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AULA ON LINE 1 – LEI 8.112/90
Professor Luis Gustavo
Art. 1o  Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais.
Regime Jurídico dos Servidores
( direitos e deveres
ESTATUTÁRIO ou LEGAL		CELETISTA ou TRABALHISTA
Servidor público				Empregado Público	 (BB – SEM / CEF – empresa pública)
Vínculo: estabelecido através de lei	Vínculo: contrato de trabalho
Unilateral					Bilateral
Direito Público				direito privado
Redação antiga do art. 39 da CF/88
EC 19/98 – Emenda constitucional que mais alterou o direito administrativo
U E DF M	( plano de carreira		- Adm. Direta
		( regime jurídico único	- Autárquica
						- Fundacional
Lei Federal 8.112/90 – servidor público federal – Lei feita para atender o art. 39 da CF/88
Regime Jurídico Estatutário
SEM e EP ( CELETISTA ( Empregado público
CF/88______RJU_______EC 19/98______RJU_____LIMINAR STF______RJU___ ?
	art. 39 CF/88							2007
PARA FINS DE PROVA - Lei 8.112/90 – atualmente, por força da liminar do STF, esta lei representa sim o RJU dos servidores públicos federais da Administração Direta, Autárquica e Fundacional
Art. 2o  Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público.
Servidor Público – art. 2º - no sentido estrito - legalmente investido em cargo público (Adm. Dir. / Autarq. / Fundac. - Estatutário
Empregado público - legalmente investido em emprego público (SEM e EP) - Celetista
Agente público – art. 2º da Lei 8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa)
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.
Transitória ou não / Remunerado ou não (cargo, emprego, função ou mandato)
Todo servidor é um agente público
Todo empregado é um agente público
Mesário do TRE exerce função de agente público
Deputado , vereador, prefeito e assemelhados – agentes públicos
Funcionário público – direito penal – expressão que não se utiliza mais no direito 
administrativo – superada pelo termo agente público
Cargo público 	( conjunto de atribuições e responsabilidades
			( servidor público
			( regime estatutário
Art. 3o  Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. 
Parágrafo único.  Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão. 
Características	( acessíveis aos brasileiros (nato e naturalizado)
			( criados por lei SEM EXCEÇÃO
			( denominação própria
			( vencimentos pago pelos cofres públicos
			( provimento efetivo ou em comissão (art. 37, II da CF/88)
Art. 37, II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
EFETIVO					EM COMISSÃO
	Concurso público					sem concurso público
	Com estabilidade					Livre nomeação e exoneração
								Sem estabilidade
Art. 4o  É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.
Esta vedação não é absoluta
Art. 5º - requisitos BÁSICOS da investidura ( POSSE
Art. 5o  São requisitos básicos para investidura em cargo público: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o gozo dos direitos políticos; 
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; 
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; 
V - a idade mínima de dezoito anos; 
VI - aptidão física e mental. 
ATENÇÃO: nacionalidade brasileira. Há possibilidade do estrangeiro ingressar no serviço público
STF - Os requisitos devem ser estabelecidos por lei, não podem ser estabelecidos em edital
Art. 5º, § 1o  As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei.
§2º - portador de deficiência (art. 37, VIII da CF/88)
Art. 37, VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
Lei 8.112/90, art. 5º, § 2o  Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.
Reserva legal ( até 20% (limite máximo)
STF – é possível não ocorrer reserva
Art. 5º, §3º da Lei 8.112 – estrangeiro (art. 37, I da CF/88)
Professores, técnicos e cientistas estrangeiros
§ 3o  As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.515, de 20.11.97)
Concurso público – art. 11 (art. 37, II e III da CF/88)
Art. 11.  O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente previstas.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)   (Regulamento)
- provas ou provas e títulos
- prazo de validade	 (fixado em edital)	( até 2 anos
						( prorrogável uma única vez, por igual período 
(POSSIBILIDADE – ato discricionário)
( contagem a partir da homologação
Art. 12.  O concurso público terá validade de até 2 (dois ) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período.
§ 1o  O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em edital, que será publicado no Diário Oficial da União e em jornal diário de grande circulação. 
