fichamento pronto Joseph schumpeter

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Referências: SCHUMPETER, Joseph. (1961) Capitalismo, socialismo e democracia. Rio de Janeiro, Fundo de Cultura. (Cap. 21: “A doutrina clássica da democracia”, Parte 1. O bem comum e a vontade do povo e Parte 2. A vontade do povo e a vontade individual pp. 300-306, e Cap. 22: “Outra teoria da democracia”, Parte 1. A luta pela liderança política pp. 321-325). http://www.libertarianismo.org/livros/jscsd.pdf
FICHAMENTO
 A doutrina clássica da democracia definida por Joseph a. Schumpeter, segue a partir da filosofia da democracia do século XVIII, que define a democracia sendo composta pelo bem comum e a vontade do povo. O povo é quem decide através das eleições, os indivíduos que iram realizar suas vontades radicalmente. Esse bem comum implica nas questões que envolvem a sociedade, que demandam uma medida a ser tomada podendo ser definidas como bons ou maus. E a vontade comum é aquela que consiste da vontade que o povo quer igual para todos. Sendo assim, essa vontade estando definida o povo consegue definir o que está sendo feito de bom do que está feito de mal. Portanto um governante não trabalha sozinho, ele precisa seguir a vontade do povo para se consolidar como um bom governante, um líder político que é a voz do povo, fazer o que o povo quer. 
 Os cidadãos deixaram de fazer democracia. O pouco interesse de exercer o bem comum e a vontade do povo fizeram a democracia mudar de sentido, os cidadãos procuram seus próprios interesses, deixando de lado o interesse coletivo. O conceito vontade do povo não é muito realista, pois a vontade individual se prevalece sobre a vontade do povo. Naturalmente os cidadãos não definem o que querem, eles elegem um governante e a partir disso esquecem que eles têm o direito de fazer política, exercer a democracia, procurar os interesses coletivos. A realidade atual é outra, atualmente os cidadãos elegem seus candidatos através do voto, mas a forma que esses candidatos agem para desenvolver a política, gira em torno do interesse próprio não do coletivo, as pessoas não querem saber sobre o bom ou mau, elas querem defender seus próprios interesses e deixando seus governantes agirem da maneira que eles querem.
 Em uma segunda teoria sobre a democracia exercida por Schumpeter, ao contrário da primeira que o povo elegia o representante que radicalmente iria realizar a vontade do povo, essa define que os indivíduos lutam por uma liderança política competitivamente pelos votos do eleitor, ou seja, a mais de um candidato que concorrem pelo voto do eleitor, o que obter um número maior de votos é o que irá governar a cidade, o estado, o país, sendo assim está nas mãos do povo definir o governo que irá liderar.
 O papel de liderança política não era encontrado na teoria clássica, quando o representante seguia a vontade do povo e o bem comum não se exercia um ato de liderança apenas era cumprido a radicalmente a vontade do povo, nessa teoria a liderança está exposta porque o povo define seus representantes que iram agir como líderes de um governo, que planejam um desenvolvimento, crescimento econômico, ações beneficiarias, assuntos que geram um interesse político. A liderança é conquistada através da concorrência, qualquer indivíduo pode ser um líder, só precisa ter o apoio do povo, a concorrência é livre sendo o voto do eleitor a livre escolha também. Mas o povo não tem liberdade de controlar esse líder, ele juntamente com o seu governo faz o que acham melhor para o povo, se o povo aprova seu governo, eles têm a chance de se reeleger novamente, se for ao contrário pode haver um concorrente que seja a oposição, que irá concorrer contra o governo que está no poder. 
 Contudo, essa segunda teoria faz com que a vontade da maioria seja ouvida e não a vontade da população inteira. A democracia seria então desenvolvida a partir de líderes políticos definidos pela maioria de votos que a população vai escolher através de eleições, considerando o fato de que esse governo assume a liderança, fazendo o que achar melhor para a sociedade, e, a vontade radical do que o povo quer como um todo não existe.