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Guilain Barr PCDT Formatado

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Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas 
Síndrome de Guillain-Barré 
Portaria SAS/MS nº 1171, de 19 de novembro de 2015. 
Revoga a Portaria n
o 
497/SAS/MS, de 24 de dezembro de 2009 
1. METODOLOGIA DE BUSCA E AVALIAÇÃO DA LITERATURA 
 
Para a análise de eficácia dos tratamentos específicos para síndrome de Guillain-Barré (SGB) atualmente 
registrados na ANVISA e, portanto, disponíveis para utilização e comercialização no Brasil, foram realizadas as 
buscas nas bases descritas abaixo. Foram avaliados todos os estudos disponíveis nas bases descritas e 
selecionadas para avaliação, incluindo meta-análises e ensaios clínicos randomizados, controlados e duplo-
cegos publicados até a data limite de 01/10/2009. 
Na base MEDLINE/PubMed: "Intravenous Immunoglobulins"[Substance Name] AND "Guillain Barre 
Syndrome"[Mesh]; "Intravenous Immune Globulin"[Substance Name] AND "Guillain Barre Syndrome"[Mesh]; 
"Immunoglobulins, IV"[Substance Name] AND "Guillain Barre Syndrome"[Mesh]; "Plasmapheresis"[Substance 
Name] AND "Guillain Barre Syndrome"[Mesh]; "Plasmapheresis"[Substance Name] AND "Guillain Barre 
Syndrome"[Mesh]; "Plasmapheresis"[Substance Name] AND "Guillain Barre Syndrome"[Mesh]. Limitadas a: 
"Humans, Meta-Analysis, Randomized Controlled Trial". 
Na base Ovid: Intravenous Immunoglobulins AND Guillain Barre Syndrome AND Clinical Trial [Publication 
Type]; Plasmapheresis AND Guillain Barre Syndrome AND Clinical Trial [Publication Type]. 
Na base Cochrane: "Intravenous Immunoglobulins"; "Plasmapheresis"; "Guillain Barre Syndrome". 
Em 26/11/14, foi realizada atualização da busca na literatura. Na base MEDLINE/PubMed, por meio da 
estratégia de busca ("Guillain-Barre Syndrome"[Mesh]) AND "Therapeutics"[Mesh]. Filters activated: Clinical Trial, 
Randomized Controlled Trial, Meta-Analysis, Systematic Reviews, Publication date from 2009/01/01, Humans, 
English, Spanish, Portuguese”, foram localizadas 21 referências. Destas, oito foram selecionadas para avaliação 
na íntegra. 
Na base Embase, com a estratégia “'guillain barre syndrome'/exp AND 'therapy'/exp AND ([cochrane 
review]/lim OR [systematic review]/lim OR [controlled clinical trial]/lim OR [randomized controlled trial]/lim OR 
[meta analysis]/lim) AND ([english]/lim OR [portuguese]/lim OR [spanish]/lim) AND [humans]/lim AND [2009-
2014]/py”, foram localizados 73 estudos. Foram selecionados nove estudos. 
Na Biblioteca Cochrane, com a estratégia “"Guillain-Barre Syndrome" in Title, Abstract, Keywords, 
Publication Year from 2009 to 2014 in Cochrane Reviews”, foram localizadas sete revisões sistemáticas. Destas, 
cinco foram selecionadas. 
Foram excluídos estudos avaliando desfechos não clínicos, estudos com graves problemas metodológicos, 
bem como estudos avaliando terapias alternativas ou não disponíveis no Brasil. A base eletrônica UpToDate 
versão 19.3 também foi consultada, sendo incluídos artigos de conhecimento do autor. A atualização da busca 
resultou na inclusão de oito novas referências. 
Ao todo, incluem 53 referências neste Protocolo. 
 
