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Introdução a Engenharia 1

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Introdução à Engenharia
 Eduardo Batman Júnior 
 
 
Eduardo Batman Júnior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução à Engenharia 
 
Educação a Distância 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................... 4 
INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 5 
1. O ENGENHEIRO ...................................................................................................... 6 
2. PRODUTIVIDADE .................................................................................................. 11 
3. SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES ........................................................ 17 
4. CONSTRUÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS ....................................................... 23 
5. CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS ........................................ 28 
6. COMUNICAÇÃO .................................................................................................... 31 
7. CRIATIVIDADE ....................................................................................................... 33 
8. CONSCIÊNCIA AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE ......................................... 36 
9. OTIMIZAÇÃO ......................................................................................................... 39 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 46 
ANEXO .......................................................................................................................... 47 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 52 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno, esta apostila de 
Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais, parte integrante de um conjunto 
de materiais de pesquisa voltados ao aprendizado dinâmico e autônomo que a 
educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar aos alunos 
uma apresentação do conteúdo básico da disciplina. 
A Unisa Digital oferece outros meios de solidificar seu aprendizado, por meio 
de recursos multidisciplinares como chats, fóruns, Aulas web, Material de Apoio e e-
mail. 
Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca 
Virtual: www.unisa.br, a Biblioteca Central da Unisa, juntamente com as bibliotecas 
setoriais, que fornecem acervo digital e impresso, bem como acesso a redes de 
informação e documentação. 
Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo no seu 
estudo são o suplemento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado 
eficiente e prazeroso, concorrendo para uma formação completa, na qual o conteúdo 
aprendido influencia sua vida profissional e pessoal. 
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em 
qualquer lugar! 
 
 
 
Unisa Digital
 
 
 
 
 
 
5 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Esta apostila tem o objetivo de introduzir o aluno no mundo da engenharia. 
Todos nós conhecemos algum engenheiro, mas raramente conhecemos as 
competências e habilidades que formaram esse engenheiro. Nessa apostila 
estudaremos o engenheiro de produção e o engenheiro ambiental, seu comportamento, 
suas atribuições, suas áreas de atuação e o mercado de trabalho. 
Também estudaremos o Sistema Internacional de unidades, sua importância 
e abrangência, aprenderemos o conceito de produtividade e a aplicação prática nas 
empresas, veremos as boas práticas na construção de tabelas e gráficos, ferramentas 
tão importantes no dia-a-dia do engenheiro, faremos menção ao projeto, início de tudo 
na engenharia, entraremos no tema comunicação para engenheiros, cuja necessidade 
de aprimoramento muitas vezes passa despercebida, abordaremos a criatividade que 
precisa ser muito aguçada e desenvolvida nesses profissionais e por fim, e não menos 
importante por isso, consideraremos a consciência ambiental e a sustentabilidade, tão 
comentadas nos dias de hoje, mas que para que tomem lugar efetivo na vida do 
engenheiro precisam ser discutidas desde o primeiro dia de aula. 
 
 
 
Bom estudo a todos! 
 
 
 
 
 
 
Prof. Engº. Eduardo Batman Jr. 
 
 
 
6 
 
1. O ENGENHEIRO 
 
Basta olhar ao redor para vermos a importância dos engenheiros. Nossas 
roupas foram fabricadas em máquinas desenvolvidas por engenheiros. Nosso relógio, 
nosso telefone celular, o computador, enfim, quase tudo que temos ou usamos, 
inclusive a energia elétrica e as lâmpadas que estão nos iluminando, foi desenvolvido, 
projetado e executado por engenheiros. 
Vocês sabem o que as personalidades a seguir, com sobrenomes famosos, 
têm em comum? 
Yasser Arafat, Alexandre Gustave Eiffel, Osama Bin Laden, Boris Yeltsin, 
Henry Laurence Gantt, Henry Ford, Alfred Hitchcock, Karl Benz, Jimmy Carter, Joseph 
Bombardier, Jacques Cousteau, Rudolf Diesel, Ferdinand Porsche, Alexander Graham 
Bell, Scott Adams, Edwin Armstrong, Rowan Atkinson, Ray Dolby, Michael Bloomberg, 
Thomas Edison, William Hewlett, David Packard, Guglielmo Marconi, Arthur Nielsen, 
Nikola Tesla e George Westinghouse: São engenheiros! 
Todos nós também conhecemos algum engenheiro, no círculo de amigos, na 
empresa, na vizinhança, ou até remotamente, pela televisão, mas vamos agora definir o 
engenheiro. Segundo Holtzapple e Reece (2006, p.1): 
 “Engenheiros são indivíduos que combinam conhecimentos da ciência, 
da matemática e da economia para solucionar problemas técnicos com os 
quais a sociedade se depara. É o conhecimento prático que distingue os 
engenheiros dos cientistas, que também são mestres da ciência e da 
matemática. Essa ênfase na praticidade foi eloqüentemente relatada pelo 
engenheiro A. M. Wellington (1847 – 1895) que descreveu a engenharia 
como “ a arte de fazer...bem, com um dólar, aquilo que qualquer outro 
pode fazer com dois””. 
 
Depois de definir o engenheiro temos que definir engenharia e para isso 
vamos ao dicionário (Aurélio, p. 267): 
“Aplicação de conhecimentos científicos e empíricos, e certas 
habilitações específicas, à criação de estruturas, dispositivos e 
processos para converter recursos naturais em formas adequadas ao 
atendimento das necessidades humanas”. 
 
De acordo com Bazzo; Pereira (2008), as atribuições legais de um 
engenheiro, dentro de suas competências técnicas legais são: 
7 
 
• Administrar 
• Analisar 
• Assessorar 
• Avaliar 
• Construir 
• Consultar 
• Controlar 
• Desenvolver 
• Dirigir 
• Emitir parecer 
• Ensinar 
• Ensaiar 
• Especificar 
• Estudar 
• Executar 
• Experimentar 
• Fiscalizar 
• Gerenciar 
• Manter 
• Operar 
• Pesquisar 
• Planejar 
• Produzir 
• Projetar 
• Supervisionar 
• Testar 
• Vender 
• Vistoriar 
Se você pesquisar em livros ou na internet, certamente encontrará muitas 
outras definições para engenheiro e engenharia, tão corretas quanto essas, mas creio 
que com elas nós já conseguimos atingir nossos objetivos, que é o de deixar claro as 
atribuições genéricas de um engenheiro. 
Sobre as competências e habilidades dos engenheiros, Bazzo; Pereira 
(2008) apresentam o quadro a seguir: 
Competências e habilitações dos engenheiros 
Aplicar conhecimentos científicos, matemáticos, 
tecnológicos e instrumentais. 
Planejar, supervisionar, elaborar e coordenar 
projetos e serviços técnicos. 
Conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e 
processos. 
Projetar e conduzir experimentos e interpretar 
resultados. 
Identificar, formular e resolver problemas. Desenvolver e utilizar novas ferramentas e técnicas. 
Assumir uma postura de permanente atualização 
profissional. 
Avaliar criticamente a operação e a manutenção 
de sistemas. 
Comunicar-se eficientemente nas formas escrita, 
oral e gráfica. 
Avaliar os impactos sociais e ambientais de suas 
atividades. 
Avaliara viabilidade econômica de projetos. Atuar em equipes multidisciplinares. 
Trabalhar com ética e responsabilidade profissional. Supervisionar a operação e a manutenção de sistemas. 
Fonte: BAZZO, W. A; PEREIRA, L. T. V. Introdução à Engenharia: Conceitos, ferramentas e comportamentos. 
2. Ed. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2208. P. 89 
 
8 
 
As novas atribuições dos engenheiros foram amplamente discutidas por 
Laudares; Ribeiro (2001, p. 492): 
“As mudanças ocorridas na organização do trabalho 
passaram a utilizar, em maior escala, o componente intelectual do 
trabalhador, em detrimento do componente físico-manual. Dessa forma, 
articula-se uma nova base técnica com a lógica sistêmica de 
organização da produção e formas participativas de atuação. O 
engenheiro, nesse contexto, ocupa posição estratégica, assumindo 
responsabilidades de gerenciamento de pessoas e processos que lhe 
exigem conhecimentos humanos e sociais somados àqueles de cunho 
puramente técnicos. Os cursos universitários, outrora baseados numa 
lógica instrumental e tecnicista, vêm discutindo a urgência de um novo 
modelo que possibilite uma formação mais ampliada do engenheiro, 
envolvendo questões que incluem as dimensões humana e social, 
econômica e política”. 
 
Agora vamos ajustar um pouco mais as definições às nossas habilitações: 
Engenharia de Produção e engenharia Ambiental. 
O engenheiro de produção deve dedicar-se ao projeto, implementação, 
operação, controle, gerenciamento e melhoria dos sistemas produtivos, através de 
ferramental matemático e tecnológico para tomada de decisões administrativas e 
estratégicas que privilegiem sua empresa sem desconsiderar o meio-ambiente. O curso 
de engenharia de produção visa formar profissionais generalistas, com base científica e 
conhecimentos amplos e abrangentes em todas as áreas da produção, considerando os 
aspectos humanos e sociais, econômicos, materiais, energéticos, tecnológicos e 
ambientais, para atender as demandas de empresas industriais e de serviços. 
Segundo a ABEPRO (Associação Brasileira de Engenharia de Produção) 
consideram-se como atividades típicas do engenheiro de produção: 
• A utilização de métodos organizacionais e técnicas de natureza 
matemática e estatística para projeto, seleção, modelagem, 
simulação, estruturação, avaliação, qualificação, otimização e 
manutenção de produtos (bens e serviços) gerados pelos sistemas de 
produção, inclusive, produzindo normas e procedimentos de controle e 
auditoria. 
• Utilização de métodos organizacionais e técnicas de natureza 
matemática e estatística para projeto, seleção, modelagem, 
9 
 
