-se dois tipos de cimentos portland:
O corrente ou normal.
O resistente a águas selinitosas. 
Ambos se obtêm por meio da pulverização conjunta do material básico o clinker e uma pequena proporção de gesso ou pedra natural de gesso para retardar a sua secagem.
Chama-se clinker ao produto resultante da calcinação, feita a uma temperatura próxima da de fusão, de misturas íntimas de calcários e argilas em proporções exactas.
O cimento portland, resistentes as águas celinitosas, apresenta, em relação ao portland corrente, um baixo conteúdo de aluminato tricálcico, sendo capaz de resistir à acção agressiva do sulfato de cálcio.
O cimento portland corrente designa-se por cimento P e o resistente às águas selinitosas como PAS.
Cimentos Siderúrgicos
Portland siderúrgico designado cimento PS
Portland de alto forno designado cimento PHA
Siderúrgico – sobresulfatado designado cimento SF.
Estes cimentos obtêm-se a partir de escórias. Trata-se dos resíduos, sub-produtos ou desperdício da fabricação do ferro.
O cimento PS (portland siderúrgico), obtém-se por uma mistura íntima da escória e clinker numa proporção de 70 %, como mínimo de clinker.
O resto é escória granulada e sulfato de cálcio, e é válido para o cimento portland de alto forno.
O cimento SF (siderúrgico-sobresulfatado) obtém-se por uma mistura íntima de escória e sulfato de cálcio numa proporção tal que o produto resultante contenha de 5 a 12 % de trióxido de enxofre e com uma adição de cal, clinker e cimento portland em quantidade total superior a 5 %.
 
Cimento Puzolâmicos
São o produto resultante de uma mistura íntima de puzolana e clinker, com a adição eventual de gesso ou anidrita para regular a secagem.
Chama-se puzolana ao produto natural de origem vulcânica capaz de fixar a cal à temperatura ambiente e formar materiais com propriedades hidráulicas.
Cimento de Adição
São cimentos preparados por misturas íntimas de clinker e outros materiais, cujas resistências mecânicas, regularidade e homogeneidade podem ser inferiores aos cimentos tipo portland ou siderúrgicos.
Cimentos Aluminoso
São os cimentos obtidos por uma mistura de materiais aluminosos e calcários com uma percentagem total de óxido de alumínio de 32 % como mínimo.
5. Argamassas
Uma Argamassa de Construção é um produto que resulta da mistura de um agente ligante com uma carga de agregados. São conhecidas há mais de 8000 anos, sendo tradicionalmente utilizadas para montar paredes e muros e para revestir paredes.
Devem ser resistentes para suportarem esforços, cargas e choques. Devem resistir também aos agentes atmosféricos e ao desgaste. 
Quando enterradas ou submersas devem resistir a ação da água. Em geral, a resistência das argamassas aumenta com o passar do tempo. Argamassas de cimento e areia após um mês atingem 1/3 da resistência final e a metade aproximadamente após 3 dias. O aumento a partir deste prazo é bem mais lento, desenvolvendo-se durante anos. 
5.1 Tipos de Argamassa e sua aplicação
Argamassas de Assentamento de Alvenaria:
São utilizadas para elevar muros e paredes, assentar tijolos e blocos, impermeabilizar superfícies, regularizar paredes, pisos e tetos, dar acabamento às superfícies. Encontram-se disponíveis no mercado em Saco.
Argamassa para Revestimento:
Usualmente são aplicadas três camadas de argamassa em uma parede a ser revestida:
Chapisco: primeira camada fina e rugosa de argamassa aplicada sobre os blocos das paredes e nos tectos. Sem o chapisco, que é a base do revestimento, as outras camadas podem descolar e até cair.
Emboço: sobre o chapisco é aplicada uma camada de massa grossa ou emboço, para regularizar a superfície.
Reboco: é a massa fina que dá o acabamento final. Em alguns casos não é usado o reboco, por motivo de economia. Geralmente tem em seu traço areias mais finas, pois servem para dar o acabamento ao revestimento.
Em alguns casos, como em muros, o chapisco pode ser o único revestimento.
Por sobre as argamassas de revestimentos podem ser aplicados outros acabamentos como textura, massa corrida, pintura, areias quartzo, estuque.
Argamassa para Assentamento de Revestimentos
Revestimentos como azulejos, ladrilhos e cerâmicas são aplicados sobre o emboço. Para esta aplicação, também são utilizadas argamassas.
No piso, utiliza-se uma camada de contra piso (camada de argamassa de regularização ou de nivelamento) e pode-se dar o acabamento a esta camada. Produto industrial, no estado seco, composto de cimento portland, agregados minerais e produtos químicos, que, quando misturado com água, forma uma massa viscosa, plástica e aderente, empregada no assentamento de placas cerâmicas para revestimento.
 
 Revestimento de piso (assentamento de ladrilho)
	
