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Resenha artigo de Maura Penna

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GLEIDSON JORDAN DOS SANTOS
RESENHA DO ARTIGO “DÓ, RÉ, MI, FÁ E MUITO MAIS: DISCUTINDO O QUE É MÚSICA” (*)
Trabalho apresentado como requisito para avaliação á disciplina Oficina de Projetos II, ministrada pela professora Maria Amélia Viegas no curso de Licenciatura em Música da Universidade Federal de São João del-Rei.
São João del-Rei
2011
_______________________
(*) PENNA, Maura. Música e seu Ensino. Porto Alegre: Sulina, 2008.
RESENHA DO ARTIGO “DÓ, RÉ, MI, FÁ E MUITO MAIS: DISCUTINDO O QUE É MÚSICA”
	Maura Penna é graduada em Música e Educação Artística pela Universidade de Brasília. Mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Paraíba. Doutora em Lingüística pela Universidade Federal de Pernambuco. Desde 1984 vive na Paraíba, estado que adotou e onde construiu sua carreira acadêmica como professora do Departamento de Artes da Universidade Federal da Paraíba (1984-2003) e, a partir de 2004, como professora do Departamento de Educação da Universidade Estadual da Paraíba (¹). A resenha apresentada aqui tem como objetivo abordar o artigo da autora intitulado “DÓ, RÉ, MI, FÁ, E MUITO MAIS: discutindo o que é a música”, publicado primeiramente em Ensino da Arte – Revista da Associação de Arte-Educadores do Estado de São Paulo, ano II, nº III, de 1999, pág.14-17.
	A autora inicia seu artigo falando sobre a vivência diária que as pessoas possuem com os mais variados tipos de música, apontando a questão chave do texto “o que, em suma, caracteriza a música? (PENNA, 2008, pág 17)”. Para tentar responder a essa pergunta, Penna inicia uma discussão a respeito do que é arte. Nesse contexto, Maura afirma que a arte é algo intencional, baseada em técnicas e realizada essencialmente pelo homem, não podendo as “obras da natureza” ser caracterizadas como arte. Apesar da inclusão de bons exemplos argumentados em defesa de sua afirmação, é inegável que ela seja demasiadamente questionável dependendo do ponto de vista de cada individuo, pois para muitos, os feitos naturais sem intervenção humana, não-intencionais, possuem em sua essência o que o homem apropria para obtenção de seu fazer artístico. E mesmo o que não é apropriado pelos humanos, muitas vezes por si só apresenta uma arte digna de admiração.
	Maura questiona a música como linguagem universal, contextualizando de forma clara e bem estruturada as divergências culturais que se encontram na música de cada região e período, ressaltando a dificuldade de aceitação de alguns estereótipos de música entre culturas muito diferentes. Todavia, novamente a autora parece se equivocar, tendo em vista o crescimento da mídia e a expansão dos meios de interação entre os povos, na atualidade a música não encontra barreiras tão significativas. A população mundial pode ter acesso a música de qualquer região do planeta. Para reforçar que a música é uma linguagem universal, pode-se ressaltar os constantes relatos de intérpretes musicais que dizem que apesar das diferenças de linguagem, eles sentem que a música que fazem é compreendida pelos ouvintes em todos os locais por onde passam pelo mundo. 
	Penna aborda a questão da performance musical, com enfoque na encenação que é muito valorizada atualmente, bem como os novos elementos e recursos expressivos incorporados a música durante cada período histórico. A autora fala da importância dessas mudanças no fazer musical, mas reconhece que elas são pouco contempladas entre os músicos. O que dá mais margens para contradizê-la quando ela reafirma a reação de estranhamento musical que há entre grupos distintos, tendo em vista que esses aspectos causadores de estranheza não são introduzidos na formação dos indivíduos, o que deveria acontecer. A própria Maura afirma que esses elementos diferenciados vão se integrando aos poucos no meio artístico com o passar do tempo.
	Um dos pontos mais interessantes do artigo é quando a autora fala sobre a proposta pedagógica da oficina de música. Esse projeto tem como objetivo instigar a criação musical e não focar-se apenas na imitação da música já existente, com intuito de ampliar o universo musical do aluno. Penna é muito feliz ao afirmar a importância do ensino democratizante, da experimentação de alternativas conscientes e da ampliação da concepção de música em busca de sua construção efetiva.
	A autora aborda assuntos que exigem uma grande reflexão e uma ampla abordagem mostrando um ponto de vista necessário de se conhecer e apropriando-se de uma linguagem bem compreensiva. Entretanto, ela não consegue convencer o leitor contemporâneo quando tenta desmistificar a questão do que é a música e se ela é ou não uma linguagem universal, pois faz uso de uma abordagem de conceitos obsoletos e de um referencial teórico bem limitado. 
________________________
(¹) Dados retirados da biografia da autora no site da editora Sulina. Disponível em < http://www.editorasulina.com.br/autor_det_2.php?id=324 >. Acesso em novembro de 2011.
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