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TExro BÁsICo 6A - sEMINÁnro LEAL, Victor Nunes' Coronelismo' enxada I lgto' 5" Ed' São Paulo: Ãíi*õ."gu, 1975. (Capítulo Primeiro' pp' 19-57 e Capítulo Sétimo; PP. 251-258)' CAP TUIP PR,IMEIRO rNDIclrçÕEt *-*1"à*Tffi.ffi" rE o PRocEsso Do I - Palavras tntrodutórlas' II l A-nroprti'{Fde 9lte-rra entfe os fatores da liderança política locel' II-{ - col9en' iração ds proprledade fundi6ria rural' IV - AlguÍts ryPec' tos- da compõúçõ -das classes na sociedade ruralt V - dõspãaJ-ãiËitoriis. Melhoramentos locais' Vr = Íbvores ã pãõcuiçóãs-.- õósõicaúiqão clo serviço prlbü:9.^19:"1' . vrr - sistemã õtõáíiornisso com o govelno estadual'' cóvernismo ciJ"reitõiÀdo ao hterlor' vrú -  autonomia municipat e o;õói-õnelismo". IX - Fragmentsção da hege monia sociat dos donos de terras' I O fenômeno de imediata observação para quem coÍütecer a vida política do interior do Brasil é o;õòroneriúo". N-ão é um fenômeno simples, pois el 6r,,'!'n cóúptexo de características da política mi'micipal' que nos esfoigaremos por examürar neste trabalho' fjaOas as'peculiaridâdes locais do "coronelismo" e as suas variaçõeslng tempo, o presente estudo só poderia ser ieito de mãneira ptenainenteiatisfatória, se baseado em mi- nuciosas análisesiegÍoúais, que não estava ao nosso alcance -il"rrooente htsto,rtador e Íttólogo ProÍ. BasÍllo de Meggihã€s teve JediÍã"a de eicrever paÍa este -trabalho, a. nosso pedido, a se ãúirtã ãota sobre a origem ão voc6bulo 'coronellsmo": - -: O vocábulo "corõnellsmo", lntroduzido desde muito em nossa lÍngua óom acepção partlcular, dg- qug rezultou ser-registrado como;úr'úifeiitimo,, irôs léhcos apaiectdos do lado de cá do Atlôntlco, derre lncontestavelmente a remota-orlgem do seu sentido translato aos aut6n- iacos- óú tatsos ..coronéls" da ãxttnta Guarda Naclonal. Com eÍelto,iiã* áõs-que-realmente osupavam nele- tal posto, o tretamento de "coronel,' cõmegou desde logô a ser dado pelos sertaneJos .a todo equalquer chefe polÍttco, e todo, e qualque-r p-oten-tado. Até à-hora prÈ Ëente-, nõ inteiiór do nósso paÍs, qüem não for dtplomado por alguma escolá superlor (donde O ..dOutoi,', que legalmente não ca,be sequer aOs mãafõos-ãpenas licencladoJl gozaiá Íatalmente, ne boca do povo, das trónias-Ae"'coronel". Nos Ítú do sécrrlo X\IIII, aconteceu, até, com r0 ,, ,.:,:.1: , ii'u :i;,' :' ìtr: h\ reellzar. Ertrehnto, a documentação mais acessÍvel e re rerenue a, re.gloes Cliversas revela, tanta semelhança nos a$,pïl9t_9:_.eryals Cue.nodemos gutecipar um exa,me ite con- Sunto cotn,os etemenlos osponÍvàG.---- l_]-- desde é pos- q!rulurg agrár-ia, que fornece a ú*ã,õ;"rütúõ ã* ,rr.- 1!eg!aso.es de podãr privado aÍnda ao vrsivãis'no üteriorito Brasil. --:---- urtalifasl,nqG hitoltreÍd flguras da nosss hlstórla e das nossai letraso fato sürgüar de tornar-sõ mats contreaaJpllõ-pó"iï*iÌïi'*ro, que 191ïlI": dg__qyp p-eto tratamentoõrtunão ão sey greu acadêmtco, I qu'cevera a nomeação de .ouvrdor da comarca ao -ntooaíúord: o dr.14"19 José de Âlvarenga reúólo passdi; sd, sd;rõãiâriârï;o *r.nel .{lvarenga,,. A Gusrda ,Naclongl .nasceu a 1g do agosto .de lg3l,,,t€ndo üdo o l3<tre pfgso Ántônro.FeiJo prnpããtüírtìru, u"t""mt ror.a ter trcasseete suJetta ao mrntsrrog-*,ï* iãË; entÉd--dÃõãËirüno p"rolmortel peullsta), decrarandose ãrtüntos- os oorxros de ntücras e deordenançae tassm como_ os mars recentes g.,qrÍt8s muDrcrpars), qu6dependlam do mrnistro qa-cueiia.--üïïr'i "nreméãdes;-Çeg. rosqs ?." gd. do Jnsrfturoprstouõ-oi,-ers'õïilo sobrã'ãii'õ-"à'"rrnr" oBarão do Rto Branco: ."a gusiãa'"""roi"rïriõíãhr"ï"ËËi"s ltberais de tBSl; prestou retwarittsstmos-iãrviços e oraeiú tibúõ ã rot u* 20 Com estas expücapões prelirninares, passatnos e e:KatÍü- Íra,r os traços prtncipats ds vida poütica dos nossos municÍ- pios do interlor. II O aspecto que logo salte aos olhos é o da lidem,nça, com a figura do 'coronelo ocupqndo o lugar de maior destaque. Os chefes políticos municlpais nem sempre são autênticos "coronéiS". A malor difusão do ensino superior no Brasil espalhou por toda parte médicos e advogados, cuJa ilustração gra,nde audliar do erérclto de ltDha nas nossss guenasr estrangelras, de 1851 a 1852 e de 1864 a l8?0". Dessa última data pars có, tornou-se ela mera,mente decoratlva. mesmo gnrpo ser récolhidos aos cárceres comuns, licando Êpgnas sob sustódla na chamada 'sala llvre" da cadelB púbüca ds localldade a que pertencla,m. Todo oftcial possuÍa o unlforrns com as insÍgnias do posto paro que lora deslgnado. Com esse trale mtütar, marchavem eles pa;a as ações béllcas, asslm ta,mbém tomando parte nas solenidgdes reüglosas e t ) ) l ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) Ilomens rlcos, ostentando valdosamente os serui bens de Íorüura, gastando os rendimentos em dlversões ücltas e llÍcttas, - Íorarn tels 'coronéts" oõ que deram enseJo ao signlÍtcado especial que tão elevado -posto müttar assurnlu, deslgnando demopsicologlcamentìe "o lndlvÍduo 'que pags as despesas". E, âssln, penetrou o vocábulo "coroneüsmo" i na evolução polÍtlcosoclal do nosso paÍs, partictrlarúente ns atlvldsdo /partidÉria dos munlcíplos brasüetros. - Brsíli,o de Mrigalhies. / 'Para lnformações complementares das referências blbllográflcas, que constamdas notas de rodapé, consulte.se a BIBLJOCRAFIA. l 2l( ) ) ) ) ) ).t X) ) ) ) ) Durante quase um século, em cada um dos nossos munlcÍplos eds" tta um reglmento da Guarda Naclonal. alta impoitâncìd poFõFõ'flõtrtrs ds Gusrala Naclonal não podlg,m, quan{o presos e suJeltos a pnocesso crlminal, ou qua,ndo candenadqs, è14g.29-do seu üeteressa,nte estudo "PolÍti,ca do Mr:nicÍpio - (tnsato hlstórico)" (Rlo, 1946), denominou "coronéts tradlctonats", istg é, "oDrgue, de Carküa,nha; o coronel Frârülln, de Pttã+Arcado; e o oono. nel Janjáo, de SentoSé". Não é; P.aradoJ@tmente; entretanto, esses remanescentes de pri. Y,?:f3o^i3" ^*:.lgo'. n"ió põoã' úúËo'õË"; ;;ffi ;'JustamenteêmìÍunçãoaôresfi ;;;.õ;o*.Ttiliõ,'-õ*ïiïr;glo amplo, pois o góverno nãó pode bt.rór,.ãio-áâ-elãirõãoãrural, cuJa situação de 'rno não pode prescürdir do eleitoltlependência ainda é lncontestável. rclÊüva, sê reunfds a quattdad-es de comando e dedleàçÉo, os habffta à ch@8.1 lfias;gssg mfritüos dotrtores, gtt,bão par rcntes, ou aflns, t ôu allados polÍtlcos dos 'cotÈnéls". r Ortras vezes, o úefe úunüdp{, de.pols de haver @ner truÍdo, herdado ou consolldado a ltdera,nça, Já se tornou um maior que se ausentou. O absenteÍsmo é, aüáq, uma situação cheia de riscos: quando o absenteÍsta. só volta ao Íeudo político de tempos em tempos, 'úã-aegúnsar, visltar pessoas ds farnÍus ou, mais freqüen'ããente, para fins partidertos. A fortuna poütlca Já o terá levado pala uma deputação estadual ou federal, llma pasta de secretário, uma pqsição administrativa de relevo' oq mes" -o * empfego rernttoio na capital do Estado ou da Repú'Uúca. O êxito nos negócios ou na profissão também pode õonttiUui" para afastá-lo, embora conserva,ndo a chefia poü- tica do município: os lugares-tenentes, que ficam no interior, iúm-se então verdadeiros chefes locais, tributários do chefe ,;ì' 1 'Não conbeço os outros Egtados do Brádl e lalo só d6 São Paulo.âqul üvemog numerosas categorias de chefes polÍücoe. Desde logo, dtvtdlam*e eles em ooroaéls 'e doutores. Muttas vezês, edstlndo lso 1Èssoú otr do clã, cod gov€rno, não são raras Outras vezes, é ele PróP rando, pessoalmente, llma retirada tática. uer mento cultura Ílxàva, em certos pontos populacão ao solo, evitando ou crpopulação ao solo,população ao solo, evitantlo ou colÌ do rlomadlsmo primltlvo do reglme seus subordinados. essa atitude, oPê- o ele nordestino, camadas d.a a capangagem resultante | ê.4 ról' ,oüon Em algunç lugpreg, é o padre quern funclono como líder intelectual,aliado dos 'coronéls", papel geralmente desempenhado pelos "douto res". Em tal hlpótese, a lnlhúncla moral d6 rrrlntgtr6r'lo religioso con- trtbut pars eumentar o seu ptestÍglo poüttco Não.se pode esquecer ta,nbén B apão pcilÍtlca do ÍamacêuHco edo comerëlante, üm e outro em estrelta UgaçãO com os fazendelros.2 No Csp. VU de Sobredoe e Mucanbog, Gtlberto Frelre estuda longamente I'ascensão do bacharel e do mulato". 'A ascensão políticado bacharel, dentro rras Ía,mÍlias - dlz ele - não Íot só d€ genros:Íot prtnclpalmente de Íllhos... Se destscsmos aqul a ascensão dos de serem oe pa,rtldos rlvets do lugar cheflados por membros ds mes. ma ÍamÍlta. Alonso @lso, reterlndose aos eleltores do seu dlstrlto eleltotal, oo penúlttmo.decênlo do século paiòtdo, escrevla: osogto e genro, orrüados, lmãoa mtlttavan em lacç6es antagóntcas, ma,ntendo lntlintdade ehtrs sl. COstumava,p, entretant-q os veboedores, ao. se pro clamar e vltórla, atacar uns Íoguetea €spêclsts que àô sublr soltavaÍÍr estrldente assoblo, à gúre ds yale" (Olto Anos de Perlrmento,gâg.22). Hó caç6g em $re a flvaltdsde na me$nÊ.Ía,mÍüe é múg aparentgque real: perê eteÈ{er às cúrctmstânclas, s üder"nga passa de um para. outro, contlnrando substancüBlmente lnalterada. E A Udoranço local, nbs munlctplos *1latr ou predomlnantemente 2.r. de influência, o "coronel" como que resume em sua pessoa' sem substitú-las, importantes instiütrições sociais. E(erce, por exemplo, uma ampla iurisdição sobre seus dependentes' õomponaõ rixas e desavenças e profer'rndo, às vezes, verda' 'deirõs arbitramentos, que os interessados respeitam. Tam' bém se enfeixam em suas rnãos, com ou sem caráter oficial' extensas firngões poUciais, de que freqüentemente se desin' cumbe com a sua pura ascendência social, mas que eventual' mente pode tonrar efetivas com o auxílio de empregados,,r,o*" agregados ou capangas.. LL'f ffip"rvatlva dss clssses domlnanrtes, lncluÍdg-s os selrs allados. Se nâ3 cldades mels populosas Já encontra,mos üderes operárlos, -oÍenômeno alnda é descbúecldo nô meto rural, onde não passarla pela cabeça de nlnguém dar posição de chefia ao trabalhador assalarlado, incapaz de governar o próprio voto. r O papel da capangagem e do cangaço nas lutas políticas locais tem stdo mutto relevante, embore dlmtnua coni o desenvolvlmento da poücia, que não raro Íaa ss suas vezes. DJacir Meneses focaliza o assun' lo, quánlo à regtão esh'rdada, em várlss passagens de strlob-ra sobre aiormaçóo social do Nordeste (pógs.82,1?6,228 etc.). E.observa o mq.tor r4eyo.do fenômeno nas zona!