Argamassas para juntas:
São utilizadas para preencher as juntas entre os elementos dos revestimentos. Podem ter funções estéticas (apresentando uma cor semelhante ao elemento de cerâmica) ou funcionais (tendo propriedades impermeabilizantes). Encontram-se disponíveis no mercado em Saco.
Argamassas para Regularização de Pavimentos (Betonilhas):
São utilizadas na regularização de pavimentos, por exemplo de betão, e podem servir de revestimento para uma grande variedade de tipos de pavimentos, como azulejo, pavimento flutuante, entre outros.Como se vê, 5000 anos foram necessários para transformar a mesma matéria prima, calcário que nos primórdios das eras nasceu para a construção como ״cal״ , em cimento, que hoje tem uso indispensável em quaisquer um dos modernos uso das argamassas de assentamento.
5.2 Propriedades das Argamassas
Trabalhabilidade, ou seja a facilidade que se tem em poder manusear, preparar e aplicar em obra.
Absorção da água, capacidade de absorver a água que se lhe adiciona. 
Resistência mecânica final, após a sua secagem adquire estabilidade volumétrica.
Aderência a outros materiais antes da secagem.
Estanqueidade.
Retenção de água. 
6. Betão
O betão é um material resultante da mistura de cimento, água, areia e cascalho, que ao secar e endurecer adquire uma consistência similar à das melhores pedras naturais.
Quando armado com ferragens passivas recebe o nome de betão armado e quando for armado com ferragens activas (pré-alongamento ou pré-esforçadas) toma o nome de betão protendido ou betão pré-esforçado.
6.1 Propriedades:
	Possui uma resistência que é comparada a das pedras naturais, quando os materiais empregues na sua fabricação forem bem doseados (traço). O seu peso específico varia em função do traço, ou seja é directamente proporcional ao traço (traço forte maior peso específico – traço fraco menor peso específico). Com aumento da temperatura o betão dilata-se, acontece o contrário quando a temperatura baixa, e nesta ordem de ideia pode-se dizer que o betão possui a capacidade de reagir elasticamente com a variação de temperatura, obviamente pode-se dizer que o mesmo resiste bem quando exposto ao fogo.
6.2 Tipos de Betão:
Betão ordinário – Este betão denomina-se simplesmente betão. À sua denominação junta-se o nome do aglomerante quando é necessário distingui-lo. Isto acontece especialmente com os betões cujo aglomerante não é um cimento portalnd, mas por exemplo cimento de escórias, dizendos-se então que é um betão de cimento de escórias.
Betão ciclópico – Chama-se assim ao betão que tem incorporadas na sua massa pedras de medidas não inferiores a 25 cm, de forma que o conjunto não perca a sua resistência se aqueles não estiverem em contacto.
Betão de cascalho – Este é o betão cujos inertes são total ou parcialmente restos de betão e ladrilhos triturados. 
Betão roubado – Recebe este nome o betão em que inicialmente se colocam na obra os inertes maiores e se deita ou se injecta posteriormente argamassa ou massa.
Betão blindado – É um material usado em pavimentos, composto de uma camada inferior de betão ordinário e outra superior de pedras embutidas com uma face sensivelmente plana, que forma a superfície de pavimento, isto é, sobre a qual se pisa.
Betão celular – Chama-se assim ao betão com ar incorporado, numa pequena percentagem por volume, uniformemente distribuído na massa em forma de bolhas cujo tamanho está calculado entre 0,1 e 0,25 mm.
Betões leves – O betão ordinário tem um peso notavelmente elevado: é de cerca de 2200 kg/m³. A fim de reduzir tão importante carga morta e para assegurar por sua vez o isolamento térmico e acústico, fabricam-se betões leves pelo empregue de inertes porosos ou provocando artificialmente a sua porosidade.
Existe uma distinção entre os betões leves naturais e os betões leves artificiais.
O peso, a resistência e o isolamento dependem da porosidade do inerte e da quantidade do cimento.
O emprego de inertes muito porosos e de grão uniforme com uma escassa adição de areia, ou se possível do mesmo material poroso, diminui o peso próprio e aumenta o poder isolante.
Betão leve (natural)
Betão de pedra pomes: A pedra pomes é de origem vulcânica, porosa e ligeira. Existem jazigos em que se encontra no estado da areia, de zero a sete mm. A pedra-pomes, gerada após rápido resfriamento em contacto com a água formando uma rocha cheia de poros ou buracos devido à saída de gases. Parece uma "espuma endurecida".
	O peso deste material é de cerca de 700 Kg/m³. Para camadas isolantes, a dosagem é de uma parte de cimento portland para 8 a 10 de pomes.
 Pedra de pomes Sintoporita ou pedra de pomes artificial
Esta pedra absorve muita água, o que atrasa a secagem do betão. Assim, substitui-se às vezes por pedra pomes artificial, a chamada sintoporite. Este material obtém-se pelo processo de fabricação do ácido fosfórico.
Betão de lava: Como inerte emprega-se a lava, material vulcânico parecido com a pedra pomes. É de cor castanha ou avermelhada e desagrega-se previamente em trituradoras.
Tem o inconveniente de por vezes conter sais nocivos.
Ao confeccionar o betão é necessário muita água, que é absorvida pela lava. O betão resultante é um bom isolante térmico.
Betão de escórias: As escórias ou resíduos da combustão de fornalhas industriais, altos fornos, fábricas de gás, etc., podem empregar-se, sobre tudo os mais duros, como inertes na fabricação de betões.
 Betão de Escória Bloco em betão de Escória
Betão leve (artificiais)
Betão celular: fabrica-se misturando um betão de secagem rápida e em auto clave uma solução saponácea, para formar uma abundante espuma viscosa, que deixa na massa endurecida uns vazios ou células independentes.
A consistência da espuma e a dose que desta se deve juntar podem ser muito variadas. Geralmente para a fabricação de elementos isolantes aplica-se 1,5 % de espuma de sabão, sem areia, obtendo-se um peso de 300 quilos por metros cúbico. Quanto ao volume dos vazios chega a ser 90 % do total.
Embora o betão celular possa ser preparado junto da obra, a maior parte das vezes emprega-se em forma de blocos ou placas, que chegam já endurecidos à obra.
Betão esponjoso: Este betão foi inventado por um sueco, Alex Erikson, com o nome de betão gás e fabrica-se adicionando à massa de betão ainda fresco, pó de alumínio ou de carbonato de cálcio, ou ainda água oxigenada com cloreto de cálcio. Estas substâncias libertam gases que produzem poros maiores e mais irregulares que os de betão celular.
Deve-se amassar com água quente e o processo de esponjamento dura aproximadamente uma hora.
Betão de aparas: Fabrica-se empregando como inertes serradura e aparas de madeira, cortiça etc. Estes inertes devem tornar-se obrigatoriamente impermeáveis e imputrescíveis, isto é, devem mineralizar-se. Para isso submergem-se numa massa fina de cal, de cimento, argila ou betume. Amassa-se depois com cimento portland e areia.
Emprega-se de preferência na fabricação de painéis e blocos prensados, e são de notável poder isolante do calor.
7. Rochas
As rochas são classificadas segundo a sua origem e estão divididas nos seguintes grupos: rochas eruptivas, sedimentares e metamórficas.
7.1 Tipos de rocha
Rochas Eruptivas
São conhecidas por rochas ígneas, rochas magmáticas ou rochas eruptivas (derivado do latim ignis, que significa fogo) são um dos três principais tipos de rocha onde falarei dos mais utilizadas na construção. 
Dentro destas rochas encontramos uma subdivisão devido a sua formação que é feita no exterior (extrusiva) ou no interior (intrusiva).
As rochas extrusivas: 
Rochas plutónicas ou intrusivas – Granito e a Sienito
Rochas vulcânicas ou extrusivas – Periodito, Basalto, e o Tranquito
Tabela 2: Composição química das rochas Ígneas mais comuns
 Fonte: ZEFERINO, Artur. MARTINS, João Guerra. Materiais de Construção I – Pedras Naturais. 4ª Edição.
As Rochas Ígneas possuem diversas aplicações, uma delas é a utilização do granito e do basalto na Construção Civil - Grandes blocos para pedestal de monumentos, pedras para muros e meio-fios, paralelepípedos e pedras irregulares para pavimentação, brita para concreto, placa polidas para revestimento de paredes, pias, lavabos,etc.
Formação característica dos maciços graníticos.
Fonte: Internet
Rochas Sedimentares
	As rochas sedimentares têm origem na destruição das rochas eruptivas pela acção das chuvas, geadas, ventos, terramotos, etc.
	Desagregadas, foram-se depositando no seu próprio leito ou em lugares mais distantes, dando lugar a outra classe de rochas de natureza distinta. Estas apresentam-se formando camadas ou estratos sobrepostos de forma mais ou menos paralela. Cada estrato determina um período de sedimentação e separação entre eles significa uma interrupção no processo ou mudança de material. 
As rochas sedimentares são as seguintes:
Argilas, Arenitos, Calcários, e Dolomite.
Argilas – emprega-se na fabricação de pavimentos, de tijolo e materiais refractários.
Arenitos – constituída por grãos de areia, consolidados por águas de origem cementosa. Geralmente é uma rocha boa para a construção mas não são indicadas para betão, nem resistente para estradas.
Calcários – Constituem uma excelente material para a construção empregando-a em argamassas, construções de pedra e como matéria-prima para a fabricação de aglomerantes (cimento e cal).
Dolomite – Além de ser usado em construção, também se usa para escultura. Tem um bom comportamento em exteriores, excepto em centros industrial de atmosfera ácida, que a atacam formando o sulfato de magnésio de grande solubilidade.
Por ser refractário, isto é resistente ao fogo, emprega-se na construção de fornos. 
Rochas metamórficas
Esta classe de rochas apareceu pela transformação de rochas eruptivas e sedimentares. Essa transformação teve lugar principalmente devido a altas temperaturas e elevadas pressões que produziram no interior da terra.
São rochas metamórficas os Gneisses, as ardósias, e os mármores.
Gneisses – rochas de cor acinzentada e emprega-se muito na pavimentação por ser dura mas geralmente má para a construção.
Gneisses – Tem uma coloração muito variada (cinzenta, avermelhada, preta), dependendo da mica que se encontra envolvendo os seus grãos de quartzo. Tem pouca dureza e pode-se separar em lâminas com facilidade e é empregue para pavimentação, para telhados e como material refractário.
Mármore – É uma rocha de origem sedimentar, provém da transformação de pedras calcárias e dolomíticas. Os mármores são particularmente compactos e muito pouco porosos, o que lhes dá uma grande resistência ao frio.
Pelas suas notáveis qualidades decorativas, este material é empregue em revestimentos de fachadas e paredes interiores, chão, escadas. Do ponto vista prático para a sua utilização, a primeira qualidade que se distingue é a cor, que é uma das principais características para a sua valorização comercial. Atendendo a essa característica os mármores classificam-se em:
	
	- Mármores brancos,
	- Mármores de cor (amarelos, vermelhos, negros, verdes, etc.).
 