simulação, estruturação, avaliação, qualificação, otimização e 
manutenção de agentes e processos produtivos, inclusive, produzindo 
normas e procedimentos de controle e auditoria. 
Quanto ao mercado de trabalho, o Engenheiro de Produção é habilitado para 
trabalhar em indústrias dos mais diversos setores, agroindústrias, em empresas de 
prestação de serviços, como mercado financeiro, empresas de comércio, hospitais, 
consultorias, instituições de pesquisa e ensino e órgãos governamentais. 
O engenheiro ambiental deve se dedicar-se ao desenvolvimento, projeto e 
execução de planos e programas para minimizar a ação poluidora sobre água, o ar e o 
solo causados pelas ações do homem, promover a preservação da qualidade ambiental 
e da sustentabilidade, além da proteção dos recursos naturais não-renováveis. 
As atividades ainda incluem investigação, monitoramento, análise e 
diagnóstico para avaliação da contribuição de fontes de poluição na degradação 
ambiental, desenvolvimento de projetos, programas e tecnologias que permitam a 
redução de impactos ambientais e a recuperação do meio, além da pesquisa, 
implantação e operação de sistemas produtivos ambientalmente sustentáveis. 
Quanto ao mercado de trabalho, o Engenheiro Ambiental é habilitado para 
trabalhar em indústrias dos mais diversos setores, agroindústrias, em empresas de 
prestação de serviços, empresas de comércio, consultorias, Concessionárias de 
serviços Organizações não-governamentais instituições de pesquisa e ensino e 
Administração pública municipal, estadual e federal. 
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no dia três de 
dezembro de 2008, na abertura do Congresso Mundial de Engenheiros (WEC – World 
Engineers’ Convention), organizado pela primeira vez nas Américas, em seu discurso 
destacou a importância da engenharia para a implementação de infraestrutura e outras 
melhorias que ofereçam melhores condições de vida à população e a necessidade de 
formação de novos profissionais da categoria nos próximos anos: “Hoje, há mais 
demanda por engenheiros do que conseguimos formar.” (fonte: UNESCO – United 
Nations Educational, Scientific and Educational Organization) – www.unesco.org.br 
O secretário de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, 
durante sua preleção, em 24 de setembro de 2009, no VII Conse (Congresso Nacional 
10 
 
dos Engenheiros) citou que nos países que mais crescem no mundo, como China e 
Índia, a graduação na área tecnológica chega a 30% do total de estudantes, enquanto 
no Brasil, situa-se em menos de um quarto desse percentual. Esses números indicam, 
como atestou ele, a carência na formação de engenheiros para que induzam e 
contribuam para o desenvolvimento nacional. Neste mesmo congresso o deputado 
federal Ciro Gomes discursou sobre a conjuntura e os engenheiros e disse: “Esta é uma 
nação por fazer e faltam engenheiros para tanto. Não há como superar as assimetrias 
competitivas sem esses profissionais e sem educação.” (fonte: FNE – Federação 
Nacional dos Engenheiros) – www.fne.org.br 
Para corroborar com nossas definições o MEC (Ministério da Educação e 
Cultura) ainda dispõem em seu sítio na internet os referenciais nacionais para os cursos 
de engenharia, assim dispostos: 
 
REFERENCIAL DO CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
Carga Horária Mínima: 3600h 
 
PERFIL DO EGRESSO 
 
O Engenheiro de Produção é um profissional de formação generalista, 
que projeta, implanta, opera, otimiza e mantém sistemas integrados de 
produção de bens e serviços, envolvendo homens, materiais, 
tecnologias, custos e informação, bem como a sua interação com o meio 
ambiente; analisa a viabilidade econômica, incorporando conceitos e 
técnicas da qualidade em sistemas produtivos; coordena e/ou integra 
grupos de trabalho na solução de problemas de engenharia, englobando 
aspectos técnicos, econômicos, políticos, sociais, éticos, ambientais e 
de segurança. Coordena e supervisiona equipes de trabalho, realiza 
estudos de viabilidade técnico-econômica, executa e fiscaliza obras e 
serviços técnicos; e efetua vistorias, perícias e avaliações, emitindo 
laudos e pareceres. Em suas atividades, considera a ética, a segurança, 
a legislação e os impactos ambientais. 
 
TEMAS ABORDADOS NA FORMAÇÃO 
Atendidos os conteúdos do núcleo básico da Engenharia, os conteúdos 
profissionalizantes do curso são: Eletricidade Aplicada; Mecânica dos 
Sólidos; Mecânica dos Fluídos; Ciência dos Materiais; Engenharia do 
Produto; Ergonomia e Segurança do Trabalho; Estratégia e 
Organização; Gerência de Produção; Gestão Ambiental; Gestão 
Econômica; Gestão de Tecnologia; Materiais de Construção Mecânica; 
Métodos Numéricos; Modelagem, Análise e Simulação de Sistemas; 
Pesquisa Operacional; Processos de Fabricação; Qualidade; Sistemas 
de Informação; Transporte e Logística; Controle Estatístico do Processo; 
Ferramentas da Qualidade; Gerência de Projetos; Gestão do 
11 
 
Conhecimento; Gestão Estratégica de Custos; Instalações Industriais; 
Planejamento do Processo; Planejamento e Controle da Produção. 
 
ÁREAS DE ATUAÇÃO 
O Engenheiro de Produção é habilitado para trabalhar em empresas 
de manufatura dos mais diversos setores, como metalúrgica, mecânica, 
química, construção civil, eletro-eletrônica, agroindústria; em 
organizações de prestação de serviços, como bancos,empresas de 
comércio, instituições de pesquisa e ensino e órgãos governamentais. 
 
REFERENCIAL DO CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL 
Carga Horária Mínima: 3600h 
 
PERFIL DO EGRESSO 
 
O Engenheiro Ambiental é um profissional de formação generalista, 
que atua no Planejamento, na Gestão Ambiental e na Engenharia e 
Tecnologia Ambiental. Atua nos aspectos do relacionamento Homem-
Meio Ambiente e seus efeitos na cultura, no desenvolvimento sócio-
econômico e na qualidade de vida. Coordena e supervisiona equipes de 
trabalho, realiza estudos de viabilidade técnico-econômica, executa e 
fiscaliza obras e serviços técnicos; e efetua vistorias, perícias e 
avaliações, emitindo laudos e pareceres. Em suas atividades, considera 
a ética, a segurança, a legislação e os impactos ambientais. 
 
TEMAS ABORDADOS NA FORMAÇÃO 
Atendidos os conteúdos do núcleo básico da Engenharia, os conteúdos 
profissionalizantes do curso são: Ecologia e Microbiologia; Climatologia; 
Geologia; Pedologia; Cartografia e Fotogrametria; Informática; 
Geoprocessamento; Mecânica dos Sólidos; Mecânica dos Fluídos; 
Gestão Ambiental; Planejamento Ambiental; Hidrologia; Hidráulica 
Ambiental e Recursos Hídricos; Poluição Ambiental; Avaliação de 
Impactos e Riscos Ambientais; Saneamento Ambiental; Saúde 
Ambiental; Caracterização e Tratamento de Resíduos Sólidos; Líquidos 
e Gasoso; Legislação e Direito Ambiental; Ciência dos Materiais; 
Ergonomia e Segurança do Trabalho; Métodos Numéricos; Modelagem 
Ambiental; Análise e Simulação de Sistemas Ambientais; Sistemas de 
Informação. 
 
ÁREAS DE ATUAÇÃO 
O Engenheiro Ambiental é habilitado para trabalhar em empresas e 
órgãos públicos e privados; empresas de consultoria técnica e 
organizações não-governamentais (ONGs). 
 
2. PRODUTIVIDADE 
 
A intenção deste capítulo é fazer com que você tenha contato com algumas 
técnicas para resolução de problemas, comuns aos engenheiros. 
12 
 
Segundo Martins; Laugeni (2005), no fim do século dezenove, nos Estados 
Unidos, surgiram os trabalhos de Frederick W. Taylor, pai da Administração Científica. 
Neles aparece a sistematização do conceito de produtividade, ou seja, a procura por 
melhores métodos de trabalho e processos de produção, com o objetivo de se melhorar 
a produtividade com o menor custo possível. Esse objetivo é perseguido até hoje pelas 
empresas, mudando-se apenas as técnicas utilizadas. 
Inicialmente, vamos observar alguns conceitos importantes, como a diferença 
de produção e produtividade. A Produção pode ser entendida como quantidade 
produzida de um bem ou serviço. A produtividade é a relação entre a quantidade ou 
valor produzido e a quantidade ou valor dos insumos utilizados. 
A figura abaixo é uma representação clássica de um sistema de produção. 
Todo sistema de produção compõem-se de três elementos básicos: as 
entradas (também conhecidas com inputs), as saídas (também conhecidas como 
outputs) e as funções de transformação. 
 
EMPRESA 
 
 
 
Mão-de-obra 
 
Capital Produtos 
 
Energia Serviços 
 
Outros insumos 
A 
M 
B 
I 
E 
N 
T 
E 
E 
N 
T 
R 
A 
D 
A 
S 
 
S 
A 
Í 
D 
A 
S 
 
A 
M
B 
I 
E 
N 
T 
E 
Funções de 
transformação 
 
™ Fonte: MARTINS, Petrônio G.; LAUGENI, Fernando P. Administração da Produção. 2.ed. São Paulo: 
Saraiva, 2005. P11. 
As entradas ou inputs são os insumos, ou seja, o conjunto de todos os 
recursos necessários, tais como mão-de-obra, capital, energia elétrica, matéria-prima, 
informações e outros. Eles são transformados em saídas ou outputs, pelas funções de 
transformação, como decisões e processos dentre outros fatores. As saídas ou outputs 
são os produtos manufaturados, serviços prestados ou informações fornecidas. 
13 
 
As funções de transformação ou função produção é entendida como um 
conjunto de atividades que levam à transformação de um bem tangível em um outro 
com maior utilidade e conseqüentemente, com mais valor. Qualquer organização possui 
uma função produção porque produz algum tipo de bem ou serviço. 
Portanto os sistemas de produção são aqueles que têm por objetivo a 
fabricação de bens manufaturados, a prestação de serviços ou o fornecimento de 
informações. 
Em 1950 a CEE (Comunidade Econômica Européia) apresentou uma 
definição formal de produtividade como sendo “o quociente obtido pela divisão do 
produzido por um dos fatores de produção”. 
Desta forma, pode-se falar da produtividade do capital, das matérias-primas, 
da mão-de-obra e outros. Em outras palavras, produtividade é produzir mais e melhor, 
em menos tempo e gastando menos com foco no lucro e na competitividade. 
As empresas calculam a sua produtividade de tempos em tempos para 
avaliar seu desempenho. Também comparam sua produtividade com a dos 
concorrentes para verificar seu nível de competitividade. 
Vamos examinar alguns exemplos de cálculo de produtividade. 
 
