Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
���������� �� � ������ �������������� �������� ������ ������ �������������� � � � ���� � ����������� ������ � ����������� ������ � ����������� ������ � ����������� ������ ���� ���� ���� ���� � � !�"�����! ���� !� ����!������ #������������ ��������$ ���� %������ �! �&���&� '���� ������������ (�������)��*���&��� (��� ��+������ � � � I. INTRODUÇÃO A coluna de Winogradsky é uma demonstração sobre a ecologia e evolução microbianas, realizada por Sergius Winogradsky (1856-1853), pioneiro dos estudos das atividades microbianas, que consiste num sistema laboratorial para a observação do processo evolutivo: processo de adaptação microbiana aos diferentes ambientes empregando diferentes estratégias para obtenção de energia. Esse sistema mostra também, as interações entre os organismos e entre estes e o meio ambiente, numa comunidade mista, demonstrando que os microrganismos são parte intrínseca dos ciclos biogeoquímicos. Na coluna desenvolve-se uma sucessão de comunidades microbianas relacionadas com a concentração de oxigênio, nutrientes e luz, contendo tanto ambientes aeróbios como aeróbios. Portanto, pode ser dividida em três camadas principais: Camada Aeróbia superior, camada microaerofílica, e camada anaeróbia inferior. Diagrama da Coluna de Winogradsky apontando à distribuição dos organismos em ambientes aeróbios e anaeróbios. A fase mais elevada da coluna contém um ambiente aeróbio, onde ocorre o crescimento de organismos que realizam a fotossíntese, como as algas e cianobactérias, responsáveis pela produção primaria dessa zona. Tal sustenta a proliferação de bactérias aeróbias heterotróficas e fungos. Além dessa diversidade de organismos, há uma quantidade considerável de H2S que estimula o crescimento de colônias de bactérias oxidantes de enxofre. Graças a esses organismos, a coluna tem uma coloração esverdeada na sua camada superior. Esta é a parte da coluna que contem maior teor de oxigênio. A camada microaerofílica contem uma concentração relativamente menor de oxigênio e uma maior concentração de H2S. Nesta há crescimento de bactérias oxidantes de enxofre. Logo há o desenvolvimento de bactérias púrpuras não sulfurosas (identificadas por coloração vermelha); ao aumentar o teor de H2S, há o incremento de bactérias fotossintéticas anaeróbias, divididas em duas camadas segundo a tolerância ao H2S, primeiro estão as púrpuras sulfurosas (camada roxo-escuro) e logo as bactérias verdes sulfurosas (camada verde-escura) que resistem a maiores concentrações de H2S; o enxofre produzido por ambas retorna ao sedimento, formando parte do ciclo do enxofre que ocorre em ambientes marinhos. Finalmente, a camada anaeróbia inferior agrupa organismos que realizam fermentação e respiração anaeróbia. O género Clostridium degrada a celulose e produz compostos orgânicos como resultado da fermentação. Bactérias redutoras de enxofre utilizam tais compostos para realizar sua respiração anaeróbia, finalizando com a produção de H2S. A reação entre o último e o ferro existente gera sulfuretos ferrosos de coloração negra. II.METOLOGIA Materiais • Folha seca picada, como fonte de carbono; • Casca de ovo picada, como fonte secundária de carbono e cálcio; • Gema de ovo, como fonte de enxofre; • Sulfato de magnésio e sulfato de amônio, como fontes secundárias de enxofre; • Água de lago, como fonte de microrganismos com diversidade metabólica; • Lama, para suplementação e sedimentação da coluna; • Pote de vidro, para armazenar; • Plástico transparente e elástico, para tampar e selar a coluna. Sulfato de magnésio, sulfato de amônio e gema de ovo (da esquerda para direita respectivamente) Materiais Utilizados: Folhas secas e lama Método A folha seca, a casca de ovo moída, a gema de ovo, o sulfato de magnésio e o sulfato de amônio foram misturados com a lama. Essa mistura foi colocada dentro do pote de vidro a fim de completar 2/3 de seu conteúdo. O restante do pote foi completado com a água do lago. Depois disso feito, a coluna foi selada com o plástico transparente e o elástico. A coluna foi exposta a luz durante todo o período experimental. Sulfato de magnésio, sulfato de amônio e gema de ovo misturadas a lama e em seguida a introdução das folhas secas. Coluna selada com plastic transparente e o elástico. Coluna pronta para a exposição a luz. III. RESULTADOS Após o período de incubação, era esperada uma coluna totalmente estratificada, com uma diferenciação perceptível, tanto pela coloração e textura quanto por análises microscópicas. A coluna de Winogradsky se diferencia basicamente em duas partes, uma anaeróbica (porção inferior) e outra aeróbica (porção superior). Na primeira, era de se esperar o crescimento de colônia de seres fermentadores de matéria orgânica (Clostridium), por conta da celulose adicionada e bactérias sulfeto-redutoras, anaeróbias, como a Desulfovibrio, que utiliza o sulfeto como aceptor de elétrons ao invés de oxigênio, produzindo H2S, que reagem com qualquer traço de ferro, produzindo o composto sulfeto de ferro, dando origem a coloração negra dessa porção da coluna. Algum desse sulfeto de hidrogênio emerge para superfícies mais acima que, ao entrar em contato com a primeira porção de água da coluna, possibilita o crescimento de colônias de bactérias fotossintetizantes anaeróbicas, tais como a bactéria púrpura e a bactéria verde que, assim como as plantas, utilizam a luz como fonte de energia e seus materiais celulares com o gás carbônico, mas controversamente, ao invés de produzirem oxigênio, como os seres aeróbios fotossintetizantes, produzem sulfeto, segundo a reação: 6 CO2 + 12 H2S = C6H12O6 + 6 H20 + 12 S Nessa região, por conta de suas colorações, é possível observar uma coloração mixada entre roxo e verde e, além disso, bolsões de enxofre. Já na porção superior, oxigenada e com uma maior penetração de luz, é possível encontrar seres fotossintetizantes que já utilizam o oxigênio como aceptor de elétrons, ao invés de
Compartilhar