 Bancada em mármore Mármore azul-labrador
8. Materiais metálicos
Os metais diferenciam-se dos não metálicos por uma série de características que lhe são próprias e que os permite reconhecer entre os outros materiais. As suas características mais conhecidas são:
- Condutibilidade Térmica
- Condutibilidade Eléctrica
- Brilho
 
8.1 Propriedades
As propriedades que interessam para a construção, são: aparência, densidade, resistência à esforços mecânicos, dureza, dilatação térmica, condutibilidade elétrica, resistência ao choque e à fadiga e oxidação.
Aparência: todos os metais comuns são sólidos à temperatura ordinária, a porosidade não é aparente e possuem brilho característico.
Densidade: nos metais comuns variam entre 2,56 e 11,45 (platina=21,30).
8.2 Tipos de Metal e Sua Aplicação
8.2.1 Alumínio
 
- O alumínio é um metal leve: densidade relativa entre 2,56 e 2,67 kgf/dm³;
 
- Tem ruptura à tracção entre 8 e 14 kgf/mm², e quando temperado pode atingir 50 kgf/mm²;
 
- É de difícil soldagem, e quando soldado perde 50% de suas propriedades mecânicas;
 
- Se funde a 650-660 ºC e tem excelente condutibilidade térmica e elétrica;
 
- Há várias ligas com o alumínio, destacando-se o duralumínio (com cobre e magnésio) de grande resistência e leveza;
 
- Metal de cor cinza-claro, destaca-se como um dos metais de maior emprego na construção civil (só perdendo em importância para o ferro e suas ligas), sobressaindo-se a qualidades de leveza, estabilidade, beleza e condutibilidade. 
8.2.2 Aplicação do Alumínio
- Na construção o alumínio é empregado em transmissão de energia elétrica, coberturas, revestimentos, esquadrias, guarnições, elementos de ligação, etc.;
- O alumínio não deve ficar em contanto com outro metal; os elementos de
 conexão podem ser de alumínio ou de outro metal com protecçãoisolante;
 
- Em coberturas é empregado na forma de chapas onduladas ou trapezoidais;
 
- É muito empregado em esquadrias, onde os fabricantes já têm perfis padronizados, com os quais compõem a forma desejada pelo projectista;
 
- É usado em fachadas (revestimento), em arremates de construção (cantoneiras, tiras, barras), fios e cabos de transmissão de energia e pode ser disperso em veículo oleoso dando tintas de alumínio. 
 Aplicação do alumínio na arquitectura. Fonte Internet
 8.2.3 Cobre 
- Metal de cor avermelhado, muito dúctil e maleável, embora duro, pode ser reduzido a lâminas e fios extremamente finos;
 
- Ponto de fusão entre 1.050 e 1.200 ºC, densidade relativa entre 8,6 e 8,96, rompimento à tracção entre 20 e 40 kgf/mm²; 
- Apresenta grande condutibilidade térmica e elétrica.
 
8.2.4 Aplicação 
- É utilizado principalmente em instalações eléctricas, como condutor; 
- É empregado também em instalações de água, esgoto, gás, coberturas e revestimento;
 
- É recomendável a utilização de tubulações de cobre para gás liquefeito, porque resistem melhor quimicamente e são mais fáceis de soldar que as de ferro galvanizado. 
Revestimento em cobre
 Tubulação em cobre
 8.2.5 Zinco
 
- Metal cinza-azulado, ponto de fusão 400-420 ºC, densidade relativa entre 7 e 7,2, resistência à tracção 16 kgf/mm², possui baixa resistência eléctrica;
 
- Em pouco tempo de exposição cobre-se de uma camada de óxido, que o protege, mas é muito atacável pelos ácidos (quando usado em calhas ou telhas deve apresentar caimento uniforme, para não permitir acumulo de águas que possam trazer acidez). 
8.2.6 Aplicação
 
- É utilizado principalmente sob a forma de chapas lisas ou onduladas, para coberturas ou revestimentos, em calhas e condutores de fluidos;
 
 Chapa de zinco
- É empregado também como composto em tintas e em ligas.
8.2.7 Latão 
- Liga de cobre e zinco de grande uso e importância na construção;
 
- A proporção da liga é variável => pode ir de 95% de cobre e 5% de zinco, até 60% de cobre por 40% de zinco;
 
- Tem cor amarela, é muito dúctil e maleável, tem densidade relativa entre 8,2 a 8,9, carga de ruptura à tracção entre 20 e 80 kgf/mm²; 
- É muito empregado em ferragens: torneiras, tubos, fechaduras, etc.
	As ferragens representam dois grandes grupos de artefactos utilizados na construção predial: ferragens de esquadrias (fechos, fechaduras, dobradiças e puxadores) e metais sanitários (válvulas, registros e torneiras). 
	Todos esses artigos devem ter qualidades em comum, como: resistência mecânica elevada, resistência à oxidação, facilidade de fabricação, resistência ao desgaste, relativa leveza e facilidade de manuseio. Esse conjunto de qualidades se encontra melhor no latão, por isso a preferência de seu emprego. 
8.2.8 O ferro e o Aço 
 
	 
	O ferroe o aço têm grande utilização como material estrutural, devido a seu elevado módulo de resistência (permite vencer grandes vãos com peças relativamente delgadas e leves). Seu emprego pode ser em estruturas ou componentes, como por exemplo: peças estruturais em geral (vigas, perfis, colunas), trilhos, esquadrias, coberturas e fechamentos laterais, painéis (fachadas e divisórias), grades e peças de serralharia, reforço de outros materiais (concreto armado), hangares, galpões, silos e armazéns. 
	A adição de carbono no processo de fabricação aumenta a resistência do aço, porém o torna mais duro e frágil. 
 