Exemplo 1 
 
 
Determinar a produtividade parcial da mão-de-obra de uma empresa que 
produziu 180.000 toneladas de cimento em um determinado ano, utilizando 150 
funcionários que trabalharam em média 160 horas/mês. 
 
 
14 
 
Solução: 
 
A fórmula da produtividade é: 
 
P = OUTPUT/INPUT 
 
Para calcular o INPUT: 
 
INPUT: 150 Homens x 160 horas/mês x 12 meses/ano = 288.000 Homens.hora/ano 
Ou 
150 H x 160 h x 12 m = 288.000 H.h 
 m ano ano 
 
Onde cortamos mês (m) com mês (m) e sobram H.h/ano como unidades. 
 
OUTPUT: 180.000 toneladas/ano 
 
P = OUTPUT= 180.000 t/ano = 0,63 t/H.h 
 INPUT 288.000 H.h/ano 
 
Onde cortamos ano com ano e sobram t/H.h como unidades. 
 
Resposta: a produtividade é 0,63 t/h.H, que significa que cada homem trabalhando 
durante uma hora produz para a empresa 0,63 toneladas de cimento, em média. 
 
Exemplo 2 
Outra empresa, fabricante de lâmpadas, em um período de 6 semanas, 
produziu 480.000 unidades que foram vendidas a $ 3,50/unidade. Determine a 
produtividade total nesse período, sabendo-se que a empresa gastou $500.000,00 com 
todos os insumos utilizados. 
15 
 
 
Solução: 
INPUT: $500.000,00 
OUTPUT: 480.000 unidade x $ 3,50/unidade = $1.680.000,00 unidade = $1.680.000,00 
 unidade 
P = OUTPUT = $1.680.000,00 = 3,36 
 INPUT $500.000,00 
 
Nesse caso cortamos cifrão com cifrão e temos unidade, e sim um número puro, que 
podemos transformar em porcentagem desta forma: 
 
3,36 x 100 = 336% 
Resposta: Podemos dizer que produtividade total é 3,36 (ou 336%) e entender que o 
valor faturado pela empresa é 3,36 vezes maior que o valor investido em todos os 
insumos. 
Exemplo 3 
Uma empresa fabricante de alimentos, produziu em 2006, 840.000 toneladas 
com o emprego de 7.530 colaboradores. Em 2007 sua produção foi de 799.000 
toneladas com o emprego de 6.790 colaboradores. Determine as produtividades em 
2006 e 2007 e sua variação. 
16 
 
 
Solução: 
Em 2006: 
INPUT: 7.530 homens 
OUTPUT: 840.000 toneladas 
P = OUTPUT = 840.000 t = 111,55 t/H 
 INPUT 7.530 H 
 
 
Em 2007: 
INPUT: 6.790 homens 
OUTPUT: 799.000 toneladas 
P = OUTPUT = 799.000 t = 117,67 t/H 
 INPUT 6.790 H 
 
17 
 
P (2006) = 111,55 t/H 
P (2007) = 117,67 t/H 
Para calcularmos a variação da produtividade utilizaremos a seguinte fórmula: 
Variação = UP = P depois 
 P antes 
 
Onde: 
 
UP = 117,67 = 1,05 ou x 100 = 105% 
 111,55 
 
Resposta: A produtividade aumentou 5%. 
3. SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES 
 
Neste capítulo é o objetivo é apresentar o Sistema Internacional de Unidades 
(SI) que será muito utilizados pelos engenheiros em toda sua carreira. 
Muitos livros e sítios da internet apresentamesses materiais e alguns sítios 
inclusive já fazem o cálculo da conversão automaticamente, online, como por exemplo, 
o sitio do Ipem de SP (Instituto de Pesos e Medidas de São Paulo) cujo endereço é 
http://www.ipem.sp.gov.br/5mt/cv2/index.htm. 
Para vendermos ou comprarmos algo, para fazer uma deliciosa comida, para 
fabricar um bem ou construir um prédio, temos a necessidade de medidas. Por 
exemplo, compramos açúcar por quilograma, gasolina por litro, numa determinada 
receita usamos 250 mililitros de água, numa construção utilizamos 100 metros de 
barras de ferro etc. 
A necessidade de medir é muito grande e antiga e acompanha o homem 
desde a sua origem. Por muito tempo cada região teve seu próprio sistema de medidas, 
diferente dos outros, o que ocasionava muitos transtornos, inclusive na hora do 
comércio entre as nações. 
Para resolver esses impasses era necessário converter uma medida em 
outra e também era muito importante converter uma moeda em outra, para que os 
18 
 
negócios pudessem ser fechados. Em muitos países, inclusive no Brasil dos tempos do 
Império, a instituição que cuidava da moeda também cuidava do sistema de medidas. 
O IPEM (Instituto de Pesos e Medidas) relata o seguinte em seu sítio na 
internet sobre a origem do Sistema Internacional de medidas: 
 
Em 1789, numa tentativa de resolver esse problema, o Governo 
francês pediu à Academia de Ciência da França que criasse um 
sistema de medidas baseado numa "constante natural", ou seja, não 
arbitrária. Assim foi criado o Sistema Métrico Decimal, constituído 
inicialmente de três unidades básicas: o metro, que deu nome ao 
sistema, o litro e o quilograma. (posteriormente, esse sistema seria 
substituído pelo Sistema Internacional de Unidades - SI) 
O Sistema Internacional de Unidades - SI foi sancionado em 
1960 pela Conferência Geral de Pesos e Medidas e constitui a 
expressão moderna e atualizada do antigo Sistema Métrico Decimal, 
ampliado de modo a abranger os diversos tipos de grandezas físicas, 
compreendendo não somente as medições que ordinariamente 
interessam ao comércio e à indústria (domínio da metrologia legal), 
mas estendendo-se completamente a tudo o que diz respeito à ciência 
da medição. 
O Brasil adotou o Sistema Internacional de Unidades - SI em 
1962. A Resolução nº 12 de 1988 do Conselho Nacional de 
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - CONMETRO 
ratificou a adoção do SI no País e tornou seu uso obrigatório em todo 
o território nacional. 
 
No Sistema Internacional temos duas classes de unidades: as unidades de 
base e as unidades derivadas. A divisão das unidades nessas duas classes é arbitrária 
porque não é uma imposição da física. 
De acordo com o INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização 
e Qualidade Industrial, 2007) a Conferência Geral de Pesos e Medidas, levando em 
consideração as vantagens de se adotar um tema prático único para ser utilizado 
mundialmente nas relações internacionais, no ensino e no trabalho científico, decidiu 
basear o Sistema Internacional em sete unidades, consideradas como independentes 
sob o ponto de vista dimensional: o metro, o quilograma, o segundo, o ampère, o kelvin, 
o mol e a candela. 
 
 
 
 
 
19 
 
Tabela 1: Unidades de Base. 
Grandeza Nome Símbolo 
Comprimento metro m 
Massa quilograma kg 
Tempo segundo s 
Corrente elétrica ampère A 
Temperatura termodinâmica kelvin K 
Quantidade de matéria mol mol[2] 
Intensidade luminosa candela cd 
Fonte: INMETRO. SISTEMA Internacional de Unidades - SI. 8. ed. (revisada) Rio de Janeiro, 2007. 
 
 
A segunda classe de unidades do Sistema Internacional elenca as unidades 
que podem ser formadas combinando-se unidades de base segundo relações 
algébricas que interligam as grandezas correspondentes. Conforme o INMETRO 
(Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, 2007), diversas 
destas expressões algébricas, em razão de unidades de base, podem ser substituídas 
por nomes e símbolos especiais, o que permite sua utilização na formação de outras 
unidades derivadas. 
Tabela 2: Exemplo de unidades do SI derivadas, expressas a partir de das unidades de 
base: 
Grandeza Nome Símbolo 
Superfície metro quadrado m² 
Volume metro cúbico m³ 
Número de ondas 1 por metro 1/m 
Densidade de massa quilograma por metro cúbico kg/m³ 
Concentração mol por metro cúbico mol/m³ 
Volume específico metro cúbico por quilograma m³/kg 
Velocidade metro por segundo m/s 
Aceleração metro por segundo ao quadrado m/s² 
Densidade de corrente ampère por metro ao quadrado A/m² 
Campo magnético ampère por metro A/m 
Fonte: INMETRO. SISTEMA Internacional de Unidades - SI. 8. ed. (revisada) Rio de Janeiro, 2007. 
 
 
De acordo com o INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização 
e Qualidade Industrial, 2007) Certas unidades derivadas, que são mencionadas na 
tabela acima, receberam nome especial e símbolo particular, por questões de 
20 
 
comodidade. Esses nomes e símbolos podem ser utilizados, para expressar outras 
unidades derivadas. Os nomes especiais e os símbolos particulares permitem 
expressar, de maneira mais simples, unidades freqüentemente utilizadas. 
 
Tabela 3: Unidades SI derivadas possuidoras de nomes especiais e símbolos particulares. 
 
Fonte: INMETRO. SISTEMA Internacional de Unidades - SI. 8. ed. (revisada) Rio de Janeiro, 2007. 
 
