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Aleitamento Materno

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-Aleitamento Materno-
• Composição bioquímica 
• Leite humano: 
• Leite materno e o de vaca são semelhantes no que diz respeito a calorias. 
• Tem mais lactose (carboidrato), hidrato de carbono e gordura. O bebe que recebe 
leite materno tem fezes mais amolecidas, pois nao digere parte da lactose. 
• O leite materno tem acido graxo de cadeia polinsaturado (PUFA = 
docosaexaenoico -> é fundamental para desenvolvimento do cérebro e da retina).
• Tem menos proteínas e eletrólitos do que o leite de vaca. O rim do lactente é 
imaturo, e o leite materno tem menos proteínas para nao sobrecarregar o rim. A 
principal proteína do leite materno é a do soro (alfa lactoalbumina) que é de fácil 
digestão. 
• É rico em Imunoglobulinas, principalmente IgA secretória (protege as mucosas). 
É rico em lisozimas -> destroem bactérias (bactericida). Também é rico em 
lactoferrina tem ação bacteriostatica (impede que o ferro seja utilizado por 
organismos patogênicos; e a lactoferrina aumenta biodisponibilidade do ferro) e 
impede que o ferro seja quelado por outra substancia -> aumenta sua 
biodisponibilidade e absorção do ferro. Não disponibiliza ferro para E.coli. Leite 
humano tem macrofagos e linfócitos secretando todos esses fatores.
• Leite humano e leite de vaca tem mais ou menos a mesma concentração de ferro 
(baixa); mas o ferro do leite humano é mais absorvido (tem maior 
biodisponibilidade).
• Rico em fator bífido -> glicoproteina que induz o crescimento de flora saprofita 
(Lactobacillus), inibindo o crescimento de flora patógena
• Leite materno protege a criança e a mãe contra o diabetes tipo 2
• Leite de vaca: 
• Tem mais proteínas e eletrólitos. A criança tem pouca capacidade de concentrar a 
urina logo não consegue eliminar os produtos do metabolismo das proteínas -> 
aumenta a osmolaridade serica.
• Leite de vaca tem mais sódio
• Tem menos carboidrato (lactose)
• A gordura do leite de vaca é saturada -> nao ajuda na formação do SNC, e sim 
forma placa de ateroma. 
• A principal proteína do LV é a caseína -> proteína de difícil digestão. Contém a 
proteína do soro -> beta lactoglobulina que é altamente alergenica 
• 40% dos lactentes com DRGE possuem alergia ao leite de vaca
• Mae que nao quer amamentar. Conduta:
• Informar a mae sobre os benefícios do aleitamento materno
• Se ela continuar nao querendo: apoiar a decisão 
• Respeitar a decisão da mae e prescrever formula láctea
• Fórmula láctea 
• Nos primeiros 6 meses -> formula láctea de partida
• A partir de 6 meses -> formula láctea de seguimento
• Modificações do leite materno
• Durante as fases de produção
• Colostro: nos primeiros 5 dias, o leite é espesso, amarelado, produzido na 
primeira semana de lactação. O colostro tem mais proteína e eletrólitos. 
Semelhante ao leite de vaca. É um transudato do plasma. Produzido por uma 
mama imatura. Tem mais vitamina lipossolúvel (rico em caroteno (vitamina A), por 
isso é amarelo). 
• Leite de transição: na segunda semana de vida
• Leite maduro: produzido a partir da terceira semana. Tem mais gordura e lactose 
do que o colostro. Tem mais vitamina hidrossoluvel. 
• A apojadura ocorre 48-72 h após o parto; e independe da sucção
• Leite de mães de prematuros
• Maior teor de lipídios, proteínas e calorias
• Menor teor de lactose
• Tanto o colostro quanto o leite maduro tem mais lipídios, proteínas e calorias; e 
menos lactose.
• Durante a mamada
• Quando criança começa a mama sai leite com mistura de lactose e alfa-
lactoalbumina (leite anterior - solução). No final da mamada aumenta o conteúdo 
de gordura (leite posterior - emulsão); é esse leite que dá saciedade.
• Durante o dia
• Ao longo do dia aumenta a quantidade de gordura do leite (aumenta gordura a 
noite)
• Recomendações alimentares 
• Aleitamento materno exclusivo, livre demanda (mama quantas vezes quiser, por todo 
tempo que quiser), ate os 6 meses
• A unica coisa que pode ser dada para a criança que nao acaba o aleitamento 
materno exclusivo é alguma medicação necessária. Mas ate água, se fornecida, nao 
é mais aleitamento materno exclusivo.
• Aleitamento materno predominante -> leite materno + outros líquidos. Quando a 
criança recebe além do leite materno, água ou bebidas à base de água, sucos, 
fluidos rituais.