8.2.9 Vantagens
 
	Maior confiabilidade; menor tempo de execução; maior limpeza da obra; maior facilidade de transporte e manuseio; maior facilidade de ampliação; maior facilidade de montagem; facilidade de desmontagem e reaproveitamento; menores dimensões das peças; facilidade de vencer grandes vãos; precisão das dimensões dos componentes estruturais; maior facilidade de reforço e redução de carga nas fundações. 
8.2.10 Aço
	O aço é obtido pela transformação do minério de ferro, de maneira que ele possa ser usado comercialmente. Este processo tem o nome de Redução. Primeiramente, o minério cuja origem básica é o óxido de ferro (FeO), é aquecido em fornos especiais (alto fornos), em presença de carbono (sob a forma de coque ou carvão vegetal) e de fundentes (que são adicionados para auxiliar a produzir a escória, que, por sua vez, é formada de materiais indesejáveis ao processo de fabricação). O objectivo desta primeira etapa é reduzir ao máximo o teor de oxigénio da composição FeO. A partir disso, obtém-se o denominado ferro-gusa, que contem de 3,5 a 4,0% de carbono em sua estrutura. Como resultado de uma segunda fusão, tem-se o ferro fundido, com teores de carbono entre 2 e 6,7%. O aço, por fim, será o resultado da descarbonatação do ferro gusa, ou seja, é produzido a partir deste, controlando-se o teor de carbono para no máximo 2%.
8.2.10.1 Tipos de aço
Aços Carbono (mais usual em Construção Metálica)
	Segundo a NBR 6215, aço carbono é aquele não contém elementos de liga isto é, apenas teores residuais de Cr = 0,20%, Ni = 0,25% etc e no qual os teores de Si e Mn não ultrapassem limites máximos de 0,60% e 1,65% respectivamente. 
São classificados em função do teor de carbono
8.2.10.2 Aço com baixo teor de Carbono:
A seu teor de carbono é igual a 30%
Limite de resistência: 440 N/mm²
Aplica-se em: Pontes, edifícios, navios, vagões, caldeiras, tubos gerais, estruturas mecânicas, etc.
São classificados em função do teor de carbono.
8.2.10.3 Aço de médio Carbono:
A sua persentagem de carbono é maior que 30%
Limite de resistência: 440 a 590 N/mm²
8.2.10.4 Aço de Alto Carbono:
Limite de resistência: 590 a 780 N/mm²
Aplica-se em: Peças metálicas, parafusos especiais, implementos agrícolas, trilhos e rodas ferroviárias, etc.
 
 Tubos de Aço carbono Corrimão em aço carbono (pintado)
8.2.10.5 Aço de Alta Resistência a Corrosão Atmosférica (Aços Patináveis ou Aclimáveis)
	Os aços patináveis, possuem em sua composição cobre, cromo e níquel (Cu, Ni, Cr), é conhecido como aço de BAIXA LIGA, que expostos ao ambiente atmosférico formam uma camada de óxidos aderentes a superfície. Essa camada protetora retarda os efeitos da oxidação, comuns em aços carbonos, dispensando os tratamentos superficiais. Sua resistência a corrosão está relacionada com a atmosfera em que o material é aplicado, assim sendo, em atmosfera marinha severa e atmosferas industriais agressivas é obrigatória a aplicação de revestimento, em obras sem revestimento, atenção especial do projectista deve ser dada a pontos de estagnação evitando retenção de água ou resíduos sólidos, que favorecem desenvolvimento da corrosão.
     Apesar de dispensar tratamentos superficiais, a pintura eletrostática a pó é um, que expostos ao ambiente atmosférico formam uma camada de óxidos aderentes a superfície. Essa camada protetora retarda os efeitos da oxidação, comuns em aços carbonos, dispensando os tratamentos superficiais.
a boa opção de acabamento, proporcionando uma interação da estrutura espacial com o projeto da edificação.
 Estrutura em aço patinavel Elemento decorativo em aço patinavel
8.2.10.6 Aços para usos Estruturais segundo NBR (8800/86)
Projeto e execução de Estrutura de Aço
NBR.7007 – Aços para perfis laminados para uso estrutural.
NBR.6648 – Chapas finas de aço carbono para uso estrutural a frio.
NBR.5000 – Chapas grossas de aço de baixa liga e alta resistência mecânica.
NBR.5008 – Chapas grossas de aço de baixa liga e alta resistência mecânica resistentes a corrosão atmosférica para usos estruturais/
NBR.5920/5921 – Chapas finas de aço de baixa liga e alta resistência mecânica, resistente a corrosão atmosférica, para usos estruturais a frio e a quente.
NBR.8261 – Perfil tubular de Aço Carbono, formado a frio, com e sem costura de secção circular, quadrado ou rectangular.
8.2.10.7 Aço inoxidável
 
É um aço de grande resistência à corrosão. Pode ser obtido por:
- Liga de aço e cromo (18%) para maior dureza se acrescenta níquel (8%) ou aço inox de qualidade superior = 9% níquel, 18% de cromo e menos de 0,15% de carbono.
	O aço inoxidável é um dos materiais usados na construção que menos afetam o meio ambiente. Ele contribui para gerar e economizar energia, fornecer ar limpo, preservar a água, evitar as substâncias químicas perigosas e limitar a contaminação metálica no meio ambiente e nos aterros sanitários. Se o aço inoxidável e o seu acabamento são escolhidos corretamente e se a manutenção é feita de forma adequada, eles permanecem atraentes durante toda a vida útil da construção, mesmo se esta tiver centenas de anos. Mesmo depois de muitos anos de utilização, o aço inoxidável pode recuperar sua aparência original ou ser re-utilizado em outras aplicações. Muitas das características que determinam se um material é “verde”, ou seja, ecologicamente correcto, estão relacionadas direta ou indiretamente à sua resistência à corrosão. O alto valor da sucata de aço inoxidável, assim como a
sua reduzida taxa de corrosão, garantem índices elevados de reciclagem após uma vida útil longa. Os revestimentos que emitem gases ou afetam de forma adversa a reciclagem do metal ou da liga metálica tornam-se desnecessários. A longa vida útil do aço inoxidável maximiza a vida útil de outros materiais, evitando falhas prematuras de sistemas projectados com pedras, alvenaria ou madeira.
8.2.10.8 Aplicação
	O aço inoxidável é ideal para aplicações internas, pois não há necessidade de revestimento e não há emissão. Com a devida selecção, tubulações de aço inoxidável não serão perfuradas pela corrosão e podem ser totalmente desinfectadas. Painéis reflectivos em aço inoxidável podem ser utilizados para promover luz natural nos edifícios. Especificar uma barreira contra pestes em aço inoxidável, durável e eficaz, pode eliminar os tratamentos com pesticidas e reduzir o custo do seguro. A limpeza do aço inoxidável não exige o uso de substâncias químicas prejudiciais aos trabalhadores e ao meio ambiente. Além disso, o aço inoxidável é parte importante dos sistemas de redução de emissão industrial e automotiva.
 
 Corrimão em aço Inox / Puxador em Inox
8.2.11 Ferro fundido
 
	Entre produtos de ferro fundido são importantes os tubos para a construção de rede de água e esgotos, no entanto de elevado preço. Servem também como colunas para suporte de carga. 
	São tubos rectos com bolsa para encaixe, com diâmetro à partir de 3”, além de conexões tais como curvas, tês, cruzetas e forquetas. 
Arames
 
Podem ser pretos ou galvanizados,fornecidos em rolos e designados pelo calibre da fieira. 
Por exemplo: calibre 18, 20, etc. Arames galvanizados para cercas são de calibre 6 a 12. 
Cordoalhas
 
Em aço, diversos fios trançados formando bitola ¼” ou 3/8”, utilizados para cercas de currais para bovinos, hoje mais económicas que divisórias de madeira. 
Pregos
 
	Apresenta-se no comércio em dimensões diversas, caracterizados por 2 números; o primeiro refere-se ao calibre correspondente ao diâmetro e o segundo relacionado ao comprimento em “linha portuguesa” (1 linha = 2,3mm). 
Exemplo: prego 18 x 30; n 18 - diâmetro 3,4mm; n 30 - altura 30 x 2,3 mm = 69 mm.
Canos galvanizados:
 
	Para canalização de água, vapor, gás e ar comprimido. De acordo com a pressão de serviço podem ser fornecidos com ou sem costura. As bitolas internas vão ½ ” a 3” com comprimento de 6 m. Uma grande variedade de conexões é colocada à disposição dos usuários, evitando forçar curvaturas nos canos, o que danificaria a camada protectora galvanizada, expondo o tubo à 
corrosão. Para condução de água usa-se o tubo com costura (cano) nas bitolas de ½ a 2”. 
 