2. INTRODUÇÃO 
 
A Síndrome de Guillain-Barré (SGB é a maior causa de paralisia flácida generalizada no mundo (1,2), com 
incidência anual de 1–4 casos por 100.000 habitantes e pico entre 20 e 40 anos de idade. Inexistem dados 
epidemiológicos específicos para o Brasil, apenas a distribuição dos subtipos da doença (3). A SGB é uma doença 
de caráter autoimune que acomete primordialmente a mielina da porção proximal dos nervos periféricos de forma 
aguda ou subaguda. 
Aproximadamente 60% a 70% dos pacientes com SGB apresentam alguma doença aguda precedente (1 a 3 
semanas antes) (4,5), sendo a infecção por Campilobacter jejuni a mais frequente (32%), seguida por 
citomegalovírus (13%), vírus Epstein Barr (10%) e outras infecções virais, tais como hepatite por vírus tipo A, B e C, 
influenza e vírus da imunodeficiência humana (HIV)(1,6). Outros fatores precipitantes de menor importância são 
intervenção cirúrgica, imunização e gravidez (7,8). 
A maioria dos pacientes percebe inicialmente a doença pela sensação de parestesia nas extremidades distais 
dos membros inferiores e, em seguida, superiores. Dor neuropática lombar ou nas pernas pode ser vista em pelo 
menos 50% dos casos (2). Fraqueza progressiva é o sinal mais perceptível ao paciente, ocorrendo geralmente 
nesta ordem: membros inferiores, braços, tronco, cabeça e pescoço. A intensidade pode variar desde fraqueza leve, 
que sequer motiva a busca por atendimento médico na atenção básica (9), até ocorrência de tetraplegia completa 
com necessidade de ventilação mecânica (VM) por paralisia de musculatura respiratória acessória. Fraqueza facial 
ocorre na metade dos casos ao longo do curso da doença. Entre 5%-15% dos pacientes desenvolvem paresia 
oftálmica e ptose. A função esfincteriana é, na maioria das vezes, preservada, enquanto a perda dos reflexos 
miotáticos pode preceder os sintomas sensitivos até mesmo em músculos pouco afetados. Instabilidade autonômica 
é um achado comum, causando eventualmente arritmias relevantes (1, 6), mas que raramente persistem após duas 
semanas(8). 
A doença usualmente progride por 2 a 4 semanas. Pelo menos 50% a 75% dos pacientes atingem seu nadir 
na segunda semana, 80% a 92% até a terceira semana e 90% a 94% até a quarta semana (6,10). Insuficiência 
respiratória com necessidade de VM ocorre em até 30% dos pacientes nessa fase. Progressão de sinais e sintomas 
por mais de 8 semanas exclui o diagnóstico de SGB, sugerindo, então, polineuropatia desmielinizante inflamatória 
crônica (PDIC). Passada a fase da progressão, a SGB entra num platô por vários dias ou semanas, com 
subsequente recuperação gradual da função motora ao longo de vários meses. Entretanto, apenas 15% dos 
pacientes ficarão sem nenhum déficit residual após dois anos do início da doença, e 5% a 10% permanecerão com 
sintomas motores ou sensitivos incapacitantes. A mortalidade nos pacientes com SGB é de aproximadamente 5% a 
7%, geralmente resultante de insuficiência respiratória, pneumonia aspirativa, embolia pulmonar, arritmias cardíacas 
e sepse hospitalar (6,11). 
Os fatores de risco para um mau prognóstico funcional são idade acima dos 50 anos, diarreia precedente, 
início abrupto de fraqueza grave (menos de 7 dias), necessidade de VM e amplitude do potencial da condução 
neural motora menor que 20% do limite normal(6,12-14). O prognóstico motor é melhor nas crianças, pois 
necessitam menos de suporte ventilatório e recuperam-se com maior rapidez (6). Recorrência do episódio pode 
ocorrer em até 3% dos casos, não havendo relação com a forma de tratamento utilizada na fase aguda, conforme 
se acreditava (15). 
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O tratamento específico da SGB visa primordialmente a acelerar o processo de recuperação, diminuindo as 
complicações associadas à fase aguda e reduzindo os déficits neurológicos residuais em longo prazo (7) e inclui o 
uso de plasmaférese e imunoglobulina humana intravenosa (IgIV). 
A identificação de fatores de risco e da doença em seu estágio inicial e o encaminhamento ágil e adequado 
para o atendimento especializado dão à Atenção Básica um caráter essencial para um melhor resultado terapêutico 
e prognóstico dos casos. 
 
