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AULA DATA CONTEÚDO PROFESSORA 1 07/10/13 Apresentação da disciplina Carla 2 14/10/13 Ferramentas para o estudo da biodiversidade Mércia 3 21/10/13 SEMBIO (Não haverá aula) - 4 28/10/13 Escolas de Sistemática + Mini-teste 1 Carla 5 04/11/13 Sistemática Filogenética I + Mini-teste 2 Mércia 6 11/11/13 Congresso Internacional de Porifera e Congresso Nacional de Botânica (Não haverá aula) - 7 18/11/13 Exercícios de Filogenia Mércia 8 25/11/13 Sistemática Filogenética II Mércia 9 02/12/13 Avaliação 1 (Escolas de Sistemática e Sistemática Filogenética) Carla 10 09/12/13 Biogeografia I + Mini-teste 3 Carla 11 16/12/13 Biogeografia II Carla 12 23/12/13 Nomenclatura Botânica I + Mini-teste 4 Mércia 13 30/01/14 RECESSO ANO NOVO - 14 06/01/14 Nomenclatura Botânica II Mércia 15 13/01/14 Nomenclatura Zoológica I + Mini-teste 5 Carla 16 20/01/14 Nomenclatura Zoológica II Carla 17 27/01/14 Exercícios de Nomenclatura e Biogeografia + Mini-teste 6 Carla e Mércia 18 03/02/14 Avaliação 2 (Prova Biogeografia + Nomenclatura Zoológica e Botânica) Mércia 19 10/02/14 Avaliação 3: Seminários de Nomenclatura Carla e Mércia Disciplina: BIOA 01 – Introdução à Biologia Comparada Professoras: Carla Menegola e Mércia Patrícia Pereira Silva Monitor: Felipe Weyder Coordenadora da disciplina: Carla Menegola Local das aulas: PAF 3 – Sala 103 (Segunda, das 9 às 11h) Aula 1 – Ferramentas para o estudo da biodiversidade BIOA01 – Introdução à Biologia Comparada Profs. Carla Menegola (depto. Zoologia) e Mércia Silva (depto. Botânica) Botânica “Nem tudo são flores…” O trabalho do Botânico Botânica - Taxonomia – sistemática x florística - Ecologia - Fisiologia - Anatomia Botânica - Taxonomia - Ecologia - Fisiologia - Anatomia Taxonomia Identificação, atribuição de nomes e classificação de espécies Identificação Observação e estudo morfológico = estudo das FORMAS Para que identificar? preservação de potencial genético informações para a extração de recursos naturais conhecimento do potencial de recursos naturais conhecimento da flora regional Termos da linguagem taxonômica Caracteres taxonômicos: qualquer atributo de um ser vivo, que pode ser considerado separadamente ou em comparação a outros caracteres de seres da mesma espécie ou de espécies diferentes. Identificação: conseguir a denominação correta de uma planta, reconhecendo-se assim que ela é idêntica à outra planta já descrita anteriormente. Classificação: é a ordenação das plantas de maneira hierárquica. O produto final é um arranjo dessas plantas num sistema de classificação. Táxon: é um agrupamento taxonômico de qualquer categoria. Pode ser, portanto, uma espécie, um gênero, uma família, etc. (plural: taxa ou táxons) A compreensão da diversidade botânica é fundamentada em três pilares que se inter-relacionam Sistemática Nomenclatura Classificação Identificação Sistemática x Taxonomia Organização da biodiversidade - descoberta - descrição - interpretação da diversidade sistemas de classificação preditivos (Judd et al. 2002). SISTEMÁTICA SISTEMÁTICA VEGETAL premissas • ESPÉCIES - unidades conceitualmente separáveis, que podem ser reconhecidas, classificadas e nomeadas • Relacionamentos lógicos entre essas unidades – EVOLUÇÃO TAXONOMIA Ciência que trata do estudo da classificação, incluindo suas bases, princípios, regras e procedimentos Classificação • É o posicionamento de uma entidade em um esquema logicamente organizado de relações (hierárquico). • Quanto mais a classificação refletir a filogenia maior será seu valor preditivo. SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO Composto por táxons nomeados e circunscritos, colocados em determinadas posições e categorias Categoria sufixo padrão • Reino ------- • Divisão -phyta • Classe -opsida • Ordem -ales • Família -aceae • Gênero nenhum; itálico • Espécie nenhum; itálico Exemplo Categoria Taxon • Reino Plantae • Divisão Marchantiophyta • Classe Jungermaniopsida • Ordem Porellales • Família Lejeuneaceae • Gênero Lejeunea • Espécie Lejeunea flava (Sw.) Nees Identificação • Determinação de um nome para um espécime, com base num sistema de identificação e classificação já existentes FONTES • Especialista; • Literatura; • Herbário. CHAVES DE IDENTIFICAÇÃO 1- OBJETIVO: levar o leitor a identificar uma planta desconhecida para ele. 2- ONDE SÃO EMPREGADAS: em trabalhos como floras, sinopses, revisões, etc... 3- O QUE AS CHAVES TÊM? As chaves não fornecem descrições, mas incluem somente os caracteres morfológicos necessários para levar ao reconhecimento de seus táxons. 