9. Materiais cerâmicos
	Chamamos materiais cerâmicos aos que se obtêm pela cozedura de argilas naturais depois de se terem colocado em moldes. As argilas utilizadas para fabricação de produtos cerâmicos pertencem a dois grandes grupos:
- Argilas micáceas, muito abundantes e empregadas geralmente na fabricação de tijolos.
- Argilas caulinas, que são as mais puras e se reservam para a fabricação de louças.
9.1 Tijolos
 Constitui um dos principais materiais de construção. Emprega-se na formação de todos os tipos de paredes, pilares, arcos etc. tem a forma de um octaedro, isto é de um paralelepípedo de bases rectangulares e com arestas laterais perpendiculares às bases.
As operações que a fabricação de tijolos compreende podem resumir-se como se segue:
- Extracção e trituração da argila.
- Preparação e amassar da pasta
- Moldagem
- Dissecação
- Cozedura
9.1.1 Tipos de Tijolo:
- Tijolo maciço ou burro
- Tijolo furado
- Tijolo oco
- Tijolo especial
- Tijoleiras
- Tijoleiras de emalhetar
9.2 Azulejos
 Os azulejos são peças de argila cozida coberta de uma superfície vidrada de cores variadas. Emprega-se para revestir paredes afectadas por humidade interior: cozinha, casa de banho, etc. ou com fins decorativos. Podem definir-se como peças constituída por um corpo espesso de estrutura porosa, feito com uma massa de argila, que cobre uma das faces da peça. Esta camada é formada por um esmalte especial que lhe proporciona as suas qualidades de impermeabilidade, resistência e aspecto agradável.
Revestimento em áreas húmidas (facilidade de limpeza)
	A cerâmica vermelha (telhas, tijolos e manilhas) e a cerâmica branca (azulejos, sanitários e porcelanas) são constituídas principalmente de silicatos hidratados de alumínio, tais como caulinita, haloisita, pirofilita e montmorilonita. O óxido de ferro é que confere a cor avermelhada de muitos produtos cerâmicos.
	A argila é usualmente plástica após ser suficientemente pulverizada e humedecida e é nesta condição conformada. Após a secagem, ela se torna rígida e adquire alta dureza após a queima em temperaturas elevadas. As cerâmicas tradicionais à base de sílica, alumina ou magnésio são também muito utilizadas como refractários em fornos e dispositivos utilizados na fusão e tratamentos térmicos dos metais e ligas.
9.3 Vidro
	Os vidros estão massivamente presentes em nosso cotidiano, sejam por meio de embalagens, nas esquadrias e fechamentos de nossas casas, na arte. 
No nosso campo de actuação, ou seja, na construção civil, inúmeras são as suas aplicações: podem garantir mais luminosidade, transparência, segurança, acabamento e decoração. 
São encontrados no mercado em diversos formatos, composições, tipos e sob as mais variadas formas de produtos, contudo, sua escolha deve ser criteriosa. Na escolha deve-se observar e relacionar os mais diversos pontos como, por exemplo, tipo, funcionamento, dimensões, especificações do fabricante e aplicação a qual se destina.
9.3.1 Definição
Os vidros pertencem ao grupo de materiais cerâmicos amorfoe são amplamente usados em indústrias de diversos sectores como de: recipientes, janelas, lentes, prisma, fibra de vidro, fibra óptica etc.
O vidro é um dos materiais mais importantes servindo a humanidade. Por ter como propriedades a transparência, bem como a resistência e a durabilidade, tornam-se preferencialmente adequados a um ramo vasto de produtos que requerem transmissão de luz como maior função.
9.3.2 Composição
 
9.4 Cor do vidro
Os vidros são incolores e para dar cores a eles são acrescido óxidos ou elementos metálicos a sua composição para ficarem dissolvidos na massa, interferindo com a luz e produzindo cores. Corantes mais comuns cobalto (azul), selénio (rosa), manganês (vinho), ferro (verde) vidro plano automóvel e cromo (verde) vidro garrafa de vinho.
9.4.1 Tipos de vidro
Embora utilizem a mesma matéria-prima, as diferentes nomenclaturas são utilizadas para diferenciar os processos de fabricação e produtos finais distintos.
9.4.1.1 Vidro Float
 
