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A Moral e a Ética na Atualidade

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A Moral e a Ética no Mundo 
Contemporâneo. 
 
 
 
 
Resumo: Esta pequena obra visa tratar dos preceitos e adaptações no processo de evolução da 
''moral'' e da ''ética'' dos seres humanos. Considerando as relações cotidianas iremos explanar 
alguns exemplos de dogmas incisivos na hora da pessoa consciente fazer determinada escolha, 
levando a baila a visão filosófica dos costumes e sua usabilidade. 
 
 
O Costume é o elemento fundamental para a criação dessa problemática. Então, designam-se como 
costumes as regras sociais resultantes de uma prática reiterada de forma generalizada e prolongada, 
o que resulta numa certa convicção de obrigatoriedade, de acordo com cada sociedade e cultura 
específica. 
 
 
A Moral pode ser distinta da ética sim, mas primeiro temos que enxergar a ''moral'' com a sua 
epistemologia, e deontologicamente na sua totalidade, ou seja, podemos definir a moral conforme o 
parágrafo anterior nos baseando no costume. Assim sendo, a moral seria um preceito de normas 
impostas pela sociedade à nós ainda que não notemos e somos conduzidos inconscientemente para 
tal. 
Trata-se de regras que conduzem o indivíduo ao convívio social, talvez maculando a ideia de 
autonomia do indivíduo em si. 
Podemos dizer que o sujeito moral é aquele que caminha dentro das regras consuetudinárias e leis 
da sociedade na qual está inserido. Mas o que falar do sujeito que transgride essas regras? 
Contrariando o significado atualmente aceito da palavra ''Imoral'' podemos dizer que neste contexto 
não significa libertinagem, indecência, mácula ao pudor, etc. e sim algo contrário à moral, ou seja, 
um antônimo de tal palavra. 
Partindo do ponto de vista filosófico, não seria razoável afirmar que a transgressão de um preceito 
ulterior à linha de vida do sujeito tenha que ser severamente seguido, visto que isso fere a 
autonomia pessoal de criação dos próprios conceitos de primeiro grau, porém, tendo em vista o 
bem comum da coletividade isso ocorre. O ser narcisista se torna instado a ser, de maneira 
democrática, ainda que não queira, altruísta. 
 
 
Agora, para darmos continuidade ao conteúdo temos que entender um breve conceito de Ética . Em 
seu significado a ética é ''conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um 
indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade''. - Google-. Mas temos que ver a ética no 
sentido de ''filosofia moral''. Sob tal conceito podemos definir a ética como reflexão sobre as noções 
e princípios que fundamentam a vida moral. Ou seja, depende da concepção que cada ser humano 
toma como ponto de partida. Por exemplo: Quando nos perguntamos ''O que é o bem e o mal?'', 
temos que responder baseados na nossa própria consciência, o que torna-se bem oposto à 
''MORAL'' que assola nossas mentes com diversas regras que tem de ser cumpridas assim que 
tentamos julgar algo. 
E quem transgride a ética? Simples, torna-se um sujeito antiético, ou seja, uma pessoa que não 
aceita tais costumes instaurados e tenta agir de maneira harmônica com sua própria consciência, 
assim sendo, ''se não achas algo que a sociedade reprime errado, por que não podes fazer?''. Um 
exemplo disso é o Nudismo, muitas pessoas se sentem bem sem roupas, só porque a sociedade se 
veste significa objetivamente que todos temos que andar vestidos? Eis uma grande problemática, 
andar despido tornou-se algo repudiado pela sociedade. E nesse caso o indivíduo é novamente 
instado a andar desnudo até porque a lógica é que tudo que a sociedade repudia será punido por 
ela, ou seja, existem normas de punição para quem violar as regras ainda que inconscientemente 
(Tendo que dentro agir na coletividade ainda que não queira). 
 
 
Veremos agora uma história real para entendermos como devemos aplicar esses conceitos ao nosso 
cotidiano: 
 
 
Em 1964, nos Estados Unidos, às 3h20 da madrugada, uma mulher de vinte e oito anos voltava para 
casa após o trabalho. Ela era gerente de um bar da região. Diante do seu domicílio, na calçada, foi 
apunhalada por um homem. Vários moradores das casas vizinhas observaram a cena. Da sacada de 
um apartamento em frente, um homem gritou: 'Deixe a moça em paz!'. O agressor afastou-se por 
alguns instantes mas quando percebeu que não haveria interferência, voltou e apunhalou a moça 
novamente, enquanto ela clamava por socorro. Outras luzes se acenderam, ele pegou seu carro e 
partiu. Catherine arrastou-se até sua porta e tentou abri-la quando o agressor mais uma vez voltou e 
acabou por lhe deferir um golpe fatal. 
 
 
Às 3h50, a polícia recebeu um chamado de vizinhos e em 2 minutos chegou ao local. Dentre as trinta 
e oito pessoas que assistiram ao assassinato, apenas um homem, uma senhoras de setenta anos e 
uma jovem vieram falar com os policiais. O homem explicou que ao presenciar a agressão, não sabia 
o que fazer e ligou para um de seus amigos advogados. Depois foi ao apartamento da mulher de 
setenta anos para lhe pedir que telefonasse para a polícia. Resmungou que ele mesmo não queria se 
envolver nesse caso. 
Quando a polícia ouviu os moradores após a tragédia, muitos confessaram não saber por que não 
tomaram providência alguma; um deles afirmou que tinha sono e por isso preferiu voltar para a 
cama; uma dona de casa achou que era briga de namorados e que, portanto, não era problema dela; 
outros tiveram medo de intervir; e alguns não sabiam bem por que não tomaram providência 
alguma. 
 
 
Após a interpretação desse texto, uma grande pergunta surge: Os vizinhos que assistiram a cena sem 
nada fazer foram antiéticos ou imorais? Como lemos um pouco acima, podemos entender que tal 
atitude engloba as duas problemáticas de fazer o contrário do que há na exigibilidade específica de 
conduta adversa prevista em lei. Porém faculta a cada pessoa agir dentro dos seus próprios 
conceitos. Podemos deduzir que nesse caso as pessoas não pararam para refletir sobre se o que 
faziam era certo ou errado, ou mais especificamente falando, sobre o que não fizeram, mas não 
estamos negando que agiram fora da ética pois essa reflexão pertence a cada ser propriamente 
envolvido na situação e cada um deles pode ter pensado de maneira diferente, ocasionando assim 
uma reflexão narcisista, ou seja, contrariando o sentido da palavra reflexão, visto que tal em prática 
significa se colocar no lugar do outro e julgar se deve ou não fazer algo, e com toda certeza não foi 
bem isso que ocorreu. Cada um pensou em si, pensou nas consequências da denúncia, pensou no 
transtorno, pensou em ter que ir à delegacia testemunhar, pensou em tudo que pudesse atrapalhar 
e causar transtorno a sua vida pessoal, menos em se arriscar a interferir no que ocorria naquele 
momento para salvar uma vida. 
 
 
Sob tal perspectiva podemos afirmar que ultimamente, no mundo contemporâneo as pessoas vivem 
em função de si e das quais agregam valores. Não podemos deixar os valores se sobrepor ao ser, 
somos todos iguais em nossa essência, seres humanos. A moral e a ética encontram-se em bastante 
desuso nos dias atuais, fazendo com que as pessoas se isolem em grupos específicos de convivência 
e não pensem em interagir ou até mesmo em interferir na coletividade alheia, deixam essa tarefa 
única e exclusivamente para o Estado, o que é na verdade uma grande traição à sua própria natureza 
humana. 
 
 
 
 
SILVEIRA Júnior.

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