• Aleitamento materno complementado: leite materno + alimentos sólidos ou 
semissolidos com a finalidade de complementar o leite materno; proposto de 6 
meses aos 2 anos.
• Aleitamento misto ou parcial -> leite materno + outros tipos de leite.
• Introdução de alimentação complementar aos 6 meses. Mesmo que a criança esteja 
tomando formula láctea, só insere alimentação complementar aos 6 meses.
• Manter aleitamento materno, ate no mínimo, 2 anos.
• Indicações de sulfato ferroso suplementar
• Introduzido no momento da introdução da alimentação complementar, nas crianças 
nascidas a termo.
• MS proconiza ferro ate 18 meses
• A SBP preconiza ferro ate 2 anos
• Para crianças que recebem formula lácteas, a Suplementação de ferro é 
desnecessária. 
• Crianças nascidas a termo, após os 6 meses de idade, devem receber 1 mg/kg/dia 
de ferro elementar ate os dois anos.
• Nos prematuros e crianças que nasceram com baixo peso (< 2500g): a 
Suplementação deve começar a partir do 30º dia de vida (após 1 mês), mantida ate 
2 anos, independente se esta em aleitamento materno ou uso de formula láctea.
• RN prematuro ou com baixo peso ao nascer
•A partir de 30 dias a 12 meses
•Se < 2500g: 2 mg/kg/d de ferro elementar
•Se < 1500g: 3 mg/kg/d de ferro elementar
•Se < 1000g: 4 mg /kg/d de ferro elementar 
•E de 1 ate 2 anos recebe 1mg/kg/d
• Quem nao recebe ferro: criança nascida a termo com menos de 6 meses de idade 
em aleitamento materno exclusivo ou com fórmula láctea; e o lactente com mais de 6 
meses que recebe > 500 ml de fórmula láctea -> nao precisam de Suplementação de 
ferro.
• Suprimento lácteo
• Choro nao é indicador de suprimento lácteo inadequado!!!!
• A criança perde 10% do peso ao longo da primeira semana. No inicio da segunda 
semana tem que parar de perder peso. Ao final da segunda semana a criança deve 
ter recuperado o peso do nascimento. 
• Diurese é um excelente marcador; criança que tem bom suprimento lácteo tem boa 
diurese (5-8 vezes por dia). 
• Técnica de amamentação 
• Posição: criança deve estar totalmente apoiada; cabeça e tronco devem estar no 
mesmo eixo (alinhados - pescoço nao torcido); criança deve estar voltada para o 
corpo da mae / corpo da criança encosta no corpo da mae (barriga com barriga); 
rosto do bebe de frente para a mama, com nariz na altura do mamilo 
• Pega: boca deve estar bem aberta; lábio inferior evertido; queixo da criança toca a 
mama da mae; nao devo ver a aréola (ou vejo uma pequena porção da parte 
superior da aréola). 
• Erro na técnina de amamentação e suas complicações
• Fissura mamilar: pega inadequada -> dor muito intensa ao amamentar -> 
ingurgitamento -> Mastite 
• Ingurgitamento mamário
• Mastite: nao contraindica aleitamento materno; tem que manter a amamentação e 
corrigir a tecnica de amamentação. Fazer ordenha antes da mamada. É fundamental 
esvaziar a mama depois da mamada, se ela ainda estiver ingurgitada. Mama nao 
esvaziada, passa a nao responde à prolactina. Aplicar o próprio leite na fissura. 
Mastite é doença Estafilocócica -> faz cefalexina. Deve ser feito acompanhamento 
do ganho ponderal do lactente. 
• Contraindicações ao aleitamento materno
• Doenças maternas
• Contraindicações ocasionais (só contraindicam em situacoes especiais)
• Herpes simples: se infecção em atividade -> deve se cobrir a lesão na hora de 
amamentar (usa mascara) e recomenda que lave bem as maos. Contraindica 
se houver lesão próxima ao mamilo. E se tiver apenas em uma mama, 
amamenta pela outra mama.• Citomegalovirus: contraindica amamentação no prematuro extremo (< 32 
semanas) 
• Contraindicação absoluta 
• Psicose puerperal: alguns livros dizem que pode amamentar se estiver sob 
supervisão rigorosa
• HTLV
• HIV
• Doenças do lactente
• Qualquer condicao cirurgica que contra-indique a alimentacao por via oral/enteral 
-> ex.: Atresia de esôfago
• Galactosemia: erro inato do metabolismo em que nao consigo converter 
galactose em glicose no fígado. Pode levar a cirrose. Criança também nao pode 
receber leite de vaca. Tem que usar leite de soja!!! RN vomitando, com ictericia, 
deposito de açúcar na pupila, no fígado, hipoglicemia importante, sem ganhar 
peso adequado, teste de Benedict positivo na urina (fecha diagnostico -> perde 
glicose na urina)
• Fenilcetonúria: nao contraindica amamentação!!!! Criança pode mamar, mas o 
aleitamento materno em regime de livre demanda esta contraindicado. Conduta: 
mae amamenta 2x/dia e vai acompanhando nível sérico de fenilalanina. Deve 
suspender o aleitamento por 1-5 dias e substituir o leite materno por formulas 
com baixo teor de fenilalanina; depois aos poucos se reintroduz o leite materno.