3. CLASSIFICAÇÃO ESTATÍSTICA INTERNACIONAL DE DOENÇAS E PROBLEMAS RELACIONADOS À SAÚDE (CID-10) 
 G61.0 Síndrome de Guillain-Barré 
 
4. DIAGNÓSTICO 
O diagnóstico da SGB é primariamente clínico. No entanto, exames complementares são necessários para 
confirmar a hipótese diagnóstica e excluir outras causas de paraparesia flácida. 
 
4.1. Diagnóstico Clínico 
Os pacientes com SGB devem obrigatoriamente apresentar graus inequívocos de fraquezaem mais de um 
segmento apendicular de forma simétrica, incluindo musculatura craniana. Os reflexos miotáticos distais não podem 
estar normais. A progressão dos sinais e sintomas é de suma importância, não podendo ultrapassar 8 semanas e 
com recuperação 2-4 semanas após fase de platô. Febre e disfunção sensitiva são achados pouco frequentes, 
devendo levantar suspeita de uma etiologia alternativa, de causa provavelmente infecciosa. 
 
4.2. Diagnóstico Laboratorial 
Análise do líquido cefalorraquidiano (líquor): Elevação da proteína no líquor acompanhada por poucas células 
mononucleares é o achado laboratorial característico, evidente em até 80% dos pacientes após a segunda semana. 
Entretanto, na primeira semana, a proteína no líquor pode ser normal em até 1/3 dos pacientes. Caso o número de 
linfócitos no líquor exceda 10 células/mm3, deve-se suspeitar de outras causas de polineuropatia, tais como 
sarcoidose, doença de Lyme ou infecção pelo HIV (2). 
Diagnóstico eletrofisiológico: A SGB é um processo dinâmico com taxa de progressão variável (2). O ideal 
seria reexaminar o paciente após a primeira semana do início dos sintomas, quando as alterações eletrofisiológicas 
são mais evidentes e mais bem estabelecidas. É importante salientar que a ausência de achados eletrofisiológicos 
dentro desse período não exclui a hipótese de SGB. No entanto, a exploração eletrofisiológica faz-se necessária 
para a exclusão de outras doenças neuromusculares causadoras de paraparesia flácida aguda. 
Na condução neural motora, os marcos eletrofisiológicos de desmielinização incluem latências distais 
prolongadas, lentificação de velocidades de condução, dispersão temporal, bloqueio de condução e latências da 
Onda-F prolongadas, todos esses parâmetros geralmente simétricos e multifocais. Há controvérsias a respeito da 
precocidade dos achados eletrofisiológicos. Alguns autores sugerem que o bloqueio de condução seja a alteração 
mais precoce (16), enquanto outros autores relatam que as latências motoras distais prolongadas e o 
prolongamento ou a ausência da Onda-F e da Onda-H são os achados mais precoces(17,18). 
Na condução neural sensitiva, de 40% a 60% dos pacientes demonstrarão anormalidades tanto na velocidade 
de condução quanto na amplitude (mais frequente) de vários potenciais desse tipo de condução; tais achados 
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podem estar ausentes durante as primeiras semanas da doença (19). Pode levar até 4 a 6 semanas para que 
alterações desses potenciais sejam facilmente detectadas (20). 
 
4.3. Critérios Diagnóstico 
Existem vários critérios propostos para a definição do diagnóstico de SGB, sendo exigidos todos os 
especificados abaixo (12): 
a) Presença de dois critérios essenciais (conforme a seguir); 
b) presença de pelo menos três critérios clínicos sugestivos (conforme a seguir); 
c) ausência de mais de uma situação que reduza a possibilidade de SGB; 
d) ausência de situação que exclua o diagnóstico de SGB; e 
e) análise do líquor e estudo neurofisiológico compatíveis com a doença e investigação adicional criteriosa 
com intuito de afastar outras etiologias. Nessas situações, deve ser avaliado por consultor médico especialista em 
doenças neuromusculares. 
A seguir estão indicados os critérios essenciais que sugerem, reduzem ou excluem o diagnóstico da SGB, 
bem como (conforme o Quadro 1, no item 5 Tratamento) uma escala de gravidade da SGB(10). 
 
