Psicologia humanista - A Abordagem Centrada na Pessoa

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A Abordagem Centrada na Pessoa
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A psicologia humanista abarca vários teóricos e inclui a psicologia fenomenológica ou existencial. Esta tendência, desenvolvida nos EUA no início dos anos 60, é denominada de “Terceira Força” por transmitir uma divergência radical das perspectivas anteriores. 
Valoriza o ser humano e sua subjetividade, enfocando a ética e valor pessoal.
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O comportamento não é restrito à sua experiência passada ou às circunstâncias atuais. Embora os dois fatores possam influenciar o comportamento, o elemento fundamental, para os humanistas, é que os indivíduos são capazes de responder baseados em sua avaliação subjetiva de uma situação. Eles podem fazer escolhas. 
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Como suposições básicas do Humanismo temos liberdade, responsabilidade e auto-realização.
Para os humanistas, se desejamos entender o comportamento de alguém, precisamos entender a pessoa que está produzindo o comportamento, incluindo a maneira como a pessoa enxerga o mundo. (Ponto de vista fenomenológico, isto é, ênfase nas percepções e sensações de um indivíduo) 
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Os diferentes objetos de análise para cada abordagem:
Behaviorismo = Comportamento
 
Psicanálise = Inconsciente 
Humanismo = Subjetividade 
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Erich Fromm
Rollo May
Victor Frankl 
Abraham Maslow
Carl Rogers
Virgínia Axline
John Wood
Rachel L Rosemberg 
Afonso Henrique Lisboa da Fonseca
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Psicólogo americano, representante da psicologia humanista e da corrente humanista em educação. Atuou como psicoterapeuta por mais de 30 anos e trouxe grandes contribuições para a prática clínica e para a educação. No Brasil suas ideias tiveram difusão na década de 70.
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 Rogers nasceu em 1902 em Oak Park, Chicago, EUA. Foi criado em um ambiente estritamente religioso em que os laços familiares eram bem estreitos. Sua educação foi rígida em relação a deveres éticos. Ele passou a adolescência na fazenda da família aprendendo os fundamentos da agricultura de cunho cientifico. Rogers atribuiu seu sucesso em parte às habilidades observacionais que ele desenvolveu neste período.
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Graduado em Teologia, História e Psicologia, desenvolveu uma teoria da personalidade a partir do tratamento de indivíduos emocionalmente perturbados através da Terapia Centrada na Pessoa. Seu método de trabalho é definido como “não diretivismo” baseado mais na aceitação dos sentimentos do cliente pelo terapeuta e menos na interpretação e no direcionamento.
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Seu primeiro livro surge em 1939: “O tratamento clínico da criança-problema”, onde apresenta suas pesquisas até então. A repercussão do livro faz com que ele passe a ser conhecido como psicólogo clínico.
Lança em 1969 o livro “Liberdade para Aprender”. Influenciado pelas idéias de democracia do educador Dewey, Rogers critica o sistema educacional tradicional, por recusar-se a ser suficientemente centrado no aluno.
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De 1945 a 1957, Rogers tem um período muito rico em termos de produção científica, com muitas publicações. Seu livro de 1951, “Terapia Centrada do Cliente”, é um dos pontos altos dessa produção.
No ano de 1961, Rogers publica o livro “Tornar-se pessoa” ,que rapidamente transforma-se em um best-seller mundial.
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A partir dessa época, Rogers passa a investir cada vez mais no trabalho com grupos, ou “grupos de encontro”, como ele os denomina. O livro “Grupos de encontro”, publicado em 1970, foi apreciado tanto por profissionais como por leigos e rapidamente tornou-se um livro de consulta obrigatória na área. 
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A partir de 1972, dedica-se principalmente à reflexão sobre aspectos sociais e políticos, explorando as possibilidades criativas oferecidas pelos grupos de encontro. Dessas reflexões surge o livro “Poder Pessoal”, publicado em 1977.