Art. 37, IV da CF/88
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;
Exemplo:
Concurso edital 2007----------------------------2009--------------------------2011
218 aprovados
Novo edital em 2010 – PODE – o que não pode é convocar o 1º colocado antes de nomear os aprovados do concurso anterior
Art. 12, §2º - ao contrário da Constituição veda a abertura de novo concurso.
Art. 12, § 2o  Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado. 
Jurisprudência 
Aprovação em 1º lugar ( A Administração é obrigada a chamar? Depende
Candidato aprovado dentro do número de vagas inicialmente fixadas no edital, tem direito adquirido, tem direito subjetivo. 
A ADMINISTRAÇÃO TEM QUE CHAMAR DENTRO DO PRAZO DE VALIDADE
Cadastro de reserva – pelo menos o 1º colocado tem direito de ser chamado
Formas de provimento (art. 8º) – 7 formas
PANR4 - Promoção / Aproveitamento / Nomeação / Readaptação / Reversão / Reintegração / Recondução
Art. 8o  São formas de provimento de cargo público: 
I - nomeação; 
II - promoção; 
III - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
V - readaptação; 
VI - reversão; 
VII - aproveitamento; 
VIII - reintegração; 
IX - recondução.
STF – declarouinconstitucional a TRANSFERÊNCIA e a ASCENSÃO (acesso)
Motivo: falta de concurso público – o servidor trocava de cargo sem fazer concurso público
HOJE isso não é mais possível
Transferência (troca de cargo) ≠ da Remoção (troca o local de trabalho)
Classificação ( STF
- originário (ou inicial)	( não havia vínculo anterior (NOMEAÇÃO)
- derivado 	( havia vínculo anterior (DEMAIS FORMAS)
		( Segundo Celso Antônio Bandeira de Melo	
			- vertical: Promoção
			- horizontal: Readaptação
			- por reingresso: demais formas
			
a) nomeação
- originário
- cargo efetivo ou cargo em comissão
Nomeação 30 dias improrrogáveis ( Posse (investidura) 15 dias improrrogáveis ( Exercício 
Nomeado e não toma posse ( o ato de provimento é tornado sem efeito
Ato sem efeito ≠ ato anulado
Anulação decorre de uma ilegalidade
Tomou posse e não entrou em exercício ( é exonerado de ofício 
Exoneração ≠ demissão
Demissão é uma quebra de vínculo com 
caráter punitivo
Exoneração a pedido ou Exoneração de ofício
OBS.:
Posse por procuração específica ( sempre depende de prévia inspeção médica
- decorre da nomeação (provimento originário)
b) promoção
- derivado vertical
- progresso do servidor na carreira
- não interrompe a contagem de tempo de serviço
c) readaptação
- derivado horizontal
- o servidor sofre uma limitação física ou mental na capacidade laborativa
- doutrina majoritária: readaptação é provisória, se fosse permanente deverá ser aposentado
- cargo equivalente
Art. 24, § 1o  Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado.
d) reversão
- derivado por reingresso
- retorno do servidor aposentado
- reversão de ofício (idéia inicial)
- reversão a pedido (a partir de 2001)
	
	
( reversão de ofício (art. 25, I)
- Aposentado por invalidez
- Independe da vontade do servidor
- Ato vinculado (tem que fazer)
- Haja ou não cargo vago
	
( reversão a pedido (art. 25, II)
- aposentado voluntariamente (últimos 5 anos)
- depende da vontade do servidor
- ato discricionário (pode ou não)
- haja cargo vago
Art. 27.  Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade.
e) aproveitamento (art. 41, §3º da CF/88)
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
- derivado por reingresso
- retorno do servidor estável posto em disponibilidade
Disponibilidade	( cargo extinto			remuneração proporcional ao tempo 
(estável)		( cargo desnecessário		de serviço
f) reintegração (art. 41, §2º da CF/88)
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
- derivado por reingresso
- retorno do servidor estável demitido injustamente, mas que alterou tal decisão por via judicial (CF) ou administrativa (Lei 8.112/90)
IMPORTANTE: O que acontece com o ocupante da vaga do reintegrado?
