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DCDiurno Constitucional FMartins Aula09e10 171115 RKardous

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DELEGADO CIVIL DIURNO 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
 
MATERIAL DE APOIO 
Disciplina: Direito Constitucional 
 Professor: Flávio Martins 
Aulas: 09 e 10 | Data: 17/11/2015 
 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
PODER CONSTITUINTE 
1) ESPÉCIES DE PODER CONSTITUINTE 
1.1) Originário 
1.2) Derivado 
1.2.1) Reformador (continuação) 
1.2.2) Decorrente 
1.3) Difuso 
1.4) Supranacional 
 
EFICÁCIA DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS 
1) CLASSIFICAÇÃO QUANTO A EFICÁCIA: NORTEAMERICANA (Ruy Barbosa) 
2) CLASSIFICAÇÃO QUANTO A EFICÁCIA: ITALIANA (Jose Afonso da Silva) 
 
1.2.1) Reformador: 
Características do poder derivado reformador: 
a) secundário: tem sua origem na própria Constituição. 
b) condicionado: tem formas preestabelecidas de manifestação. 
Há duas formas de reforma Constitucional: 
1 – Revisão Constitucional (art. 3º, ADCT): Deveria ser feita pelo menos 5 anos após a promulgação da CF. (já foi 
feita). O quórum de aprovação foi e maioria absoluta (mais da metade de todos os membros). A revisão foi 
votada em sessão unicameral (reúne as duas casas do Congresso Nacional e não faz distinção entre os votos dos 
deputados e senadores). É possível hoje uma nova revisão constitucional? R:Para a posição majoritária não é 
possível uma nova revisão constitucional, pois as regras de alteração da Constituição não podem ser modificadas 
(Cláusulas pétreas implícitas). Para a posição minoritária (teoria da dupla revisão) (Manuel Gonçalves Ferreira 
Filho e Jorge Miranda) faz-se uma Emenda Constitucional alterando o art. 3º, ADCT, permitindo nova revisões. 
Art. 3º. A revisão constitucional será realizada após cinco anos, 
contados da promulgação da Constituição, pelo voto da maioria 
absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão 
unicameral. 
 2 – Emenda Constitucional (art. 60, CF): quem pode fazer a proposta de E (PEC) são três pessoas previstas no art. 
60, I, II e III, CF: 
I) pelo menos 1/3 de deputados (171 dep.) ou de senadores (27 sen.) 
II) Presidente da República 
 
 
 
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III) mais da metade das Assembleias Legislativas (26 + DF = 27. mais da metade é 14 Assembleia), pela maioria 
relativa de seus membros. 
Rol taxativo: prevalece o entendimento que não é possível PEC de iniciativa popular. 
OBS: iniciativa do povo: só pode fazer proposta de lei ordinária ou lei complementar. 
17/11/2015 
Procedimento de votação: nas duas casas do Congresso Nacional, nos dois turnos e o quórum de aprovação é de 
3/5. A casa iniciadora depende de quem foi a proposta. O Senado somente será a casa iniciadora quando o 
projeto for de iniciativa de senador. 
PROPOSTA CASA INICIADORA 
1/3 dos senadores Senado 
1/3 dos deputados Câmara dos Deputados 
Presidente da República Câmara dos Deputados 
Assembleia Legislativa Câmara dos Deputados 
 
Processo da EC: 
CASA INICIADORA CASA REVISORA CONSEQÜÊNCIA 
Aprovada Aprovada Será promulgada pelas mesas da 
Câmara e do Senado. 
- quando haverá sanção ou veto 
presidencial na EC: NUNCA! 
- quem promulga: são as mesas da 
Câmara e do Senado (não é a mesa 
do Congresso Nacional) 
Aprovada 
 ou 
Rejeitada 
Rejeitada 
ou 
X 
Somente poderá ser proposta 
novamente na próxima sessão 
legislativa (ano seguinte) 
Aprovada Emendada Volta para a casa iniciadora para 
votar as emendas, salvo se estas são 
apenas de redação, não alterando o 
conteúdo da norma. (STF) 
 