Critérios essenciais para o diagnóstico da SGB 
a) Fraqueza progressiva de mais de um membro ou de músculos cranianos de graus variáveis, desde paresia 
leve até plegia. 
b) Hiporreflexia e arreflexia distal com graus variáveis de hiporreflexia proximal. 
 
Critérios sugestivos da SGB 
 Clínicos: 
a) Progressão dos sintomas ao longo de 4 semanas. 
b) Demonstração de relativa simetria da paresia de membros. 
c) Sinais sensitivos leves a moderados. 
d) Envolvimentos de nervos cranianos, especialmente fraqueza bilateral dos músculos faciais. 
e) Dor. 
f) Disfunção autonômica. 
g) Ausência de febre no início do quadro. 
 
 Análise do líquor: 
a) Alta concentração de proteína. 
b) Presença de menos de 10 células/mm3. 
 
 Estudo eletrofisiológico típico(6,12): 
São necessários três dos quatro critérios abaixo (geralmente ausentes antes de 5-7 dias, podendo não 
revelar anormalidades em até 15%-20% dos casos após esse período). 
a) Redução da velocidade de condução motora em dois ou mais nervos. 
b) Bloqueio de condução do potencial na condução neural motora ou dispersão temporal anormal em um ou 
mais nervos. 
c) Prolongamento da latência motora distal em dois ou mais nervos. 
d) Prolongamento de latência da Onda-F ou ausência dessa onda. 
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Critérios que reduzem a possibilidade da SGB 
a) Fraqueza assimétrica. 
b) Disfunção intestinal e de bexiga no início do quadro. 
c) Ausência de resolução de sintomas intestinais ou urinários. 
d) Presença de mais de 50 células/mm3 na análise do líquor. 
e) Presença de células polimorfonucleares no líquor. 
f) Nível sensitivo bem demarcado. 
 
Critérios que excluem a possibilidade da SGB 
a) História de exposição a hexacarbono, presente em solventes, tintas, pesticidas ou metais pesados. 
b) Achados sugestivos de metabolismo anormal da porfirina. 
c) História recente de difteria. 
d) Suspeita clínica de intoxicação por chumbo (ou outros metais pesados). 
e) Síndrome sensitiva pura (ausência de sinais motores). 
f) Diagnóstico de botulismo, miastenia gravis, poliomielite, neuropatia tóxica ou paralisia conversiva. 
 
4.4. Diagnóstico Diferencial 
A SGB é uma das causas mais frequentes de polineuropatia aguda vista nos hospitais gerais. Entretanto, 
várias outras condições neurológicas devem ser distinguidas da SGB. O dilema imediato é diferenciar SGB de uma 
doença medular aguda ("segundo versus primeiro neurônio"). Confusão pode ocorrer nas lesões medulares agudas 
em que os reflexos são inicialmente abolidos (choque espinhal). Nessas situações, outros sinais devem ser 
buscados. A ausência de nível sensitivo bem definido ao exame físico neurológico, o acometimento da musculatura 
facial e respiratória acessória e o padrão parestésico em bota e luva relatado espontaneamente pelo paciente, com 
relativa preservação da sensibilidade distal, falam a favor da SGB. Perda do controle esfincteriano, disfunção 
autonômica e dor lombar podem ocorrer em ambos os casos, embora predominem nas mielopatias. Paralisia 
predominantemente motora é também característica da poliomielite ou de outras mielites infecciosas. Febre, sinais 
meníngeos, pleocitose liquórica e distribuição assimétrica da fraqueza costumam coexistir nesses casos. 
Outras causas importantes de polineuropatia aguda que devem sempre ser incluídas no diagnóstico 
diferencial da SGB são: infecciosas (HIV, doença de Lyme, difteria), paraneoplásicas (principalmente carcinoma 
brônquico de pulmão), autoimunes (doenças do colágeno, vasculites primárias), tóxicas (história exposicional a 
amiodarona, cloroquina, organofosforados e metais pesados, entre outros agentes) e metabólicas (porfiria). A 
polineuropatia deve ser diferenciada da SGB pelo seu tempo de progressão motora superior a 8 semanas. 
Ptose e fraqueza motora ocular podem causar confusão com miastenia gravis. No entanto, nessa situação, 
não há padrão ascendente de perda de força e os reflexos miotáticos são usualmente preservados. 
Por fim, nos pacientes criticamente enfermos, uma variedade de distúrbios neuromusculares 
(polineuromiopatia) podem existir e devem ser distinguidos da SGB. Estes incluem polineuropatia ou miopatia dopaciente crítico, neuropatia rapidamente progressiva nos pacientes com insuficiência renal em diálise peritoneal, 
hipofosfatemia aguda induzida por hiperalimentação, miopatia por corticoide e efeitos prolongados de bloqueadores 
musculares. Nesses casos, o estudo eletrofisiológico e do líquor é de grande auxílio na definição de doença 
desmielinizante. 
 