 
Tabela 4: Exemplos de unidades SI derivadas, cujos nomes e símbolo compreendem 
unidades SI derivadas tendo nomes especiais e símbolos particulares 
Grandeza 
derivada 
Nome Símbolo 
Expressão 
em outras 
unidades SI 
Expressão em 
unidades SI de 
base 
Ângulo plano radiano rad 1 m/m 
Ângulo sólido esferorradiano1 sr 1 m²/m² 
Freqüência hertz Hz 1/s --- 
Força newton N kg·m/s² --- 
Pressão, esforço pascal Pa kg/(m·s²) N/m² 
Energia, trabalho, 
quantidade de calor joule J kg·m²/s² N·m 
Potência, fluxo de energia watt W kg·m²/s³ J/s 
Quantidade de 
eletricidade, carga 
elétrica 
coulomb C s.A --- 
Diferença de potencial 
elétrico, força eletromotriz volt V kg·m²/(s³·A) W/A 
Resistência elétrica ohm Ω kg·m²/(s³·A²) V/A 
Capacidade elétrica farad F A²·s²·s²/(kg·m²) A·s/V 
Condutância elétrica siemens S A²·s³/(kg·m²) A/V 
Indutância henry H kg·m²/(s²·A²) Wb/A 
Fluxo magnético weber Wb kg·m²/(s²·A) V·s 
Densidade de fluxo 
magnético tesla T kg/(s²·A) Wb/m² 
Temperatura em Celsius grau Celsius °C --- K 
Fluxo luminoso lúmen lm cd cd·sr 
Luminosidade lux lx cd/m² lm/m² 
Atividade radioativa becquerel Bq 1/s --- 
Dose absorvida gray Gy m²/s² J/kg 
Dose equivalente sievert Sv m²/s² J/kg 
21 
 
Grandeza Nome Símbolo 
Expressão em 
outras 
unidades SI 
Expressão 
em unidades 
SI de base 
Velocidade angular radiano por segundo rad/s 1/s Hz 
Aceleração angular radiano por segundo por segundo rad/s² 1/s² Hz² 
Momento de força newton metro N·m kg·m²/s² ---- 
Densidade de carga coulomb por metro cúbico C/m³ A·s/m³ ---- 
Campo elétrico volt por metro V/m kg·m/(s³·A) W/(A·m) 
Entropia joule por kelvin J/K kg·m²/(s²·K) N·m/K 
Calor específico joule por quilograma por kelvin J/(kg·K) m²/(s²·K) N·m/(K·kg) 
Condutividade 
térmica 
watt por metro por 
kelvin W/(m·K) kg·m/(s³·K) J/(s·m·K) 
Intensidade de 
radiação watt por esterradiano W/sr kg·m²/(s³·sr) J/(s·sr) 
Fonte: INMETRO. SISTEMA Internacional de Unidades - SI. 8. ed. (revisada) Rio de Janeiro, 2007. 
 
Os usuários do SI precisam empregar conjuntamente certas unidades que 
não fazem parte do Sistema Internacional, mas estão amplamente difundidas. Estas 
unidades têm papel tão importante que é necessário conservá-las para uso geral com o 
Sistema Internacional de Unidades. 
 
Tabela 5: Unidades fora do Sistema Internacional, em uso com o Sistema Internacional 
 
Unidade Símbolo Valor em unidade SI 
minuto min 1 min = 60 s 
hora h 1 h = 60 min = 3600 s 
dia d 1 d = 24 h = 86 400 s 
grau ° 1° = π/180 rad 
minuto ' 1' = (1/60)° = π/10 800 rad 
segundo " 1" = (1/60)' = π/648 000 rad 
litro l ouL 1 l = 0,001 m³ 
tonelada t 1 t = 1000 kg 
neper Np 1 Np = 1 
bel B 1 B = 
Fonte: INMETRO. Sistema Internacional de Unidades - SI. 8. ed. (revisada) Rio de Janeiro, 2007. 
 
 
 
22 
 
Tabela 6: Prefixos SI 
 
Nome Símbolo Fator 
yotta Y 1024 
zetta Z 1021 
exa E 1018 
peta P 1015 
tera T 1012 
giga G 109 
mega M 106 
quilo k 103 
hecto h 102 
deca da 101 
deci d 10-1 
centi c 10-2 
mili m 10-3 
micro m 10-6 
nano n 10-9 
pico p 10-12 
femto f 10-15 
atto a 10-18 
zepto z 10-21 
yocto y 10-24 
Fonte: INMETRO. SISTEMA Internacional de Unidades - SI. 8. ed. (revisada) Rio de Janeiro, 2007. 
 
É necessário admitir também algumas outras unidades que não pertencem 
ao SI, cujo uso é útil em domínios especializados da pesquisa científica. 
 
Tabela 7: Unidades fora do SI, em uso com o Sistema Internacional, cujo valor em 
Unidades SI é obtido experimentalmente 
Nome Símbolo Valor em unidades SI 
elétronvolt eV 1 eV = 1,602 176 487(40) x 10−19 J 
Unidade de massa atômica u 1 u = 1,660 538 782(83) x 10−27 kg 
Unidade astronômica ua 1 ua = 1,495 978 706 91(30) x 1011 m 
Fonte: INMETRO. SISTEMA Internacional de Unidades - SI. 8. ed. (revisada) Rio de Janeiro, 2007. 
 
23 
 
Tabela 8: Outras unidades fora do SI em uso com o Sistema Internacional 
 
Nome Símbolo Valor em unidade SI 
milha marítima ---- 1 milha marítima = 1852 m 
nó ---- 1 nó = 1 milha marítima por hora = 1852/3600 m/s 
are a 1 a = 100 m² 
hectare ha 1 ha = 10 000 m² 
acre ---- 40,47 a 
barn b 1 b = 10−28 m² 
ångström Å 1 Å = 10−10 m 
bar bar 1 bar = 100 000 Pa 
Fonte: INMETRO. SISTEMA Internacional de Unidades - SI. 8. ed. (revisada) Rio de Janeiro, 2007. 
 
 
4. CONSTRUÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS 
 
Todo engenheiro deve saber construir e interpretar tabelas e gráficos, pois 
são ferramentas valiosas e muitos dados são apresentados destas formas. Neste 
capítulo nosso objetivo é sugerir boas práticas na construção destes. 
Tabelas: 
• As tabelas devem explicar um determinado evento, ou seja, ela deve ter 
significado próprio. 
• Todas as tabelas devem ter um título e este deve ser auto-explicativo. 
Nele podem constar as unidades de medida que serão utilizadas no corpo 
da tabela. 
• O cabeçalho sempre deve ser delimitado por traços horizontais. 
• Toda tabela deve ter uma fonte, ou seja, quem foi o responsável pelo 
levantamento de dados. 
• Sempre que possível ordene os dados de colunas e/ou linhas de sua 
tabela de maneira crescente ou decrescentemente. 
• As tabelas devem ter totais de linhas e/ou colunas para que as 
comparações sejam facilitadas. 
24 
 
• Se uma tabela tiver muitas linhas em seu corpo, estas devem estar em 
cores diferentes alternadas ou com espaçamentos diferentes e alternados, 
para facilitar a visualização. 
• As células de uma tabela não devem ficar em branco, por convenção 
temos: 
... Dado desconhecido
_ Dado omitido 
X Dado inexistente 
 
• Utilize somente as casas decimais necessárias, pois o excesso pode 
desviar a atenção das comparações que realmente são importantes. 
• Se uma tabela precisar ser dividida em mais páginas, o cabeçalho deve 
ser repetido em todas as páginas, com o título apresentado apenas na 
primeira página. 
Exemplo de tabela: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Métodos de Curtimento de Couro Bovino – 1992 – 2000 
Ano 
Produção 
de 
couros 
Ao 
cromo
Participação
cromo 
(%) 
Ao 
tanino
Participação 
tanino 
(%) 
Outros 
Participação
outros 
(%) 
1992 23 19,55 85,02 3,25 14,11 0,2 0,87 
1993 24 20,19 84,12 3,55 14,79 0,26 1,09 
1994 26 22,68 87,22 3,01 11,59 0,31 1,19 
1995 27 23,97 88,79 2,68 9,91 0,35 1,3 
1996 28,5 25,1 88,07 2,8 9,81 0,6 2,12 
1997 29,1 26,64 91,56 2,18 7,5 0,27 0,94 
1998 30,2 28,13 93,13 1,87 6,19 0,21 0,68 
1999 31,3 28 94 1,51 4,83 0,37 1,18 
2000 32,5 31,01 95,43 1,1 3,39 0,38 1,18 
Variação 
1992/2000 
(%) 
41,3 
 
 
58,6 
 
x 
 
-66,02
 
x 
 
 
91,77 
 
x 
 
Fontes: CNPC, IBGE e AICSUL 
 
25 
 
Gráficos: 
• Assim como as tabelas, os gráficos devem explicar um determinado 
evento, ou seja, ela deve ter significado próprio. 
• Todos os gráficos devem ter um título, acima ou abaixo do gráfico, e este 
deve ser auto-explicativo. Também devem ter escala, para ser 
interpretado sem necessidade de explicações adicionais. 
• Para cada tipo de evento existe um tipo gráfico mais apropriado. Preste 
muita atenção na escolha do gráfico. 
• Quando o gráfico tem como base um eixo cartesiano, no eixo das 
abscissas (x), a escala cresce da esquerda para direita e deve ser escrita 
embaixo do eixo; no eixo das ordenadas, a escala cresce de baixo para 
cima e deve ser escrita à esquerda do eixo. Em ambos devem estar 
inclusas as unidades de medida e podem ser utilizadas setas para indicar 
esta orientação. A escala deve ser iniciada em zero, mas quando esta 
estiver deslocada devemos fazer uma indicação de “quebra” nos eixos 
para mostrar este deslocamento. 
• As escalas dos eixos são muito importantes para não distorcer as 
informações que se pretende transmitir. Para comparar as informações de 
dois os mais gráficos, devemos utilizar a mesma escala. 
• Sempre que necessário, inclua uma legenda para facilitar o entendimento 
do gráfico. 
• Nunca exagere nas ilustrações que acompanham o gráfico para não o 
“poluir” visualmente, dificultando o entendimento do que realmente 
importa. 
• Toda gráfico deve ter uma fonte, ou seja, quem foi o responsável pelo 
levantamento de dados, exibido no seu rodapé. 
 
