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Estados-membros Autonomia estadual A autonomia dos Estados-membros caracteriza-se pela denominada tríplice capacidade de auto-organização e normatização, autogoverno e auto-administração Estados-membros A. Auto-organização e normatização própria Os Estados-membros se auto-organizam por meio do exercício de seu poder constituinte derivado-decorrente, consubstanciando-se na edição das respectivas Constituições Estaduais e, posteriormente, através de sua própria legislação (art. 25, caput, CF/88), sempre, porém, respeitando os princípios constitucionais, princípios federais extensíveis e princípios constitucionais estabelecidos Estados-membros Auto-organização e normatização própria Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. Estados-membros A. Auto-organização e normatização própria Princípios Constitucionais sensíveis – são assim denominados, pois sua inobservância pelos Estados-membros no exercício de suas competências legislativas, administrativas ou tributárias, pode acarretar a sanção politicamente mais grave existente em um Estado Federal, a intervenção na autonomia política Estados-membros Princípios Constitucionais sensíveis Rol do art. 34, VII, da CF/88 Forma republicana, sistema representativo e regime democrático; Direitos da pessoa humana; Autonomia municipal; Prestação de contas da administração pública, direta e indireta; Aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e no desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde Estados-membros Princípios federais extensíveis – são as normas centrais comuns à União, Estados, Distrito Federal e municípios, portanto, de observância obrigatória no poder de organização do Estado. Nos arts. 1º, I a V; 3º, I a IV; 2º, 4º, I a X; 5º, I, II, III, IV, VIII, IX, XI, XII, XX, XXII, XXIII, XXXVI, LIV e LVII; 6º a 11; 93, I a XI; 95, I, II e III Estados-membros B. Autogoverno Significa dizer que é o próprio povo do Estado quem escolhe diretamente seus representantes nos Poderes Legislativo e Executivo locais, sem que haja qualquer vínculo de subordinação ou tutela por parte da União. Previsão constitucional expressa do Poder Legislativo (art. 27), Executivo (art. 28) e Judiciário (art. 125) estaduais. Estados-membros Número de Deputados à Assembléia Legislativa – corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos deputados e, atingindo o número de 36 (trinta e seis), será acrescido de tantos quantos forem os deputados Federais acima de 12 (doze). Estados-membros Exemplos: Paraíba 12 deputados federais vezes 3= 36 deputados estaduais São Paulo tem 70 (setenta) deputados federais, encaixa-se na exceção prevista no art. 27. Aplicando-se a regra: nº de deputados estaduais= 36 + nº de deputados federais – 12; logo, teremos: 36+70-12=94 deputados estaduais Estados-membros CF/88, Art. 45,§ 1º: “O número de deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito federal, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados. LC nº 78/93. Estados-membros Poder executivo Estadual Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subseqüente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77. § 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V § 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. Estados-membros Poder executivo Estadual O STF admite a possibilidade de previsão da Constituição estadual de eleições indiretas para o provimento dos cargos de Governador e Vice-Governado à semelhança do art. 81, § 1º. Perda do mandato de governador que assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público (observado o disposto no art. 38, I, IV e V da CF/88). Estados-membros Regra sobre os subsídios em relação ao subteto no âmbito estadual Com previsão expressa nas Constituições estaduais: Limite poderá ser o subsídio dos desembargadores do TJ Sem previsão expressão nas Constituições estaduais: o subsídio mensal dos respectivos Governadores. Estados-membros Justiça Militar estadual (art. 125 da CF/88) Criação do Poder Judiciário com observância dos princípios estabelecidos na Constituição Federal Controle de Constitucionalidade de atos normativos estaduais ou municipais Criação da Justiça Militar por lei proposta pelo Tribunal de Justiça, onde o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes; Estados-membros C. Autoadministração Criação de Regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões por lei complementar Regiões metropolitanas – são conjuntos de Municípios limítrofes, com certa continuidade urbana, que se reúne em torno de um município-polo Estados-membros Microrregiões – constituem-se por Municípios limítrofes, que apresentam características homogêneas e problemas comuns, mas que não se encontram ligados por certa continuidade urbana (será estabelecido um município-sede. Estados-membros Aglomerações urbanas ou aglomerados urbanos – são áreas urbanas de municípios limítrofes, sem um pólo, ou mesmo uma sede. Caracterizam-se pela grande densidade demográfica e continuidade urbana Estados-membros Requisitos comuns às três hipóteses: a. lei complementar b. tratar-se de um conjunto de municípios limítrofe; c. finalidade: organização, planejamento e execução de funções públicas de interesse comum Estados-membros Bens dos Estados Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União; II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros; III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União. Municípios A Constituição Federal consagrou o Município como entidade federativa indispensável ao nosso sistema federativo, integrando-o na organização político-administrativa e garantindo-lhe plena autonomia A autonomia municipal também implica auto-organização e normatização própria, autogoverno e autoadministração Auto-organização: Lei Orgânica Municipal Autogoverno: eleição direta de seu prefeito, vice e vereadores sem ingerências das demais entidades federativas; Autoadministração: exercício de suas competências administrativas, tributárias e legislativas, diretamente conferidas pela Constituição Federal Municípios Lei orgânica Municipal Os municípios reger-se-ão por lei orgânicas municipais, votadas em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovadas por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que as promulgará. A lei orgânica organizará os órgão da Administração, a relação entre órgãos do Executivo e Legislativo Disciplinar a competência legislativa do Município, observadas as peculiaridades locais, bem como a sua competência comum (art. 23) e sua competência suplementar (art. 30, II) Municípios Lei orgânica Municipal Estabelecer regras sobre o processo administrativo municipal e toda a regulamentação orçamentária em consonância com a Constituição Federal, a Constituição do Estado Dispor sobre eleição de prefeito, do vice e dos vereadores, para mandato de 4 anos Eleição do Prefeito e do vice-prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77 no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores Municípios Composição da Câmara de Vereadores (art. 29, IV, CF/88 – redação determinada pela EC n. 58 de 2009) Nº de vereadores Nº de habitantes 9 (nove) 15 mil habitantes 11 (onze) 15 mil até 30 mil 13 (treze) 30 mil a 50 mil 15 (quinze) 50 mil a 80 mil 17 (dezessete) 80 mil até 120 mil 19 (dezenove) 120 a 160 mil 21 (vinte e um) 160 mil até 300 mil (...) 