• Drogas usadas pela mae
• Imunossupressores e citotoxicos
• Antineoplasicos
• Substancias radioativas (radiofarmacos)
• Amiodarona*: o iodo causa hipotireoidismo no lactente 
• Bromocriptina: pode inibir a lactação 
• Sais de ouro: risco de rash e reações de idiossincrasia.
• Alguns antimicrobianos: linezolida e ganciclovir 
• Fenindiona: anticoagulante
• Nao são contraindicações 
• Tuberculose: mae amamenta em lugar arejado, de mascara. Criança nao recebe 
vacina com BCG, e faz Quimioprofilaxia com isoniazida por 3 meses. Depois de 3 
meses faz PPD, e depois disso decide o que fazer com a criança. Tuberculose 
nao é transmitida pelo leite
• Hepatite B: administra vacina e imunoglobulina no RN ao nascer, diminuindo o 
risco de transmissão, mas ele continua existindo mesmo que seja mínimo
• Fissura e Mastite
-/-QUESTÕES DE RESIDÊNCIA-/-
• Criança em aleitamento materno exclusivo pode evacuar varias vezes ao dia ou ate 
passar dias sem evacuar -> imaturidade do SNC e periférico e imaturidade do TGI, pois 
essa criança tem o reflexo gastrocolico exacerbado. As fezes podem tem coloração 
esverdeada ou amarelada e serem explosivas ou nao. Podem ser semilíquidas, 
pastosas.. 
• O refluxo gastroesofagico em lactente pode ser uma manifestação da alergia ao 
leite de vaca
• A criança em aleitamento pode apresentar cólicas entre 1-3 meses de idade: é um 
processo benigno e autolimitado. A criança tem crises de choro e se contorce entre as 
mamadas. Pode ter face avermelhada e palidez perioral. Por volta de 3 meses a criança 
para de apresentar as cólicas. Orienta colocar compressa morna na barriga do bebe, e 
tranqüiliza a mãe.
• No lactente pode ser palpado ponta de baço e fígado (na duvida faz hepatimetria) sem 
significar visceromegalia
• Toxoplasmose nao é transmitida pelo leite
• Uma mãe nao deve amamentar o filho de outra. A amamentação cruzada é 
contraindicada
• Criança em aleitamento materno exclusivo esta obesa -> continua aleitamento materno
• Crianças com menos de um ano de vida nao podem ingerir mel (pois pode haver 
esporos do clostridium botulinico -> levando a quadro de botulinico na criança)
• Alergia alimentar
• Aparece em 6% das crianças durante os três primeiros anos de vida. Seu 
aparecimento geralmente coincide com transição alimentar que se da aos 6 meses.
• As proteínas mais implicadas na alergia mediada por IgE: soja, ovo, amendoim, leite 
de vaca, peixe, cereais
• Doença celiaca é alergia alimentar autoimune nao mediada por IgE
• A alergia mediada por IgE por leite, amendoim, peixe tende a desaparecer
• No refluxo gastroesofagico e na alergia a proteína do leite na criança, tem como marco 
principal irritabilidade e deficit de ganho ponderal. No caso de alergia ao leite de vaca 
poderia ter ainda; enterorragia, hematemese, sibilancia, eczema.
• Refluxo fisiológico: criança que mama bem, ganha peso adequadamente e, 
simplesmente, regurgita. Devemos apenas observar. 
• Intolerância a lactose
• Deficiência de lactase na borda em escova dos enterocitos intestinais
• Uma das principais causas de diarreia cronica e flatulência, principalmente em 
negros e brancos caucasianos
• Tende a se expressar mais na fase adulta
• Trata com restrição da lactose na dieta
• Nao tem relação com hipersensibilidade, nao é alergia. É uma deficiência enzimática 
• Há diarreia cronica + flatulência 
• Pode ser congênita ou adquirida (deficiência transitoria da lactase, como no paciente 
que foi acometido pelo rotavirus)
• Se foi feito diagnostico de intolerância a lactose, e foi retirada a lactose ela manteve 
os sintomas. E a dosagem do ph fecal foi inconclusivo, era esperado que estivesse 
alto. O próximo passo a ser feito é a -> medida de hidrogênio no ar expirado!!

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