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Professora: Silvana Mattoso Sampaio Mestranda em Direitos Humanos pela Universidade Católica de Pernambuco; Especialista em Direito Público pela Faculdade Anhagueira; Conciliadora Intersindical e Advogada. Email: silvanamattososampaio@gmail.com PROFESSORA: SILVANA MATTOSO SAMPAIO DISCIPLINA: DIREITO CONSTITUCIONAL II AULA 01: APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA SEPARAÇÃO DOS PODERES E SISTEMAS DE FREIOS E CONTRAPESOS Email: silvanamattososampaio@gmail.com DIREITO CONSTITUCIONAL II AULA INAUGURAL APRESENTAÇÃO DO CONTRATO PEDAGÓGICO: Ementa da Disciplina; Objetivo Geral e Específicos; Conteúdo Programático; Plano de Aula (cronograma); Bibliografia Básica e Complementar; Metodologia do processo de ensino-aprendizagem; Critérios de Avaliação; Frequência. EMENTA DO CURSO Estudar e interpretar o princípio da Separação de Poderes na Constituição Federal, a partir das normas que tratam da organização estatal dos Poderes da República (Legislativo, Executivo e Judiciário) e das Funções Essenciais à Justiça, com a análise das dinâmicas entre os atores políticos estatais e suas repercussões para o Direito Constitucional Brasileiro. OBJETIVOS GERAL: Proporcionar aos alunos uma visão ampla da estrutura dos poderes estatais e funções essenciais à Justiça e das relações entre as instâncias de poder. Analisar e discutir, criticamente, as normas (princípios e regras), construções doutrinárias e jurisprudência dos tribunais brasileiros, com ênfase nos aspectos jurídicos, políticos e sociais do arranjo constitucional de organização de poder. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Transmitir aos acadêmicos as técnicas e princípios que regem o Direito Constitucional, no que se refere à estruturação do poder estatal; Contextualizar, na história brasileira, a organização dos Poderes e as dinâmicas travadas por seus agentes, como chave para a compreensão da distribuição de funções na Constituição de 1988 e suas repercussões; Apresentar as regras que regem a organização e funcionamentos das atividades dos Poderes e das Funções Essenciais à Justiça; Ler, analisar e interpretar obras e artigos constitucionais que abordem os temas sugeridos; Desenvolver atividades de estudos e de pesquisas (TAE – Trabalho Acadêmico Efetivo) a serem apresentadas no início ou ao final da aula. Compreender as funções legislativa, executiva e a judicial como instrumentos para a consecução das finalidades constitucionais e legais; CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Separação de poderes e mecanismo de freios e contrapesos. Poder Legislativo: estrutura, Comissões Parlamentares de Inquérito, Processo Legislativo e Tribunal de Contas. Poder Executivo: atribuições e Responsabilidades do Presidente da República e Ministros de Estado. Poder Judiciário: garantias e órgãos judiciais. Funções essenciais à Justiça: Ministério Público, Advocacia Pública, Advocacia Privada e Defensoria Pública. PLANO DE AULA AULA 01 Data: 19.02.2016 Apresentação da Disciplina e do Contrato Pedagógico. 2.0 Separação de Poderes e Sistemas de Freios e Contrapesos. 2.1 Significado polissêmico da palavra “Poder” na CF. 2.2 Teoria da Tripartição dos Poderes. 2.3 Divisão Orgânica dos Poderes. 2.4 Sistema de Freios e Contrapeso = Check and Balances. 