4- ELAS REFLETEM A CRIAÇÃO DE GRUPOS NATURAIS? As chaves não visam agrupar táxons de maneira natural, por isso a maioria delas é artificial e os caracteres nelas contidos não expressam necessariamente relações filogenéticas. Chaves dicotômicas - formadas por passos - cada passo possui duas alternativas que são mutuamente excludentes. 1. Folhas opostas; pétalas acuminadas. 1. Folhas alternas; pétalas arredondadas. 2. Caule glabro; lâminas foliares ovadas; dialipétala..........................Planta E 2. Caule pubescente; lâminas foliares obovadas; gamopétala............Planta D 3. Plantas com raíz pivotante tuberosa; folhas com margem serreada, com nervuras secundárias que entram nos dentes................................Planta B 3. Plantas com raízes ramificadas; folhas com margem inteira e nervuras secundárias formando uma série de curvas. 4. Base foliar cordada; ápice foliar acuminado; 5 pétalas...........Planta C 4. Base foliar obtusa; ápice foliar agudo; 4 pétalas.....................Planta A A B C D E CHAVE DICOTÔMICA CHAVES DE IDENTIFICAÇÃO COMO CONSTRUIR UMA? 1- Delimitar o universo (espécies de um gênero, espécies de uma determinada região...). 2- Preparar uma descrição ou uma relação de atributos de cada táxon. Dela serão retirados os caracteres para a chave. 3- Selecionar caracteres com estados contrastantes ou descontínuos e estáveis. CHAVES DE IDENTIFICAÇÃO COMO CONSTRUIR UMA? CHAVES DE IDENTIFICAÇÃO COMO CONSTRUIR UMA? 1- Delimitar o universo (espécies de gêneros, espécies de uma determinada região...). 2 - Preparar uma descrição ou uma relação de atributos de cada táxon. Dela serão retirados os caracteres para a chave. 3- Selecionar caracteres com estados contrastantes ou descontínuos e estáveis. 4 - As alternativas devem ser numeradas e ambas devem começar com a mesma palavra. CHAVES DE IDENTIFICAÇÃO COMO CONSTRUIR UMA? 5 - Cada alternativa conduz a um novo par de aternativas ou a um táxon. 6 - Táxons com numerosos caracteres e estes muito variáveis podem aparecer mais de uma vez na chave, se necessário. 7 - Medidas que apresentam sobreposição devem ser evitadas e só devem ser usadas quando caracteres melhores não forem encontrados. 8 - Evitar usar “largo”e “pequeno”, sendo esses termos substituídos por medidas. 9 - Evitar usar advérbios de negação (ex: ápice agudo vs. ápice não agudo, MELHOR: ápice agudo vs. ápice truncado, arredondado ou acuminado). Nomes científicos • Binômios - primeira palavra é o nome do gênero, um substantivo singular. - segunda palavra representa o epíteto específico e pode ser um adjetivo ou substantivo. Epítetos específicos • aspectos distintivos, morfológicos, ecológicos ou químicos; • áreas geográficas; • homenagem - primeiro coletor da espécie ou cientista que contribuiu para o conhecimento botânico de determinada região ou grupo taxonômico. Nomes científicos• Binômios Floribundaria flaccida Autoridades • Epíteto específico é geralmente seguido pela sigla do nome do autor (ou autores) que descreveram a espécie. Marchantia chenopoda L. Carl. F. Linnaeus (1707-1778) Autoridades • Epíteto específico é geralmente seguido pela sigla do nome do autor (ou autores) que descreveram a espécie. Marchantia chenopoda L. Carl. F. Linnaeus (1707-1778) Por que nomear cientificamente? • Manioh esculenta Crantz – Mandioca – Aipim – Macaxeira • Barba de velho • Barba de velho • Usnea barbata (L.) Weber ex. F.H. – líquen • Tillandsia usneoides L. - bromélia Como organizar toda essa diversidade de modo funcional e compreensível? Sistemas de classificação! Por que classificar? Classificar é uma ação inerente ao comportamento humano e tem o sentido básico de organizar. O homem vem agrupando os organismos desde os primórdios através de algum critério. Esses agrupamentos visam a sistematização do conhecimento e resultam em sistemas de classificação. Espera-se que estas classificações sejam: 1) de fácil utilização, 2) estáveis, 3) fácil memorização, 4) preditivas e 5) concisas. SISTEMAS ARTIFICIAIS - Sistemas de classificação que utilizam um único critério para separar os organismos em grupos. Neste caso uso era apenas dos caracteres macroscópicos. SISTEMA NATURAL - Entretanto, a partir do século XVIII, os sistemas de classificação tornaram-se naturais, usando critérios objetivos com dados fornecidos pela morfologia, fisiologia, ecologia e embriologia. SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO - artificial - filogenético (cladísticos) Smith et al. (2006) Foi desenvolvido por Willi Hennig, entomologista alemão, em 1950. Grande impulso a partir da década de 90; Utilização de dados moleculares (sequenciamento de DNA nuclear e de organelas); Não há ainda um sistema definitivo, havendo mudanças constantes nos últimos anos. Sistemas Filogenéticos Sistemas Filogenéticos O que é sistemática filogenética? • método utilizado para se estudar as relações de parentesco e agrupar táxons, baseado em ancestralidade compartilhada; Por que reconstruir filogenia? • classificações filogenéticas podem ser usadas para o estudo de evolução de caracteres, investigações em biogeografia, coevolução, evolução molecular, ecologia, etc. Método • Quais são os caracteres utilizados? - O método se concentra em homologias (similaridades), que podem ser ancestrais (plesiomorfias) ou derivadas (apomorfias). • Somente homologias de caracteres derivados indicam ancestralidade compartilhada; • O que se procura são, portanto, características derivadas em comum (SIN-APOMORFIAS) ! SISTEMÁTICA FILOGENÉTICA: 3 tipos de grupos D V W X Y Z A B C E Grupo Monofilético Inclui um ancestral comum e todos os seus descendentes. 1 corte N. caerulea N. candida N. unca N. altivallis N. filicristata T. sincorana T. connata T. martinicensis P. gracilis C. paludosa D V W X Y Z A B C E Grupo Parafilético Inclui um ancestral comum e alguns dos seus descendentes (mas não todos). 2 cortes N. caerulea N. candida N. unca N. altivallis N. filicristata T. sincorana T. connata T. martinicensis P. gracilis C. paludosa N. altivallis D V W X Y Z A B C E Grupo Polifilético Um grupo derivado a partir de mais de um ancestral comum. N. caerulea N. candida N. unca N. filicristata T. sincorana N. fluminensis T. martinicensis P. gracilis C. paludosa N. altivallis SISTEMÁTICA FILOGENÉTICA: 3 tipos de grupos Técnicas para coleta, preservação e identificação de material botânico O que são coleções botânicas? • Amostras de plantas secas ou preservadas em meio líquido; • Plantas vivas cultivadas em ambiente artificial. Por que coletar? • Coleções - componentes essenciais para a pesquisa na sistemática; • Material de referência (material testemunho ou voucher), utilizados em estudos diversos: - Material tipo de um novo táxon; - Testemunho para estudos taxonômicos, morfológicos, químicos, anatômicos, ultra-estruturais, reprodutivos ou moleculares; - Testemunho para estudos da composição florística, de mecanismos ecológicos ou de conservação; ....sem o material testemunho o valor científico das conclusões de um estudo podem ser questionadas.... Por que coletar? • O material coletado é acompanhado das informações obtidas no campo. UTILIZADAS PARA: Documentar a biodiversidade, no tempo e espaço, e em estudos de sistemática, ecologia e conservação (bancos de dados). Procedimentos de Campo • Coleta do material • Registro das características da planta e do habitat em que esta foi coletada – caderno de coleta; • Preparação do material em prensa e cuidados para a secagem; • Montagem do material na forma de uma exsicata. Preparação do espécime Espécime de herbário amostra de planta seca que é permanentemente fixada a uma folha de cartolina, com a etiqueta de coleta. Etiqueta do herbário Etiqueta do Especialista/ Identificador Número de entrada - accession Etiqueta do 2º. especialista/ Identificador ESQUEMA: P.E. Oliveira (UFU) Herbário • Repositórios de coleções preservadas de plantas secas; • Coleção e local de pesquisa. O herbário Nacional dos Estados Unidos (US) possui 4.8 milhões de espécimes, 90,000 materiais “Tipo”. Kew Herbarium – Royal Botanic Garden Existem atualmente mais de 7 milhões de espécimes no herbário de Kew (K). A coleção representa cerca de 98% de todos os gêneros do mundo. Herbário R – Museu Nacional (UFRJ) 550.000 espécimes Herbário Maiores herbários brasileiros: - R (Museu Nacional, UFRJ) - 550.000 espécimes - RB (Jardim Botânico RJ) - 500.000 espécimes - SP (Instituto de Botânica, SP) - 390.000 espécimes - MBM (Museu Botânico Municipal de Curitiba) - 320.000 espécimes - INPA (Instituto de Pesquisas da Amazônia, AM) - 217.000 espécimes (...) - AlCB (Universidade Federal da Bahia) - 62.000 espécimes Herbário Grupo taxonômico Doutor Mestre Graduados Total Angiospermas 140 72 34 246 Gimnospermas 2 0 1 3 Pteridófitas 13 6 5 24 Briófitas 7 8 2 17 Algas 84 33 44 161 Fungos 24 9 8 41 Total 270 128 94 492 Peixoto et al. (2005) Taxonomistas
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