ìq-cçlpçáo lcgp ef:l!q,- l lc1i: il dos três púmeiros sésulos. caracterizad.smente Pastoris, ls_ Mas, no nordeste das caatlnges, das W - .r.4 w.gv tvlggwwlr a u^'e*e: cíonárioc qtre eÉs nomear e tiemttti arbttnilimente, útias[lvos; o doutor, rnqlc lnlo podpr dB ürtsü- Ittrra, pelo peeüglo da palavra ou por servlços prestados e na mçClglna;-âF?,mÍllas rl0as ou às massas pobres. @EA e ele uoa retlra(la estsatéglc8: o coroael Íol para o fundo do ceaárlo. Mas, cÈlrtelosamtntÁt, dêlrori no prlmelro plaho, na dtreçÉo polÍtlca de szu 5Íeudo, o g€ürdoutor, a lachada moderna do coroneüsúo como ÍorçapolÍtlca" (tmtl Farhet, oO G€nÈo, o Grrnde Cullndo'). As relaúões de parentesco não excluem a posslbtltdade, mals rara, poder, dg nobreze rural para q burgueste tntêlectusl. DaE caçasgfandes dos:engerüos para os olrle muntctpal a c do,cçaÉrlo. Mas, coroamento de sua privilegiada situação eco'tico, natural coroaJÍrento cte sua prntueglaoa sr[uaçao eco' nômica e sbcial de dono de terras. Dentro da esfera própria quaüdade de proprietá,rio rural. é certo, muitos fezendeiros comum, nos dlas de hoJ9, é o fa,zendelro spenâs a Íalta de conforto em que vlvê a maiorla dos nossos fazendeiros. Como costumalÍr 'passêr beni de boca" - bebendo leitê e comendo ovos, galinha, came de porco e ^lr{n1t,:,:t,*,a^r'd,ì'^ïi des do lnterior, mlri'to meÍros no caÍnpo, onde,o"-llo^p-*g*o:ïi ;""#ffi ;il iúi'"as gt"ua"' 91 :-Tt-"lli: :: HlT;;,":^:ilïJ;õãfi;"ãü;"t.i "staó pou"9. T1ry gg^T:*HgiËãã;õ, p.ú -a* p"opft"ç- Íreqüentemente--El^Ìy11 e pró* ffiËffiã: Ãiã úúõdio'*nas é eéralmeute-reprcseqtado ) ) Esta ascendência results muito nahuslmentê da sua tlra )) ) tem o 5,1 Ë ãïJËã-riaË6;ie*';-tÌ"i"* e-uap+44;ry4p- I ) cüil" pÃG 6anossa-orgpnizacão-ecQnônoiQe nll4' " ) o roceiro vé sempre no "coronel" um hom€m rico, ainde que não o seja; rico, em compara{ão com sua pobr€za sem rc, médio. " Além do mais, no meio rural, é o proprietário deüerra ou de gado quem tem melos de obter Íinancisrnentos. Para isso muito concorre seu prestÍgio poütico, pelas notórlas contlnuam os clõs organlzados em torno dG potdttados locsls" (ob. cit., pó9. 159). Nâs repÌ€sóltas s crtnes polltlcos o Das lutas de Íarllllss a a4ão dos capangas é ds mster tEportâ,nda"! Itm Íenômeno, quo firticlonã Bo rÌlegmo têEpo como côuse e €telto a!È sltuação lndtcads, ó & a.lts percentagem do menoros nos tra- balhos do campo: "A proporção mÊis eleyad dos adolescont€s quô exsrcem auvldade eoonômlca encontra,g6, por óbvlas Ìa^zões, Ìras aüvi- dadês agropesuáÌlas. Nêstô Ìamo da €conomia braslleirB para cada 100 pessoas de 20 gÍros e mals edstem tA,l1|/o de l0 a 19 anos; ssguem. 8€ as fndústrlas extÌattvas com 31,030ó. A gÍends maioria - 78p00/o -dos adolescentes elonomlcêmente atlvos no BrasÍI êr(srce atlvld8des na agricultura e pecuóris" (L. .1. CostB Plnto, A Estrutura dr Sociedrde nutsl Brssiletro, trabêlho tnédito bsssado no rgc€nseamento ds 19{0 e genul&ente c€dido so autor). .'ÂindB quo nem sêmprs detenh8 conBl.lenlvel Íortuna, ó havtdo o "coronel" comO rico p€lÀ msiori& pobÍe, que apllcB €sse qualúlcativo com muitB lÈciudade, dentro drÊ pÌóprie Ìelativtalaale das coisas" (Alres da Mata Machado Fïlho, "O Coronel e a Democrâciì4"). . 24 ? Dtzle N8buco de ArÈúJo, em 1811, deÍendendo a elelção ürdirets ) nas seções eleltorsis do lnterior, qÌrs "antre os senhorês € -(xi €scrav-oslïr"-.iïittt"iiteaa é absolutsmáÃfu depeDdente" (Tavsres de Llra, "Râ ) ai'Ãããatóiú", pág. 340). A srtuâ@ de ho1e é qusse lgusl' como I ãdtante se veró' , I "É o ÍBzendelÍo, o "coronel", quem Bsslste o Jecs nss-suas 'ütlsul-\ ) ./agdes de vlda. é ouem lhe dó um tÌecho do t€Ìra paÌa culuvêI' e qusm \ à ,/ D* ior".* re'mgriios, é quem o protêg€ drs sÌbitrarlodad€s dos -go"er- ' )\ nos- é o seu tntermediário junto ès autoridadês. Crlou-s6 oesla Íorm&' /Y r ãããit À õòúnia, r.rm poder -que a lêl d€sconb€ce, Inss- que é um po'ler / ''\ õ-r":t,c-e-r-"cont'rasiefet, i-p-ób psles conÌlngêúlas do Ìr3lo" (Domie' /\õs ïáõ;;ot*it elónorri, ibã' ïãr; õi. o-tre"tro de oüvelra vlane' / ) ãue o autor clts no m€smo locãl). I e "O Erosso do etôttorado naclonal, como sabemos, ertó no ca'mpo i e é Íormãdo p€ls populEção rurêI. Oro, os 9/10 'lB no'ssÈ ^Dopulaceô \ ) rural são coúpostos - devialo è Do88s orgsnlzaç8o econoqucq. € I \ , nosss Éà$acáõ ctvil - alo púdas' soa têrra, Êem lr'r' soln 1xüçê e . J' sem dlrãttos, todos dqÉDdentes lutelraments tlos gÍance6,.8êlüÌoÌBa tl i tsrritoristrs; de modo que, mqsmg quÂndo tlvessem "oryq?lq]- g /"seus dtreitôs (e, reslments, não tôm...) e qqlsessem gxeroêlo (le-um 't modo cutôDomo - não poderlan l8zèlo. E lsto porque. .SualqPI / / velôtdsde de indep€ndênci8 ala psrte dess€s páÌl8s serta -puruoa co4.l / t exDulsóo ou o tlespejo tnedlato pelos grand€s senholgs de têrras- (vu- veipa Visna, O ldeeiigmo Ílr Constltulgõo' pág. lrz)' ) O PôdÌe Antônio d Almetds MorÈta Jr', aralisaÍldo' em uma revlsta dirtclds Dor jssutto, as causai ao 6xodo'rur8l e os melos de d8Í'lbe ) "*-ã+i"i-ãtritutriâJ seniúento Ìellgioso I reslgnaçóo do bomem do r.. õamoo: '...contormo 85 últi.mas sstsüsticos, ??'50lo 'lo8 nosaos caE- t ;üi"*'"ã. ãaúüo"] frs -o-segreoo dã sua'edúiróvet resistêncla aoõiã;eiõ ;ï;ãËi"üúõ'rx-õãoã.-popú"çao Rurar Brsstlera"'' , 26) ) Se ainda nóo temos numerosas pás.393). rio, mas üDcessÍvel ao trabalhador pelo senhor da terra e seus *i-*"'. L::;::--ryrg*rrqq!FgdË'ç+..*#,i-.:;''^*i"-r-iii*È;üs"ri*r;;i *;-m*r Os Íatores jque lndlco-u, na ordem por ele próprio seguida e -qlre não está-na razão da importância, foram os seglrintes: ,oS94r'cujo prülcipal obJetivo, segurdo osãppoiriqenósrècotniaôs,Cra'tõdar'.ts,Ë-ierãrv; qe mãGdeobra parg os fazendeiros; 2) cotonização particular, tle inenor relevo que a primeira, procurando ambas criar con- t;:. :.irj lÌ _ : . . lo-'Elstf-tbulção,da Froprtedade Fnndiárla no Estado de Sãolo", Bógs,'69&8. 26 O trabalho citado, como já ficou dito, referese especial- mente a S.ão Paulo. Ern obra mais recente, relativa a todo o pa!s, o mesmo escritor atribui importância primacial, na crta4ão. da pe_quena propriedade, às correntes. fmigratórias,p eue se nerlÍicou notadamente no extremo sul: Riõ Grande, Sgnta Catarina e Paraná. tm São paulo, esse fator teve sua ai'p.!gs,ê!rça da fade nas zoDas,em"que oo,re- teÍrras litferloriãs,'nãd-,tei msts {üé.iiaBSgf, a,trtiiao pprço para o retaura,mento ã tnstataõda pequena proprledade". ro influênciamútoredrrddgpelaconcorrênciadagrandela. vorrra cafeeira, qü;b**eï a maior parte {os imigrantes' ïi'rõa"çr" Oó vãrat'as, frutâs, ave6 e ovos, flores etc. para abastêclmenro oos -aiõi"r ceniros urbanos e industriais foiË;ráiiõ úportância para- a implantação da pequena pro oriedade, náo só em são-Paulo, como tambérn, de modo geral' #;õ-ô"g1- ""rüõí;; ãõr o""oir Estados. A decadência das fazendas, morínente em conseqüênci" 93s crises eco- ;;it*;-aa'agriõunúta dglrgdadola que praticamos' é tam- bém um tator quã ;á;-i" ui"it" a são Paulo, mas está gene' ralizado pelo meno;6d" ; regrã9 do café: -"No seu desloca' mento constante,; Ë;llr; õaãeeira irá deixando para trás ìãiãt cansadas e já imprestáveis. para as srandgg lavouras; estas terras AepreciaOas'serão muitas vezes ãproveitadas pelas categorias mais moAestas da população rural que-nelas se instabm "o* puõ,ãiõ-pt"ptiãqtdesí'" o fato pode ser fa- ;tõi; õú"è*",iõ õ-sãpirito sanro, Estado do.Rio e Minâsõ;;il;t" púti""r"ì *-ï"r" do Paraíba' Em outras resiões' calrsas diferenrcs;- Ae-útut"'a local' também terão con' corrido. do concen- rural não fiensõ agricota e zootécni' ;ï; s#;;;;", àtigse, que, "ao invés de uma distribuição ' . - )t -^ --^-:fl^a.ta lJrtm;"it rãcional da propriedade firndiária" , se verificava "um alravamelto - d'a concentração--t-gÍ{1"; ;f, razões dessaffiï;dffi "d;;;õ; ããõò"i'"al* "?: YryTl9*i^P:"rfi rentemente, Oas pioprieOa,aes médias,l' na t'ecomposição de rr Histórie Econômics do Brasil, pág!. 2.6f ss' ".iïiilã.itt"cao ^longrte em.São Paulo'r, ptpág. 36.rt ;t .concentração Agrórla em'lt oA.con@ntração Ag!án8 em'Ètao rElrlír.'-PìrË' ov' :---;E;. õ;õ;;Ëaõ;-Éltaaos compreendidõs has regiões N noraãsiã,'GsteãceïtìõGtã-ú^agerituaaaSi*1"ï1*?Lliiul rz -A..rg'usrrrrúrìr9...., âÉÍsE eu'w ----lihõ;ïal regtões Norte, "Em grande parte.dos^Esiad$ 9oi1p,t-Tll +aa;rânaio anira tg20 ê1920 e ïi?ã:Ë; ïàï ;"[ï";;il.Ë;"iõ" g"- p*o""uade, verif icandose o ranÂmcna invêrso "ooì"ïíáí"ó-níó crariae-do Sul, Santa Catarina-eieniinieno inverso sobretudo noi"*.iff i:i;Hï:ï3ïJff lii"ï*gr"l'õï{-*:i::::*f ,:*.";t"BHãS#' t Ë. **""p.jõ;ü' tidúri6or6i, ".1 - piop riedade Rural no Bra' sll", pág. 11). ''ì..-.2 monocultura latüundi6ria - dlz Gilberto Freip - mesmo depois de abolida . ã.ìrãfuaao, acnou Jeito de subsistlr em algunsËíËi õ üË;i"õ" ãats ;bsoiìtentg e ósterilizante do que n9 antigo regime... CrÍando uil"ptofãtúano ae conúCOes menos iavoróveis de vtde do q'e a mâss"ïr'üi;.:." (C"* Granàe & Senzala, I, pág' 45)' rs Costa Pinto, "A Estrut. ds Soc' R'ur' Bras"'; T' P' Acióü Botges' trab. cit., pág. lf. 27 a os pârÍi a gfande de critérios,não côrnpelrsando as .que,se paroelslrr, âídê grairdes fazetrdàs, mesino dtra,. brehrdo,no ;eieiüplo,, da.