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5. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO 
Serão incluídos neste Protocolo todos os pacientes que: 
 Preencherem os critérios diagnósticos do item 4, incluindo as formas variantes da SGB (neuropatia axonal 
sensitivo-motora aguda, neuropatia axonal motora aguda e síndrome de Miller-Fisher), conforme laudo detalhado 
emitido por médico neurologista; e 
 Apresentarem doença moderada-grave (escala de gravidade clínica da SGB maior ou igual a 3, conforme o 
Quadro 1, no item 5 Tratamento) e com menos de 4 semanas de evolução. 
 
6. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO 
Serão excluídos deste Protocolo todos os pacientes com mais de 30 dias de evolução ou cominsuficiência 
renal ou que apresentarem contraindicações ou efeitos adversos intoleráveis à imunoglobulina humana intravenosa 
(IgIV), tais como presença de níveis altos de IgA e infecção ativa. 
 
7. CASOS ESPECIAIS 
 
SGB em crianças: Os achados clínicos, laboratoriais e eletrofisiológicos nas crianças com SGB são similares 
aos encontrados nos adultos. No entanto, entre crianças a prevalência de infecção precedente é de 75% e a queixa 
principal mais frequente é a dor. A maioria das crianças com SGB tem recuperação satisfatória, mesmo com 
redução significativa da amplitude do potencial de condução neural motora (21). Embora a posologia mais frequente 
da IgIV seja de 0,4 g/kg por 5 dias, em um estudo envolvendo 50 crianças, não foi observada diferença de 
desfechos quando a IgIV foi aplicada por 2 dias em comparação com 5 dias(22). Dessa forma, o tempo de uso da 
IgIV em crianças não deve ultrapassar 2 dias. El-Bayoumi et al. observaram superioridade da plasmaférese sobre a 
IgIV apenas com relação ao tempo de VM(23). 
 
Neuropatia axonal sensitivo-motora aguda (NASMA): Primeiramente descrita como uma variante axonal da 
SGB(2), do ponto de vista clínico e eletrofisiológico inicial é indistinguível da SGB. Da mesma forma que a SGB, a 
doença inicia com anormalidades sensitivas subjetivas nas extremidades e evolução mais rápida (poucos dias) da 
fraqueza generalizada, a maioria necessitando de VM. O prognóstico da NASMA é pior que da SGB, e a maioria 
dos pacientes exibe recuperação motora lenta e incompleta (24). Em adição ao padrão liquórico usual de proteína 
aumentada sem pleocitose, também visto nos pacientes com SGB, há evidência de infecção recente por 
Campilobacter jejuni e presença de anticorpos antigangliosídeos, particularmente anti-GM1. Embora não existam 
ensaios clínicos randomizados e controlados específicos para essa variante, e devido à impossibilidade de 
diferenciação clínica (e eletrofisiológica, pelo menos na fase inicial) entre NASMA e SGB, ambas as situações são 
tratadas de forma semelhante (10), desde que respeitadas as condições do item 5 Critérios de Inclusão. 
 
