2. COLOMER, Teresa & CAMPS, Ana (2)

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Org. Lucilene Schunck Costa Pisaneschi
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COLOMER, Teresa & CAMPS, Ana. Ensinar a ler, ensinar a compreender.
Questão Central: 
O QUE É LER?
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A ESCOLA E AS PRÁTICAS DE LEITURA
Concepção “básica” de leitura: Ler significa compreender um texto.
Práticas escolares: contradizem esse conceito
 ensino da leitura prioriza inúmeras atividades que objetivam ensinar a ler MAS QUE, contraditoriamente, nunca priorizam o entendimento do texto.
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Práticas correntes no interior da escola
Trabalho com palavras soltas e fragmentos de textos escolhidos em função as letras que os compõem estudam-se:
As letras (segundo sua ordem de aparição),
Leitura em voz alta 	 pronuncia correta, a soletração ou a velocidade dos sons pronunciados.
DISTANCIAMENTO DAS PRÁTICAS SOCIAIS DE LEITURA
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CONCEPÇÃO ASCENDENTE
Essa “forma” como a escola encara a leitura vincula-se a uma determinada concepção
PROCESSAMENTO ASCENDENTE parte da suposição de que o leitor precisa aprender a fixar-se nos níveis mais inferiores do texto (sinais gráficos, palavras...) para depois atingir níveis mais superiores (frase e textos curtos...e assim sucessivamente). 
 
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CONCEPÇÃO DESCENDENTE
Uma outra forma de conceber o processo de leitura é aquele que parte da compreensão do leitor ao texto / do macro ao micro / do contexto ao texto...
Permite ao leitor resolver ambigüidades, 
Colocar em jogo suas hipóteses rumo à interpretação do texto (busca do seu significado)
					 
					
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SIGNIFICADO
“O significado de um texto não coincide somente com o que se costuma chamar de significado das palavras que o compõem, nem com o que se costuma chamar de significado literal do texto, já que os significados se constroem uns em relação aos outros” (p.30)
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Processos de leitura
O que o leitor vê no texto,
O que o leitor traz para o texto (seus conhecimentos prévios)
PROCESSO DE INTERATIVIDADE
RELAÇÃO DIALÉTICA
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DIALÉTICA ENTRE TEXTO VIDA E TEXTO LIDO.
	
	O leitor baseia-se em seus conhecimentos para interpretar um texto, para extrair seu significado e, esse novo significado, por sua vez, permite-lhe criar, modificar, elaborar e incorporar novos conhecimentos em seus esquemas mentais (Psicologia cognitivista).
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HALL, 1989
Fundamentos das pesquisas atuais sobre leitura
Leitura eficiente é complexa: depende de processos:
Perceptivos,
Cognitivos
Lingüísticos.
2. Leitura é interativa : dialética.
3. Seres humanos: capacidade de trabalhar com a leitura numa perspectiva processual/ textual/ contextual (Da macro para a micro estrutura).
4. Leitura é estratégica: trata-se de um processo seletivo que atua em diferentes aspectos em relação ao texto, dependendo da sua finalidade. 
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O PROCESSO LEITOR.
	Segundo Smith, (1983) o ato de ler envolve duas fontes de informações que atuam de forma concomitante:
Informação visual (olhos)
Informação não visual (por traz dos olhos) – que consiste no conjunto de conhecimentos prévios (repertório) de cada leitor.
	Para esse autor, a fusão entre essas duas fontes levam o leitor a um processo de construção de significados.
	O caminho dessa construção pode ser descrita da seguinte forma:
1. Formulação de hipóteses: Elementos textuais e contextuais ativam os esquemas mentais do leitor e o levam a antecipar aspectos do conteúdo do texto lido. 
2. Verificação das hipóteses levantadas: a partir das informações textuais.
3. Integração entre informação e compreensão: construção de significados.
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Fatores que incidem na compreensão da Leitura
Os fatores que interferem na compreensão do texto envolvem dois ELEMENTOS que interagem no processo de leitura: o leitor e o texto.
No processo de compreensão de um texto deve-se levar em consideração: 
A intenção do leitor (ler para...)
Seus conhecimentos prévios (conhecimentos sobre a estrutura da escrita e conhecimentos sobre o mundo) (Paulo Freire: A leitura do mundo antecede a leitura da palavra)
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Condições para o ensino da leitura
PRESSUPOSTOS: 
É preciso ensinar a ler,
É preciso ler para aprender a ler.
Partir do que os alunos sabem como pressuposto para que crianças, jovens e adultos possam ampliar seus conhecimentos sobre o mundo e sobre as relações de comunicação (P.Freire – Do senso comum à consciência crítica). 
	“ Não saber como ler não (os) impede de ter idéias precisas sobre as características que um texto escrito deve apresentar para que se possa realizar a leitura” (Emília Ferreiro & Ana Teberosky, 1979)
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Favorecer a comunicação “descontextualizada” (relatos de experiências, ditados de cartas à professora, descrição de objetos ausentes...) – Desenvolvimento oral que favorece a construção de uma ponte entre as formas de comunicação familiar e as características da língua escrita. 
Familiarizar os alunos (desde cedo) com a língua escrita e criar uma relação positiva com o escrito: familiaridade com textos que escritos em atividades que PRESERVEM O SENTIDO E O USO DA LEITURA EM NOSSA SOCIEDADE.
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3. Contribuir para o desenvolvimento da METALINGUÍSTICA isso se dá em contextos significativos de leitura. (Uso real da língua e não um mero decifrar de palavras, letras e sílabas). 
4. Usar textos concebidos para leitura e não textos artificiais (escolares) que “simplificam” o processo de leitura e prejudicam o desenvolvimento da competência leitora. 
5. Trabalhar com diversos tipos de textos.
6. Ler sem ter de oralizar. (comportamento diverso do leitor).
7. Leitura em voz alta: Não deve ser confundida com a intenção de oralização do texto escrito e sim como um instrumento para comunicar o escrito. 
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CONDIÇÃO PARA O ENSINO DA LEITURA NA ESCOLA:
	“A CONDIÇÃO BÁSICA E FUNDAMENTAL PARA UM BOM ENSINO DE LEITURA NA ESCOLA É A DE RESTITUIR-LHE SEU SENTIDO DE PRÁTICA SOCIAL E CULTURAL, DE TAL MANEIRA QUE OS ALUNOS ENTENDAM SUAS POSSIBILIDADES DE COMUNICAÇÃO, DE PRAZER E DE APRENDIZAGEM”. (COLOMER & CAMPS, p.90).
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