Nos últimos anos de sua vida, Rogers investe cada vez mais em workshops de esforço pela paz, tanto que seu nome foi indicado em 1987 para o Prêmio Nobel da Paz.
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Principalmente após a morte da esposa, em 1979, os últimos anos de Rogers foram marcados por um interesse pela dimensão espiritual do homem, pela transcendência e pela integração do homem com o universo. Valoriza, na terapia, a intuição e a “presença”, uma forma de comunicação com características transpessoais.
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Rogers faleceu em La Jolla, na Califórnia, no dia 4 de Fevereiro de 1987, após uma fratura do colo do fêmur. Antes de falecer, permaneceu três dias em coma, quando então as máquinas que o mantinham vivo foram desligadas, de acordo com as instruções que ele mesmo deixara.
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Congruência
	O crescimento pessoal é facilitado quando o terapeuta é aquele que, na relação com o cliente, é autêntico, sem máscara ou fachada, e apresenta abertamente os sentimentos e atitudes que nele surgem naquele momento.
Os sentimentos são acessíveis à sua consciência, que é capaz de viver estes sentimentos, senti-los na relação e capaz de comunicá-los, se isso for adequado. 
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Congruência
	Significa que entra num encontro pessoal direto com o cliente, encontrando-o de pessoa para pessoa. Significa que ele é aquele que não se nega. 	
	Quanto mais o terapeuta é capaz de ouvir e aceitar o que ocorre em seu íntimo, e quanto mais é capaz de, sem medo, ser a complexidade de seus sentimentos, maior é o grau de sua congruência.
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Empatia
	Significa penetrar no mundo perceptual do outro e sentir-se totalmente à vontade dentro dele. Requer sensibilidade constante para com as mudanças que se verificam nesta pessoa em relação aos significados que ela percebe, ao medo, à raiva, à ternura, à confusão ou ao que quer que ele/ela esteja vivenciando. 
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Empatia
Implica em transmitir a maneira como você sente o mundo dele/dela à medida que examina sem viés e sem medo os aspectos que a pessoa teme. Significa frequentemente avaliar com ele/ela a precisão do que sentimos e nos guiarmos pelas respostas obtidas.
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Empatia
	Estar com o outro desta maneira significa deixar de lado, neste momento, nossos próprios pontos de vista e valores, para entrar no mundo do outro sem preconceitos.
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Consideração Positiva Incondicional	
	Se tudo que uma pessoa exprime (verbalmente ou não verbalmente, direta ou indiretamente) sobre si mesma, me parece igualmente digno de respeito ou de aceitação, isto é, se não desaprovo nem deprecio nenhum elemento expresso dessa forma, experimento em relação a esta pessoa uma atitude de consideração positiva incondicional.
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Aprendizagem significativa em Psicoterapia
	Aprendizagem que é mais do que uma acumulação de fatos. É uma aprendizagem que provoca uma modificação, quer seja no comportamento do indivíduo, na orientação futura que escolhe ou nas suas atitudes e personalidade. É uma aprendizagem penetrante, que não se limita a um aumento de conhecimentos, mas que penetra profundamente todas as parcelas da sua existência.
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Metodologia Não-Diretiva
	É um método não estruturante de processo de aprendizagem, pelo qual o professor não interfere diretamente no campo cognitivo e afetivo do aluno. Na verdade, Rogers pressupõe que o professor dirija o estudante às suas próprias experiências, para que, a partir delas, o aluno se autodirija. 
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Metodologia Não-Diretiva
	Rogers propõe a sensibilização, a afetividade e a motivação como fatores atuantes na construção do conhecimento. Uma das ideias mais importantes na obra de Rogers é a de que a pessoa é capaz de controlar seu próprio desenvolvimento e isso ninguém pode fazer para ela.