Neuropatia axonal motora aguda (NAMA): Outra variante axonal da SGB, caracterizada por início abrupto de 
fraqueza generalizada, com músculos distais mais gravemente afetados que os proximais. Déficits de nervos 
cranianos e insuficiência respiratória com exigência de VM estão presentes em 33% dos casos. Ao contrário da 
SGB e da NASMA, sintomas sensitivos estão ausentes e os reflexos tendinosos podem ser normais. Presença de 
anticorpos anti-GM1 e anti-GD1 são comumente detectados nesses pacientes, usualmente associados com 
infecção recente por Campilobacter jejuni(25,26). Os pacientes com NAMA geralmente apresentam boa 
recuperação, dentro do primeiro ano, mas fraqueza distal residual é comum. Inexistem ensaios clínicos específicos 
que avaliem a eficácia da imunoglobulina ou da plasmaférese para NAMA. No entanto, é provável que essa 
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entidade esteja incluída em alguns ensaios para SGB que comparam essas duas modalidades terapêuticas, como 
evidenciado posteriormente na análise criteriosa dos pacientes selecionados para o estudo do Dutch GBS Trial (27). 
Nesse estudo, 18% dos pacientes inicialmente identificados como SGB apresentavam na realidade NAMA, 
observando-se recuperação mais rápida com a administração de imunoglobulina isolada na análise desse 
subgrupo, sendo, portanto uma prática justificada nesses casos, desde que respeitadas as condições do item 5 
Critérios de Inclusão. 
 
Síndrome de Miller-Fisher: É uma variante de SGB, caracterizada pela tríade ataxia, arreflexia a 
oftalmoplegia. Diplopia é a queixa inicial mais frequente (39% a 78%), seguido por ataxia (21% a 34%) de etiologia 
provavelmente sensitiva. Paresia de outros nervos cranianos, especialmente do sétimo par (o facial), pode ocorrer. 
Fraqueza apendicular proximal pode ser demonstrada ao longo do curso da doença em aproximadamente um terço 
dos casos, podendo haver progressão para fraqueza generalizada mais grave de forma semelhante à SGB (2). Em 
termos de achados eletrofisiológicos, diferente das outras variantes da SGB, a anormalidade mais frequentemente 
encontrada é a redução das amplitudes do potencial de condução neural sensitiva fora de proporção ao 
prolongamento das latências distais ou lentificação das velocidades de condução sensitiva(28). A recuperação, em 
geral, ocorre após 2 semanas do início dos sintomas com evolução favorável após 3 a 5 meses. Da mesma forma 
que as outras variantes da SGB, há evidência sorológica de infecção recente por Campilobacter jejuni, bem como 
presença de anticorpos antigangliosídeo, particularmente antiGQ1b (29). Inexistem ensaios clínicos randomizados e 
controlados de pacientes com essa síndrome. Embora a síndrome de Miller-Fischer seja autolimitada (29), alguns 
pacientes podem evoluir para insuficiência respiratória (30). Assim, considera-se racional tratar esses pacientes 
com imunoglobulina ou plasmaférese, desde que respeitadas as condições do item 5 Critérios de Inclusão. 
 
Deterioração progressiva apesar do tratamento imunomodulador: Alguns pacientes com SGB continuam se 
deteriorando depois do tratamento com IgIV ou plasmaférese(31). Nesses casos, a melhor opção é desconhecida: 
esperar ou iniciar tratamento adicional. Um estudo tipo série de casos investigou o efeito de um segundo curso de 
IgIV em pacientes com SGB grave e refratária, sugerindo benefício nesses casos(32). Assim, o presente Protocolo 
recomenda que seja repetida a administração de IgIV nos casos inicialmente refratários, após 3-4 semanas da 
última aplicação. Caso não haja resposta clínica à segunda tentativa com IgIV, a plasmaférese deve ser tentada 1-2 
semanas após a IgIV. 
 
8. TRATAMENTO 
Existem dois tipos de tratamento na SGB: (1) a antecipação e o controle das comorbidades associadas; (2) 
tratamento da progressão dos sinais e sintomas visando a um menor tempo de recuperação e minimização de 
déficits motores. Não há necessidade de tratamento de manutenção, fora da fase aguda da doença. 
Assim, pacientes com SGB necessitam ser inicialmente admitidos no hospital para observação rigorosa. O 
cuidado para eles é mais bem encontrado em centros terciários, com facilidades de cuidados intensivos e uma 
equipe de profissionais que esteja familiarizada com as necessidades especiais dos pacientes com SGB (11). 
Vigilância estrita e antecipação das potenciais complicações são necessárias para a otimização das chances de um 
desfecho favorável. As áreas de atenção incluem prevenção de fenômenos tromboembólicos,monitorização 
cardíaca, avaliações seriadas de reserva ventilatória e de fraqueza orofaríngea, proteção de vias aéreas, 
manutenção da função intestinal, controle apropriado da dor e nutrição e suporte psicológico adequado. A 
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fisioterapia motora deve ser iniciada nesta fase com o intuito de auxiliar na mobilização precoce (33). Desde a 
introdução dos tratamentos imunomoduladores, não houve mudança na taxa de mortalidade (8). 
Para a correta indicação do tratamento, faz-se necessária a determinação da gravidade clínica proposta por 
Hughes et al.(34), sendo considerada doença leve de 0 a 2 e moderado-grave de 3 a 6 (Quadro 1). 
 