Vamos ver agora os principais tipos de gráficos: 
 
1) Gráfico de linhas: deve ser utilizado para mostrar evolução, ou tendências nos 
dados no mesmo intervalo de tempo. 
26 
 
Exemplo: 
 
Fonte: Fictícia 
2) Gráfico de colunas ou barras: deve ser utilizado para demonstrar as alterações 
de dados em um período de tempo ou representar comparações entre dados. As 
categorias são organizadas na horizontal e os valores são distribuídos na 
vertical, para enfatizar as variações ao longo do tempo. Os gráficos de barras 
são semelhantes, mas ao invés de colunas (verticais) temos barras (horizontais) 
e estes melhor representam comparações entre dados individuais. 
Exemplo de gráfico de colunas: 
 
Fonte: Fictícia 
27 
 
Exemplo de gráfico de barras: 
 
Fonte: CETESB 
 
3) Gráfico circular: Também chamado de gráfico de pizza, por sua forma 
característica, este gráfico serve para mostrar o tamanho proporcional de itens 
que constituem uma série de dados e é muito útil quando você deseja dar ênfase 
a um dado em relação aos outros. 
 
Exemplo: 
28 
 
 
Fonte: Fictícia 
 
5. CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS 
 
Transformar uma idéia em algo tangível depende de um projeto. Essa 
transformação do imaginário em real, para satisfazer alguma necessidade humana, é o 
que move a engenharia. 
Nesse capítulo iremos apresentar alguns conceitos de desenvolvimento de 
projetos, sem a menor pretensão de esgotar o assunto, que será tratado em outras 
disciplinas do curso, mas nosso objetivo é instigar os alunos ao estudo de projetos. 
De acordo com Holtzapple; Reece (2006) o método de projeto de engenharia 
contém os seguintes elementos: 
• Síntese: combinação de vários elementos em um todo integrado; 
• Análise: uso de matemática, técnicas de engenharia e economia para 
quantificar o desempenho das várias opções; 
• Comunicação: apresentações escritas e orais, e 
• Implementação: execução do plano. 
 
 
 
29 
 
Este método pode deve ser desdobrado em fases, conforme a figura abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: HOLTZAPPLE, M.T; REECE, W. D. Introdução à Engenharia. Rio de Janeiro. LTC, 2006. p.84 
 
• Fase 1: A identificação da necessidade pode ser realizada por 
qualquer pessoa, mas o engenheiro deve definir o problema, pois 
sempre existe uma maneira melhor, ou mais viável, para se satisfazer 
uma necessidade. 
• Fase 2: A montagem da equipe de projeto deve ser multidisciplinar,com pessoas das mais variadas áreas, pois desta forma podemos 
Estudo de 
Viabilidade 
Projeto 
Preliminar 
1. Identifique a necessidade e defina o problema.
2. Monte a equipe de projeto
3. Identifique limitações e critérios de sucesso
4. Busque soluções
9. Construa a solução
8. Comunique a(s) solução(ões) à gerência
5. Analise cada solução em potencial
6. Escolha a(s) melhor(es) solução(ões)
7. Documente a(s) solução(ões)
10. Verifique e avalie
Projeto 
Detalhado 
Sí
nt
es
e 
Sí
nt
es
e 
e 
A
ná
lis
e 
C
om
un
ic
aç
ão
 
Im
pl
em
en
 - 
ta
çã
o 
A
ná
lis
e 
30 
 
abranger com mais recursos todas as variáveis do projeto. O tamanho 
da equipe deve ser proporcional ao tamanho e complexidade do 
projeto. 
 
• Fase 3: Os projetos sempre apresentam limitações. Essas limitações 
podem ser de orçamento, de tempo (ou prazo), de pessoas, de 
legislação, de viabilidade de produção, entre outros fatores. Quanto 
aos critérios de sucesso, podemos citar a estética (ou design), 
desempenho, qualidade, custo, segurança, manutenção, entre muitos 
outros critérios. 
 
• Fase 4: Buscar soluções significa que o engenheiro deve sempre 
pensar na melhor solução para o problema apresentado e para isso 
pode usar muitas técnicas, como identificar os parâmetros críticos, 
utilizar analogias, trocar funções, separar funções, eliminar 
necessidades, etc. 
 
• Fase 5: A análise de cada solução em potencial deve ser realizada 
primeiramente no âmbito da viabilidade econômica. A solução 
escolhida deverá ser economicamente viável. Depois essa proposta 
deve ser transformada em um projeto preliminar e obtendo sucesso 
deverá ser documentado e comunicado á gerência para finalmente ser 
encaminhado para a realização de um projeto detalhado. 
 
• Fase 6: A escolha da melhor solução também deve ser realizada de 
acordo com a viabilidade econômica e deve ser aprovada em um 
projeto preliminar. 
 
• Fase 7: Nessa etapa os engenheiros devem documentar as soluções 
escolhidas, de acordo com a viabilidade econômica e o projeto 
preliminar. 
31 
 
 
• Fase 8: Depois de documentadas, as soluções devem ser levadas ao 
conhecimento da gerência para que seja novamente discutido o 
assunto e aprovado para a realização do projeto detalhado. 
• Fase 9: Normalmente nessa fase um protótipo deverá ser construído a 
partir dos documentos produzidos. Se tudo funcionar bem, de acordo 
com as expectativas, uma linha de produção deverá ser montada, 
fornecedores deverão ser desenvolvidos, colaboradores devem ser 
treinados e o projeto executado. 
 
• Fase 10: Depois que o primeiro produto sair da linha de produção ele 
deverá ser testado e submetido a avaliações. Caso haja algum 
problema com a produção, este deve ser encontrado e corrigido. Se 
produto atender as especificações do projeto o trabalho estará 
terminado. 
 
6. COMUNICAÇÃO 
 
Todo o conhecimento e técnicas adquiridos no curso de engenharia não são 
suficientes para ser um excelente profissional. Para que o profissional seja completo é 
preciso que saiba utilizar além da memória e raciocínio, a capacidade de se expressar 
com clareza em suas idéias e soluções para os problemas. 
Desenvolver bem o trabalho e se comunicar com eficácia em sua área de 
atuação é um objetivo a ser alcançado pelo engenheiro bem sucedido, embora alguns 
estudantes coloquem em segundo plano a importância da comunicação escrita e falada 
na engenharia. 
A forma mais importante de comunicação é a escrita, mas outras formas são: 
oral, gráfica ou através de modelos icônicos. Na engenharia todas elas têm o seu uso. 
Para escrever ou se preparar para uma apresentação oral, o engenheiro 
deve levar em conta três passos: 
• Seleção do tema: que pode ser livre ou direcionado. 
32 
 
• Pesquisa: revistas técnicas, anais de conferências, livros, internet, 
artigos, relatórios governamentais, estatísticas, resumos, catálogos de 
bibliotecas, patentes, etc. 
• Organização: conhecer sua audiência e planejar o que irá apresentar. 
Como engenheiro você precisará fazer propostas a clientes, explicar ao 
chefe os resultados de uma determinada análise, entre outras coisas. Segundo 
Holtzapple; Reece (2006), a apresentações orais se dividem em: 
• Introdução: é aqui que você cativa ou não sua audiência, conectando 
os ouvintes ao seu mundo; 
• Corpo: é o coração da apresentação. Use capítulos para que o público 
se situe quando você mudar os tópicos; 
• Conclusão: você deve fechar a apresentação com pontos importantes. 
Pense em qual mensagem você quer deixar para o público; 
• Recursos visuais: busque a simplicidade sempre. Os mais usados são 
quadros de palavras, tabelas, gráficos, fotografias, esquemas, mapas 
e slides; 
• Ansiedade de falar em público: suor, pernas bambas, gastrite, 
aumento dos batimentos cardíacos e da respiração são sinais típicos 
da ansiedade pré apresentação. Para dominar esses sintomas treine, 
pratique, fique bem preparado. Permita-se cometer erros, se exercite 
horas antes para que o corpo esteja bem relaxado e se entregue ao 
público e 
• Estilo: olhe nos olhos do seu público, fale com a voz alta e confiante, 
não se fixe nos slides, não se distraia com seu relógio, anel ou 
moedas no bolso. Esteja bem arrumado para mostrar respeito pela 
audiência e seja otimista. 
A comunicação escrita é essencial ao trabalho do engenheiro. Expedir 
pedidos ou ordens aos funcionários da empresa, preparar memorandos, elaborar 
relatórios técnicos para clientes ou diretores, redigir cartas comerciais ou propostas e 
escrever artigos em revistas técnicas são alguns exemplos. O engenheiro precisa 
escrever de forma precisa, breve, clara e fácil de entender, pois o objetivo maior é 
33 
 
expressar e não impressionar. A boa escrita exige editoração, nada de improvisação e 
sempre se colocar no lugar de quem irá ler (público-alvo) aquele texto. 
Eis algumas dicas de Holtzapple; Reece (2006): 
• Evite frases fragmentadas e frases muito longas; 
• Prefira voz ativa; 
• Evite palavras vagas, com duplo sentido; 
• Elimine redundâncias; 
• Use menos preposições; 
• Use referências claras e pronomes; 
• Evite infinitivos modificados por advérbios; 
• Evite a linguagem burocrática, prefira frases com poucas palavras; 
• Evite linguagem informal e 
• Evite linguagem muito rebuscada, pomposa. 
 
A linguagem técnica deve ser clara e objetiva, sem dar margem a outras 
interpretações. Ao usarmos essa linguagem temos que levar em conta o público-alvo 
para usarmos uma terminologia adequada para que o público seja atingido sem ruído 
na comunicação. Ler com freqüência e consultar dicionários enriquece o vocabulário 
técnico. 
Segundo Bazzo; Pereira (2008) um texto técnico deve ser: 
• Impessoal: redigido na terceira pessoa 
• Objetivo: sem ressalvas 
• Modesto e cortês: sem engrandecer o próprio trabalho 
• Claro: preciso 
Para o engenheiro o desenho é um instrumento de muita utilidade, pois 
permite visualizar os sistemas espacialmente, ou seja, ele é capaz de executar a visão 
espacial. 
 