-agtisutürra pela - terrenos fáüeirs e vügens; so sido a .condi@o,.primdrdial dagÏ1ry-gêrsrbhdê3"iËd;dss,+"ú;*-ffi.tïffi Ëdâde' ainde qúe eE, e-'de irõlora;ão ".úffií.ã-p*rr,tória. I!üo,processor,',pprÉtD, estd em --vias,,de ;iin$"'o ,"otermo.final, pelo menos em sao pauro; onae o-íenomeno :.qp,úy proporções'eÍ$btescss, depois de haver o catè, pai-tirdo da baixada Ír'minensê, airavèssado - "-"rgóGao -urna_parte cpnslderÉvel'dos Estados do Rio de .ranõto e MI-nas Gerais. Pürto dos que assim resumimosJ tt ele os resulta- Iio,9!Íqttg e.ss3s perspõì@ainda é óbvio o domÍnio$^ry* p_ropriedade, nos-dias q,rô co"rem;õil õì .o*-provaoo--pelo censo agríco_la {e 1940, cuJos dados o prof. Costa$tj9^S:lp*tou,emrpbaurorecóntísiíõlt;-iu"r-iiicandolq! propriealades rurais segundo a área, obteve ele os resulta- cesso de quenos posse{ros rr Presentemente, .no Vgfg do Rio Doce, veriÍicars€ um visÍvel pro f.*.ï"X.::rryp,l3j:ÍrraÌersincãÉacrãsú-õ,""Airü-líô."Ëquenos posse{ros ppra-legllfmarerir .suas teirps. ss"e-õc€ãtr"õõ ffi *Pf^'E -l9l _t{F{q p:tqs _usnris-ce .çúõ ãõ Nõdãt";ãpeciar-ne.Bte de l págÈ, ed e; -- sÈus qrür.,ru ..,üso Ix)qe ser oDservaaro em certas propriedades da?9ry b Mata (Mtnas)t-o_lg .1! te-rúJJ-e impresuveïi-õiã-*u"ocompensadora do café ioram transror,mairas ãã-]õõdõrrã::à recente :*g{Tfl" do gado, que preceaeúì-crise arual dà dõüõ, ião'õõãìesse prooesso. 16 caio Prado Júnior, rrisúóÌi. Econômico do Brasil" ptigs. 2g? ss.rr.'A Estr:ut..da Soc; Rur. BraB.", Já ctt. -r8 Câ,lo pradO Jrtnlôr, qg leu,ott Au "Dlstr. da propr, Fund_,, clas ;Hïï1i&::,ie"?i"ï1ffi $-%:,ilï#'Ëï,iiruu:miFr,zH fr ffi,-r{iiffit,,ïitú,:.xru*Jru'1, jïïHffi;ïj:DrÌr rrÌf& Rclorua Agúi&, pa{. ízzl. 28 'superpropriedades latiÍund iórlas " 483r 2A.,79 t ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) 29 .)) (de 1.000 ha e mats) "Grandes proprledades" 1.000 ha, ercluslve) ,"i'à';ô'; N r,46 \Lò |\/ ) u'to I l"'" I I se,oz\ 21,76 "Médias proprledades"' (entre 50 e 200 ha, excluslve) "Pequenas proprledades" (entre 5 e 50 ha, excluslve) "Minifúndios" (de menos de 5 ha) .. A situação dos pequenos proprietários é em regra difÍcit em nosso paÍs, sobretudo quando em contato com a grande'- propriedade absórvente. Essa precariedade é agravaAa p9b -pouca produtividade do solo nos casos em que o parcela' mento da terra foi motivado pela decadência das faaendas. Soma,rr-se aürda as dificuldades de financiamento. E todos esses lnconvenientes pesam multo mals sóbre as glebas Ín' fimas - de menos de 5 ha -,'9üê em 1940 compreendiam2L,760/o do número total dos estabelecimentos agrícolas. A pequena propriedade próspera constitui exceçáo, salvo na' 15Bo 1015 0,55 Nem üodo proprietário rural possui uma p'o.priedade s9. ) eanütinoo--sé, porém, com desvútagem, gue asslm seja, vêrì' \ fica-se que os pequenos e Ínfimos proprietários (até 50 ha), ) representando cerca de três quartos dos donos de terras )(74,830/o), possuem apenas 11,000/o da área total dos esta' ì belecimentos agrÍcolas do paÍs. Da área restante (89,000/o) ) apenas uma parte pequena (15,900/o) pertence aos proprie- ) tários médios, tocando nada menos de 73,L00/o da área total ) aos grandes proprietários (de 200 ha e mais), que represen' 1tam somente ?,800/o do númerô total dos proprietários. ) le O ceoso não se reÍere a proprledade, mas a "estabelecimento agrÍcolo" (Anrúrlo Estotístldo de 1946, pág. 84). 'Como estabelecimentos Egropequ6rlos, Íoram recens€ailos, sem limitação de área nem do valor-da-produção, todos. o-s que se destlnam è qrplbração dlreta do solo, corn õb;etlvo comercial, e, por extensão, os {ue sem essa finalidade lmedlata, como as chócaras e sÍtios, -se ocupam com a, mesma e:<ploração para custeio e consumo do estabe leclmento"(IBGE, Sinolxse do Clenso Agrícola, póg. VI). kat^t-. à,ioncorrÉncla da de sqa,rltína. IV o panorama descrlto torna,se ainda mais nítido_ qtrando se obsõrvam os principals aspectos da composição de classe da nossa sociedade rural. Ainda aqui, basear'nos'emos na elaboração do Prof. costa Pinto, no trabalho anteriormente referido-, embora utillzando os resultados a que chegou com aoresentacão modificada ou com desdobramentos. . que reflete a imensa pobrêza da gente que vive nomeio,nrral, Já que os proprietÍirios de mais de 200 ha não passava,m;, na dsta do censo de 1940, de,tr48,622, considera'ndo-se aproxi- rhativ,Frnente o núrnero de,proprietérios igtral,ao de estabele :cimentos agúcolas. Como os proprietários rné4ios i- de 50 a 200 ha -;-, seguqdo o mesmo'õritério, somav4m 327.7L3, , -teremos para: umai população rural dê 28.353.866 habitan- tes 20 apenas'4?6.335' proprietár,ios de estabelecimentos agrÍ- colaÊ: ogpozes'de pf.odúÍr coFtllensadorar-nente. É clÈro que tels dados úo çrprninem a siüilgção erata de nossa economia s" g{É[ia, pgts,ta,r-nbén lpgs.eq{moËi pequçnft ç pÍop'i. 9dgdp!,.prós pèt?,s, e grqndes propriedades arruinadaS; Ê4o, ccinütído, bas' üente expressivos para,nos dar urna idéla bem virta da mes- qutnha edstência que suporta a gra'nde maiOria dos milhões de seres hurnanos que habttam I zone rural do Brasil.zr foi-nos foúecido pelo últlmo censo, através do qual. se verlflcou o altoÍndice de concentração ds proprledade rural no Brastl. Este. aspectoprlmelro da estruhrra sodal" 'agrÍcota tredrrz e ffolução'histórlca do slstema dé utiltzaçÉo da ter,:rg,ádotado na colóntzação do Brasil, do quol decorre a sihrafão de:mllhões de,bresilèiros das zoaas',rurals submetidos a um processo sesular de atroliamento de suas oapgcidâdes ÍÍsÍds6 g lntetectifis, vqOtanao sem estÍmulo, óem saúd€; iiiãff tüitru- ção e morando em terras alhelas, cuJo valor espeorlatlvo as coloca intelrarnente fora de posslblüdades ds aquislção. Por outro lado, a alta concentração da 'proprledade agrícola glpllca, outrossim,. o baiïo sa- Htlo do trabalhador, nrral, a mó utillzação ds terra no Brasll, o atraso da mecantzação agtÍcola, o espantoso desperdÍclo das eúerglas hums- nas, a nãoÍtxaCÉo do homem à terra, a mesquirüez do nosso rnelcado ürterno, o dsslocamenüo 4emográÍtco para as cldades, a dimtnuta den- sldedo de tráfègo dasroossaË estradas de Íerlg e a impresslonante degratlação dos solos, egrÍcolas'. :'O ptoblema agrúrlo, posto palo próprlo Presldente em $:a menga- gem,' constltui tá.,ôbletq das cogltações pôrlamentarëÉ. O Deptrtado João Maqgebêlr8; fèldtor do perecer sobrb irs.,m8tértas d.a compe' têneta de Comtssão MlgtÊ d€ l.els Complem€nta,res, asslm se reÍeriu ao assunto: "A:refôrmq: agrárle:.., num paÍs semlÍeudel, de latllún 30 .Autônomos Membros da famÍlia De posição ignorada Número .(Homeús e mulheres) 252.U1 3. 164.203 3 .309. ?01 2 .665.509 62.052 CategoriÀs o/o 2,67 33,47 35,01 28,19 0,66 Empregadores Empregpdos 9.453.512 100,00 20 Segundo dados colhldos no IBGE, a "população de fato" recenseada em 1,o de setembro dè 1940, asslm se distrlbttÍa segundo a "sittração dos domlcÍllos": urbana - 9.189.995 (fl,29o/ú; zuburbana\ - 3.692,454 (sB5%); rur-sl - 28353.866 (68,76%). Not+se que mesmo/ nos pequenos distrltos tiplcamente rurals a população.de sede Íol con- \ stderada ourbana". b nÊA\ò 21 Da mensagem presldencial dirtgÍda ao Congresso em 194? extraÍ- . mos :o seguinte trecho:, 'Um prlme{ro aspecto da questão agrária Chamando a esse quadro "pirâmide censitária" da socie' dade rural, o autor procurou reagrupar os dados segundo critério mais adequado à compreensão da posição de classe dos diverses grupos, para compor o que denominou "pirâmi' de social" dalociedade rural brasileira. Dois dos grupos aci' ma indicados - "empregadores" e "empregados" - definem' se por si laesmos, e o quints - 3'6[s posição iglg1ad-a" - po' deler desprezado, porque abralrge somente 0,660/o do núrne ro total. Adificuldade reside, pois, na interpretação das duas categorias que o censo rotulou de "autônomos" e de "mem' broJda família". Mas as próprias definições adotadas pelo Serviço competente fornecem indicações muito valiosas.' ' A categoria dos "autônomos", rellresentada.pelos "que exercem alividade por sua própria conta, ou isoladamente ou corn o au:dlio, não diretamente remunerado, de pessoas de srra própria famÍlia", compreende, portanto, além dos4^.4.fi^ 4 ?L^). /..1^ ------1', --!l-1-. -', u: ?:: +r" l' alios. :fúíúentòè e1-audêmiris, de trabalhadores rurais desprotegidos, anaúàbetos, miseúìels'é-dproblema mádmo que a demo,cracia bta'anarrirtãtói, miseúiets' é-dpioblema mádmo que a democracia bra' slleira tem-de enÍrentar e teÉolvet" (Di6rio do Congresso de 23.9'1947, pÉ9. 5.994). zz Exclúdas as tndústrlas extratlvâs Qlre, em grande parte, para os fins deste trabalho, estão intimamente ligpdas às atlvidades agrÍ' colas, como observou o Prof. Costa Pürto. apresentação modificada 31 tEtos de terra, os ocolonos' ou FR.{F. parcen?., Tudo in- tt,,é hp" Fq q1g9s, qrlP,e dos ,r[a p.rog.$tog .demo.riStré- fj"-4$rr, q+Ê "9i .P,Pgue4o :"ff:}11a1* jl*gr _9: _":llponentes dessa caregoria 1":",.1s:q:t-T^glqg.qou'.aurô'nomosl*=Ëilneã"õd;i":..*:g*1?t_":yJivamente,ü;ãilnüffi iõâã,,ã#ï t^1y.:*:,urõ.go1ipsaos..autãíoã;;;ü;õ;íítãïJJã"iiá'J rÍrÍl,i&",-' como rigndos "*clusivúãnie a cate. sorrí-ãõs auto-nomos", zu o cálculo se tornará mais defeituos-q;* ãil i"à; íif Lif* 3:i*:Ë]Èï :;üïár'#ff ïïËiïistr ffi,tl#$i"'"i3i;l"il1ï3:*:t-L.::*l*is"-q"óalffi ;''ti,Ë;ilF.oderÍa,mss Bdotar,os:,seffit"ãiiïboiorr, .,,, proprietários. AssiS,. gg ?,66ã.Sóõt rotutados como ..mem- !19r d1.ÍamílÍa,' 'côiitr-ibrúiãõ-õ* i;ãnitã ;;; " sub.catgcorià dos ::-?utônomo9"-p{o propú;É*õi t-üJ f.fu;l"vada g ?,a9t.gg4), e-.com f .f+A.OãS-irara a dos..autônomos,,-proprietários (que fica elevada a Z.SZg.SZO). Ss, entretgnto,, não cgnqideúrmos os ,,membros da fa- za Tudo indica oue a_ rnarg€m de erro, devi{a à -e{stêncÍe, de pro,nuelf {g .Tégj" si" tÍ" ã"ï;ãd;i';;;;tl;;Ëdo"l s-Ëf iã.,*".2{ cf. 