QUADRO 1 - Escala de gravidade clínica proposta por Hughes et al.(34) 
0 Saudável. 
1 Com sinais e sintomas menores de neuropatia, mas capaz de realizar tarefas manuais. 
2 Apto a caminhar sem auxílio da bengala, mas incapaz de realizar tarefas manuais. 
3 Capaz de caminhar somente com bengala ou suporte. 
4 Confinado a cama ou cadeira de rodas. 
5 Necessita de ventilação assistida. 
6 Morte. 
 
Imunoglobulina humana 
A IgIV tem sido o tratamento de escolha na maioria dos países, apesar de seu mecanismo de ação pouco 
compreendido(33). Sua eficácia em curto e longo prazos é similar à da plasmaférese, evitando complicações 
inerentes a esta segunda modalidade terapêutica (hipotensão, necessidade de cateter venoso e trombofilia). 
Existem três grandes ensaios clínicos randomizados e controlados que avaliaram a eficácia da IgIV em comparação 
com a plasmaférese, sob vários desfechos clínicos(13,27,35). Na análise global desses estudos, observou-se que 
ambas as modalidades terapêuticas apresentaram eficácia similar na aceleração da recuperação motora em 
pacientes com SGB grave (graus 3-6 na escala de gravidade) quando utilizados nas primeiras duas semanas após 
o início dos sintomas. Inexistem evidências de que a IgIV seja benéfica nos casos de SGB grau leve (graus 0-2 na 
escala de gravidade) e após a quarta semana(7,8). Também não há evidência de benefício com associação de 
plasmaférese e IgIV(13), achado corroborado por duas outras revisões(9,36,37). Em função da falta de 
padronização de parâmetros de administração da plasmaférese, a incidência de eventos adversos não pode ser 
adequadamente aferida, embora pareça ser mais frequente no grupo da plasmaférese. A facilidade de uso foi 
significativamente superior nos grupos da IgIV em função da via de administração e da necessidade de 
equipamento e profissionais devidamente habilitados para realização de plasmaférese(36). Dessa forma, o uso de 
IgIV é recomendado em todos aqueles pacientes com critérios diagnósticos estabelecidos de SGB em estágio 
moderado-grave, administrada o mais precocemente possível dentro do período de 2-3 semanas depois do início 
dos sintomas, uma vez que após esse período o benefício do tratamento é questionável. 
 