7. CRIATIVIDADE 
 
34 
 
O engenheiro é um profissional que precisa ser criativo, pois muitos 
imaginam que este se utiliza apenas de técnicas prontas para a resolução de 
problemas ou elaboração de projetos, mas para satisfazer as necessidades humanas, 
muitas vezes o engenheiro precisa inovar, usando, para isso, uma grande dose de 
criatividade. 
Segundo Holtzapple; Reece (2006), a criatividade é um talento que não é 
ensinado. É nata do ser humano e que precisa ser estimulada e desenvolvida. Para o 
engenheiro a criatividade também deve ser estimulada tonificando mos “músculos de 
síntese” sem ignorar algumas restrições peculiares à função, limitadas pelas leis da 
física e da economia. Justamente por isso que o engenheiro deve ter grande 
criatividade. 
E qual a origem da criatividade? Holtzapple; Reece (2006) classificam as 
pessoas em: 
• Pensadores organizados: tem uma mente bem compartimentada.Os 
fatos são armazenados em locais únicos e são recuperados com 
facilidade quando necessários. 
• Pensadores desorganizados: não tem estrutura. Os fatos podem ser 
armazenados em locais múltiplos, mas de difícil recuperação quando 
necessários. 
• Pensadores criativos: é uma combinação dos dois outros tipos. Uma 
mente criativa é organizada e estruturada, mas a informação é 
armazenada em locais múltiplos e quando a informação é necessária 
há maior probabilidade de encontrá-la. Para o pensador criativo a 
informação é armazenada em vários locais com links úteis e facilidade 
de resolução rápida e eficaz do problema. 
 
Quais são as características de um engenheiro criativo? Conforme 
Holtzapple; Reece (2006) são elas: 
• Persistência: um engenheiro de sucesso não desanima. 
• Pergunta por quê: é curioso em relação ao mundo e à solução de 
problemas. 
35 
 
• Nunca está satisfeito: fará o que puder para melhorar o projeto que 
está sendo produzido. 
• Aprende com erros e acidentes: muitas descobertas foram feitas por 
acidente. O engenheiro deve ser sensível ao inesperado. 
• Faz analogias: as analogias aumentam as chances de encontrar a 
solução de problemas. Quem faz analogias armazena as informações 
em locais múltiplos. 
• Generaliza: para que o sucesso de um projeto seja aproveitado em 
outras situações. 
• Desenvolve entendimentos qualitativos e quantitativos: o engenheiro 
deve desenvolver não apenas aptidões analíticas quantitativas, mas 
também as aptidões qualitativas. Números e processos desenvolvem 
o subconsciente para um modelo qualitativo. 
• Habilidade de visualização: muitas soluções envolvem visualização 
tridimensional. Normalmente a solução pode aparecer em um novo 
arranjo de componentes, girando ou duplicando, com boa aptidão 
espacial. 
• Habilidade para desenho: desta forma poderá comunicar relações 
espaciais, dimensões, ordens de preparação, fluxos, de maneira muito 
mais eficaz. 
• Pensamento sem fronteiras: é pensar na engenharia em geral, sem 
ficar restrito a uma única habilitação, combinado conhecimentos de 
todas as especialidades, de maneira generalista. 
• Interesses amplos: é preciso ter equilíbrio entre as necessidades 
intelectuais, físicas e emocionais. 
• Informação especializada; problemas fáceis podem ser resolvidos com 
informações largamente difundidas. Problemas difíceis precisam de 
informações especializadas, que nem sempre estão disponíveis. 
• Trabalha com a natureza: a natureza poderá guiar o engenheiro até a 
solução de um problema. Fique atento às suas soluções. 
36 
 
• Possui uma “caixa de ferramentas” de engenharia: o engenheiro 
precisa de uma grande “caixa” para armazenar todas as ferramentas 
adquiridas com sua experiência. 
Sintetizar idéias e concatenar combinações são atividades dos criativos e o 
engenheiro deve desenvolver a criatividade para potencializar a quantidade e qualidade 
de soluções, exercitando sempre a imaginação. A criatividade é uma capacidade 
inerente ao ser humano e todos podem desenvolver este potencial. 
Anotar idéias é um bom hábito para o processo criativo. Registrar faz com 
que as idéias não se percam e nem sejam esquecidas ou se transformem em traços 
vagos. 
Conforme Bazzo; Pereira (2008) as etapas do processo criativo são: 
• Preparação 
• Esforço concentrado 
• Afastamento do problema 
• Visão da idéia 
• Revisão das soluções. 
Manter a perseverança e a liberdade de pensar faz com que estimulemos a 
criatividade e saiamos da mesmice profissional. Além da criatividade, a experiência e o 
bom senso são vitais para a atuação do engenheiro. 
 
 
8. CONSCIÊNCIA AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE 
 
Para o completo entendimento do capítulo algumas definições se fazem 
necessárias. Como abordaremos o meio-ambiente como cenário, este deve ser o 
primeiro a ser conceituado e para isso voltemos ao dicionário Aurélio: meio-ambiente é 
o conjunto de condições e influências naturais que cercam um ser vivo ou uma 
comunidade, e que agem sobre eles. De acordo com Batalha et al (2008, p.250) o uso 
do meio ambiente para a produção de mercadorias ocorre sobretudo por meio da 
exploração dos recursos naturais. Entretanto, a grande maioria destes recursos não é 
37 
 
renovável, ou seja, eles são limitados em nosso planeta. Vem daí a preocupação com 
a conservação do meio-ambiente, de forma a utilizar, mas não esgotar, seus recursos. 
Outra definição importante e muito difundida é a de desenvolvimento 
sustentável: Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as 
necessidades da geração atual, garantindo a capacidade de atender as necessidades 
das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. 
Essa é a principal definição, entre muitas, e surgiu no Relatório Brundtland criado pela 
Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pela Organização 
das Nações Unidas (ONU) para discutir e conciliar dois objetivos: o desenvolvimento da 
economia e a conservação do meio-ambiente. 
Durante muitos anos a pujança de nossa indústria foi caracterizada por 
chaminés soltando grande quantidade de fumaça preta no ar. Quanto mais fumaça, 
maior era a capacidade produtiva da empresa e maior o seu poder. O tempo passou e 
as mudanças climáticas trouxeram consigo o alerta de que o caminho da humanidade 
estava errado. O controle corretivo ou as técnicas de fim-de-tubo para tratar os resíduos 
industriais já não são suficientes para diminuir a agressão ao meio-ambiente quando 
pensamos no conceito de sustentabilidade. É nesse contexto que as técnicas de 
produção mais limpa (P+L) surgem para aumentar a eficiência nos processos das 
empresas, fazendo com que estas gerem menos resíduos. 
Podemos encontrar muitas definições de Produção mais Limpa, mas a 
elaborada pela UNIDO (United Nations Industrial Development Organization) e adotada 
pela FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) é bem completa: 
 
 “Produção Mais Limpa significa a aplicação contínua 
de uma estratégia econômica, ambiental e tecnológica integrada 
aos processos e produtos, a fim de aumentar a eficiência no uso 
de matérias-primas, água e energia, através da não geração, 
minimização ou reciclagem de resíduos gerados, com benefícios 
ambientais e econômicos para os processos produtivos.” 
 
Outra palavra que surgiu recentemente, o Ecodesign (projeto para o meio-
ambiente) ou Design Ambiental, remete ao conceito de avaliar o efeito que um produto 
tem sobre o meio ambiente em todos os estágios do seu ciclo de vida, promovendo a 
utilização de materiais alternativos, menos tóxicos e mais abundantes ou reciclados, e 
38 
 
planejando o desenvolvimento, a produção, o uso e o descarte (ou pós-uso), 
procurando minimizar o impacto causado pela produção sobre o meio-ambiente. Este 
tipo de projeto deve ser o alvo de todo engenheiro. 
É impossível imaginar nos dias de hoje um engenheiro que não tenha 
consciência ambiental e que não se preocupe com a sustentabilidade em seus projetos. 
Nosso planeta clama pela utilização racional de seus recursos e as gerações futuras 
dependem de como estamos administrando o mundo atualmente. 
Todo engenheiro de produção deve preocupar-se com o meio-ambiente 
quando desenvolve um projeto e todo engenheiro ambiental deve conhecer os 
processos produtivos, grandes geradores de resíduos, para que seu trabalho seja 
eficaz. 
Podemos observar na figura abaixo o modelo de desenvolvimento escolhido 
pelos seres humanos até os dias de hoje. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: BRAGA, B. et aL. Introdução à Engenharia Ambiental. São Paulo: Prentice Hall, 2002. P. 
 
Eis algumas premissas que precisam ser consideradas para que haja 
sobrevivência no planeta. 
• Suprimento de energia e matéria (que é finito e conhecido) 
• Capacidade de reciclar matéria e absorver resíduos para evitar a 
deterioração da qualidade de vida. 
O que é mais preocupante é o desenvolvimentoda sociedade humana, pois 
o crescimento populacional é incompatível com a finitude do ambiente, dos recursos 
 
Uso de 
recursos 
Processamento 
e modificação 
dos recursos 
 
Transporte 
 
Consumo 
Resíduo 
Impacto 
Resíduo 
Impacto
Resíduo 
Impacto
Resíduo 
Impacto 
ENERGIA 
39 
 
naturais e da capacidade de reciclar a matéria. Estaremos então caminhando para o 
colapso do planeta? 
Segundo Braga et al (2002) o modelo de desenvolvimento sustentável tem 
seguinte base: 
• Dependência de energia do sol 
• Uso racional da energia e da matéria (evitar o desperdício) 
• Controle da poluição 
• Controle do crescimento populacional (estabilização da população) 
A engenharia tem muita responsabilidade sobre este novo panorama, pois 
ela colocou a disposição das pessoas tecnologias de geração de energia, saneamento, 
construção civil, transportes, ou seja, benefícios para que houvesse longevidade, saúde 
e conforto para o ser humano. Contudo, com o crescimento populacional, a degradação 
do meio-ambiente e a poluição, principalmente nos grandes centros urbanos, 
aumentaram muito nos últimos anos. 
A partir disso a engenharia precisou criar práticas para combater a 
degradação ambiental, como a de utilizar tecnologias de produção mais limpa, e fica 
ainda o desafio em desenvolver outras para que os impactos negativos ao meio-
ambiente sejam minimizados. 
A chave para o sucesso é racionalizar o consumo de recursos, favorecer a 
reciclagem e o reuso dos materiais para a restauração do meio-ambiente e proporcionar 
o desenvolvimento diário de uma consciência ecológica, responsável e sustentável para 
as próximas gerações. 
 
