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DELEGADO CIVIL DIURNO CARREIRAS JURÍDICAS Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO Disciplina: Direito Constitucional Professor: Flávio Martins Aulas: 19,20,21 e 22 | Data: 02/12/2015 ANOTAÇÃO DE AULA SUMÁRIO DIREITO DE NACIONALIDADE 1) BRASILEIRO NATO 2) NATURALIZAÇÃO 3) DIFERENÇAS ENTRE OS BRASILEIROS NATO E O NATURALIZADO 4) PERDA DA NACIONALIDADE DIREITOS POLÍTICOS 1) PLEBISCITO 2)REFERENDO 3) INICIATIVA POPULAR 4) AÇÃO POPULAR 5) DIREITO DE SUFRÁGIO 5.1) Direito de votar: (art. 14, CF) 5.2) Direito de ser votado 5.3) Inelegibilidade: incapacidade de ser votado DIREITO DE NACIONALIDADE: É o vinculo jurídico e político de uma pessoa com um Estado A nacionalidade é um direito fundamental, previsto na CF (art. 12, CF) e em tratados internacionais sobre direitos humanos (Ex: Pacto de São José da Costa Rica – ninguém nascerá sem nacionalidade. Se não receber a nacionalidade dos pais, recebera a nacionalidade do país onde nasceu). Art. 12. São brasileiros: I - natos: a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Página 2 de 15 Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007) II - naturalizados: a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) § 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) § 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição. § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados; III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas. VII - de Ministro de Estado da Defesa(Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) Página 3 de 15 § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis É possível uma pessoa sem nacionalidade, é o chamado de apátrida. Tipo de nacionalidade: a) originaria (primária): é aquela adquirida pelo nascimento (as hipóteses de originaria estado só na CF). critérios: 1. “jus solis”: territorial. A América adotou, como regra, o critério do território. 2. “jus sanguinis”: não importa onde nasceu o que importa é a sua ascendência. A Europa adota, como regra, o “jus sanguinis” b) secundária (adquirida): é aquela adquirida por um ato posterior de vontade, é a chamada naturalização. Esta prevista na CF e na lei infraconstitucional (estatuto do estrangeiro) (competência privativa da União – art. 22, CF, ou seja, só ela pode legislar sobre nacionalidade). Não é possível medida provisória sobre nacionalidade. Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: (...) XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização 1) BRASILEIRO NATO: Art. 12, CF Página 4 de 15 a) nascido em território brasileiro (“jus solis”), salvo se de pais estrangeiros a serviço de seu país. b) nascido no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que esteja a serviço do Brasil. (“jus sanguinis” + critério funcional “a serviço do Brasil”) (Ex: missão diplomática) c) Emenda Constitucional 54/20071: nascido do estrangeiro de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que seja registrado em repartição brasileira competente (Consulado ou Embaixada) (“jus sanguinis” + registro). Por expressa previsão constitucional, a EC 54 retroage aos nascidos entre 1993 e 2007 d) nascido no estrangeiro de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que venha a residir no Brasil e opte pela nacionalidade brasileira. (“jus sanguinis” + residência no Brasil + opção pela nacionalidade brasileira). A qualquer tempo pode fixar residência no Brasil. Opção ela nacionalidade brasileira é feita na Justiça Federal (art. 109, X, CF), e é um ato personalíssimo e só depois de atingida a maioridade. Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: (...) X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização; 2) NATURALIZAÇÃO: a) naturalização tácita ou grande naturalização: adotado na Constituição de 1891 – todos que estão no Brasil são brasileiros, salvo se houver manifestação em sentido contrário. As hipóteses na CF/88 são de naturalização expressa (art. 12, II, CF): 1. Art. 12, II, “a”, CF: naturalização ordinária. Seus requisitos estão na lei infraconstitucional, no estatuto do estrangeiro – lei 6815/80, art. 112: residência no Brasil por 4 anos, saber ler e escrever português, condição de se manter no país. Aos estrangeiros oriundos dos países de língua portuguesa, bastarão residência no Brasil por 1 ano + idoneidade moral. Ainda que preenchidos os requisitos, não terá o estrangeiro direito subjetivo a naturalização Art. 112. São condições para a concessão da naturalização: (Renumerado pela Lei nº 6.964, de 09/12/81) 1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc54.htm Página 5 de 15 I - capacidade civil, segundo a lei brasileira; II - ser registrado como permanente no Brasil; III - residência contínua no território nacional, pelo prazo mínimo de quatro anos, imediatamente anteriores ao pedido de naturalização; IV - ler e escrever a língua portuguesa, consideradas as condições do naturalizando; V - exercício de profissão ou posse de bens suficientes à manutenção própria e da família; VI - bom procedimento; VII - inexistência de denúncia, pronúncia ou condenação no Brasil ou no exterior por crime doloso a que seja cominada pena mínima de prisão, abstratamente considerada, superior a 1 (um) ano; e VIII - boa saúde. § 1º não se exigirá a prova de boa saúde a nenhum estrangeiro que residir no País há mais de dois anos.(Incluído pela Lei nº 6.964, de 09/12/81) § 2º verificada, a qualquer tempo, a falsidade ideológica ou material de qualquer dos requisitos exigidos neste artigo ou nos arts. 113 e 114 desta Lei, será declarado nulo o ato de naturalização sem prejuízo da ação penal cabível pela infração cometida. (Renumerado e alterado pela Lei nº 6.964, de 09/12/81) § 3º A declaração de nulidade a que se refere o parágrafo anterior processar-se-á administrativamente, no Ministério da Justiça, de ofício ou mediante representação fundamentada, concedido ao naturalizado, para defesa, o prazo de quinze dias, contados da notificação. (Renumerado pela Lei nº 6.964, de 09/12/81) Página 6 de 15 2. art. 12, II, “b”, CF: naturalização extraordinária ou quinzenária. Os estrangeiros de qualquer nacionalidade poderão se naturalizar brasileiros desde que residam no Brasil por 15 anos ininterruptos sem condenação penal (qualquer infração penal). Preenchidos os dois requisitos, terá o estrangeiro direito subjetivo a naturalização. OBS: o português residente no Brasil: tem duas opção: a) naturalizar-se brasileiro: residência por 1 ano + idoneidade moral. Mas deixa de ser português b) requerer a equiparação: terá todos os direitos de um brasileiro naturalizado e continua sendo português. A CF/88 exige reciprocidade em favor dos brasileiros residentes em Portugal (tratado de 22.04.2000) 3) DIFERENÇAS ENTRE OS BRASILEIROS NATO E O NATURALIZADO: Somente a CF pode estabelecer diferenças a) os cargos privativos de brasileiros natos: Presidente da República e todos os cargos que chegam a Presidência, ou seja, o Vice Presidente, Presidente da Câmara, Presidente do Senado, Ministro do STF, oficiais (tenente ou mais) das Forças Armadas, diplomata e Ministro da Defesa (rol taxativo). b) extradição: é o envio de uma pessoa para outro país para que lá seja processada ou cumpra pena (ato bilateral). O Brasil pede para algum país a extradição de alguém (ativa) ou algum país pede para o Brasil a extradição de alguém (passiva). O Brasileiro nato, nunca será extraditado do Brasil. Mas se estiver em outro país, mesmo que brasileiro nato, e tiver tratado entre o país que ele esta e o que quer a extradição, ai pode extraditar. O brasileiro naturalizado pode ser extraditado em dois casos: 1. crime anterior a naturalização 2. trafico de droga (tanto faz se foi antes ou depois da naturalização) OBS: o brasileiro nato pode ser entregue ao TPI c) o brasileiro nato possui 6 assento reservados no Conselho da República (art. 85, CF) Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: I - a existência da União; II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; Página 7 de 15 IV - a segurança interna do País; V - a probidade na administração; VI - a lei orçamentária; VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento. d) propriedade de empresas jornalísticas: art. 222, CF. Brasileiro nato pode ser proprietário, ja o naturalizado só pode ser proprietário depois de 10 anos da sua naturalização. Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002) § 1º Em qualquer caso, pelo menos setenta por cento do capital total e do capital votante das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens deverá pertencer, direta ou indiretamente, a brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, que exercerão obrigatoriamente a gestão das atividades e estabelecerão o conteúdo da programação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002) § 2º A responsabilidade editorial e as atividades de seleção e direção da programação veiculada são privativas de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, em qualquer meio de comunicação social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002) § 3º Os meios de comunicação social eletrônica, independentemente da tecnologia utilizada para a prestação do serviço, deverão observar os princípios enunciados no art. 221, na forma de lei específica, que também garantirá a prioridade de profissionais brasileiros na execução de produções nacionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002) Página 8 de 15 § 4º Lei disciplinará a participação de capital estrangeiro nas empresas de que trata o § 1º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002) § 5º As alterações de controle societário das empresas de que trata o § 1º serão comunicadas ao Congresso Nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002) 4) PERDA DA NACIONALIDADE: a) ação para cancelamento da naturalização: só recai sobre brasileiros naturalizados. Tramita na justiça federal (art. 109, X, CF). É ajuizada pelo MP federal. Será ajuizada quando houver uma atividade nociva ao interesse nacional. O momento da perda da nacionalidade é com a sentença transitada em julgado. Só existe um jeito de reaquisição da nacionalidade, traves de uma ação rescisória em ate 2 anos. b) aquisição voluntária de outra nacionalidade: recai sobre brasileiros nato e naturalizado. Há exceção (dupla nacionalidade): 1. aquisição de outra nacionalidade originária: adquirida pelo nascimento (ex: nasceu no Brasil e neto de italiano) 2. quando o Estado estrangeiro exige a naturalização como condição de permanência no país ou para exercer algum direito. DIREITOS POLÍTICOS: São os direitos destinados a concretizar a soberania popular (art. 1º, parágrafo único, CF) Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Direitos políticos: a) plebiscito b) referendo c) iniciativa popular Página 9 de 15 d) ação popular e) direito de sufrágio 1) PLEBISCITO 2) REFERENDO Consulta popular sobre um determinado assunto Consulta popular sobre determinado assunto Convocado pelo Congresso Nacional (art. 49, XV, CF) Autorizado pelo Congresso Nacional (art. 49, XV, CF) Decreto legislativo Decreto legislativo Primeiro consulta o povo para depois fazer a lei ou ato administrativo Primeiro faz a lei ou ato administrativo e depois consulta o povo 3) INICIATIVA POPULAR: a) por Lei Federal (Art. 61, §2º, CF): Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição. (...) § 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.. pelo menos 1% do eleitorado nacional . assinatura de pelo menos 5 Estado . assinatura de pelo menos 0,3% dos eleitores desses Estados Página 10 de 15 . a casa iniciadora é a Câmara dos Deputados b) por Lei Estadual: a CF não diz. Então fica a cargo a Constituição de cada Estado. c) por Lei Municipal (art. 29, XIII, CF) Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: (...) XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado . 5% do eleitorado do município OBS: A iniciativa popular recai sobre projeto de lei ordinária e complementar 4) AÇÃO POPULAR: Art. 5º, LXXIII, CF Art. 5º, LXXIII, CF: qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; Criada pela CF de 1934 Quem pode ajuizar? R: qualquer cidadão (é a pessoa no gozo dos direitos políticos) Para fins de ação popular, bastará o direito de votar (a partir de 16 anos já pode ajuizar a ação popular) (precisa de advogado) Quem não pode ajuizar? R: menor de 16 anos, pessoas que não estão no gozo dos direitos políticos, os condenados, estrangeiro e a pessoa jurídica Cabe para evitar ou reparar lesão a: Página 11 de 15 a) patrimônio público b) meio ambiente c) patrimônio histórico e cultural d) moralidade administrativa O autor é isento de custa e ônus