Plasmaférese 
Quatro ensaios clínicos randomizados e comparados com tratamento de suporte demonstraram benefícios 
inequívocos da plasmaférese em pacientes com SGB (moderada a grave, graus 3 a 6 na escala de gravidade), 
particularmente se realizada dentro de 7 dias após o início dos sintomas. A recuperação da capacidade de 
deambular com ou sem ajuda após 4 semanas foi o principal desfecho avaliado(38-41), sendo que dois estudos 
evidenciaram benefícios sustentados após 12 meses(38,42). Uma revisão sistemática da Cochrane, que incluiu seis 
estudos controlados (totalizando 649 pacientes), concluiu que a plasmaférese também diminuiu o tempo de VM, 
risco de infecções graves, instabilidade cardiovascular e arritmias cardíacas em relação ao tratamento de suporte 
(7,43). 
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 O papel da plasmaférese em crianças menores de 12 anos de idade e após 30 dias do início dos sintomas 
permanece incerto (7,22,23). Em adultos, a plasmaférese é uma alternativa efetiva para o tratamento de SGB com 
até 4 semanas de evolução, e seu uso dependerá da disponibilidade do método e da experiência do centro de 
atendimento terciário envolvido(43-45). 
Para os casos leves em que não se observa melhora espontânea, podem ser realizadas duas sessões de 
plasmaférese; casos moderado-graves (graus 3-6 na escala de gravidade), quatro a seis sessões (7,40,41). O 
volume de plasma removido por sessão deve ser de 200-250 mL/kg; o intervalo entre as sessões é de 48 
horas(27,35). 
Não há indicação de glicocorticoides no tratamento da SGB. Apenas dois ensaios clínicos randomizados e 
controlados por placebo avaliaram adequadamente desfechos de interesse nos pacientes com SGB, tais como 
melhora no grau de incapacidade, tempo de recuperação, mortalidade e eventos adversos (34,46). Nesses estudos, 
a metilprednisolona intravenosa e a prednisolona oral não se mostraram superiores ao placebo (47). Assim, com 
base na literatura disponível, o uso de glicocorticoide no tratamento da SGB não pode ser recomendado (48,49). 
Foram também estudados, por meio de ensaios clínicos, o poliglicosídeo versus a dexametasona(50), a 
filtragem do líquor versus a plasmaférese(51) e outros tratamentos adjuvantes à IgIV, tais como fator neurotrófico 
cerebral(52) ou betainterferona(53) comparados com placebo. Porém, nenhum desses estudos observou mínimos 
efeitos benéficos significativos com relação às práticas usuais. 
 
8.1. Fármaco 
Imunoglobulina humana: frascos de 0,5 g, 1,0 g, 2,5 g, 3,0 g, 5,0 g e 6,0 g. 
 
8.2. Esquemas de Administração 
Imunoglobulina humana: 0,4 g/kg/dia, por via intravenosa. 
 
8.3. Tempo de Tratamento – Critérios de Interrupção 
A imunoglobulina humana deve ser administrada de 2 a 5 dias e interrompida caso haja qualquer evidência 
de perda da função renal ou anafilaxia. 
 
8.4. Benefícios Esperados 
 Diminuição do tempo de recuperação da capacidade de deambular com ajuda e sem ajuda. 
 Diminuição do número de pacientes com complicações associadas necessitando de VM. 
 Diminuição do tempo de VM. 
 Aumento da porcentagem de pacientes com recuperação total da força muscular em 1 ano. 
 Diminuição da mortalidade em 1 ano. 
 
9. MONITORIZAÇÃO 
Deve-se realizar avaliação prévia da função renal (especialmente em pacientes diabéticos), hidratação prévia 
e controle de sinais clínicos para anafilaxia e de eventos adversos, tais como dor moderada no peito, no quadril ou 
nas costas, náusea e vômitos, calafrios, febre, mal-estar, fadiga, sensação de fraqueza ou leve tontura, cefaleia, 
urticária, eritema, tensão do tórax e dispneia. 
 
 
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10. ACOMPANHAMENTO PÓS-TRATAMENTO 
Os pacientes devem ser reavaliados uma semana e um ano após a administração do tratamento, utilizando-
se a Escala de gravidade clínica na SGB. 
 
11. REGULAÇÃO/CONTROLE/AVALIAÇÃO PELO GESTOR 
Devem ser observados os critérios de inclusão e exclusão de pacientes deste Protocolo, a duração e a 
monitorização do tratamento, bem como a verificação periódica da dose prescrita e dispensada e a adequação de 
uso do medicamento. 
Verificar na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) vigente em qual componente da 
Assistência Farmacêutica se encontra o medicamento preconizado neste Protocolo. 
Alerta-se o gestor para se organizar no sentido de evitar o fornecimento concomitante da imunoglobulina 
humana pela Autorização de Internação Hospitalar (AIH/SIH-SUS) e Solicitação/Autorização de Medicamentos 
(APAC/SIA-SUS). 
 
12. TERMO DE ESCLARECIMENTO E RESPONSABILIDADE- TER 
É obrigatória a informação ao paciente ou ao seu responsável legal, dos potenciais riscos, benefíciose 
eventos adversos relacionados ao uso do medicamento preconizado neste Protocolo. 
 
13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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