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ARTIGO MORTALIDADE MATERNA PDF

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SUBNOTIFICAÇÃO DA MORTALIDADE MATERNA EM MARABÁ: NO 
PERÍODO DE 2010 A 2015. 
 
Co-Autor: Ana Cristina Gomes de Jesus
1
 
Autores: Percília Augusta Santana da Silva
2
 
Aline Correa de Carvalho
3
 
Fernanda Silva Miranda
4
 
Bianca Zen Magalhães
5
 
Rosangela Monteiro de Sousa
6
 
Sarah Neres Mendes
7
 
Thayná de Moraes Silva Viana
8
 
Sarah Lais Rocha
9
 
RESUMO 
A mortalidade materna é um ótimo indicador da saúde da mulher e, de certa forma, da saúde 
geral da população. Há grande disparidade entre as taxas (ou razões) referentes a diferentes 
áreas, sendo seu valor bastante elevado nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, 
como é o caso do Brasil. Numerosos países adotaram programas visando a redução da 
mortalidade materna, necessitando, então, conhecer as respectivas taxas (ou razões) para 
avaliar e monitorar esses programas. Objetivos: identificar e investigar a subnotificação da 
mortalidade materna, a partir das declarações de óbito (DO) com causa presumível para morte 
materna em mulheres de 10 a 49 anos, residentes em Marabá, no período de 2010 á 2015. Os 
dados foram coletados através das Declarações de óbitos cuja causa de morte era associada à 
gravidez declarada ou presumível, registradas no Sistema de Informação de Agravos de 
Notificação (SINAN) do Ministério da saúde, disponível na internet. Utilizaram-se as 
variáveis relacionadas causa e ano. Foram notificados 24 óbitos maternos durante os 5 anos. 
2010: 4 óbitos; 2011: 04; 2012: 03; 2013:07; 2014: 04; 2015: 01; Causa do Óbito: 10 por 
complicações parto e puerpério, 14 por doença hipertensiva na gravidez.. Os resultados 
demonstram que o preenchimento incompleto da declaração de óbito e a subnotificação ainda 
persiste. Prevaleceram as causas obstétricas diretas, com predomínio das doenças 
hipertensivas, apontando falhas na assistência pré-natal e no parto. Concluímos que DO não 
pode ser considerada como única fonte para identificação da morte materna, sendo necessária 
a investigação complementar das causas presumíveis em prontuários clínicos, Serviço de 
Identificação de Óbitos e domicílios. Estes resultados vêm confirmar a necessidade de 
implantação real da vigilância epidemiológica da morte materna em todas as Instituições de 
Saúde no Município e Região. Outra estratégia é reforçar a relevância do risco de morte 
materna por aborto, além do aprofundamento das discussões, tanto legais quanto técnicas. 
Maior efetividade dos programas de prevenção da morte materna através do funcionamento 
 
1 Acadêmica de Enfermagem - Faculdade Carajás 
2 Professora Mestranda da Universidade do Estado do Pará e da Faculdade Carajás 
3 Professora Dra da Universidade do Estado do Pará e da Faculdade Carajás 
4 Enfermeira Coordenadora Epidemiologia da SMS 
5 Acadêmica de Enfermagem - Faculdade Carajás 
6 Acadêmica de Enfermagem - Faculdade Carajás 
7Acadêmica de Enfermagem - Faculdade Carajás 
8 Acadêmica de Enfermagem - Faculdade Carajás 
9 Professora e mestranda da Universidade do Estado do Pará (UEPA) e docente da Faculdade Carajás. 
efetivo do comitê de mortalidade materna e infantil para a qualificação da investigação do 
óbito. 
Palavras-chaves: Mortalidade Materna, Pré-natal, Comitê de Mortalidade Materna 
 
INTRODUÇÃO 
A mortalidade materna segundo a 
organização mundial de saúde em 1975, 
definiu como morte materna, a morte de 
uma mulher durante a gestação ou até 42 
dias após o término da gestação, 
independentemente da duração ou da 
localização da gravidez. (CECATTI, 2009) 
Definido mortalidade materna, esta 
pode ser classificada em dois grupos, os 
óbitos por causas diretas e os por causas 
indiretas. No primeiro grupo, são incluídos 
os óbitos resultantes de complicações da 
gravidez, parto e puerpério, intervenções, 
omissões ou tratamento incorreto. No 
segundo grupo, os óbitos maternos que 
tiveram como causa enfermidades pré-
existentes ou surgidas durante a gravidez, 
parto ou puerpério que se agravaram em 
decorrência da adaptação fisiológica do 
organismo da mulher ao estado puerperal, 
a exemplo, os acidentes vasculares ou 
acidentes anestésicos (ANDRADE, 2002) 
Os comitês de mortalidade materna 
fazem parte do sistema de vigilância 
epidemiológica e constituem um 
instrumento governamental e de controle 
social, que deve mobilizar parceiros e atuar 
em conjunto com outros setores públicos, 
visando o seu principal objetivo que é a 
redução da mortalidade materna na sua 
região de abrangência. (BRASIL,2009) 
METODOLOGIA 
Realizou-se um estudo transversal 
sobre as subnotificações de mortalidade 
materna por meio de notificações e dados 
disponível a plataforma online de Sistema 
de Informação de Agravos de Notificação 
(SINAN) do Ministério da Saúde. No 
período de 2010 a 2015, no município de 
Marabá, localizado no sudeste do Estado 
do Pará. 
Para a coleta de dados foi utilizada 
a técnica de prontuário de declaração de 
óbito e SINAN, cuja causa de morte era 
associada à gravidez declarada ou 
presumível. Para análise de dados utilizou-
se a estatística descritiva, expressa sob a 
forma de frequência e porcentagem. 
RESULTADOS 
Foram notificados em 2010: 4 
óbitos; 2011: 04; 2012: 03; 2013:07; 2014: 
04; 2015: 01; Causa do Óbito: 10 por 
complicações parto e puerpério, 14 por 
doença hipertensiva na gravidez.. Os 
resultados demonstram que o 
preenchimento incompleto da declaração 
de óbito e a subnotificação ainda persiste. 
Prevaleceram as causas obstétricas diretas, 
com predomínio das doenças hipertensivas, 
apontando falhas na assistência pré-natal e 
no parto. 
 