9. OTIMIZAÇÃO 
 
Sabemos que houve uma mudança muito grande nas atribuições dos 
engenheiros desde o século passado até este. De aplicador de tecnologias importadas 
de países mais desenvolvidos para gestores de departamentos e até de empresas o 
engenheiro teve um aumento considerável de atividades, o que o torna um profissional 
muito mais completo e desejado pelo mercado. Para que tenha sucesso na 
administração de empreendimentos, o engenheiro precisa estar focado sempre no 
40 
 
aumento do rendimento de sistemas e de sua produtividade. Chamamos este 
procedimento de otimização: busca da melhor condição para solução de situações que 
envolvam custos, consumo ou tempo. 
Vamos rever os conceitos de processos e operações e entender como 
podemos melhorar processos industriais. Vamos começar com o conceito de processo: 
Em uma empresa industrial entendemos como processo o percurso realizado por um 
material desde que entra na empresa até que dela sai com um grau determinado de 
transformação. 
E agora vamos ver o conceito de operação: É o trabalho desenvolvido sobre 
o material por homens ou máquinas em um determinado tempo. Um processo, 
normalmente é constituído de diversas operações. 
Segundo Martins; Laugeni (2005), a melhoria dos processos industriais se 
compõe de quatro estágios e um preliminar. No estágio preliminar é importante ver as 
coisas sob todos os aspectos e ter uma nova maneira de pensar. As coisas objeto de 
análise devem ser relacionadas em quatro categorias: 
• Causa e efeito 
• Oposição 
• Similaridade 
• Proximidade 
Estágio 1: devemos identificar claramente o problema e devemos entender 
que sempre podemos melhorar algo. Na área industrial devemos: 
• Observar as máquinas e equipamentos e tentar descobrir problemas; 
• Buscar reduzir os defeitos a zero, mesmo que isso pareça impossível; 
• Examinar as operações comuns a produtos diferentes e procurar 
reduzir custos, através de padronização e 
• Identificar as causas dos problemas. 
Estágio 2: para conseguir uma melhoria num processo devemos 
primeiramente entendê-lo, e para isso recorremos a representações gráficas e modelos 
conceituais, como por exemplo o 5W1H. 
41 
 
O 5W1H é um tipo de lista de verificação utilizada para informar e assegurar 
o cumprimento de um conjunto de planos de ação, diagnosticar um problema e planejar 
soluções. Esta técnica consiste em equacionar o problema, descrevendo-o por escrito, 
da forma como é sentido naquele momento particular: como afeta o processo, as 
pessoas, que situação desagradável o problema causa. 
• WHAT - O que será feito (etapas) 
• HOW - Como deverá ser realizado cada tarefa/etapa (método) 
• WHY - Por que deve ser executada a tarefa (justificativa) 
• WHERE - Onde cada etapa será executada (local) 
• WHEN - Quando cada uma das tarefas deverá ser executada (tempo) 
• WHO - Quem realizará as tarefas (responsabilidade) 
Exemplo do 5W1H 
WHAT 
O que 
HOW 
Como 
WHY 
Por que 
WHERE 
Onde 
WHEN 
Quando 
WHO 
Quem 
Limpar as 
cabeças de 
impressão 
Seguindo as 
operações do 
manual 
Para melhorar 
a qualidade de 
impressão 
No painel de 
controle 
A cada 2 
semanas João 
 
Estágio 3: planejamento das melhorias. Devem ser realizadas as seguintes 
tarefas: 
• Envolvimento no problema para que seja entendido claramente. A 
clara definição do problema é um dos pontos mais importantes e, 
freqüentemente, um dos mais negligenciados; 
• Geração de idéias para resolvê-lo. Uma das maneiras mais eficazes 
para a geração de idéias é o método do brainstorming. 
O brainstorming (ou "tempestade cerebral"), mais que uma técnica de 
dinâmica de grupo, é uma atividade desenvolvida para explorar a potencialidade criativa 
do indivíduo, colocando-a a serviço de seus objetivos. É uma ferramenta para geração 
de novas idéias, conceitos e soluções para qualquer assunto ou tópico num ambiente 
42 
 
livre de críticas e de restrições à imaginação. É útil quando se deseja gerar em curto 
prazo uma grande quantidade de idéias sobre um assunto a ser resolvido, possíveis 
causas de um problema, abordagens a serem usadas, ou ações a serem tomadas. 
Regras do brainstorming que devem ser seguidas: 
9 Não julgar: são proibidos os debates e as críticas às idéias 
apresentadas, pois causam inibições e desvios dos objetivos. 
9 Quantidade é importante: quanto mais idéias, melhor. 
9 Liberdade total: nenhuma idéia é ruim o bastante para ser desprezada. 
Pode ser que ela sirva de inspiração para outras idéias excelentes. 
9 Mudar e combinar: é permitido que alguém apresente uma idéia que 
seja uma modificação ou combinação de outras idéias já apresentadas. 
Contudo, as idéias originais devem ser preservadas. 
9 Igualdade de oportunidade: todos devem ter chance de apresentar suas 
idéias. 
Podemos também, juntamente com o brainstorming, utilizar o método das “12 
perguntas instigadoras”, proposto por Martins; Laugeni (2005): 
1. Pode ser eliminado? 
2. Pode ser feito inversamente? 
3. Isso é normal ou excepcional? 
4. No processo, o que é sempre fixo e o que é variável? 
5. É possível aumento e redução nas variáveis do processo? 
6. A escala do projeto modifica variáveis? 
7. Pode-se combinar duas ou mais operações em uma só? 
8. Há backup de dispositivos, ferramentas e meios de armazenamento de 
materiais? 
9. As operações podem ser realizadas em paralelo? 
10. Pode-se mudar a seqüência das operações? 
11. Há diferenças ou características comuns a peças e operações? 
12. Há movimentos ou deslocamentos em vazio? 
43 
 
Também pode ser utilizado um modelo de registro de atividades que 
agregam valor (AV) e que não agregam valor (NAV) no qual se separa as atividades 
que agregam valor das que não agregam. 
A atividade que agrega valor é aquela que adiciona algo no produto que o 
cliente valoriza e se dispõem a pagar. 
No quadro abaixo, temos uma carta AV/NAV na qual estão demonstradas as 
atividades, separadas nas que agregam e nas que não agregam valor, e o tempo gasto 
em cada uma delas. O objetivo da empresa é verificar a possibilidade de extinguir as 
atividades que não agregam valor ou diminuir seu tempo e concentrar-se nas atividades 
que agregam valor. 
 
 CARTA AV/NAV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
™ Fonte:MARTINS, Petrônio G.; LAUGENI, Fernando P. Administração da Produção. 2.ed. São Paulo: 
Saraiva, 2005. P99. 
 
Estágio 4: Implementação das melhorias. Toda mudança organizacional 
tende a causar problemas, pois as pessoas apresentam resistência. Devemos entender 
o cenário e tomar diferentes ações para que a implantação dê resultado, como: 
• Prevenir possíveis problemas, eliminando as causas do problema em 
potencial. 
• Impedir que o problema se alastre, caso tenha ocorrido. 
Atividade 1 
Pintura 
Atividade 5 
Montagem 
Atividade 2 
Inspeção Visual 
Atividade 3 
Inspeção dimensional 
Atividade 4 
Estocagem em caixas 
Atividade 6 
Inspeção final 
Tempo = 20 min 
Tempo = 40 min 
Tempo = 10 min 
Tempo = 20 min 
Tempo = 10 min 
Tempo = 20 min 
O tempo total do processo é de 120 minutos, dos quais 30 minutos são relativos a atividades AV e 
90 minutos são relativos a atividades NAV. 
44 
 
• Remover os efeitos gerados pelo problema ocorrido. Não é eliminada 
a causa, mas procura-se eliminar os danos decorrentes. 
Segundo Bazzo; Pereira (2008), a figura abaixo ilustra o conceito de 
otimização: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: BAZZO, W. A; PEREIRA, L. T. V. Introdução à Engenharia: Conceitos, ferramentas e comportamentos. 
2. Ed. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2208. 
 
Será exigida do engenheiro muita arte, criatividade e intuição para que ele 
aperfeiçoe uma situação-problema, pois de acordo com Bazzo; Pereira (2008) as 
variáveis encontradas serão sempre: 
• Peso: deve ser reduzido para diminuir custos, de produção, transporte 
ou armazenamento. 
• Resistência: aumentar significa conseguir maior eficiência, ou seja, 
com a utilização de menos material consegue resistir a um mesmo 
nível de carga. 
• Rendimento: e melhoria significa diminuição de perdas ou aumento de 
produção. 
 Ainda de acordo com Bazzo; Pereira (2008) podemos identificar dois 
modelos de otimização: 
• Modelo otimizante: permite a determinação direta da condição ótima. 
Quando ao ser alimentado com parâmetros de entrada e executados 
os procedimentos operacionais adequados, retorna a melhor 
condição. Os modelos homeostáticos (que mantêm algumas de suas 
variáveis dentro de limites especificados) exemplos de modelos 
Otimização é 
um processo 
Otimizar é buscar a 
melhor solução 
Reduzir o 
indesejável 
Aumentar o 
desejável 
45 
 
otimizantes. A geladeira é um sistema homeostático, pois o termostato 
regula automaticamente a temperatura interna entre o máximo e o 
mínimo desejado, sem que haja interferência. 
• Modelo Entrada-Saída: as variáveis do sistema são substituídas por 
valores numéricos apropriados (entradas) e é determinado o valor de 
uma variável que é dependente das demais (saídas). As simulações 
matemáticas são exemplos deste método. 
 