	
OCUPANTE ( se for estável
( reconduzido ao cargo de origem, sem indenização
( aproveitado
( posto em disponibilidade
	
OCUPANTE ( se não for estável 
( exonerado de ofício
g) recondução
- derivado por reingresso
- retorno do servidor estável, nos seguintes casos:
	1 – reintegração do anterior ocupante do cargo
	2 – inabilitação no estágio probatório (reprovação)
ESTÁGIO PROBATÓRIO (art. 20 da Lei 8.112/90)
5 requisitos - CASPRORESDIS
Capacidade de iniciativa
ASsiduidade
PROdutividade
RESponsabilidade
DISciplina
Sempre que trocar de cargo efetivo em virtude de concurso público FAZ UM NOVO ESTÁGIO PROBATÓRIO
REPROVAÇÃO no estágio probatório pressupõe contraditório e ampla defesa
Recondução a pedido – STF – dentro do período do estágio probatório solicitar o retorno pro cargo anterior (recondução a pedido)
Prazo do estágio probatório: 36 meses (STF/STJ)
Lei 8.112/90 – art. 20: 24 meses
Se o enunciado disser “Nos termos da Lei 8.112/90...” opção 24 MESES
Reprovação no 		( Estável – EXONERAÇÃO com uma posterior recondução
estágio probatório		( não estável – EXONERAÇÃO
FORMAS DE VACÂNCIA (art. 33, Lei 8.112/90)
- falecimento
- aposentadoria
- exoneração
- demissão
- promoção		formas simultâneas de vacância 
- readaptação	e de provimento
- posse em cargo inacumulável
Art. 33.  A vacância do cargo público decorrerá de: 
I - exoneração; 
II - demissão; 
III - promoção; 
IV -  (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
V -  (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
VI - readaptação; 
VII - aposentadoria; 
VIII - posse em outro cargo inacumulável; 
IX - falecimento. 
REMOÇÃO (art. 36 da Lei 8.112/90)
- não é nem provimento e nem vacância
- é o deslocamento do servidor ≠ deslocamento do cargo ( redistribuição (de ofício)
- a pedido ou de ofício
- mesmo quadro de pessoal
- com ou sem mudança de sede
Art. 36.  Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. 
Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
I - de ofício, no interesse da Administração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
II - a pedido, a critério da Administração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
 III -  a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração: (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
( Remoção de ofício (ato discricionário)
- independe da vontade do servidor
- interesse da Administração
- enseja ajuda de custo
- não é penalidade (se caracterizar punição ocorre o desvio de poder)
( Remoção a pedido
- depende da vontade do servidor
	a) depende da vontade da Administração (ato discricionário)
	b) independe da vontade da Administração (ato vinculado)
		- acompanhar cônjuge removido de ofício
		- motivo de saúde
		- processo seletivo (concurso de remoção)
AULA ON LINE 2 – LEI 8.112/90
REGIME DISCIPLINAR
- art. 127 ( penalidades
Art. 127.  São penalidades disciplinares: 
I - advertência; 
II - suspensão; 
III - demissão; 
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; 
V - destituição de cargo em comissão; 
VI - destituição de função comissionada. 
1) Qualquer penalidade aplicada ao servidor deve ser aberto sindicância ou processo Administrativo Disciplinar (PAD)
2) Comissão de sindicância ou de Comissão de inquérito (PAD) não aplica penalidade, mas apura a infração e sugere a penalidade 
Autoridade competente para aplicar penalidade - art.141
Art. 141.  As penalidades disciplinares serão aplicadas: 
I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos TribunaisFederais e pelo Procurador-Geral da República, quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade;
II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas mencionadas no inciso anterior     quando se tratar de suspensão superior a 30 (trinta) dias; 
III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias; 
IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em comissão. 
( PAD	- comissão de inquérito
		- é sinônimo de inquérito administrativo? (NÃO - ERRADO)
		- inquérito é uma fase
		- prazo 60 dias, prorrogáveis por mais 60 dias
		- penalidade: suspensão maior que 30 dias, demissão, cassação ou destituição
( Sindicância	- comissão de sindicância
			- meio sumário de apuração de irregularidade
			- prazo 30 dias, prorrogáveis por mais 30 dias
			- penalidade: advertência ou suspensão de até 30 dias
* principal diferença: o prazo, o formalismo
No transcorrer da sindicância constatar-se penalidade maior, deve-se abrir um PAD – não pode aplicar as sanções do PAD na sindicância, o contrário não se aplica. 