 	É produzido em placas planas com ambas as faces planas e paralelas, obtido através do processo de fabricação float.
	Os vidros float coloridos são fabricados, segundo o processo float, da mesma maneira que os vidros incolores. Distinguem-se dos incolores pelo facto de aditivos minerais serem incorporados em suas composições, conferindo-lhes, de um lado, coloração e, de outro, proporcionando-lhes o poder de barrar uma parte da irradiação solar. Assim, possuem inúmeras vantagens: redução da entrada de calor, melhorando o bem-estar e diminuindo o custo do ar-condicionado; sua transmissão luminosa permite, segundo a cor e a espessura aplicada, manter, no interior, um alto nível de claridade natural ou proporcionar um ambiente suave e repousante isento de ofuscamento.
9.4.1.2 Vidro Impresso: Caracteriza-se por uma grande variedade de gravações no vidro (texturas diferenciadas) e translucidez com excelente comportamento de difusão luminosa e de forma uniforme. São obtidos através de gravação em rolos cilíndricos laminadores, impressos em uma ou ambas as faces das chapas. O grau de difusão da luz, varia de acordo com o padrão escolhido.
Vidro impresso (o padrão pode ser variado segundo o gosto)
9.4.1.3 Vidro Reflectido: também podem ser chamados de vidros metalizados, são vidros que recebem um tratamento, onde recebem óxidos metálicos, com a finalidade de reflectir os raios solares, reduzindo a entrada de calor, proporcionando ambientes mais confortáveis e a economia de energia com aparelhos de ar condicionado. 
 A privacidade dos vidros reflectidos está directamente ligada à quantidade de luz do ambiente. Estando em um ambiente menos iluminado, é possível ver através do vidro. Estando em um ambiente mais iluminado, é possível ver a reflexão da imagem, como se fosse um espelho.
 Vidro reflectivo (fonte: internet)
9.4.1.4 Vidro Temperado: São vidros que são submetidos a um processo de aquecimento e resfriamento rápido tornando-o bem mais resistente à quebra por impacto. Apresenta uma resistência cerca de 5 vezes maior que o vidro comum.
Facilita a integração do ambiente interno com o externo. Fonte Internet
9.4.1.5 Vidro Laminado: É um vidro constituído por duas chapas de vidro intercaladas por um plástico chamado Polivinil Butiral (PVB), a principal característica desse vidro, é que em caso de quebra, os cacos ficam presos ao PVB, reduzindo o risco de ferimento às pessoas e também o atravessamento de objectos.
Uma das características do vidro quando aplicado na construção, é a leveza que proporciona, no conjunto edificadocomo também na percepção visual.
9.4.1.6 Vidro Aramado: É composto por uma tela metálica que oferece maior resistência a perfuração e protecção pois, em caso de quebra, os cacos ficam presos na tela diminuindo o risco de ferimentos. O vidro aramado é translúcido, proporcionando privacidade e estética ao seu projecto, ampliando o conceito de iluminação com segurança e requinte. Disponível nas cores azul, cinza e incolor, torna-se um aliado para os projectos criativos e recomenda-se para múltiplo uso em coberturas, guarda-corpos, portas, sacadas, pergolados e outros. 
Vidro aramado
9.4.1.7 Vidro Duplo ou Vidro Termo-acústico: São chamados de vidros termo-acústico, pois dependendo da sua composição, podem oferecer isolamento térmico e isolamento acústico. 
 O isolamento térmico se dá, pois a câmara-de-ar, serve como isolante para a passagem de calor do vidro externo para o interior do ambiente. Para melhorar a performance térmica, pode-se utilizar um vidro reflectivo. 
 Com relação ao isolamento acústico, o desempenho pode ser melhorado utilizando um dos vidros laminados ou vidros de diferentes massas. 
 Vidro duplo termo acústico, garante protecção acústica e térmica.
9.4.1.8 Vidro Duplo com Cristais Líquidos: É um vidro laminado, composto por duas chapas de vidro, incolor ou colorido, entre os quais é colocado um filme de cristais líquidos em um campo eléctrico. Quando este campo é activado, os cristais líquidos se alinham, tornando o SGG PRIVA- LITE um vidro transparente. Quando o campo magnético é desactivado, o vidro passa a ser translúcido, podendo ser repetida a operação quantas vezes for desejado.
 V-----------------------------------------------------------------
9.4.1.9 Vidro blindado: Os vidros blindados são compostos por lâminas de cristal transparente, interligadas entre si através de um material plástico extremamente resistente e flexível (PVB – polivinilbutiral) sob pressão e calor aplicados por uma autoclave (forno).
 Vidros blindados /Janela de correr blindada (Anti-invasão)
10. Materiais poliméricos (Plásticos)
	O primeiro contacto do homem com materiais resinosos e graxas extraídas e/ou refinadas se deu na antiguidade, com os egípcios e os romanos, que os usaram para carimbar, colar documentos e vedar vasilhames. No século XVI, espanhóis e portugueses tiveram o primeiro contacto com o produto extraído da borracheira. Esse extracto, produto da coagulação e secagem do látex, apresentava características de alta elasticidade e flexibilidade desconhecidas até então que recebeu o nome de borracha pela sua capacidade de apagar marcas de lápis.
	Os materiais poliméricos, nos últimos anos, vêem ganhando espaço nas construções civis. Incalculáveis são as possibilidades de seu uso como material de construção. Os primeiros polímeros sintéticos resultaram da procura de substâncias que reproduzissem as propriedades encontradas nos polímeros naturais. Assim, a falta de borracha natural, no período da Segunda Guerra Mundial, motivou a pesquisa para obtenção de borracha Sintética. Na tentativa de substituir a seda, descobriu-se a fibra de nylon. Posteriormente, surgiram vários tipos de polímeros, que permitiram uma modificação muito grande nos costumes do mundo actual.	
	A palavra polímero é utilizada para classificar moléculas orgânicas formadas por um grande número de unidades moleculares repetidas, denominadas meros. Mero significa partes e poli, muitos. Então o significado oriundo da palavra polímero é muitas partes.
	Quando começaram a ser usados na construção civil, os materiais poliméricos apresentaram inúmeros casos de insucessos devido a deficiências de resistência às intempéries, estabilidade e durabilidade. No entanto essas dificuldades estão sendo rapidamente superadas.
Os polímeros podem ser aplicados nos seguintes casos como veremos a seguir:
Instalações Hidráulicas Prediais
Instalações Eléctricas
Fechamento de Fachadas – Esquadrias
Fechamentos de Coberturas – Telhas
Pisos, Revestimentos e Forros
Revestimentos
Selantes
Tintas e Vernizes
10.1 Características, Propriedades e aplicação.
	A construção civil tem se constituído, nos últimos anos, como o mais importante mercado dentre todos, os atendidos pela indústria de polímeros. Esse aumento da demanda é decorrente de algumas de suas características, tais como baixa densidade, ductilidade e elevada resistência à corrosão.
	Os materiais poliméricos são geralmente leves, isolantes eléctricos e térmicos, flexíveis e apresentam boa resistência à corrosão e baixa resistência ao calor.
	Estes podem ser divididos em: termoplásticos, termorrígidos (termofixos) e elastómeros (borrachas).
10.2 Uso como materiais na construção.
Os materiais poliméricos ocupam, actualmente, lugar de destaque entre os materiais de construção civil. A seguir, estão listadas as principais aplicações desses materiais. Dependendo de suas propriedades, um determinado polímero pode ser usado em uma ou mais dessas categorias de aplicações.
10.2.1 Tintas, Vernizes, Lacas e Esmaltes
Frequentemente, são aplicadas pinturas às superfícies dos materiais no intuito de proteger o material, melhorar a aparência, proporcionar isolamento eléctrico.
10.2.2 Impermeabilização
É a protecção das construções contra a infiltração de água na forma líquida ou na de vapor, e são utilizados em betão e argamassas, membranas acrílicas e poliméricas e mantas poliméricas.
 Impermeabilização com tela plástica (fonte: Internet)
10.2.3 Adesivos
	É uma substância utilizada para colar superfícies de dois materiais sólidos com o objectivo de produzir uma junta com elevada resistência ao cisalhamento.
 Adesivo ou cola de silicone (fonte: Internet)
10.2.4 Películas
	Muito espessas e tem sido muito empregadas na protecção a embalagens de produtos da construção civil, em forma de “lona plástica”.
 Protecção com lona plástica de cor preta (fonte: Internet)
 Lona plástica de várias cores (Fonte: Internet)
10.2.5 Isolamento Térmico
Conhecido como isopor, trata-se de um isolante térmico por possuir grande quantidade de bolhas de ar em seu interior.
O Poliestireno Expandido (isopor) é um produto 100% reciclável. Tem como característica a leveza, capacidade de isolamento térmico e um baixo custo, estes itens com certeza são o que tem fortalecido sua presença no mercado.
É utilizado em 5 áreas: consumo, embalagens, construção civil, refrigeração e isolamento térmico.
 Forro em isopor Placas em isopor
10.2.6 Fios e Fibras Poliméricas
Atribuem aos compósitos maior resistência à tracção.
10.2.7 Aditivos Químicos
São utilizados nos concretos e argamassas para modificar certas propriedades dos materiais frescos ou endurecidos.
10.2.8 Electrodutos e Materiais eléctrico
Utilizados na fabricação de electrodutos e materiais elétricos devido a sua alta resistência eléctrica, que os torna isolantes térmicos.
10.2.9 Tubulações e Conexões Hidrosanitarias
O polímero mais utilizado é o PVC (Policloreto de Vinila), possui vantagens como o baixo preço, facilidade de manutenção, imunidade a ferrugem e a economia de mão-de-obra.
10.3 Espumas
São estruturadas em vários perfis, usadas principalmente em substituição à madeira.
10.3.1 Cobertura
São telhas onduladas de poliéster, são chapas de poliéster reforçadas por fibra de vidro. Com excelentetransmissão da luz, resistência à degradação ambiental, propriedades mecânicas regular, as chapas acrílicas são estabilizadas contra raios UV e permitem a entrada de luz natural, é ideal para locais como pátios, salas, clarabóias, spas, solários, estufas de plantas, piscinas, guarda-corpos, divisórias de ambientes etc.
 10.3.2 Acrílicos (polimetacrilato de metilo)
 Guarda Corpo em Acrílico	 Parque Olímpico de Munique (cobertura em acrílico)
 