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1. “Nas minhas relações com as pessoas descobri que não ajuda, a longo prazo, agir como se eu fosse alguma coisa que eu não sou.” (p. 28)
“Não podemos mudar, não podemos afastar do que somos enquanto não aceitarmos profundamente o que somos .” (p.29)
“A experiência é para mim a autoridade suprema.” (p.35) 
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“A investigação é um esforço persistente e disciplinadopara conferir um sentido e uma ordenação aos fenômenos da experiência subjetiva.” (p.36)
“Aquilo que é mais pessoal é o que há de mais geral.” (p.37)
Quanto mais um indivíduo é compreendido e aceito, maior tendência tem para abandonar as falsas defesas que empregou para enfrentar a vida, e para progredir num caminho construtivo.” (p.38) 
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“A vida, no que tem de melhor, é um processo que flui que se altera e onde nada está fixado.” (p.38)
Essa síntese mostra sua perspectiva e compreensão do modo como apreendeu e desenvolveu seu pensamento.
 Rogers diz ainda que não pode encorajar os outros a seguirem quaisquer crenças, princípios ou filosofia (noção de liberdade interior) 
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Atitudes construtivas assumidas pelo terapeuta na sua relação com o cliente:
Fase inicial:
Empatia
Aceitação Incondicional
Congruência
Fase avançada:
Confrontação
Imediaticidade
Concreticidade
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Quais consequências destas atitudes para o cliente?
Mudança nos construtos pessoais: 
	Transformação das crenças e valores que orientam o relacionamento do cliente consigo mesmo e com o mundo à sua volta, no sentido de uma maior flexibilidade desses valores, inicialmente rígidos.
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Proximidade da experiência: 
	Habilidade do cliente de desenvolver o autoconhecimento através de um contato cada vez mais próximo com sua própria experiência.
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Entrega ao relacionamento: 
	Confiança do cliente em relação ao terapeuta, de modo a se abrir com ele no decorrer do processo.
Mudança na expressão dos problemas: 
	Movimento do cliente quanto ao conteúdo de suas verbalizações, no sentido de expressar mais o conteúdo interno e menos o externo.
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Fundamentos básicos:
Apreciação, interesse e respeito incondicionais pelas pessoas individuais em sua singularidade.
Respeito pela presença, condutas, expressividade e articulação da multiplicidade de dimensões no grupo.
Uma confiança na sabedoria organísmica das pessoas e do grupo, nas dinâmicas de seus processos naturais de auto-regulação.
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Perfil do Facilitador = O profissional que promove o desenvolvimento
 Acreditar na modalidade de aprendizagem grupal. 
Empatia (poder colocar-se no lugar do outro e assim manter uma sintonia afetiva). 
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Ênfase na comunicação (tanto como emissor ou receptor, com a linguagem verbal ou a não-verbal, com preservação de um estilo próprio, e como uma forma de modelo para os demais do grupo). 
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Senso de humor (o facilitador pode ser firme sem ser rígido, flexível sem ser frouxo, bom sem ser bonzinho e, da mesma forma, pode descontrair, rir, brincar, sem perder o seu papel e a manutenção dos necessários limites). 
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Integração e síntese (é a capacidade de extrair o denominador comum das mensagens emitidas pelos diversos componentes e de integrá-las em um todo coerente e unificado, sem artificialismos forçados). 
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O crescimento do cliente não é somente em função das técnicas utilizadas pelo terapeuta, mas principalmente pelas atitudes assumidas pelo terapeuta durante o processo psicoterápico.
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Toda psicoterapia deve promover uma reconciliação do homem consigo mesmo, com o mundo e com a realidade. É um processo de metamorfose, através de recursos da própria pessoa.
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1939
O Tratamento Clínico da Criança-problema (The clinical treatment of the problem child)
1942
 Psicoterapia e Consulta Psicológica
(Counseling and Psychotherapy)
1951 
Terapia Centrada no Cliente
(Client-Centered Therapy)
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1961 
Tornar-se Pessoa
 (On Becoming a Person)
1969
Liberdade para Aprender (Freedom to Learn)
1970
Grupos de Encontro (On Encounter Groups)
1977
Sobre o Poder Pessoal (On Personal Power)
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1977
A Pessoa Como Centro
1980
Um Jeito de Ser (A Way of Being)