Para finalizar, segundo Bazzo; Pereira (2008) os métodos de otimização se 
dividem em: 
• Por evolução: a melhoria nos processos de industrialização de 
alimentos, por exemplo, ocorreu em decorrência da evolução da 
tecnologia desta indústria. 
• Por intuição: habilidades para boas soluções sem uma justificativa 
com base científica, somente intuitiva. 
• Por tentativa: Iniciada com esboço preliminar da solução e através de 
tentativas chega-se a melhor solução que é inerente ao processo do 
projeto. 
• Técnica gráfica: utiliza-se de esquemas e desenhos que auxiliam na 
definição de proporções e formas. 
• Método analítico: baseado na teoria matemática da otimização. Com o 
advento dos computadores contribuiu muito para o desenvolvimento e 
aplicação deste método. Dentre os tipos de otimização que utilizam a 
matemática estão: programação linear e não-linear, programação 
geométrica, programação dinâmica, cálculo diferencial, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Para que um engenheiro tenha sucesso na profissão escolhida ele precisa 
de muitos atributos que devem ser desenvolvidos durante todo o curso de graduação. 
Esses atributos vão muito além da parte técnica, que não pode ser deixada de lado 
nunca, mas devem ser acrescentados a ela. 
O conhecimento das ferramentas da engenharia e sua aplicação são 
fundamentais para uma formação sólida, mas a criatividade na solução de problemas o 
uso correto e eficiente da comunicação, o desenvolvimento de projetos levando em 
conta a maior produtividade através da produção mais limpa, otimizando todos os 
processos, produtivos ou administrativos, da empresa sem desconsiderar os princípios 
éticos são diferenciais para os egressos que terão a responsabilidade de conduzir o 
crescimento sustentável do Brasil. 
Para conseguirmos isso, não podemos esquecer o principal: estudar! 
Cabe a todo estudante de engenharia dedicar-se muito aos estudos. Não 
adianta deixar para estudar na véspera da prova, o estudo tem de ser um ato contínuo, 
para que o conteúdo seja fixado e o aproveitamento seja satisfatório. O aluno deve ter o 
estudo como hábito, reservando algumas horas todos os dias para ler e fazer 
exercícios. 
A estrada é longa, o caminho nem sempre é fácil, mas o destino é 
recompensador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
 
ANEXO 
 
Código de ética profissional do engenheiro, de acordo com a Federação 
Nacional dos Engenheiros (FNE): 
São deveres dos profissionais da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia: 
1º - Interessar-se pelo bem público e com tal finalidade contribuir com seus 
conhecimentos, capacidade e experiência para melhor servir à humanidade; 
Em conexão com o cumprimento deste artigo deve o profissional: 
a) Cooperar para o progresso da coletividade, trazendo seu concurso intelectual e 
material para as obras de cultura, ilustração técnica, ciência aplicada e investigação 
científica. 
b) Despender o máximo de seus esforços no sentido de auxiliar a coletividade na 
compreensão correta dos aspectos técnicos e assuntos relativos à profissão e seu 
exercício. 
c) Não se expressar publicamente sobre assuntos técnicos sem estar devidamente 
capacitado para tal e, quando solicitado a emitir sua opinião, somente fazê-lo com 
conhecimento da finalidade da solicitação e se em benefício da coletividade. 
2º - Considerar a profissão como alto título de honra e não praticar nem permitir a 
prática de atos que comprometam a sua dignidade; 
Em conexão com o cumprimento deste artigo deve o profissional: 
a) Cooperar para o progresso da profissão, mediante o intercâmbio de informações 
sobre seus conhecimentos e tirocínio, e contribuição de trabalho às associações de 
classe, escolas e órgãos de divulgação técnica e científica. 
b) Prestigiar as entidades de classe, contribuindo, sempre que solicitado, para o 
sucesso das suas iniciativas em proveito da profissão, dos profissionais e da 
coletividade. 
c) Não nomear nem contribuir para que se nomeiem pessoas que não tenham a 
necessária habilitação profissional para cargos rigorosamente técnicos. 
d) Não se associar a qualquer empreendimento de caráter duvidoso ou que não se 
coadune com os princípios da ética. 
48 
 
e) Não aceitar tarefas para as quais não esteja preparado ou que não se ajustem às 
disposições vigentes, ou ainda que possam prestar-se a malícia ou dolo. 
f) Não subscrever, não expedir e nem contribuir para que se expeçam títulos, diplomas, 
licenças ou atestados de idoneidade profissional, senão às pessoas que preencham os 
requisitos indispensáveis para exercer a profissão. 
g) Realizar de maneira digna a publicidade que efetue de sua empresa ou atividade 
profissional, impedindo toda e qualquer manifestação que possa comprometer o 
conceito da sua profissão ou de colegas. 
h) Não utilizar sua posição para obter vantagens pessoais, quando ocupar um cargo ou 
função em organização profissional. 
3º - Não cometer ou contribuir para que se cometam injustiças contra colegas; 
Em conexão com o cumprimento deste artigo deve o profissional: 
a) Não prejudicar, de maneira falsa ou maliciosa, direta ou indiretamente, a reputação, 
a situaçãoou atividades de um colega. 
b) Não criticar de maneira desleal os trabalhos de outro profissional ou as 
determinações daquele que tenha atribuições superiores. 
c) Não se interpor entre outros profissionais e seus clientes sem ser solicitada sua 
intervenção e, neste caso, evitar, na medida do possível, que se cometa injustiça. 
4º - Não praticar qualquer ato que, direta ou indiretamente, possa prejudicar 
legítimos interesses de outros profissionais; 
Em conexão com o cumprimento deste artigo deve o profissional: 
a) Não se aproveitar nem concorrer para que se aproveitem de idéias, planos ou 
projetos de autoria de outros profissionais, sem a necessária citação ou autorização 
expressa. 
b) Não injuriar outro profissional, nem criticar de maneira desprimorosa sua atuação ou 
a de entidades de classe. 
c) Não substituir profissional em trabalho já iniciado, sem seu conhecimento prévio. 
d) Não solicitar nem pleitear cargo desempenhado por outro profissional. 
e) Não procurar suplantar outro profissional depois de ter este tomado providências 
para a obtenção de emprego ou serviço. 
49 
 
f) Não tentar obter emprego ou serviço à base de menores salários ou honorários, nem 
pelo desmerecimento da capacidade alheia. 
g) Não rever ou corrigir o trabalho de outro profissional, salvo com o consentimento 
deste e sempre após o término de suas funções. 
h) Não intervir num projeto em detrimento de outros profissionais que já tenham atuado 
ativamente em sua elaboração, tendo presentes os preceitos legais vigentes. 
5º - Não solicitar nem submeter propostas contendo condições que constituam 
competição de preços por serviços profissionais; 
Em conexão com o cumprimento deste artigo deve o profissional: 
a) Não competir por meio de reduções de remuneração ou qualquer outra forma de 
concessão. 
b) Não propor serviços com redução de preços, após haver conhecido propostas de 
outros profissionais. 
c) Manter-se atualizado quanto a tabelas de honorários, salários e dados de custo 
recomendados pelos órgãos de classe competentes e adotá-los como base para 
serviços profissionais. 
d) Não aceitar registro diferenciado entre a remuneração constante na carteira de 
trabalho e o que efetivamente lhe é pago. 
6º - Atuar dentro da melhor técnica e do mais elevado espírito público, devendo, 
quando consultor, limitar seus pareceres às matérias específicas que tenham 
sido objeto da consulta; 
Em conexão com o cumprimento deste artigo deve o profissional: 
a) Na qualidade de consultor, perito ou árbitro independente, agir com absoluta 
imparcialidade e não levar em conta nenhuma consideração de ordem pessoal. 
b) Quando servir em julgamento, perícia ou comissão técnica, somente expressar a sua 
opinião se baseada em conhecimentos adequados e convicção honesta. 
c) Não atuar como consultor sem o conhecimento dos profissionais encarregados 
diretamente do serviço. 
d) Se atuar como consultor em outro país, observar as normas nele vigentes sobre 
conduta profissional, ou, no caso de inexistência de normas específicas, adotar as 
estabelecidas pela FMOI – Fédération Mondiale de Organisations d’Ingénieurs. 
50 
 
7º - Exercer o trabalho profissional com lealdade, dedicação e honestidade para 
com seus clientes e empregadores ou chefes, e com espírito de justiça e 
eqüidade para com os contratantes e empreiteiros; 
Em conexão com o cumprimento deste artigo deve o profissional: 
a) Considerar como confidencial toda informação técnica, financeira ou de outra 
natureza, que obtenha sobre os interesses de seu cliente ou empregador. 
b) Receber somente de uma única fonte honorários ou compensações pelo mesmo 
serviço prestado, salvo se, para proceder de modo diverso, tiver havido consentimento 
de todas as partes interessadas. 
c) Não praticar quaisquer atos que possam comprometer a confiança que lhe é 
depositada pelo seu cliente ou empregador. 
8º - Ter sempre em vista o bem-estar e o progresso funcional dos seus 
empregados ou subordinados e tratá-los com retidão, justiça e humanidade; 
Em conexão com o cumprimento deste artigo deve o profissional: 
a) Facilitar e estimular a atividade funcional de seus empregados, não criando 
obstáculos aos seus anseios de promoção e melhoria. 
b) Defender o princípio de fixar para seus subordinados ou empregados, sem distinção, 
salários adequados à responsabilidade, eficiência e ao grau de perfeição do serviço que 
executam. 
c) Reconhecer e respeitar os direitos de seus empregados ou subordinados no que 
concerne às liberdades civis, individuais, políticas, religiosas, de pensamento e de 
associação. 
d) Não utilizar sua condição de empregador ou chefe para desrespeitar a dignidade de 
subordinado seu nem para induzir um profissional a infringir qualquer dispositivo deste 
Código de Ética. 
9º - Colocar-se a par da legislação que rege o exercício profissional da 
Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia, visando a cumpri-la corretamente, e 
colaborar para sua atualização e aperfeiçoamento. 
Em conexão com o cumprimento deste artigo deve o profissional: 
a) Manter-se em dia com a legislação vigente e procurar difundí-la, a fim de que seja 
prestigiado e defendido o legítimo exercício da profissão. 
51 
 
b) Procurar colaborar com os órgãos incumbidos da aplicação da lei de regulamentação 
do exercício profissional e promover, pelo seu voto nas entidades de classe, a melhor 
composição daqueles órgãos. 
c) Ter sempre presente que as infrações deste Código de Ética serão julgadas pelas 
câmaras especializadas instituídas nos Conselhos Regionais de Engenharia, 
Arquitetura e Agronomia – CREAs – cabendo recurso para os referidos Conselhos 
Regionais e, em última instância, para o CONFEA – Conselho Federal de Engenharia, 
Arquitetura e Agronomia, conforme dispõe a legislação vigente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
 
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