'Análises de RezuItados- do censo pemógrenco-,-;ï szo.25 Essa conclusão lembém.parece admtssÍvel em face áo ,"iifït"trecho da ..ArÍilise" -rr.^_3f_6,ì{, -;ií"õ,r*ção, ao tado dss ctasses!g eppr-ega$gu, .dp,s emprógadores- ã ãõs que trabalharn por contapróprta, Íoi discrtminada-a ãos "meútroã ã" rrttírïïï"'.íiaot "" r)essoss aüB famÍtla dos gue "traberham-óor conteìroirrii;,.ã" qu"i,*l.Fp.-;gom eles sem perceUãiG "remrureração dirsta,.zü r'potêse baseads ne outra defintção censttrÍá', rererraa no cap.I; nota 24. 92 Em primeiro lugdr, admitamos que os ..membros'da fa, mÍlia" do gnrpo'de posição ignorada" e do grupo dê .em- pregadores" coliaborem com estes, nas atividades agrárias, na mestna proporção dos "membros da famÍlia" dos "autô, nomos". Temos aÍ a.primeira margem de erro desÍavorÉvel irs nossas conclusões, porque é evidente que na classe dos "empregadores" o número de membros de suas famÍlias que com eles colaboram é proporcionalmente menor. Em segundo lugar, notamos sensÍvel diferença entre o número de "empregadores" (252.047) e o número de médias e grandes propriedades (476.335). Isto se explica, natural- mente, pela existência de médios propriettírios que não em- pregam assalariados, ou pela existência de grandes proprie- tários que possuem mais de uma propriedade, ou, como pa- rece mais provável, por ambos os motivos simultaneamente. Tomaremos, entretanto, aquela diferença eZ4.Zgü como representativa somente dos médios proprietários que não em-pregam mão-de-obra assalariada e, pórtanto, devem ser in- cluÍdos na categoria dos "autônomos',. Eis aÍ uma segunda margem de erro, desfavorável às nossas conclusões, porque não levamos em conta os casos em que mais de uma grande propried.ade pertencema uma só pessoa. E tais casos tudo indica serem mais numerosos do que os de médios proprietá- rios que não utilizam "empregadosn. Feitos os cálculos pelo critério descrito, os 2.665.50g da categoria dos "membros da famÍlia" se repartirão pela se-guinte forma: para os "empregadores,,, l85.5lg; para os "autônomos"-médios proprietários, 164.9g5; para oi,.autô- oo1119s"-p€{uenos proprietários, 1.048.845; para os ..autôno- mos"-não-proprietárioS, 1.221.070; para os "de posição igno- rada", 45.580. Da distribuição f.icou excluÍda a categoria dos "empregados", porque estes, por definição, se contampor cabeça. Grupando agora os dados obtidos, encontramos para as duas modalidades de cálculo os resultados que seguem: MODALIDADE'A" DivtsÉo dos "membros da famflira,, somente entre os ,,autônomos,,, conslderados como tais os pequenos proprletários (até 50 ha) e os rúo proprietários (parce{ros): , .) :) \J ,) ) ) ) ) ) ,) ) ) ) ) ') ) ) ) ) ) )_ ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ,) )33 1, l',i '1, 'membros (la'fadúia", o qã,ò qquetes lque exeróem 1^e.11ff-1Tl"1- pt{rio fÍxo ou po" tarúã;,ìrãr"i"ã.rao "lepafiqg competente que a "gxa;de maioria" são membrosdas famíUas e colaboradores ãos ;autOnomos".;; ---- o seguinte: de outrem, Itr. w. ,,; :Í:i.i :ir,, ïiçrl$ofl' I .- .;:;i.:;'i ;:r,ij iiit;i,!.,-,:; ,:: l; ,ii _I: Enprêgado.ngs. ..............:. IIt Arrtônopoc ' r) . pe{uenoq proprletái{og ..'.. bl nÍo-proprletárlos Fnpregados .............1,..... De postçãe lnorada ..:..:.... "OTAL C.têgorl! .r: N'i ;r T.!$F,,ff.tr %.i'+f9Ïâh.r^' dr íiirtllle ,i .,.,. .; ..,,ir.:.i'+i.'iu , ,"::Li :..i:ì 1.,; ,.2ô2t017 T",..r :,.rii. :%P.g!l, .-ï Ì. . .;.: , .:. '1.. , , . t:j'.. 'j'::': ',1.12â,?f.t:, 1:.118íttl0 4t 0? -2'.ü?ll.t2E 1.St4i{r0 l.6tt,4t4 . õ6,03 S.t0l.sttl silaÈ.toa 62.0ã2 c.?ss;oos 2.6ó5i509 100,00 9.t's.!12 MODALIDADE 'B' tuação de deperndência da gente que trabalha no campo' Já l#rr#t+irq':. :fi i"*1,*":,*"m*wbresto. v Háaindaasdespesaseleitorais.Amaioriadoeleito:ado@-i brasueiro reside tïú.ry: Pg1r:ip::ii"^T:*:lï t".'*: Y- ÚP reto, o_ balho roupa, I. If, Empregadores zr O alistamento de 1945 - 9191.qídos ós Terrltórios - -registrou 5.31e.6?seleltoreeoo-ïïoiõi"*:.lttt']'"9:1"3--t:t"t9Í:i"H#f |!il:t?;'i'ïïidtïlïi"Ëti"üiiããìs+à,ï1"É.'u-tltt*r$ado-sestÉo-suJertos a retiftcação, "- oirtJlË"ãôâïití"ìito. aJirnscriçoes de que-se dá no tÍcta o primetro q*átï"püü'riõããô'l!i-P{$ ds J-ustiçe (seçáo rr) de ïiürsiaï-iãà. or. ryão'ioaemos fazer-as deduçõ€s' porque a nova iïtriãõ'aíõli"i"r r,aJirr-á-aiõtr-i""ção acima referida. A dlferenÇa, 2i24,28 18,1.9S5 1.425.291 r.0{8.345 1.66ò.122 l.22L.O7o 3. 164.203 82.062 {5.580 8,19 389.28:l 39'83 2.4?ll;8:16 'is,gr e.ggr.rsz 3.164.203. 1,71 107.632 dJ1 úJ'i, 80,t18 38,47 r,il /' Os dois quadros acima constiüuem desdobramento dos dg,{og apresentados pelo Prof. Costa Pürto offctról;subafiaimoi as : cdtêgoilas no oenso,. pg"l,r16f6$i'ív..v€.d. PBg\ravrvgsvo -F : wwóvr@ .wEllgÈè"isvD'- çB!!r:' nomos" e dos "membros.da famÍlla", segundo osrcritérioS:Jií ãntretanto, é Pequena. 28 Cf. CaP. VI; nota zg' zs Os depoi*"rrtor-pt-"ttados por J91ez Távora'e Domlngos Ve lasco. na Constthrlnte-aã-fggCu sdo a este respe{to muito ilustrativos' Dlsse'o prlmelro: Ëõo:ffiço, ;ãmi '91" poücos' derúro destg casa' a realidade ds vrrlB do üË;ióiiõ ia;. sou-tiúo áo sertão; no sertão me crtet, e, depols oeiJvãíãtuaado em centro como o Rio de Janelro' osventosdodestinomeatiraramnovamente'durantglaai'sdeumanoË ËïËüúãõ;rtios "#;tiltilG eesconiíectaos do BaÍs" ' somosum DaÍs em que o "ieitõilãígiiecra, Po atpog dF recursos para se transpoltar ae zus-c';" eGaeao-múniõtpio' dnde deve ir deposltar a cédula eleitoral. d.'ïti"rïüãi'a" ú! nã-x"i'do lápts e fizer o cál' culo do quanto s,rsta-"s:ã-lr'ànsporte ae mõti de um-mllhão de eleito res no tnterlor ao p*J, ïici'te r,ãúiútuao .a ìústiftcar q de-gradaçáo dospleitos custeados o"iãti"iãïo; ï;il;9''tbÍicos''' " (ami'' respectiva-ilãïË "or"-ii, pãe. ãss, e vbt. xv, pás' -555): Dominsos verascã]' ãd;Ë &'iã-iàieúí ao prejuÍzo resultante das faltas ao servtço " *Ë Ëtóí com trans-porte' hospedogem e--g9cumen' tação para o altstefieiïã",i"-ãïért.i_r aia roóa, o-bservava que "serla tmpossÍvel Íormar o'ãiiiüõt"ìã,ïã-ãeo úóuveósé o chefe mgrúclpal que alicta o eleftor " p"ËiiïiËïêúiqr,'. -E acrescentava: "chegades as eleiçóes..., presencl;*-;;õ;úqgo que -iòaos corüecemos bem' A vlda econômlca dos mtrnlcÍpios sofre urn-úitó' Os chefes munlclpais organizam os metos ãïl-iaiÀporte, preparãú nes povoaçõeS os aloJa' 100,00 ',:. descritos, e chegamos, lla hipótese mai-s .desfavorável,,àS nossas conclusões, ao seguinte r€sultado: na data indlcada, 66,950/o da população ativa ocupada na agriculttra, peqlúria e silvicultura pêrtendiam às cotegorlas dos empregados e par ceiros (não.prôprieHrios);'somando-se ôs pequenos propf.iè tários (até 50 ha), cuJa situação em muitos lugares é de todo pfecária, aquela percentagem bobe a 90,120/0. Não obstante a evidgnte deficiência dos critérios aprG rdmativos adotados, àão será difícil, diante de dados tã,o impresslonantes e referentes à população atirr&, avaüar a. sL. g4 ï;üb 100q0, , ,{ï Dlvtsão dos omembros ds ía,mÍüio po, toa"s as categoúas t-*ôÈ a dos 'empregados'), lnclutndote-&tre os 'autônoãos', co'dS ;3.- médlos proprtetárloa, a dlÍerelrç* eatre o ntbero de 'ernpregË. ã? Idores" e o número de médlas e grandes proprtedades: :i-j ' N.o tnfiúrc. Cc TOïAL d. f.|nÍlb 262.047 18t,519 6,96 aiÌ7.õ66 {68 Autônomos: a) Dédlo6 proprletárlos ....... b) pequenos proprtetár:los .... c) Dão-proitrtetádos IU. Empregados IV. De poalção lguorada Qtr iãiàïï"" ff;i,;"""#l; ;ãi*'ó-, e pa"pérrimo' são' pois' ' ^o rqzc.ndêiros è .ttãt"t t*ais quem cústeiam as despery'=s 99 r'- , ) ) dependência em relação ao proprietário da terra. Mas ainda )é cgdg para se tirar -q'aeuór cbncrusão *ai" úsiïioà sobre ro renômeno aponradq põrque as ereições aã ióes "-iõii )apresentaram certas pecutiãriad"f, qüe hnçaram pertur- )tbação na tradicionar aternativa ereiÍoür-a;Éi,";ilgõuãi"o,flí,' e oposição.3r .,,--=- /,..-/ JA falta de espíïito público, tantas vezes ílrogaqd ao .* ) tc_le.fe-polÍtico locat, é desmentida, com treqúenËffiõ $[ , t'*Ç ige.s-'çlD pelo progresso do aistritô ou munÍcÍpio. É ; ffi..tç'"L Ìhoramentos do lugar. e oos arfrcoil{óno nicipalconstroiõr-_çg4ççIvasuapoffi ã*Ë'iiã"ffi'E::"::'*Apgs-a-rdisso,emnõssã-Iitêraõü-iãpúiiiee;orp"eïiimenre l:,,I"ltfï::g .:oT"el,,. não.rem sião p""i,uãõ. -ã""porr_sável, em grande Flrte, pelas vitóiias ereitorais aor ""ïõãã-tos do oficialisnao, é,freqüentemente acusado de não ter idearpolítico. sua mentaridaãe-estreita, confinada ao municÍpio,onde os interesses de s-r1q facção sé sourepoem aos da pátria,seu descaso peras qualidadei ou defeitod oos õandiãatos ilseleições estaduais elederais, tudo iiso incut" "o óipirito dosderrotados amarga descre-nç{nãr:possibilidades tio regimedemocrático em áosso paÍs.-E rrauituatmente esse ceticismoperdura até o momentõ "m que o-itrteiésiano,-ãórúã""enaoa nova eleição do p$o governista, se possa úeneficiar dosvotos inconsciêntes do .ãoronei;. ' z t ^., u^r ,/ìlr I r/ ) ) , ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) mentos e suidam da alimentação dss centerÌas e, às vezés, milhares de :l1tl9r_"-r:_F_rJa trosng$gg,e_3.e'aiqõciïi'", po"q*, no interior, os erer-rores compar*"- nT_jÍ-qneps gô preiiõ é io 1ãeii:sËlm;"-dü;cdü- n#","*ff f :Lf S:*__"__ç."lenïqe,-ile{-'ã"-,ËË;dà"mïm"e"r,úrs dãïieì'to ;ËiË;Ë"("iìffi ïïï, "ff :3rïgatórtas i'os po"o'aos ãlao o crescimento .do- elgitdÌadõ'õúïii"i"ô pode ser avariado pelossegsintes dados: na.1p_ glgtcgp aã-.-aÃããËrer" consttruinre em +*rsssesravaminscrltos r.e00.zoo--etettores.-Èste núeero zubiu a 2.65g.ur naeleiçãopar-aasOrinrag^1aãraË-ï--iïrorsú:-o=ú;;iúiï"rneoto, [:'jS,f ft "tff,.