55 (cinqüenta e cinco) Mais de 8.000.000 Municípios Despesas do Poder Legislativo O total da despesa do poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores e excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes percentuais, relativos ao somatório da receita tributária e das transferências previstas no § 5º do art. 153 e nos arts. 158 e 159, efetivamente realizado no exercício anterior Municípios Despesas do Poder Legislativo – art. 29-A da CF/88, incluído pela EC n. 25 de 2000 Percentual Nº de habitantes 7 % Até 100mil habitantes 6% De 100 mil até 300 mil 5% De 301 mil até 500 mil 4,5% 501 mil até 3 milhões 4% 3 milhões e um até 8 milhões 3,5 Acima de 8 milhões Municípios Responsabilidade criminal e política de prefeito Municipal Os prefeitos municipais serão julgados perante o Tribunal de Justiça respectivo Crimes sujeitos à justiça local: competência TJ Crimes contra bens, serviços e interesses da União: Justiça Federal Desvio de verbas federais: Justiça Estadual (súmulas 208 e 209, STJ) Crimes eleitorais: Tribunal Regional Eleitoral Crimes dolosos contra a vida: não incidência da regra que estabelece o Tribunal do Júri (art. 5º, XXXVIII Municípios Responsabilidade criminal e política de prefeito Municipal Ação penal contra prefeito: súmula 164 do STJ: “O prefeito municipal após a extinção do mandato, continua sujeito do processo por crime previsto no art. 1º, DL nº 201/67) Súmula 702 do STF: “A competência de Tribunal de Justiça para julgar prefeitos restringi-se aos crimes de competência comum estadual; nos demais casos, a competência originária caberá ao respectivo tribunal de segundo grau”. Crimes de responsabilidade As infrações previstas no art. 1º do DL 201/67 são crimes comuns: devem ser julgados pelo Poder judiciários As infrações previstas no art. 4º, são infrações político-administrativas: competência da Câmara Municipal ( impeachment ) Crimes de responsabilidade do art. 29-A: ausência de reserva legal Municípios Competências Municipais Art. 30. Compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local; II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei; IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual; V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial; Municípios Competências Municipais Art. 30 (...) VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental; VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população; VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual. Municípios Fiscalização e Controle dos Municípios Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei. § 1º - O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver. Municípios Fiscalização e Controle dos Municípios § 2º - O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal. § 3º - As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei. § 4º - É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. Municípios Vereadores: imunidade material Inviolabilidade dos vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato Distrito Federal Distrito Federal Distrito federal - Natureza de ente federativo Lei Orgânica Câmara Legislativa Distrito Federal Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição. § 1º - Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios. Distrito Federal § 2º - A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual duração. § 3º - Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27. § 4º - Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar. Territórios São simples descentralizações administrativas-territoriais da própria União Formação de Estados Fusão: dois ou mais estados se unem com outro nome Subdivisão: ocorre quando um Estado divide-se em vários novos Estados-membros, todos com personalidades diferentes, desaparecendo por completo o Estado originário Desmembramento – consiste em separar uma ou mais partes de um estado-membro, sem que ocorra a perda da identidade do ente federativo primitivo. A parte desmembrada poderá anexar-se a um outro estado-membro (desmembramento anexação) Ou desmembramento formação quando a parte desmembrada constituir novo Estado ou formar um território Formação de Estados Requisitos para a formação de Estados (considere todas as espécies de formação estadual) 1. Consulta prévia às populações diretamente interessadas, por meio de plebiscito - vedada a possibilidade de realização posterior de consulta das populações diretamente interessadas, por meio de referendo, mesmo que haja previsão da Constituição Estadual nesse sentido; 2. oitiva das respectivas Assembléias Legislativas dos Estados interessados (CF/88, art. 48, VI). É uma função meramente opinativa; 3. Lei complementar Federal específica aprovando a incorporação, subdivisão ou o desmembramento Formação de Estados A aprovação via plebiscito é condição de procedibilidade do processo legislativo da lei complementar Não há vinculação do Congresso Nacional à decisão do plebiscito Formação de Municípios EC nº 15, de 12-9-1996 alterou os requisitos de observância obrigatória para os Estados-membros, para criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios. São eles: 1.Lei complementar federal estabelecendo genericamente o período possível para a criação, incorporação, fusão ou desmembramento de municípios 2.Lei ordinária federal prevendo os requisitos genéricos exigíveis, bem como a apresentação e publicação dos Estudos de Viabilidade Municipal 3.Consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios diretamente interessados 4.Lei ordinária estadual criando especificamente determinado município Formação de Municípios A EC nº 57, de 18-12-2008, acrescentou o art. 96 ao ADCT, estabeleceu que ficam convalidados os atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31 de dezembro de 2006
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