 
 
 
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Há três circunstancias nas quais a CF não poderá ser emendada: 
1. intervenção federal: intervenção da União em algum Estado ou no DF. 
2. estado de defesa (art. 136, CF – medida de âmbito região) 
Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da 
República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de 
defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais 
restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas 
por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por 
calamidades de grandes proporções na natureza. 
§ 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo 
de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, 
nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, 
dentre as seguintes: 
I - restrições aos direitos de: 
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações; 
b) sigilo de correspondência; 
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica; 
II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na 
hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e 
custos decorrentes. 
§ 2º O tempo de duração do estado de defesa não será superior a 
trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se 
persistirem as razões que justificaram a sua decretação. 
§ 3º Na vigência do estado de defesa: 
I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da 
medida, será por este comunicada imediatamente ao juiz 
competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso 
requerer exame de corpo de delito à autoridade policial; 
II - a comunicação será acompanhada de declaração, pela autoridade, 
do estado físico e mental do detido no momento de sua autuação; 
III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior 
a dez dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário; 
IV - é vedada a incomunicabilidade do preso. 
§ 4º Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente 
da República, dentro de vinte e quatro horas, submeterá o ato com a 
 
 
 
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respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por 
maioria absoluta. 
§ 5º Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será convocado, 
extraordinariamente, no prazo de cinco dias. 
§ 6º O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de dez dias 
contados de seu recebimento, devendo continuar funcionando 
enquanto vigorar o estado de defesa. 
§ 7º Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de defesa. 
 
3. estado de sítio (art. 137, CF – medida de âmbito nacional) 
Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da 
República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso 
Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de: 
 I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos 
que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de 
defesa; 
II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada 
estrangeira. 
 
Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar autorização 
para decretar o estado de sítio ou sua prorrogação, relatará os 
motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional 
decidir por maioria absoluta. 
c) limitado (ainda em poder derivado reformador): tem seus limites na própria CF. Os limites são: 
1. Materiais: matérias que não podem ser suprimidas da CF (cláusulas pétreas) 
2. Circunstanciais: são circunstancias nas quais não se podem emendar a CF (intervenção federa, estado de defesa 
e estado de sítio) 
3. Formais ou procedimentais: procedimento mais rigoroso de alteração (quórum de 3.5) 
4. Limitações temporais: período de tempo no qual não se pode alterar a Constituição. A CF/88 não tem esta 
limitação. A Constituição que teve isto foi a de 1824. 
5. Implícitos: Cláusulas Pétreas implícitas. Não se podem modificar as regras de alteração da Constituição. 
1.2.2) Decorrente: 
 
 
 
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Poder que cada Estado possui para elaborar sua própria Constituição. Segundo o STF o DF também tem este 
poder (a Lei Orgânica do DF tem status de Constituição Estadual). Os municípios não tem este poder decorrente 
(se há lei municipal contrariando a lei orgânica do município não há controle de constitucionalidade).Características: 
a) secundário: tem origem na própria CF. É um poder de direito e não de fato. 
b) condicionado: possui formas preestabelecidas de manifestação (Constituição Estadual e Lei Orgânica do DF) 
c) limitado: tem os seus limites na própria Constituição, através de três princípios 
Princípios que limitam o poder derivado decorrente: 
1. Princípios sensíveis: estão previstos expressamente no art. 34, VII, CF e tem este nome porque, se violados 
autorizam a intervenção. (ex: regime democrático / aplicação do mínimo exigido na saúde e educação) 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte 
(...) 
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites 
definidos em lei específica; 
2. Princípios estabelecidos: estão previstos na CF e se referem expressamente aos Estados. (ex: art. 25, CF – 
competência dos Estados) 
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e 
leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. 
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam 
vedadas por esta Constituição. 
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, 
os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição 
de medida provisória para a sua regulamentação. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 5, de 1995) 
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir 
regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, 
constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para 
integrar a organização, o planejamento e a execução de funções 
públicas de interesse comum. 
3. Princípios extensíveis: referem-se a União, mas se aplicam aos Estados pelo princípio da simetria. (ex: processo 
legislativo – art. 59 a 69, CF / eleição indireta do Presidente e do Governador) 
1.3) Difuso: 
 