êï-sf;l"l'-roúã_á-"r"iüil":ï*"Ë*o"s'i.rrï.ãü'Lmrsr6d;i-ez6Jác,.'r;'d;;"fifihfffi,{-"Ë,tffi1ìr,u"^f$lArrof f,,Ì. 3'I Observa oüveira viana: "o"=ïã;ô-d"-ãï"ú...-"iriï'gèo"r" "o 30 ', Ca'^yr"i./"/dg terrp, ,rãb podem surgir aqui. Dentro daoa noss{vnatureza, essa forma de escravidÉo écamponto se evade facümente pela Íuga, pela se explica pela carência d,e terra.prodigalidade miraculosa aa n-os.çíimpossÍvel. Dela o "SIg."111;õ{o- seïõd, facilmenre pela Íusa, petaï91?lli:;[*_"*.gej."^3g,$q$s{rc,99õgõriuns,aúaaüõrã-rio!'serrões,,ïïãïïffi-,:i#À"";6ff r,fu f "JË:ffi,sz V. Cap. VI, 1.o fÍ.-- ---? 15è'33 "Foi seu trabalho _inicial a criacáo do_rìistrito poricial e depoisa do distrito de paz- nrto.tco.o-ú_oitõpo"ao tòãJo-Jôõ'ibder, pela :1"^u1çj9_ a m'nicÍpio_e peta'tnst-úffi-d! "o-"""". A cadeia púbrtcae o grupo escolar custaram-lhe ürrrrieres viúéns ã-s. pã.rrõ. E assimas.coletorias estadual e teaeiai.-ïJ-õcorií ruril' Ë-;ìradas d,erodagem. Pedldos de um. $násió; t -"-ãà-tt".r, um instituto protissicnal. ïrdo ele devia soucitõiãïói*g,ri", rõ-G-'pãiõ ièïãilõr'è "id"d" t)i ) ) o, a ferrovia, a o rede de ^.,,^ Y iena redumz úuitlWY_- ampliandoocorpo,': arupuanoo o ;çgrpo e-reÍtoral EoB recrama.ndo a presença'ËredlÉ y? d9r votantes,-aruüêbiàrí 95- gastgs. É, porüanüô, Ferfeita.I mente COmprggnsível rrtlê ô aloifnr rta rn^^ ar^^r^r- r ^--,-rçio de quem et_ei!91 a3 roça -obed.ç"'a-oú"iã_ um ato que.lhé f9T lipi.tência, Ìíão, pr,aUcarindifèrente; ' - 'Esse panora,ma jr cios. de -modificação, cirealizadas em l945'e dejros.feito. r rural verificaram-seil ''dos ) ) pÍi.L!T!?s",9_f$gïo1,iQ.-úãi"iáaãË'ão",i""#.j; sao numerosos os aparelhos receptores, J ú ìou"i[rao"",rurais têm- hoje r"igt possibiüdàe de'conútJõõm'a seaeurbana pelo uso o-19tant9 ge:re"aúãao aò-ìransórt rodoviário' o rádio, a-üás, já s-e vai útroduzinoo nís-ïropriasfazendas: as baterias rõsolvem p*"ã'"ú*Ëã ïldrá*. a,energia. Não se deve esquecer tarnuãm;õ.;ú;'iiãiàm"ntoque se verificou durantd q guerË-;. migração de trabalha_ 99"gr .do. èampo para arrviaãaes uiu-ànas"::;;;"Ërrai_"rr-tos industriais, cons!rução civil, báJes militares _, ou para aextração de borracha- e explôraçao àJ-minõrioi,-ãspeciat-mente cristar de rocha e micã. A maior t ciúaroõ'dË arra'-Jar empreso nas cidades .'* "oii"ir, ãúá-"*Ë!Ëïto n",:!"ryr_de parentes. -e- apieós,-ág,rç"- o nomadismo dapopulação rurar : já habituaú à'mudar das zonas deca-d_e.n!ps para as mars b1ó9pr"", -,1 reauzinoõ ffiïa" ,1r".:-ì .... ,j .1" ,. , : ,_l:..,, . il;llili rll)l,,r l,ii) lriill,'1,rli { illiqii l llr:l t) il,ii ' ),llrüli I]:liri'i ì r'::iiiiii i 4ililil;l r) lliitl 'l f,, I'l Jiiillilri lffiil11I lillil t)rilt iii[{ i íi,rü ìi l'ffi. Éforadedúvidaqueamentaüdademrrnicipaltempre dominatlo "ro oot"*i óleições' Mas é um erro supor que o chefe locel asslm procede por mero capricho ou porqrre nele não terúra oespoãtado oú esteia pervertido o sentimento früuãólãrrtai"nrrúú. qug o eipírito gov_ernista é a-marca ãiJl":Ãitt""t"-AãrJamen[aüdademunicipalpara-vennosqueãiõ#;;õ ;;it poderosa -que o simfteJ aruítrio pessoal atua naquete sentioô. Para fãlar em termos de generali- ãioo, "ããp"t"aos-os-attos e baixos de sua conduta, o ..coronel", como político que opera no reduzido cenário mu'õii";i; úõ é máú;;"â -pú do que os outros' que cir- culam nas esferaJ-ã"i, i"":s"s. os políticos "estaduais"_e "federais" - com exceções, é claro - começarqm lo muru' "iplo, ã"ae ostentaíÀã'a áesma impura fatta de idealismo' íü-iúË-tarde, q"úao se acham- na oposição' costumam atribuir aos cfretJJïõã"it.-O problema não é, portanto, de ordem pessoal, ." u"ã-q". os iatores ligados à personalidade de cada um possam apiesentar,-neste ou naquele caso' ca' racterísticas mais acètt:tr"4"", ále está profuridamente vin- culado à nossa estnrtura econômica e social' VI Não se compreenderia, contudo, a liderança municipal só com os ÍatoreJõ;ããú. rra "itta" os favores pessoais de toda ordem, desdeãrraniar emprego público-até os mínimosótìãqúiãi]; Ê, ".ti" cãpítuto- quã se manifesta o paterna' tl ii il I I I I I tl e ao progresso, fosse sob a pressão da opinião pública, que exigia esses melhoramentãá ïïúõãm ãais senão eo chefe polític.o, que os arran- caria dos go.iõrãoJ--li" úria tido como um tracqlsado, incapaz para --$t'g"S*f *i"ffi "#üËl;*h,',,1:i--JË|o;e,4p,e".r".ai- .,qú nhei/o: """riãrïiúiï"route"-c-"earto em'casas comerclais; contrater( O,*,, Jõú;; -iijí""iìu-iuiaaos; erti*ntat e "preparar" testemunhas;ì i orovld,enciar médico oü hospitaliÀgáõ ttâs "ít-"1q991. mais urgentes; | ãâil;ïffiis para viagens; cott""-gu[ passes na-e-strada de ferro; darI õõ:ril-ìãïei-çío; imËCir que.a "poticia tome as arlnas de seus proteI gidos, o., rogrir"ãii"'àï-;"útüã;--uajtiããi iiriiõ-õu apadrinhar casamento;I redigir cartas, reõibos e contratoslóu manaar que o filho' o calxeiro' o/ guerdaliu"o"l'ó-ú-inistraeor -ou'o aavogado ó façam; receber corresPi pondênci"; óoï"ülrâï-iiã-i"car1""caõ .a{ terras;_ coÍnDor desavenças;I forç8r "*""rrrã.ïõ-"ã cãsos-de aeiõimrnrro de menores, erúim uma infi'Ì rúdade a. ptãïtiãou aJ-õiaem póiJõãiìúu dependglo dele ou de seusI serviçats, agregados, amlgos ou- ótãiãl1 iúanab o -chefe local é advo t gado, meaicõ,'esòãvão,-sacerdoïï-õtà.,--uitos desses serviços sáo. presra.do, páiioáï"i;ïõ, m"di*ttï "ããüoeiiçao itrisoria, ou lnteira' mente gratuitos. Ir C pc.ã^ '-L'*',1 I lismo, com a sua recÍproca: negar pão e água ao adversário. Para favorecer os amigos, o chefe local resvala muitas vezes para a, zctna, confusa que medeia 99!re o legal e o ilícito, ou lenetra em cheio no domÍnio da delinqüência, mas a soüda' iiedade partidária passa sobre todos os pecados uma espon'ja regeneradora. A-definitiva reabilitação vir{ co-m- q vitória óleitolal, porque, em política, no seu critério, 'só há uma vergoÍúa: perder". Por isso mesmo, o filhotismo tanto con- tribú para desorganizar a administração municipal. Um dos principais motivos dessa desorgarrizaçáo é a generalizada inculúura do interior, cópia muito piorada da incultura geral do paÍs. Se os próprios governos federal e estaduais têm tanta dificuldade em conseguir funcionários capazes, por isso mesmo improvisando técnicos em tudo da noite para o dia, imaginese o que será dos municÍpios mais atrasados. Os inquéritos que se fizeram a esse respeito em vários Estados depois da rerrolução de 1930 revelaram coisas surpreendentes. Daí a criação dos departamentos de muni. cipalidades, que, ao lado da assistência técnica prestadb às . ,.Y,r' cómunas, nãó tárdararn a assumir funções de natureza pg- pl.''. lÍtica. ,Ã^ /|t- da )r-'- ( ' ^4*)'h" - h,tLTï0"ue convoca muitos rìaF EdglbgÊ-el'e$omis* A outra face do filhotismo é o mandonismo, que se ma- ^,' nifesta na perseguição aos adversários: "para os amigos pâo, rguY 7f para os inimigos pau".3s As relações do chefe local com- Fgrr A) o". adversário'raramente são cordiais. O normal é a hostilidr- -1/.*-!' de.3' Além disso, como é óbvio, sistemática recusa de fa- ()--* vores, que os adversários, em regra geral, se sentiriam hu- milhados de pedir. Entre os favores da situação local tem ocupado lugar de destaque a condescendência fiscal. Segundo o depoimento do Deputado Lús Cedro, em 1934, "o imposto no municipio tem grande desvantagem: é a preferência que se estabelece por ocasião dos lançamentos, as prefe rências locais que se vão estabelecer entre os correligionários e os adversários" (Anais, XI, pág. 55?). gs Dlto atribuÍdo a um polÍtico mineiro, em substituição a este, -,-íí \ mais fino, imputado a outro chefe estadual: aos amigos se faz justiça,--p aos inimigos seapllca a lei. re Essa hostilldade manifesta.se na ausência de ,rêlãções sociais(clubes e cafés separados); em gmtos de acinte ouqicardla (festas \:_, -.t, | .-.t- 39 do interior 38 ctinieinlilaUvôÈ, foeubÉi ae i6e,' rhuaaliçe' dos nombs de loàiàdnrros ;-Ë;-ü-Ë-òíbstËuetóõimentòs óttticos)j em atos de provogScão- (tn- ãrãuíãós ri"ãuãtit"niããt" ã, capangas 09 pessoas -pouco .qqaltÍicadas) ; õm-óiëtericõe-s nos serriçoi púrUcios (deririssão de tuncionárlos, Íaltaê'"ãËffi;ã; õ dr-üiÉ;a-aa via pública junto à case do adversó- rio): no risor Ílscal (iançamentos exagerados em comparaçao com os ïõJ' "iirli*ãï --útË; ò*e"üçó"r e penhóras apressadas ) ; na. severtdsde õú"ìÃi-i"õieËiiÃiJite *"mÃs, presião nos inquéritos); em atos de-sabo ã"n"-tit tiããúõío o" õõmpressaõ da cllentela dè comerciantes e pçolissle iiãïõ-iiuãi*"i; ó põ"-*úús outras formas, cbegando m9s!Íto à violência iËãJã-ó"r*ãt-daú õ;iã4, raramente na pessõa dos-cheÍes contrórlos' mas fiÌlftÍentemente na de seus'aderentes mats mo<lestos' neteiindose ao Estado do EspÍrtto Santo, declarava o Juiz Atsgsl- pa iàlir, em 1932: "Velo a nevolução, cuio espÍrito., guja finalldade' ôúa etevâçao o povo do interior nãó compieendeu aindg e tAlvez nÉo óõhpreenda tão cedo. DaÍ todos suporem que só mudarart_os atores,ãGã;èca còntlnua sendo a mesmã. Comumente cada qual raclocina riiais óu menos a6sim: Quendo estlve debalxo, a-panlrel a torto e a ãtiteítoj-aSoia que,estou dõ c'iúq,-!rei de dar pancada_do llgp'mo modo"ÌrËúã soËrel pìnto, Crônicc Política - 1&1-932 - L7.2.!3?):_ Ìr *___r s7 Discorrendo sobre O Conceito de coaçÉo no processo êleltoral,fffiffi "*ffiïp''ffi,8.ffiiï ãieltãr. O processo ;mp"úCádó-õoú mals freqüênbia é-õr de: crlat-se,ÃãïCi-ao ptèito, um am$tenlte de apregqgões e $.9 inseguralrçB Sus 9t-u'd;iã daJü-;""i o etéitoraao. É vãrdsde que há para lgso o I99,ég?ão hobeas @rpü!1, mas sendo, via de-'iegra, o- ggvqrnlt gyem coager ,à força Íederal cebe garantir a oxqcrrção da. oldeú *_.EEï,PIPP_e:tolca teaeret ôaú garantir a oxecrrção da ordeú de habeas_corpus e, tr" ãato" pa"te dgi vezes, ela não Ée pode tra,nsporta'r 19 |gcat g1-11 ctrmprir sü missão... 