de sucumbência, salvo comprovada má-fé 5) DIREITO DE SUFRÁGIO: É o direito de votar (alistabilidade ou capacidade eleitoral ativa) e o direito de ser votado (elegibilidade ou capacidade eleitoral passiva) 5.1) Direito de votar: (art. 14, CF) Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular. § 1º O alistamento eleitoral e o voto são: I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II - facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. § 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: I - a nacionalidade brasileira; Página 12 de 15 II - o pleno exercício dos direitos políticos; III - o alistamento eleitoral; IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; V - a filiação partidária; Regulamento VI - a idade mínima de: a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para Vereador. § 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. § 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997) § 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. § 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: Página 13 de 15 I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 4, de 1994) § 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. § 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. a) obrigatório: para os maiores de 18 anos e menores de 70 anos b) facultativo: para o maior de 16 e menor de 18 anos, para o maior de 70 anos e para o analfabeto c) proibido (inalistáveis): para o menor de 16 anos, para os estrangeiros e para o militar conscrito Características do voto: a) voto direto: o povo escolhe diretamente o seu representante, sem intermediário (exceção: art. 80, CF) Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice- Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal. b) secreto: sigiloso Página 14 de 15 c) universal: todos tem o direito de votar d) periódico: de tempos em tempos o povo tem o direito de votar e) liberdade: pode votar em qualquer candidato, bem como em branco ou anular o voto f) igualdade: todos os votos tem o mesmo valor 5.2) Direito de ser votado: Condições de elegibilidade: a) tem que ser brasileiro b) alistamento eleitoral c) tem que estar no gozo dos seus direitos políticos d) filiação partidária e) tem que ter domicílio eleitoral na circunscrição: o domicílio civil pode ser diferente f) idade mínima: no momento da posse (exceção: o vereador tem que ter 18 no momento do registro da candidatura): . 35 anos: Presidente, Vice e Senador . 30 anos: governador e vice . 21 anos: Prefeito, vice, deputados e juiz de paz . 18 anos: Vereador 5.3) Inelegibilidade: incapacidade de ser votado a) absoluta: vale para todos os cargos. Os Inalistáveis (o menor de 16 anos, estrangeiro e militar conscrito) e o analfabeto b) relativa: alguns cargos (art. 14, §5º a 9º, CF): . art. 14, §5º: ineligibilidade pela reeleição. O chefe do poder executivo, só pode ser reeleito para um mandato consecutivo (Prefeito, Governador e Presidente). Não se aplica ao poder legislativo. . art. 14, §6º: inelegibilidade para outros cargos: o chefe do poder executivo só pode se candidatar a outros cargos se renunciar ao atual mandato 6 meses antes do pleito (eleição). Página 15 de 15 . art.14, §7º: inelegibilidade pelo parentesco. Alguns parentes do chefe do poder executivo não poderão ser candidatar dentro da mesma circunscrição. O cônjuge, companheiro na união estável e homoafetiva. Se o casal se separar durante o mandato, permanecerá a inelegibilidade (Súmula Vinculante 18). Os parentes ate o segundo grau (pai, mãe, avo, filho, neto, irmão). Se um parente já ocupava cargo publico eletivo, poderá se candidatar à reeleição Súmula Vinculante 18: A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal. . art. 14, §8º: inelegibilidade do militar: militar com menos de 10 anos de atividade (deve passar definitivamente para a inatividade) e o militar com mais de 10 anos de atividade (será afastado temporariamente e, se for eleito passará para a inatividade). Só no caso do militar a filiação partidária se dará após a eleição. . art. 14, §9º: lei complementar poderá criar outras hipóteses de inelegibilidade. Ex: lei complementar 135/10 (lei da ficha limpa).
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