Obs.: 
1) A sindicância não é etapa do PAD e nem deve necessariamente precedê-lo.
2) FIXAR: Quem pode mais, pode menos
Pelo PAD pode aplicar as sanções da sindicância
Pela sindicância não pode aplicar as sanções do PAD
Etapas do PAD ordinário
- instauração		( ato administrativo: PORTARIA
			( composta de 3 servidores estáveis
- inquérito	( instrução (colher provas - indiciação)
( defesa – prazo de 10 dias (1 indiciado) / 2 ou mais indiciados (prazo comum de 20 dias)
		( relatório (conclusivo e opinativo)
- julgamento		( autoridade julgadora (prazo 20 dias, chamado de prazo impróprio), se 
não houver julgamento dentro do prazo, não acarreta nulidade. Se 
houver prescrição por causa do atraso, a autoridade será 
responsabilizada 
PAD sumário 
- prazo 30 dias, prorrogáveis por mais 15 dias
- utilizado em 3 situações
	1º - abandono de cargo			Penalidade
	2º - inassiduidade habitual			Demissão
	3º - acumulação ilícita de cargo
Obs.: situações fáceis de comprovar
Etapas do PAD sumário 
- instauração		( ato administrativo: PORTARIA
			( composta de 2 servidores estáveis
- instrução sumária		( indiciação
( defesa – prazo de 5 dias
				( relatório (conclusivo)
- julgamento		( autoridade julgadora (prazo 5 dias)
Demissão (falta injustificada)
	( abandono de cargo: faltas por mais de 30 dias consecutivos
	( inassiduidade habitual: faltas por 60 dias interpolados no período de 12 meses
 
Demissão
	( acumulação ilícita (má fé)
		- prazo de opção para o servidor: 10 dias improrrogáveis
		- se não fizer opção, abre-se PAD sumário
		- ainda é dada a oportunidade ao servidor de até o último dia da defesa para 
		optar por um dos cargos
		- se ainda assim não optar, é demitido de ambos os cargos
REVISÃO DE PROCESSO
- a qualquer tempo 
- fatos novos
- o servidor não pode alegar injustiça na aplicação da pena
- a pedido ou de ofício (a própria Administração reconhece erro – princípio da autotutela)
- a pedido
	- falecido		Pessoa
	- ausente		da
	- desaparecido	família
- se incapaz ( curador
-inverte o ônus da prova
- requerimento solicitando abertura do processo de revisão
	- encaminhado ao Ministro de Estado ou equivalente
- julgamento: 20 dias
- conclusão: 60 dias improrrogáveis
- este processo de revisão não pode agravar a penalidade inicialmente imposta (não cabe a reformatio in pejus)
injustiça na aplicação da pena	 	≠	 inadequação na aplicação da pena
NÃO PODE						PODE
OBSERVAÇÃO
Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito: cônjuge/companheiro ou parente até o 3º grau do acusado.
DOS DEVERES
- art. 116
Art. 116.  São deveres do servidor: 
 I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; 
 II - ser leal às instituições a que servir; 
 III - observar as normas legais e regulamentares; 
 IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; 
 V - atender com presteza: 
 a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; 
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal; 
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. 
VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para apuração; (Redação dada pela Lei nº 12.527, de 2011)
VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público; 
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; 
IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa; 
X - ser assíduo e pontual ao serviço; 
XI - tratar com urbanidade as pessoas; 
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. 
Parágrafo único.  A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa. 