4tée disso, é multss vezes-lm-poss$€l -a plg1a óuã ïúitúique a concessóo,da ordém. . ." (Dlreito El€ltoral''?tig.'119). --' ;-; "t"ro q* as coisas não se p-a*qm uniformemente em todos os tus,a,res. Aluiitmos ú Upo médio. -Rubens do Amaral asslm se refeË,,'f91Ëï;riïüffi'rïôi-"rfrãiïõcafi oe sáô pi,rro: .ranto ós coronérsódúõì; -aoutores StrUdivldia^nr-se em numerosos tlpos. Ilavla- os man' àôes tntolerantes, peia os quais um adversárto erê um inlmlgo a ser ;úú;;rão Ëió úõiõte soctai e eçonômico ou até.nas tocaias assassinas. 40 maistsrde,enqlrantosubsisteapossibiudadedéoscltsllrar ãíãeiõ còrfuoúvei aa útt ação.'õ Outros serão convencidos õãrõJ-iti"t.itãJ inaiã"t Aó'viorArcia. Muitos se absterão deiõta; fara evitar õJrnoier rnalores, e uns pqrcos faltarão à palavra empenhads- A regra é ser honrado o' compromisso ã.ir tro muniõÍpio serlirma de homem pqra-hgmry'e a quÈüi" A" sua pdavra repugDa tanto ao cheÍe local q'anto o exaspera a traição de companbelros''o tuasrrenissotudoumaéticaespecial:comooscomprc missos não são assumidos à base de princÍpios polÍticos, mas em torno de coisas concretas' prevaleceri para uma ou parapõ"""" óf"ições próxirnas. QuanAo vê I necessidade de mu' ãa. A" partido (b que significa geralmente aderir ao gover' no); o õnete local - ou o "coronel' - retarda o seu prG núíciamento. Se soÍreu alguna desconsideração pessoal, ou deixou de ser atendido em pretensão que reputb importa,nte,jáìil aí o motivo da rupüura, porque o sumprimento de $ra brestação no acordo não foi correspondido pelo chefe a quem Havia outros, tgUalmente mandõqs- e lggalmente lntolerantes, para (111 ) ãúais um vot'o õontra eÍa utra fqlúrla pessoal, mas que nos seus com- \ Ëates nao ultrapassavaÍa aE llDhas ds lel e ds moral, sgb I lorça qo ) caiÀier. Em refra, poréú, eram tratávels durante o ano tnteiro, t49 r )ú te- com túa-gente, os opostclonistas, inclusive. msn reservando t tü"-b"ú"CiAaA" põa ói dtas-Ae elelçãq, qua,ndo assnrmlem-atlhrdol r Áerresstvss Umlts&s ao plelto, e nease terreno capa,zes de.-todas 8s /;:iú"i;; ãã-tóa* os óipes, converncldos de sue-em poütlca só h6 )ï'Ëïõieã"úi-peiaer"Ìiiãú.'cit., pós. 56). ' ss De-uxr Aó UoteUns dtstúbuÍdos em certo municÍpio mineiro-, na 1 ì oreparãcÉo do pleito mnnicipal d€ 194?, extraÍmos os segulntes trecho.s: \/-" \ãõi'... ieatmeite a,migos db municÍplo, e patrlotas, qua no -Pasïq9 \ ,Íõrüi nossos adversáiios, estão, agorg' oÍerecendo apoio ao- Goy€rno' ç4' ò ú-õ N:-11À, *nOo, alguni bons e Ieats. . . que alnda não se.decldlr^em. ) ) Nós os espeia,mos de-braCos qber!gs... Este é um conflÌe -qey-: / |;òõJ.síããÉ-eu", nõJo rrásbdos do governo, dele quelra,m sc aBro- )dmlr'. I ro "O nosso fazendàbo se sentiria desonrado o dla em que faltasse, t sem justa csusa, apj-seú õmpiõnissos. Pqr_a -cq4-Pri-los, sacriÍicará 1 o úü co"forto, ô sua Íorhrna ou mesmo e vidg" (Oüvelra Viana' Pop' ]ú"XiãS éïiô, o**urre aos eteitores do seu crìstrito ry visê3clg t, aa LGi Sa,r&iys: agonquanto se classlÍlquem_neste ou naguele PyttOg, ) mend õõr aúor ò doütrin& gue por acaso de- nasclmento, r€lryF:,g9 \ ampaaô, reconhecimento a obséquios, delrndênc-las, conse.rva'rn'se Íiéls ) t-Ëarãá"a Jú-ad;. iao uúes õ ouirp{-dores da zua-palavra.qg q9 ìúteúao potüs aÍlrmar€e qual o r€sultsdo de cada colégio' seDdo raras ) as surpróas" ((Xto Anos d€ Parla'mento' pá9. 2-1).- | "ipalavrg dâds - diz AiÍes ds À[ata l[Bchado Filho -_ é sagrada. ) uma-oãz úpeonsdl, o noúeÀ val às 49 cabo para.+e..dql cumpri' ) mento.NerrhumarrependimentooÍaz.vlr8racasac8',,(traD.cr[.,. /^.) / r:V(2, ) ,') I r) ,) ì ) ) r) ,) ) ) ) ) ) ) ) òum" propÍcÍo ao acordo'tam6ein âtinge seu ppnlo.ótimo por ocasiaõ dãs ebições, rnàS'ryi'fiÉe' qrie precede à tomads de õoúpiomissos. Úmi v,ez defiriidas * nO-srcÇef1.",11ry-91tqlüïõ;-d"-to*pr"tseo,' gue antgõeqe- imediatameate ao pGiõó,;; Algtuu pÍ'õváveis'adãrerites podem ser poupados 8té wÈ*.iìr -'Ì:"ft:1ïÌ:+flrir.!ïÉixT*4íry,-sry*;+.i*.i.*çiÈ;*;* *i*-rs"r,.ié*i!ar#; *#i: fÊgürÈ essa au!.epcl8 qo poderrtu-5trtro, gus !191 nïSç{rt1 a..efeüva atuação dq poqggr? multo reduzida com os novos meios cre ffallïporte e co.mqpicação, que se vão gen€ralizando. ÀpolÍcld' õe_hoJe, salvo em rarós Esta.dos, poãere-coãparecer .---:---- -.7.Ì'-:y. s.gqvssv, lrvlrç Lr. . uul-uutitr-/'11 'Pesados os ôn'szítü* função. _o chefe político, parrcendo o d.ono9g;ll49t !1ssav;a a perrencer a toaõs,--úsae rõeô,' õssriálã-ã"oo** ao logal $e perturbação e arrar com reiativa eficáciã-;"- pgr{g"do_ de_ tempo, que cada vez se torna *"i. õúrtó. A re-gglqs,do chefe local -.tão caracterGtica de certo perÍodo da$-l$p_-,já,nãg e_u.a pelo de "ot"óuOãr,-úá"s:õ er,rÍra-quecer e minar.a inÍluência do ocoronel'. Ainda assim,.comoa organização agrária do Brqsil marrtém I áóããã;cia doe-temqntg. -rlral ao fazenderro, impecinao o --;rïãõ diretodos partidos eom essa. p-arcetii notoriJmàntã áijõiïeËïã ry::q ".l"ilo.ledo,.o partido do,goveriro estaduatráo pòa" dir- -p,ffar gjnlermg$o d9 dong dg terlas. Mas não se submetea€le'senao naoüilo gug, não sendo fundamental para a situa.F,;lglu* ot"d"aÍ é, *"t ráã, i-porrrrrõÍrri*ï;ããïf"- ^:T,9"" corúnadgjdo s9u muntcipio. Sabe, porFF9;.9 "coro.ne,tique q sua impe,füqêncis só-lhe traria,áes. vaf$9gensj quagdot ao contúrlo, são boas as relacões eittreo seu poqer privaclo e g.poder insütuÍdo, pode o ,.coronel" q.' üugu, pass.va a per0encer a toclos, Desde logo_, assumia Íospotlsa:btltdades perante o- parildo, ourliirnãosà a conduzi-lo ao êdto emquatsquer ctrc'nstândps... Árrlsdú ã ïense asussdo aõ-mãteza, senão era suficrentemente_teso.ng-giúçã"; d.-op;*rõ, Ë fii-n" " necessÉrla dtsctpuna.. .rrandúaõ-pima sotÌeã-adar ãomó's'ãu pa"fl.do, caía-the emlcrma a-tache dã aúã4asaca";-iestsunãJpãrã-ser rieraog.€'mlgos o! _è bandelra, teaçavanthã-em rosto a lnabllldade e aobstlqação" (Rub€ns 0o emarai, t ab. cúã., pag. áii: - ' " Negtor ürarte, e ôraem itrtvada " L'ú-"ú9ão.políttca Naclo.El, (passfm). 42 43 $oá.r.-penhar, ürdisputadamente, uma l,atã- p"t S" de auto-fïj.r.' desempennEr, lnct ridade pública.'r É claro, portanto, que os dois aspectos - o prestígiot próprio dos "coronéis" e o prestÍgio de empréstimo que o \poder público lhes outorga - são mu$uamente dependentes \ representação polÍtica estadual ou federal, costumam ser tributários de outros, que já galgaram, pelas relaçõets de pa- rentesco ou amizade, pelos dotes pessoais, pelos conchavos ou pelo simples acaso das circunstâncias, a posição de chefes de grupos ou correntes, no camirúro da liderança estadual o' federal. Mas em todos esses greus da escala.polÍtica imperai como não podia deixar de ser, o sistema de reciprocidade, o6 e dos e funcionam ao mesmo tempo como determinantes e deter- minados. Sem a lideranca do- "coronel" --se chefes municipais, mesmo vezes, até acontecla que o coronel... se extasiava também -todo o.edtrícto vat assentar na base, que é o "coronelo, fortp tectAo'pelo entendimento que exirst€ eutre ele e a siüu@ iã]ffisf"ã-õttt tt" em seu Estado, através dos cheÍes Ínter" medtérlos. O bern e o máI, que os ctrefes locais estão em coadigões de Íazer aos seus Jurisgcionilaos, não poderia,m agtlumir as proporções'hbbituais sem o apoio da sÍüI8ção,polÍtica esta' ãuat pãra unra e outra coisa. Ern primeiro -lugar, gra,nde cópia-de favores pessoais depende fundamentalmente, qllslt- Oo ngo exclusivamente, das autoriclades estaduais. Com o c[e' fe local - qua,ndo arligo - é que se entende o governo do Estado em tudo quarrto respeite aos interesses do municÍ pio. io Os próprios-firncionéúos estaduais, que sereem no lu' gar, são eúolhidos por sua indtcação. Frofessoras primárias, coletor, Íunc{onártos da coletorla, senerihtÉrlos da !usüça, promotôr público, inspetores do ensino prlmárlo, servldores solver o impasse é removêlo, às vezes com melhoria de situa' çao, je for irecessário. A irúluêncin do chefe local nas nomea' ções attnge ôs próprios cargos federais, como coletor, agente do correio, inspetor de ensino secundário e comercial etc. e os cargos áas dutarquias (cuios quadros de pessoal têm sido muito ampliados), porque também é pra.lre do governo da União., em sua poúttca de compromlsso com a sltuação es' tadual, aceitar tndicaçõei e pedldos dos chefes polÍtlcos nos EStaclos. d"EGo podom'aer ctasoaça4ge oomo aspectos do petrlmonte' Usmo"-Jó que e3te se basela em reÍações de lealdade e confiúga pessoal, é óbvta a iantagem que traa a prslerêncla dlspensada I parentes, €mi' gos e conlrecidos, expóstos ao controle da mesma estnrttrra local' (tÍab. cit., pá9. ?). da saúde púbüca etc., para tantos cargos a indicação ou apro' vação do chefe local costuma ser de pra:re. Mesmogl8ndo-o estadual tem candidatos próprios]ffi-b nomq[-!gç, M 46 A lista dos favores não se esg-ota com os de ordem pe+ soal. É sabido q* Ë"t*tç"s-pïuU"ot do interlor são de ficientGsimor, poüõ õ niúóipauaaoes não dispõem de recursos para muifas de suas necessidades' Sem o audlio iiiõõãiio- áo utt"ãõ úiciúente -poderiam empreender as obras mai,s necesõasJãúo estra-clas, pontes, escolas, hos- pitals, água, ttgoiã-#ttãtgif aetga'' NeÚrum administra'ã;;tfiõió"r poíJúa úúter por múto tempo a lideran' ca sem realizar õ;iã";t üõneiicio parP sqP comuna' osËoilãt-i*""a.iios, -que carecem de e3tradas para escoa- mento de seus proaútós e de assistência médica' ao menos nrdimentar, para õu;-;q9regados' acabariam por lhe re cusar apoio eleitorãi. g ô rüstúo - Qü€' por sua vez' dispõe de parcos ,"".rttotlihtttricientes para'os serviços que lhe in' ctunbem - tom ãà do;* õúo"rigsamente esses favores de ;üü'd;õ púbúca. õ .'ite'ig p"il 9*:9: :9:T*di *l'ïin ) ) ') ) ) ') ) ,) ) ) ,) ) ) ) ) ) ') I ') ) ) i ) ) ) ) ) ) ) ) I ) ) ) ) ï'*Ëü.