 
 
DISCUSSÃO 
A mortalidade materna continua 
sendo uma epidemia que atinge os países 
em desenvolvimento e, em especial, as 
mulheres de classe econômica menos 
favorecida. Para redução destas mortes 
devem ser propostas medidas de 
prevenção, planejamento familiar 
abrangente, que impeça a ocorrência de 
gravidez indesejada, assistência pré-natal 
adequada, equipe qualificada para 
atendimento nas emergências obstétricas e 
vigilância no período puerperal. (BRASIL, 
2012) 
0 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
2010 2011 2012 2013 2014 2015 
Óbitos 
Faixa etária não definida 
42% 
58% 
0% 0% 
Causas de óbito 
Complicações parto e puerpério Doenças hipertensivas na gravidez 
 É de fundamental importância para 
os estudos epidemiológicos, o 
preenchimento adequado dos atestados de 
óbito, para identificar os casos de morte 
materna e encaminhá-los para os comitês 
de morte materna. (FIGUEIREDO, 2004) 
 A melhoria das condições de saúde 
reprodutiva é um desafio, já que as 
situações de risco atingem, principalmente, 
mulheres com pouco acesso aos serviços 
de saúde. Esse fato exige uma assistência 
ao pré-natal e ao parto de qualidade, um 
controle social eficaz com ampliação e 
qualificação dos Comitês de Morte 
Materna e a mobilização de gestores, 
profissionais de saúde e da sociedade civil 
na promoção de políticas públicas que 
busquem a redução da mortalidade 
materna. (BRASIL, 2012) 
Segundo o Ministério da Saúde em 
2003 a parte da solução está atrelada ao 
próprio desenvolvimento econômico e 
social do País, à diminuição da pobreza, 
mediante uma melhor distribuição das 
riquezas produzidas, investimento em 
educação, com acesso garantido a toda 
população e reavaliação da formação 
profissional e a paciente ser bem assistida 
no pré-natal. 
REFERÊNCIAS 
1. ;B;G;J;FIGUEIROA;N;J. 
Mortalidade infantil no Brasil e 
óbitos, na mesmageração, por 
infarto agudo do miocárdio. Cad. 
Saúde Pública, Rio de Janeiro, 
20(6):1525-1530, nov-dez, 2004. 
2. SZWARCWALD;L;C.ANDRADE;
T;L;C.SOUZA;B;R;P. Estimação 
da mortalidade infantil no Brasil: o 
que dizem as informações sobre 
óbitos e nascimentos do Ministério 
da Saúde. Cad. Saúde Pública, Rio 
de Janeiro, 18(6):1725-1736, nov-
dez, 2002. 
3. BRASIL. Ministério da Saúde. 
Secretaria de atenção à Saúde. 
Departamento de Ações 
Programáticas. Saúde da Criança e 
Aleitamento Materno. Brasília: 
Editora do Ministério da Saúde, 
2009. 
4. BRASIL, Ministério da saúde. 
Secretaria de vigilância em Saúde. 
Portaria nº.116 de 11 de fevereiro 
de 2009. Regulamenta a coleta de 
dados, fluxo e periodicidade de 
envio das informações sobre óbitos 
e nascidos vivos para os sistemas 
de informações em saúde. Brasília: 
Ministério da Saúde, 2009. 
Disponível em: 
<http://www.saude.pb.gov.br/web_
data/cve/regulamentass.pdf.>. 
Acesso em: Maio 2016. 
5. BRASIL, Ministério da Saúde. 
Secretaria de políticas de Saúde. 
Manual dos comitês de mortalidade 
materna. 2ª ed. Brasília: Ministério 
da saúde,2002. 
6. BRASIL, Rede Interagenial de 
Informação para a saúde. 
Indicadores básicos para a saúde no 
Brasil: conceitos e aplicações. 2ª 
ed. Brasília: Organização Pan-
Americana da saúde, 2008. 
7. BRASIL, Ministério da Saúde. 
DATASUS. Indicadores básicos de 
saúde. Brasília Ministério da 
Saúde, 2012. Disponível em: 
<http://www.datasus.gov.br>. 
Acesso em: Maio 2016 
8. LAURENTI, Ruy., JORGE, Maria 
Hellena., GOTLIED, Sabina Leá. A 
mortalidade materna nas capitais 
brasileiras: algumas características 
e estimativa de um fator de ajuste. 
Rev Bras Epidemiol. 2004, 7(4): 
449-60 
9. CALDERÓN, Iracema de Mattos 
Paranhos., CECATTI, José 
Guilherme., VEGA, Carlos 
Eduardo Pereira. Intervenções 
benéficas no pré-natal para a 
prevenção da mortalidade materna. 
Rev Bras Ginecol Obstet. São 
Paulo. 2006, 28(5): 310-5

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