- regra ( penalidade advertência
Art. 129.  A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
PRESCRIÇÃO DAS PENALIDADES
- prazo de prescrição para aplicar penalidade
- contagem a partir do momento que o fato se torna conhecido
	Art. 127
	PRAZO DE PRESCRIÇÃO
	CANCELAMENTO DO REGISTRO
Sem efeito retroativo
	Advertência
	180 dias
	3 anos
	Suspensão
	2 anos
	5 anos
	Demissão
Cassação
Destituição
	
5 anos
	
X
 - quando a infração for tipificada no Código Penal como crime, o prazo de prescrição a ser seguido é o do Código Penal
- a abertura do PAD ou da sindicância interrompe a prescrição
SUSPENSÃO: continua da contagem anterior
INTERRUPÇÃO: reinicia a contagem
STF: passados 140 dias da abertura do PAD, o prazo prescricional, o prazo prescricional volta a ser contado por inteiro, mesmo que não haja julgamento
Obs.: 				PAD
		Afastamento Preventivo
		Não é penalidade (acautelatório)
		Sem prejuízo da remuneração
		Prazo do afastamento: 60 dias prorrogáveis por mais 60 dias
RESPONSABILIDADES DO SERVIDOR
art. 37, §6º CF/88: Responsabilidade Civil do Estado
Responsabilidade civil do Estado ( Dano /prejuízo causado ao particular (fato gerador)
Responsabilidade do Estado 	X 	Responsabilidade do servidor
Objetiva					Subjetiva
Independe de dolo/culpa			Depende de dolo/culpa
	
Responsabilidade do Estado 	Ação Regressiva ( 	Responsabilidade do servidor
Teoria do Risco Administrativo
Lei 8112/90
- Civil: dano / prejuízo (fato gerador)		independentes
- Penal: crime / contravenção				e
- Administrativa: deveres / proibições		cumulativas
*independência relativa
Quando a decisão da esfera penal interfere nas outras?
1) servidor condenado 	INTERFERE
na esfera penal		condenado nas outras
2) Servidor absolvido na esfera penal?
- negativa de autoria	absolvido nas outras
ou inexistência		INTERFERE
do fato
- outro motivo	( NÃO HAVERÁ INTERFERÊNCIA
Exemplo: - falta de provas ou ausência de tipicidade penal
Súmula 18 STF – absolvição na esfera penal não interferir em outras esferas ( deve ser apurada a falta residual
Pela falta residual, não compreendida na absolvição pelo juízo criminal, é admissível a puniçãoadministrativa do servidor público.
RESUMO
1) Responsabilidade	dolo ou 	omissiva ou
civil do servidor		culpa		comissiva (ação)
2) art. 12 da Lei 8.429/92 (LIA)
	( cumulatividade
IMPORTANTE:
A aplicação de sanções da LIA independe de outras sanções civis, penais e administrativas.
A aplicação de sanções da LIA não exclui aplicação de outra sanção de natureza civil, penal e administrativa.
Poder disciplinar: aplicar sanção e apurar a infração
PENALIDADES
a) cassação de aposentadoria ou de disponibilidade
- demissão do inativo (Inativo: servidor aposentado ou servidor em disponibilidade)
- ocorre quando na ativa o servidor praticou infração punível com demissão
b) destituição de cargo em comissão
obs.: diferente de exoneração de cargo em comissão
Cargo em comissão	- servidor cargo efetivo
Ocupado por			- particular sem cargo efetivo
- ocorre para aquele que exclusivamente ocupa cargo em comissão, quando praticar infração sujeita à suspensão ou demissão
c) advertência
- art. 116 (deveres): servidor desrespeita um dever ( como regra: aplica-se advertência
- por escrito (registro em sua pasta funcional): depende de prévio PAD ou sindicância
- prescrição: 180 dias
- cancelamento do registro: prazo de 3 anos
- Principais casos: 
	- recusar fé a documento público
	- nepotismo: art. 117, VIII
	- cometer a pessoa estranha à repartição desempenho de sua atribuição.