#ffiïi"it";;ir,-e a"t_preierêircia aos mrxricÍpios cuJos sovernos otãí"-'ttãl,*g 1T g*9"*,.*;#*f íãïr"g"a - 4rzig o Deputado -1?*:"I*1*,":f "t:tii"il;*r.ï,ftã"*Lïïïrt*t"Ëà';oãt""üã'ã''iiii"tn":-Íi",:'*9::"Í#:*AssêmDrera eQrlËtrtuurE - v re'vs-' "'-; ;-"-óstËdas, as escolas queiíuõ6íeú.par,ê 9 seu municlPto-as-lgopir*r^ a oqra ^ôs seus corrÈele oDtem pErll (, .tstr $rsav'Ë'- - -----Ïtiao e este 'aos seus cor!Èó--cooertto- d4, ds- preÍerêncla' 11l-.:""-Pï,ri<crom nôÌÍlue em provel-O GOvefnO d9, @- PrererEu(;rê' ru Èsq l'o prOvel-Ït.ìüüïËq_":*Ì:"L*"L1,Tl':dïfrïi"ffSï"ff iï""*a3*opo,r"roi.ií'i;;ü;. Aiceúonatmónte, os conselhos XII, p1íg. 240).É múto eà:çresstvo 9 gegninte t19:19. *^ H,*lg|3^jj;:i*{* ,,,""*tHàl""t"tËã:ruï"ï"rïiËïã.íiìiãUl:ti-'^ryf -:""*lln'i'ïltïJi'ffi1'"ï"Ëii#Ë;ÏË""ô"r'ï"'iããi'tôìõ^ïõ'-ae"*"T*:i3l: oue o Diretório --frËi:..1ã"ïã,-iiúiilúe,' cõqno-sto- dry pessoas ----- ^--:-â* ^ala Ealallm T:sees Dessoas estóo ao ladO do governo" 'il; ;"í;;Ëú?. Boterr;n :. r- I11ç. *:*,=363;3 goYemoo:ue assinam este Boletlm'. . Essas pessoas esÚEo ar' ulru uu Evvúuitos desses uooói*ïóàí"ïËiio;--iõ'El 1.o;s91 *::*'lï -$:: iãïË*Ë"Jfiti'ì soverno qu€'- em menos de selsiliË*.Ë;i"t -õ,aotas-nãsto àuní. cinro-e;rlqlto-:-Ig'&ìã. mas... resotversn ipoiar o govenx)meeeE, criou mds dG Yinte- Gsoolas n9s-!t-TtËtffeffi""Ë:õ Ë ilãrõ,-iõ*'*ePG--4" -poituo- de oposteío';;i;" õdr"-ïr cacoiei' em sat€ anos" '.' oiea.se. de Passagem, que no mluut u er'r.o. r' "*.-';:ìõ*ffãunicípro referido- o--P-.sD' cgmoDiga.se, ale Pàssagên ;idogovemistt,""".""'"à=-ãr"üã"i--d"ú'du^lg"t:"St11l10""ïl'i:3partido govemistrr venceu as ererçoes (r'E ru rÀt Jorrsuv sv 'v'r r votos de matorïE; eï-UOff, erir coügação conl o PR, como novos rústas. . ." r,clrctüar dos peucos -cheÍes.'--'pdpoi" de lembrar que um telegramt nolítlcos de MlDas, quq'nomeou, podèrla reurúÍ' em'vinte e quatro horas, a una,ntmidgd€*âïr-õôiËãüeüóã mutõtpaG ao Estado (mals deãïil" r*or tre una'rõú;õíde um candldato", advertlu gue_o mesmo Íenômeno se proauzdii--ãin ãurtque-r outro Ésiaao: "Poucos leeders, em cada nm, Atspoedïil Ëì"üdt;õaas Ce,msras Munlctpets' qÚ tod88' se elesem peruoa"tsâõËóìrcaecãá a umíasdpung" (amls' vol' õom este, a maneira mais conveniente de - .. .6 O Deputado Fábio Sodré, nB segUndo Constituinte repubücana, cha,mavïã-eftnção-p@a1". Entre nós rrão serlsêmbito rnrrnlclpal, "pòr- reta. ürcontestóvol. sobre possÍvel o sisteme q11e.o FreÍeito, o Governa@ta, ürcontestóvol, sot-re ó elettorado. Não baveró, oú dlÍlcllmeuto Eo oncontraró; Câmara Mu' ntctpal que Itosse olxlr-s€ ao PreÍetto". No dtggnóstlco do mal, entre tantb. aogelã parla,rnentar atribúe Ímportâncta exagerada eo Ísto. d€ ter o'ere-crrttvo mtrnlctpal ma,ndato de duração crta: "Ellelto por prazoÍko, o Prefeito domtnsre integrelmente a Câ'ma'ra Muntcipal. Seró um pequeno ditadoí munlslpal" (Ands, IQi pó9. 401). tt8.sê a ëssa acütadas as êIet$es_ no'Bnrsil, óste óúpn aoDsegqllte_mente, IrgSl de destaque. O Estado e, evenfilünente,:a ïlhlfu e as entidades autárquicas tannbém'costumam con-tribuir oorn-futrtlos ou serviçoc, pa?a uso exclusivo - é claro - dos candidatos gov.errÌistas.'.t 311{gl^S91eï*1"9f,.,vêncaram.as etetções munÍctpats, gu€ se segrúram1poÌ cesca do Í0o voto!. portalrto, ds uma para outra 6lèlcãb. o óeruao.quê perosu o_ Bpoto-alB_sltu8ção estaduel, ta,mbém perdeu óugse tsoo voro8, num eleftoradqr _ate porco mats de 6.000. Murto contrlbulu para essa mudançg'_um.bárbaró crüne que vtümou eteúeniõJ-uaèuitãJ ã abaloü a optnlão local. .{E Em,dlsqrrso, prolerldg e4 lg23, BasÍlio ds Msgalhã€s cha,mavaa atênçEo pa'ra I necessldsda 'de lmpedlr que as reõdas sdrríslas se 8_uDv.qÉbg'm nÊ voragem dcs a,mbtções pa,rttdártasou no aparerhernentod?s.-Iqgutnas eleltorals_para a escalq4a aos postos de com-sndo" (0 Mu.flcllnusmo en Mlnas G€raiE, pég. 19). {I*bÍe gr:ande-AlYuE_acão o,,ato do Govefnador.Mllton Ca,4pos, cha,. mendo os *-pref€útos do üultos muntcíploo.mlnetrpe a resuìãrliarcm- suÊs contas, oÍ_ld€ se lnscrevlam grossas despesas elettor-ú. Dlzda e expostção-.do dlretor do Departaúentó de Mtrntclpaltda.des:,nurterG sos preÍeitos Jó_ haviam perdido o senso da ÍazeD-ds púbücâ, oonfirn-dlndo'a-com a.Íazenda parttanlar, ou go_m a csixa alo parttdd oflclal,'.Em lolheto edltado por aquela reparüção, sob o tÍtulõ negulerlrsçiodrs Contas Mutricilrtfu, vêú espectitcaaix ós gastos slspeltoï. , .r,gÔbtê o', asnurto asslm escreqzu Orlando M. Carvalho: ,....agÍacções no Bmsü de ontem, c-omo no de-ÍõJe, sem-prs ü8aran os oolres do Estado para suai despeSas etetto-rab'e nãóbrverlem de,esdmular o,epareclmento {e lets {ue úesiãm iostrlagtÍ o- uso e abusc dg renda púbüca para msntsr a sud organtzúão-ng possedo '.podpfi.. .As deç.eeas p$p as oonvenções úrtidértü-iao FÈpl,quallÍlcaoão. transporte-de èlettores para'o attetãmentõ, -tnuisporte de comtuvas de propBgancla por melo de combotos especials ou -de auto. 46 O hlALo', ay^at--* 1,,'"rLotn -L" què tomarn tão seja por'ação, seJa por omissão, tem a máxima importância. Neste capÍtulo, assumem relevo especial as flguras do dels gado e do subdelegado de polÍcia. õ0 A nomeação dessas au. toridades é de sumo interesse para a situação dominante no municÍpio e constitui uma das mais valiosas prestações do Estado no acordo político com os chefes locais. Embaragar ou atrabalhar negócios ou iniciativas da oposição, fechar os olhos à perseguição dos inimigos polÍticos, negar favores e regatear direitos ao adversário - são modalidades diversas da contribuição do governo estadual à consolidação do pres- tÍgio de seus corÌeligionários no municÍpio. Mas nada disso, plena repúbüca: as forgas do governo, o prestÍgto-polÍtico do venc'edor da eletção, spolarúo uma Ía,míüe que senhoreou o munlcÍplo pela liga-da eletção, spolarúo uma Ía,míüe que senhoreou o munlcÍpio pela liga- çáo com o partldo domlnante, na persegulção ao adversárlo... prefei- tos dominados pelo cangaço, apoiados no trabuco do sertanejo, ampa-pelo cangaço, apoiados no trabuco do sertanejo, arnpa-yerno, numa troca múttra de proveitos" (O Outro Nor.rando-se no governo, numa troca múttra de proveitos" (O Outro deste, póg. 82).deste, póg. 82). "PolÍtica no Brasll - diz Vivaldi Moreira - é: delegado pra lá e votos pra cá" (Folha de Minas de 2$?-1948) Segundo,Íol nerrado ao autor, o Sr. Lrús Martins Soares, recente- lnente falecldo, chefe de uma ala dissldente do pSD minelro, depois{e ler -ouvldo_ longa _exposlçqq_dg Sr. Virgflto de Meto I'ranco, piesi-dente da seção estadual ds IIDN. respondeu: - ,.A ouestão é inuitodente da seção d.a IIDN, respondeu: - "A questão é'rïuito é deputado. O que êu,quero ó delegado".slmnles. O que você quer é deputado. O que eu quero ó delegado". , Cgmpp nolgT qge a nomeaçÉo de Ítrnclonérlos poüciati inÍerioresCumpp nolgq què a nomèaçÉo de Íúcionórios policiats-inÍeriores lntes d9 -polÍcla, ürspetores de quartetrão) compete geralmente aos(agentes-de -polÍcla,-ürspetores de quartetrão) compóte gãre1mãnte aospróprlos- delegados, os quals costrurÌam crlá"los óm granae número, lnvestlndo, ssslm, de autoridade públlca autêntlcos ,,cabos eleitorais',. via de regra, se compara a esse trunfo õecisivo: BÕr a polÍcia -do Estadó sob as orãens do chefe situacionish ïõãIl--- \- cias de- semperúram função primordial, porque semelharttes proces- sos podem, por vezes, garantir o governo municipal à cor- rerite local menos prestigiada. Mas a regra não é esta: a Ìegra é o recurso simultâneo ao favor e ao porrete. Compreende-se móveis oficials, tudo lsso saiu dos cofres públtcos, sem nenhuma preo cupação de disÍa^rce por parte dos dirigentes dos servigos parüddrios. Em Mlnas, até o aluguel da sede do partido é pago pelo tstãdo,' (.,Des pesas Eleltorals"l outras lnformações lnteressantes.do mesmo autor em "Transportes e Aquartelamento de El,eitores no Interlor,,). 60 DJaclr Meneses, depols de referlr um episódio do perÍodo colo nial, comatta: "Tal como depols se repetirá em plena.mónarquia, em lnvestlndo, Bsslm, de autoridade públlca autênHcos ,,cabos eleitorais',. neyel&;ss atnde,prectoso no ;capÍtulg .dq$ qug. oS e,heÍes locats não podem Ampt sdátüEob;'ëmbora Euitos se saertflquem,riO crrmprfnoenbdeffiiüsver. ,Por 'Íssor,édè praae queros candidstBtanbém ct0hünnreÍI, assufrlndo, algüns,,desaaas responsebflidadesÍlDáncêtÍas para de nossas desti- aqui o apoio do oficiralismo estadtral ao chefe do município, Por outro lado, aqE[e quepore-Wer o bem se torna mais poderoso, quando está em condições de faaer o mal. E para tiío. A'corrente Eqsa era e ãorúa gerali (tbidtiny. 48 de , .) i) ) ,) ,) ,) ) ) ) ) ) J ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ,) ses entendimentos - tréguas menos ou mais prolongndas aqulnhoàdo ou aderir em deÍini- àOa pugna umas com as outras, todas conclamam desde logo, ãttocdnantemente,.o mais ürcondicional apoio ao situacionis- úó esta,Oual". oz O mator mal que pode acontecer a um chefe polÍtico mqnicipal é ter o goveúo do Estado como adversório. bor isso, bqsca o seu apoio ardorosamente. As eleições mgnicipais constihrem petõias tão aguerridas em nOsso paÍs,justaménte porque é peia comprovaç{o de pos-suir-a maloria âo eleitoraao nõ municÍpio que qualquer facçáo local mais se credencia às preferências da situaçáo estadual. A esta, ) como já notamos, o que mals interessa é ter nas -eleições I estaduais e federais, que se seguirem, maior número de votos, .i- com menor dispêndio de favores e mais moderado emprego 4 ),:^ da violência. Apoiar a corrente local maioritária é, pols, o Pi meio mais seguro de obter esse resultado, inclusive porque /h"' a posse do $overno mruricipal representa, Pala ela -e para o n fgoïerno estÀdual, um fator positivo nas eleições, balança em í Íffu|H""ffiìtr o dirüreiro público e os benefÍcios de ern Y j A essência, portanto, do compromisso "coroneüstgn-- rz O Mun" em IÌt Gier, pó9. 