 Barreira Acústica em Acrílico	Cobertura em Acrílico
10.3.3 Fluorocarbono (PTFE ou TFE)
Características: Quimicamente inertes à maioria dos ambientes, excelentes propriedades eléctricas, baixo coeficiente de fricção, podem ser utilizados até 260°C, nula ou desprezível fluência a temperatura ambiente.
Aplicações: Isolamentos anticorrosivos, tubulações e válvulas quimicamente resistentes, recobrimentos antiaderentes, componentes elétricos expostos a altas temperaturas.
 Tubos para Rede Eléctrica de fluorocarbono (PTFE ou TFE)
10.3.4 Nylon
Características: Boa resistência mecânica e à abrasão, boa tenacidade, baixo coeficiente de fricção, absorventes de água e outros líquidos.
Aplicações: Engrenagens, recobrimento de cabos.
10.3.5 Vinil
Características: Materiais para aplicações gerais e económicas, ordinariamente rígidos, embora com plastificantes voltem a ser flexíveis e susceptíveis à distorção térmica.
Aplicações: Recobrimentos de solos, tubulações, recobrimentos isolantes de fios eléctricos.
10.3.6 Poliéster
Características: Excelente resistência à fadiga, à torção, à humidade, aos ácidos, aos óleos e aos solventes.
Aplicações: Cintas magnetofónicas, tecidos.
Exemplos: polietileno (PE), polipropileno (PP), poli (tereftalato de etileno) (PET),
policarbonato (PC), poliestireno (PS), poli(cloreto de vinila) (PVC), poli(metilmetacrilato) (PMMA)...
 
Etileno tetrafluoretileno, ou simplesmente conhecido por ETFE
Estufa de Eden Project – Cornwell, Inglaterra
 Fragmento de Poliestireno expandido Ductos; Junções; Curvas e Ralo em Plástico (Poli cloreto de Vinila)
 Tubos de Polietileno
11. Madeira
	A madeira é um dos mais antigos materiais de construção utilizado pelo homem. É um material de grande beleza e de larga utilização nas construções.
Actualmente com a industrialização surgiram novos produtos de madeira ampliando o seu uso na construção civil e em outras indústrias.
	Na construção civil, a madeira é utilizada de diversas formas em usos temporários, como: formas para concreto, andaimes e escoramentos. De forma definitiva, é utilizada nas estruturas de cobertura, nas esquadrias (portas e janelas), nos forros e pisos.
Origem
A madeira é uma matéria sólida e dura, derivada das árvores, conhecida e utilizada desde a pré-história. Grandes extensões de terra cobertas de árvores constituem as florestas, que fornecem a madeira necessárias à indústria. É um excelente material de construção.
As árvores que fornecem a madeira dividem-se em dois grandes grupos:
Resinosas ou coníferas - possuem resina e os frutos são em forma de cone ou pinha e geralmente a sua folhagem é persistente.
Folhosas ou de folha caduca – perdem a folhagem periodicamente.
11.1 Tipos de madeira
Pinho – tem cor amarelo-clara, é moderadamente dura e pesada, é fácil de trabalhar e aplica-se na fabricação de mobiliário, construção civil, fabrico de aglomerados e carpintaria.
Carvalho – tem cor acastanhada, é dura e moderadamente pesada, é fácil de trabalhar e muito durável. É utilizada na marcenaria, tanoaria e fabrico de tacos.
 
 Árvore de carvalho	 Madeira de carvalho (Teto falso e cómoda)
Eucalipto – de cor clara ou castanho rosado, é dura e pesada, fácil de trabalhar mas empena e fende facilmente. É utilizada no fabrico da pasta de papel, marcenaria e construção civil.
Madeira de eucalipto
 
 
 Escada e mesa em madeira de eucalipto
Castanho – de cor castanho-clara, é dura e leve, muito durável e fácil de trabalhar. Utiliza-se na marcenaria, carpintaria, tanoaria e construção civil.
Plátano – de cor clara, é moderadamente dura e pesada, é fácil de trabalhar, apresenta boa apresentação no âmbito da decoração, mas empena quando não está bem seca. É utilizada na marcenaria.
 Madeira plátano Tronco de árvore (madeira plátano)
Faia – Em muitas regiões é uma espécie comercial importante. A sua dureza, a torna ideal para cabos de ferramentas, equipamento desportivo, marcenaria, decoração de interiores, tábuas para soalho e parquet, além de instrumentos musicais, em especial pianos e órgãos. É também uma excelente lenha.
 Árvore de Faia (nome científico -A Fagus sylvatica)
Sobreiro – Tem como nome científico Quercus suber, é de cor avermelhada, é muito dura e pesada, tem tendência para fender e aplica-se na marcenaria, carpintaria e construção civil.
11.2 Esquema estrutural da madeira
0. Medula; 1. Anéis anuais; 2. Feixes vasculares; 3. Raios primários; 4. Raios secundários; 5. Câmbio vascular; 6. Floema; 
7. Súber; 8. Casca; 9. Ritidoma
11.3 Propriedades da madeira
As propriedades da madeira dividem-se em físicas, mecânicas e químicas.
11.3.1 Propriedades físicas:
Cor – as madeiras apresentam as mais variadas cores. Ex: pinho – amarelo claro
Cheiro – as madeiras podem apresentar um cheiro ou perfume característico. Ex: pau-rosa.
Grau de humidade – a madeira contém uma percentagem de água que se chama grau ou teor de humidade. Conforme diminui o teor de humidade, também diminuem as suas dimensões.
Densidade – As madeiras classificam-se de acordo com a sua densidade, em:
- pesadas (pau-ferro e ébano)
- leves (acácia)
- muito leves (choupo e tília).
Peso específico – chama-se peso específico de uma substância ao peso da unidade de volume dessa substância.
Durabilidade – resistência que as madeiras apresentam à acção dos organismos destruidores (fungos, bolores, insectos). A durabilidade das madeiras depende do tratamento a que forem sujeitas, do grau de humidade e da aplicação adequada. Ex: o castanho e o carvalho são madeiras muito duráveis.
11.3.2 Propriedades mecânicas:
Dureza – é a resistência que a madeira oferece à penetração de um prego ou outros materiais. Ex: - muito duras: ébano e buxo.
- duras: carvalho e freixo
- macias: pinho e choupo
- muito macias: tília e balsa.
Resistência à tracção – quando uma peça de madeira sofre forças opostas que tendem a aumentar-lhe o comprimento. Exemplos de boa resistência: carvalho e azinho.
Resistência à compressão – quando uma peça de madeira está submetida a um esforço de compreensão, quando sobre ela actuam forças que tendem a diminui-lhe o comprimento. Pouca resistência – tília e balsa.
Resistência à flexão – quando sobre uma peça de madeira actuam forças que tendem a encurvá-la. A madeira é muito usada em trabalhos de flexão.
Resistência ao choque – capacidade das madeiras resistirem aos choques sem apresentarem roturas. Madeiras com resistência ao choque: freixo, carvalho e faia.
Resistência ao corte – uma peça de madeira está sujeita ao corte quando sobre ela actuam duas forças em sentido contrário, que tendem a separar a peça em duas partes. A madeira resiste muito melhor a um esforço de corte perpendicular às fibras, do que paraleloa estas.
11.3.3 Propriedades químicas:
As paredes das células lenhosas são constituídas essencialmente por celulose e lenhina. A celulose é quimicamente mais estável que a lenhina. Estes dois componentes da madeira formam o esqueleto resistente do tecido lenhoso, cabendo à lenhina o papel de um cimento envolvente das cadeias da celulose, aptas para resistirem a esforços mecânicos, mas extremamente sensíveis a flutuações de humidade.
Perfis ou formas comerciais
A madeira pode apresentar vários perfis ou formas comerciais, tais como:
Pilares e vigas
Perfil quadrado
Esquadro
Tubo redondo
Barra
Tubo quadrado
Perfil em L (cantoneira)
Perfil redondo
Perfil em T
11.4 Derivados da Madeira
A madeira é utilizada como combustível (lenhas) e como matéria prima para as indústrias de celulose e papel, que têm aumentado extraordinariamente de ano para ano.
Existem vários produtos derivados da madeira:
- Os folheados consistem, basicamente, em folhas de madeira natural, muito finas. Estas folhas são obtidas de toros de madeira de várias espécies, através de máquinas próprias.
Estes materiais destinam-se ao fabrico e revestimento de mobiliário e à indústria de contraplacados.
- Contraplacados são o produto obtido pela colagem de folhas finas de madeira umas sobre as outras.
O número de folhas é ímpar e estas são sobrepostas com a fibra cruzada, sendo em seguida coladas e depois prensadas.
Estas placas são mais baratas que a madeira maciça, aplicam-se na fabricação de mobiliário, portas e ainda para forrar tectos e paredes.
 