d) suspensão
- prescrição: 2 anos
- cancelamento: 5 anos
- com prejuízo da remuneração
- prazo máximo da suspensão: por até 90 dias
- prazo máximo pela sindicância: por até 30 dias
- Casos:
	- reincidência de advertência
	- exercer atividade incompatível com cargo, função ou horário de trabalho
- cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa (art. 117, XVII)
- servidor recusa injustificadamente a se submeter a inspeção médica obrigatória (suspensão até 15 dias)
Obs.: A suspensão poderá ser convertida em multa
			ato discricionário		50%
e) demissão – art. 132 e 137
	1 – não pode retornar ao serviço público federal – art. 137, parágrafo único
Corrupção
Crime contra a Administração Pública
Improbidade administrativa
Aplicação irregular de dinheiro público
Lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional	
2 – impedido de retornar pelo prazo de 5 anos ao serviço público federal 
art. 117, IX – “carteirada”: se valendo do cargo para proveito pessoal
art. 117, XI – advocacia administrativa: se aproveitar da função para dar andamento em processo
3 – outros casos que não acarretam impedimento ( Principais
abandono de cargo por mais de 30 dias consecutivos
inassiduidade habitual – interpolada durante 12 meses por 60 dias
acumulação ilícita de cargos
conduta escandalosa na repartição
insubordinação grave em serviço
revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo
aceitar comissão, pensão ou emprego de Estado estrangeiro
praticar usura – prática da agiotagem
proceder de forma desidiosa – servidor relaxado
DIREITOS E VANTAGENS DO SERVIDOR - Art. 40 ao 48
Vantagens – art. 49 e seguintes
- Remuneração = vencimento + vantagens permanentes
Obs.: vantagens permanentes (pagas habitualmente)
- Vantagens		- indenizações (sem caráter permanente)
			- adicionais		podem ou não ter 
			- gratificações	caráter permanente
Indenização
Ajuda de custo
Diária
De transporte
Auxílio moradia – art. 60-A e seguintes
Ajuda de custo
- deslocamento permanente			servidor removido
- a serviço (interesse da Administração)		de ofício
	- valor de até 3 meses da remuneração
	- despesas de instalação
Obs.: veda o duplo pagamento no caso de cônjuges servidores públicos
Diária
- deslocamento temporário
- a serviço
- valor fixado em lei
- pousada / alimentação / locomoção urbana
Obs.: não há contraprestação
De transporte
- servidor utiliza veículo próprio para executar os serviços (Ex.: oficial, fiscal)
LICENÇAS – art. 81
1) Não podem ser tiradas no período do estágio probatório
	- interesse particular
	- capacitação
	- mandato classista
Interesse particular – art. 91
- Servidor com cargo efetivo
- no interesse da Administração (ato discricionário)
- prazo de até 3 anos
- sem remuneração
Obs.: o que é interesse particular? Não precisa dizer o motivo – a Administração não pode exigir a motivação
Capacitação (veio substituir a antiga licença-prêmio – não existe mais no serviço público federal)
- após 5 anos: direito a 3 meses com remuneração
- períodos não-cumulativos (Ex.: 5 anos ( 3 meses / 10 anos ( 3 meses)
- concessão é ato discricionário
Mandato classista
- direção / representação: sindicato / federação / confederação / associação
- sem remuneração
- duração igual a do mandato, prorrogável, uma vez, no caso de reeleição
2) licenças que suspendem o estágio probatório
- atividade política	
Véspera					por até 3 meses	----acima 3 meses----------(
|----------s/ rem.-----------------|----------------c/ rem.--------------|---------------s/ rem.------------(
Escolha 			Registro da 			10º dia após
em convenção		Candidatura			a eleição
partidária
- acompanhar cônjuge ou companheiro		( ato discricionário
							( sem remuneração
							( prazo indeterminado
- para tratar de doença em pessoa da família	( prazo 150 dias = 60 dias + 	90 dias
										c/ remun.	s/ remun.
3) licenças que integram a seguridade social
- saúde do próprio servidor
- acidente de serviço
- paternidade/gestante/adotante
Obs.: licença para serviço militar – art. 85
Retorno: 30 dias para voltar ao serviço, mas sem remuneração: – art. 85, par. Único
DAS PROIBIÇÕES
- art. 117
Art. 117.  Ao servidor é proibido: (Vide Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; 
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição; 
III - recusar fé a documentos públicos; 
IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço; 
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; 
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; 
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político; 
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil; 
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; 
X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; (Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; 
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições; 
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; 
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; 
XV - proceder de forma desidiosa; 
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares; 
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; 
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho; 
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Parágrafo único.  A vedação de que trata o inciso X do caput deste artigo não se aplica nos seguintes casos: (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
I - participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; e (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre conflito de interesses. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008

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