10. O llvro do Sr. Cromwell Barbosa de carvalho, $$ucado €m 102t (Municípto versus Estado), reÍlete mul-ió sintomatic-aúente o panoranra das lutas polítlcas munlclpals o sqas retúOes oom o govemo egtaÀrst. Essa obra qê, osupq com gensra,llza' óóõí AotrtrUedsÉ, d€ uúa ecúrrada dtsputa pele posse ds admürlstÌa' õao Oe Ca:das (Maranhão), na quaÌ se enVolveu o autor, membro proe ininente de uma das correntês-conÍütantes, ambas chefiadas-por "cG ronéis", não sabemos se autêntlcos titulares dessa patente. F curioso oúlãÉtir qúe o Sr. Cromwell Barbosa de Carvalho, müta,nte-da poütlca iJJat, Jútè"ttvlgorosamente, como o indica a.epJgrefe do.llwg, dt1ler' sas-iesiriçOes è-autonomid dos municÍpios, tncluslve 9 legltimidade aa nomeai5o dos prefeitos, qtre conside-ra representantes, 80 mesmo tempo, 'dã comunr e do Estado" (p.{q.- 88). Essas restrlç-Ões, no caso,;riiËrí túeficiar sua corrente peitiõéria, segrrndo- se- depreeiede da ;;diõão ãoãutor (promotor púËlico da comaaca), ds.clrcunstância deÈiãAo o Uvro imbresso nas oficinas governa,mentals. e ds msnstraËiõgiõ ; ctrets <!e ïespetto -com que se reÍere ao governo do Estado. Nó-n.õ lX deste meemõ capÍtulo, irata,rros, mals extensa,mente, {o- ilt- td;-se -que teú, Írçqüentdmentó,. o _smesqqtnhslnento dg municÍploË* -rnrË;p"to Éenós, das corren:tes locels, quaser sempre irredutÍvels. um ou inefieazes, para o fim vtsadõ. , com partilha dss vantagens" &n virttrde des. preferida flca,-E5fin, rirajoritária, desapa- üantê, a ne@ssldbde da conciliação. nem , s mat pelo mal: elns mat pelo rnal: em Dolítict |a que à sihtaçãq do coDsoualar.se con_ o sef iiË d r políücà; qinguém te;'tecor- rtordo-dep,olmento cttsdo aÍirma.o impücitamente, t-emo.r dg'vlolêncÍB como um dos Íatores do gover-locals: "Em compensa{áo, os cheÍes dos munlc-ÍoioS.Í-es locals: _"rlrq conpenssçáo, os cheÍes dos mtrnlciÍpioS,htstórtca de protetores Íorç-ados t{as massas, eram -uD& 'I várlos: penúrira orçamerrtária; excesso de encargos, redugão de suas atribuições autônomas, llmitações ao prürcÍpio da eletividade de sua administração, ürtervenção da polÍcia nospleitos locais etc. Passado o perÍodo áureo das câmaras coloniais, sobrevieram a miúda interferência régÍa e a tutela lmperial. A:brisa autonomista do começo'da Repúbliea em breve tempp deixou de soprar, e ventos contrários passaram a lmpulsiolrar a polÍtica do municipalisúo no Brasll. Em 1934, tivemds um novo surto autonôriúco, ürterrompido pelo Estado Novo. õ8 E só agora, em 1946, a tercelra Constltuinte republlcana pôs o problema do munlclpallsmo entre suas pri, meiras cogitações, encarando principalmente o qspecto firn damental da receita. O movlmento de 46 é uma continuação mals consclente e conseqüente do de 34, errbora certos de talhes emprestem a um e outro'partlculartdades dignas de rqgÍstto.,.Até ondq, Borém, o novg municipalismg resgt-tará em reforçaïnento efetlvò da-autonomta polÍtlca das coninnas, eis uma questão ern. aberto, gué só.o terrpo resolverá. õ8 É evldsnts que em algumas provÍinctas ou Estados o prooesso tem sldo menos vlsÍvel 49 que em outros. Igso não lmpede, porém,qu€ o problema do murdctpallsmo brasüelro apresênte, ein te-rfrog Aégenerallzag6o, as grandes llnhas qtre aqul traçamos. õomeçando nasquas€ sotoi"snas cômaras de certo perÍodo colonlal..e teÍmlna,lrdo nos muücÍploe do Estado Novo, meras-depenclêncúeg admlntstretlvas sem vtds,polÍtlca próprta - umaE e outros- constltulndo Íormas extrêm8s, devtdas e clrsunstânclas especlals -, tomos um longo camtnho de lento e contlnuado estrelta,mento da eslera próprta dos munlcÍploq, mals 1lre nunctedo aqul ou all. e lnterrornptilo atgumês vhzes por drovlmeútos munlclpallstas de pouca proÍundldade ou duração. 60 . Ì 1 r r'-.-!{rdini.!.1,.--.'.,.."- dessa carta-branca que as autoridades estaduais dão o seu concurso ou fecham os olhos a quase todos os atoa do chefe local governista, inclusive a violências e outras arbitrarie. dades. Opera-se, pois, uma curiosa Ínversão no exercÍcio da auto. nomia local. Se garantida juridicamente contra as intromis. sões do poder estadual e assentada em sólida base financeira, a autonomia do mr.micÍpio seria naturalmente exercida, no regime representativo, pela maioria do eleitorado, através de seus mandatários nomeados nas urnas. Mas com a autonomia legal cerceada por diversas formas, o exercÍcio de uma autonomia extralegal fica dependendo inteiramente das concessões do governo estadual. Já não será um direito da maioria do eleitorado; será uma dádiva do pod,er. E uma doação ou delegação dessa ordem beneficiará necessaria. mente aos amigos do situacÍonismo estadual, que porventura estejam com a direção administrativa do município. Quando for este o caso, o município pode ter até relativa prosperi- dade, inclusive através da realização dos serviços púbücos en-cergos locais mais elem lém disso, as atrlbuigões privativas do Estado referentes ao municÍpio (especialmente nomeações) passarão a ser exercidas, não de acordo com o governo municipal oposicionista, mas segundo as ürdicações da oposição municipal governista. Fica, assim, ao inteiro R'l estaduais consiste a o,rité#9r"4$Bover.iB9.:egtaduel respeiÍqr,'.,ou túo, as prpfeÉnpias dja;-.I4*i"p,Sg,""9Qr-qleltorüdo,local, no que entênde com os arh runtoS do,seu pecutiar interesse. .".Dentro deste quadro, o êxito de uma parciatidade nas eleições municipaig será uma vitórira de pirro, a não ser gug + IÍ *iï, ou venha a toraar-se aliroda da situação es"h$gd: Por virhrde dessa completa inversão de papéis, é eqaenrc_ que, em regra, os candidatos aos cargos municipais srúragados pela maioria do eleitorado não resuttarn de uma geleç{o espontânea, mas de uma escolha mais ou *enói forçada. . Se _os candidatos ao govenÌo mirnicipal, eüê forem apolacos pelo governo estadual, são os que têm maiores oport'unidades ge fazer urrra administração proveitosa, €sS9fato Já prcdtspõe decisivamente grande nrirrãro aô ercitords ern f,&vor, do'par{ido' locatr,,governista. fu tals circ.unstân- cias, mesmo as eleições municipais mais liwes e regularesfitnpionarão, freqüentemente, co.rno simples cfrancãta deprévias nomeações goverÍÌamentais. eptêntica mistificaçãodo regime representativo. -ì4J1F r-<o-*ê. O argumento, múto uspdq, dâ-qtre' a autonomia localfavorece as administrações(nerüilángs/ou corruptas, pela impossibilidade de um contHe-õ-alto, é geralirente do- cumentado*com a experiência do regim'e dõ' ój;; maior.parüè-dos Es.tados. Mas, se o Estado, no regime de g1, dis-,purüa de completa ascendência polÍtica sóUre os cúefeslocals, por que não a exercia no sentido de moralizar a admi- nistlqg{o munigiga!? Po,r _qug só a utilizava para impor ZQIàIÍT:. taduais pagavarn tão elevado preço' pelo apoio- dos çheÍes |ocais, de.irando que o esbanjaiiento -orr a cbrrupção devas-taçqem a admüristração dos m,unicÍpios? A resposla ttão pa- rece'difÍcil: os cofreg e os serviços mrmicipais ena;rn instiu- mentos, eficge! de Íormaçao,Aa. r4aioria dèsejado petos go- ygmos, dos Estados nas eleições'estaduais e federais. eÈm dlssoo rrão lhes caberia qualquer direta responsabilidade pelas 62 mencionada. 53 malversações, que corriam por conta e risco dos próprios ctreÍes locais. O preço caro, pago pelo Estado em troca do apoio eleitoral dos cheÍes locais, era, porta,nto, uma condição obietioo para que esse apoio correspondesse aos fins visados pelo governo estadual. IX Se a atitude do poder executivo - ao qual cabe a chefia da política estadual - em relaçáo aos municÍpios par-ece satisfatoriamente enplicável, atraÍés do meca,nismo,qúê des- crevemos, o mesrno não acontece com a atittrde dos legisla- dores estaduais, no votarem as leis de organização municipal, que favoreciam tamanha ürversão do sistema representativo. Em sua maioria, homens do interior, ctrefes polÍticos mu- nicipais, como orpücar que consentiissem na mistiflcação daspreferências do eleitoradô looal, forçado a pendei quase sempre para o lado governista em conseqüência do ames-quinhamento do municÍpio? O motivo primário seria cer- tamente o receio de não serem reincluídos na chapa oficial e, portanto, de perderem a chance de voltar ao Congresso do Estado, ou alçar até ao Congresso da lÌepública. ErcluÍdos da chapa do governo, o sistema de compromisso ,.corone- lista", que Já analisamos, contribuiria para derrotó-los em seus próprios municÍplos. Mas, afora esse moüvo polÍtico, muito ponderável (pois o governo, além do conformismo do eleitorado "coronelista", ainda se valia da fraude e da coaçãopara vencer nas urnas), haveria outra rczlá,o mais proftrnda. ,() 'r) ì t) i) () ,,) ) ) ') ) ') ) t). ) ') ) ) ) ) ) ,) ') ) .) estuda o "coronelismo" Um municÍpio dividese em distritos: o distrito da sede - quela deta, para cada distrito, em 30 propriedades da grandeza urbano - escapa à irúluência do ..coronel,, que não seja ao mgsmo tempo chefe polÍtico municipal; e cada ury Aos dis-tritos rurais se compõe de diversas fazendas. õ. Ésta frag- ï -E-* 1940, --para 1.5Ì2 mtrnicÍpios e 4.g33 distritos (euadro dos{llucrpios Brasileiros vigoranúes no eiiinqüênio de lp de Janeiro de1939 a 3l de Dezembro ão lg{8,,péc.-B) õ recenseamento regisiroú u04.589 "estabelectnentos agrÍcolas", dos qr.rais 14g.622 tintrarú áreatre zo0 tra ; üiJl-a'"f"d ff;d;Ë.; iõãõ, ËËïfi." iíírüï#ilï;quela. deta, para cada distrito, em média, iO piopri'eaaOes ú granâeza ) ) ) ) ) ) ..) ) :,1 do gorrerno nas fi- pgirne flreessório.
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