Placa de contra-Placado
- Os aglomerados de madeira são constituídos por fibras ou partículas de madeira, prensadas juntamente com resina sintética a uma temperatura de cerca de 200º C.
As placas de aglomerado podem ser revestidas na sua superfície com folha de madeira. O aglomerado é muito utilizado em móveis, revestimentos de tectos, paredes e divisórias.
 Aglomerado de madeira
- O cartão prensado (tipo plátex) tem normalmente cor castanha e com espessuras que variam entre 2mm e 4mm.
Este material resulta da ligação das fibras celulósicas com resinas sintéticas. É utilizado em revestimentos e tem pouca durabilidade.
A madeira também é utilizada na indústria de marcenaria para fabricação de móveis, na carpintaria para construção de diversas estruturas, incluindo navios. A madeira é um dos materiais mais utilizados em arquitectura e engenharia civil.
11.5 Vantagens e desvantagens
11.5.1 Vantagens da madeira como material de construção
Apresenta boa resistência mecânica, com a vantagem de peso próprio reduzido.
Pode ser trabalhada com ferramentas simples, tendo peças que podem ser desdobradas em outras conforme a necessidade, permitindo a reutilização.
Permite o uso em dimenções reduzidas.
Tem boas condições naturais de isolamento térmico e absorção acústica.
Não sofre ataques de gases e produtos químicos.
Em seu estado natural, apresenta uma infinidade de padrões estéticos e decorativos.
11.5.2 Desvantagens da madeira como material de construção
É combustível;
Sensibilidade às variações de temperatura;
Facilidade de deterioração por agentes biológicos;
Facilmente se deforma;
Formas alongadas e de secção transversal reduzida
12. Materiais Compósitos
	Com o avanço tecnológico os requisitos exigidos aos materiais comuns também sofreram alterações e consequentemente o aparecimento de materiais compósitos, capazes de corresponder as novas exigências.
Os materiais compósitos aliam a leveza, rigidez e resistência, aos preços de produção relativamente baixos. Um material compósito é um material de construção civil que associa na mesma massa as propriedades de materiais de  natureza diferente, de tal modo que se obtenha uma melhoria das performances de cada material considerado individualmente, quer sob o ponto de vista de propriedades físicas, químicas ou de resistência  mecânica.
Basicamente, um material compósito resulta da ligação íntima de pelo menos dois materiais distintos, dando origem a um material heterogéneo e multifacetado, mas de propriedades melhoradas relativamente a cada um individualmente. A título de curiosidade já antigas civilizações utilizavam compósitos (palha+barro) na produção de tijolos.
Os materiais que podem compor um material compósito podem ser classificados em dois tipos: matriz e reforço.
O material matriz é o que confere estrutura ao material compósito, preenchendo os espaços vazios que ficam entre os materiais reforços e mantendo-os em suas posições relativas.
Os materiais reforços são os que realçam propriedades mecânicas, electromagnéticas ou químicas do material compósito como um todo.
Pode ainda surgir uma sinergia entre material matriz e materiais reforços que resulte, no material compósito final, em propriedades não existentes nos materiais originais.
12.1 Descrição dos Materiais Compósitos
12.1.1 Material de Reforço
Fibras Orgânicas (nylon, poliéster)
Fibra de vidro
Fibra de carbono
Fibra de titânio
Fibra de Boro
Fibras Cerâmicas
Fibras de Carbeto de Silício
Fibras de Alumina
Fibras de Quartzo
Fibras Metálicas
Fibra de Aramida
Madeira (serradura)
Grafite
Fibra de Basalto
12.1.2 Matriz
Matriz Polimérica
Matriz Metálica
Matriz Cerâmica
12.1.3 Classificação dos compósitos
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12.1.3.1 Compósito de matriz polimérica – A sua estrutura é composta por um material polimérico e tem um outro material como reforço.
12.1.3.2 Compósito de matriz metálica – Tem como estrutura um material metálico e um outro tipo de material como reforço.
Os materiais compósitos, com matriz metálica, apresentam propriedades de interesse para a indústria mecânica e aeroespacial, quando se alia o baixo peso com alta resistência mecânica. Compósitos com uma matriz de alumínio reforçadas com nanopartículas são objectos de estudo nos dias atuais.
12.1.3.3 Compósito de matriz cerâmica – Tem como estrutura um material cerâmico e outro material como reforço. 
Compósitos de matriz cerâmica (CMC´s) tendo como base de reforço fibras de carbono.
Os materiais cerâmicos sãos dos mais antigos utilizados pelo ser humano, mesmo assim o desenvolvimento dos compósitos de matriz cerâmica tem ficado aquém dos outros tipo de matrizes, principalmente por sua dificuldade de fabricação, que envolve altas temperaturas em suas etapas, sendo assim, necessárias a utilização de reforços que suportem altas temperaturas. Outro motivo é o aparecimento de tensões térmicas, devido à diferença de coeficientes de expansão térmica entre matriz
13 Conclusão
É de grande importância o conhecimento dos materiais, suas propriedades, características, vantagens e desvantagens no seu uso, de forma a se fazer uma melhor aplicação dos mesmos nos mais diferentes casos, tendo em conta os aspectos económicos, geográfico, climático e do impacto ambiental que estes possam causar.
Bibliografia
Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura, Volume12, Lisboa, Editorial Verbo.
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- http://www.metallum.com.brQuanto a Matriz
Matriz Polimérica
Matriz Metálica
Matriz Cerâmica
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Universidade Privada de Angola – Departamento de Arquitectura e Urbanismo
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