 
 
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Também chamado de mutação constitucional 
É o poder de mudar o sentido, a interpretação da Constituição, sem alteração do seu texto. 
É um poder de fato e não de direito. 
Mudança informal da Constituição. 
Pode ser feito por qualquer interprete da Constituição (decorre da teoria da “Sociedade aberta dos intérpretes da 
Constituição” – Peter Haberle) 
 Exs: 
a) mudança da interpretação da Constituição (ex: art. 5º, XI, CF – a palavra “casa” é a mesma, mas sua 
interpretação mudou e passou a ser tanto a residência como o local de trabalho reservado, quarto de hotel ou 
motel ocupado, trailer) 
Art. 5º, XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela 
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de 
flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o 
dia, por determinação judicial; 
b) praxe constitucional: o parlamentarismo no reinado de Dom Pedro II. 
1.4) Supranacional: 
É o poder de elaborar uma só Constituição para vários países 
 
EFICÁCIA DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS: 
As normas constitucionais tem eficácia jurídica variada. 
Validade é diferente de vigência que é diferente de eficácia: 
a) validade de uma lei; compatibilidade com a Constituição e com os tratados supralegais. 
b) vigência de uma lei: possibilidade de invocação da norma (ocorre após a “vacatio legis”). É possível uma lei 
válida, mas não vigente? R: é possível, ex. o novo CPC / nova lei anti-bullying). É possível uma lei vigente, mas não 
é válida? R: ex. Medida Provisória que veda manifestação em via publica com veículo automotor. Ela esta vigente, 
mas parece que não é valida. 
c) eficácia de uma lei: 
. social: respeito a lei pela população. Ex: lei 5700/70 (símbolos da República), por mais que a lei está em vigor, 
mas muitas coisas que estão na lei, na pratica não é respeitada. 
. jurídica: possibilidade de produção de efeitos concretos. É possível uma lei eficaz que não é vigente? R: é 
possível, se a lei penal anterior já revogada é mais favorável ao réu. 
1) CLASSIFICAÇÃO QUANTO A EFICÁCIA: NORTEAMERICANA (Ruy Barbosa) 
 
 
 
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a) norma constitucional autoexecutável: produz todos os seus efeitos sem precisar de complemento. 
b) norma constitucional não autoexecutáavel: produz poucos efeitos porque precisa de um complemento 
2) CLASSIFICAÇÃO QUANTO A EFICÁCIA: ITALIANA (Jose Afonso da Silva) 
 “Aplicabilidade das normas constitucionais” 
a) eficácia plena: produz todos os seus efeitos sem precisar de complemento . 
 Ex: art. 18, CF: Brasília é a capital federal 
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa 
do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. 
§ 1º Brasília é a Capital Federal. 
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, 
transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão 
reguladas em lei complementar. 
§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou 
desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos 
Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população 
diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso 
Nacional, por lei complementar. 
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de 
Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período 
determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de 
consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios 
envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, 
apresentados e publicados na forma da lei. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 15, de 1996) 
 Ex: art. 57, “caput”, CF: define o calendário do Congresso Nacional. 
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital 
Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de 
dezembro. 
 b) eficácia contida 
 c) eficácia limitada 
 - Não fazem parte da classificação clássica de Jose Afonso, mas parte da doutrina acrescente: 
 d) eficácia absoluta 
 e) eficácia exaurida

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