2.5 Impropriedade da expressão “Tripartição dos Poderes”. PLANO DE AULA AULA 02 Data: 26.02.2016 3.0 Poder Legislativo. 3.1 O Senado Federal. 3.2 A Câmara dos Deputados. 3.3 Poder Legislativo Estadual. 3.4 Poder Legislativo Municipal. 3.5 Poder Legislativo Distrital. 3.6 Poder Legislativo dos Territórios Federais. 3.7 Do Congresso Nacional. PLANO DE AULA AULA 03 Data: 04.03.2016 4.0 Poder Legislativo. 4.1 Legislatura. 4.2 Sessões ou Reuniões (Ordinária, Extraordinária, Conjunta, Preparatória, Mesas Diretoras). 4.3 As Comissões. 4.4. Conceito. 4.5 Comissões Permanentes, temáticas ou em razão da matéria. 4.6 Comissão Especial ou Temporária. 4.7 Comissão Parlamentares de Inquérito. 4.8 Comissões Mista. 4.9 Comissões Representativas. PLANO DE AULA AULA 04 Data: 11.03.2016 5.0 Poder Legislativo. 5.1 Imunidades Parlamentares. 5.2 Imunidade Material. 5.3 Imunidade Formal. 5.4 Incompatibilidades e Impedimentos dos Parlamentares. 5.5 Perda do Mandato do Deputado ou Senador. 5.6 Renúncia de cargo. PLANO DE AULA AULA 05 Data: 18.03.2016 6.0 Poder Legislativo. 6.1 Processo Legislativo. 6.2 Conceito. 6.3 Objeto. 6.4 Espécies. 6.5 Atos do Processo Legislativo. 6.6 Iniciativa. 6.7 Espécies. 6.8 Fase Constitutiva. 6.9 Discussão. 6.10 Votação. 6.11 Emenda. 6.12 Aprovação. 6.13 Sanção. 6.14 Veto. 6.15 Promulgação. 6.16 Publicação. 6.17 Espécies Normativos. 6.18 Emenda Constitucional. 6.19 Leis Complementares. 6.20 Leis Ordinárias. 6.21 Leis Delegadas. 6.22 Medidas Provisórias. 6.23 Decreto Legislativo. 6.24 Resoluções. 7.0 Tribunal de Contas da União. 7.1 Conceito, Finalidade e Posição do Poder Legislativo. 7.2 Composição. 7.3 Tribunais de Contas Estaduais, Distrital e Municipais. PLANO DE AULA AULA 06 Data: 25.03.2016 Aula destinada para concluir o assunto e/ou aplicação de Simulado para a P1. AULA 07 Data: 01.04.2016 Prova da Primeira Unidade AULA 08 Data: 08.04.2016 Entrega das provas e correção. PLANO DE AULA AULA 9 Data: 15.04.2016 8.0 Poder Executivo. 8.1 Sistema de Governo e Funções do Poder Executivo. 8.2 Da Eleição do Presidente e do Vice. 8.3 Sistema Eleitoral . 8.4 Conceito de Maioria Absoluta e Maioria Simples ou Relativa. 8.5 Regras sobre investidura. 8.6 Impedimentos e Vacância. 8.7 Atribuições do Presidente da República. PLANO DE AULA AULA 10 Data: 22.04.2016 9.0 Poder Executivo. 9.1 Julgamento do Presidente da República. 9.2 Imunidades do Presidente da República. 9.3 Ministros de Estado. 9.4 Conselho da República. 9.5 Conselho da Defesa Nacional. PLANO DE AULA AULA 11 Data: 29.04.2016 10.0 Poder Judiciário. 10.1 Funções. 10.2 Organização do Poder Judiciário. 10.3 Instância X Entrância. 10.4 Das Autonomias do Poder Judiciário. 10.5 Garantias dos Magistrados. 10.6 Vedações aos Magistrados. 10.7 Da Composição do Judiciário. 10.8 Da Promoção por Antiguidade 10.9 Da Promoção por Merecimento. PLANO DE AULA AULA 12 Data: 06.05.2016 11.0 Poder Judiciário. 11.1 Alterações trazidas pela EC 45. 9.1.1 Da Federalização dos Processos ou Deslocamento de Competência. 11.1.2 Das Súmulas Vinculantes. 11.2 Conselho Nacional de Justiça. 11.3 Julgamento dos Juízes. 11.4 Quinto Constitucional. PLANO DE AULA AULA 13 Data: 13.05.2015 12. Poder Judiciário. 12.1 Composição dos Tribunais. 12.2 Supremo Tribunal Federal. 12.3 Superior Tribunal de Justiça. 12.4. Justiça Federal. 12.5. Justiça do Trabalho. 12.6. Justiça Eleitoral. 12.7. Justiça Estadual. 12.8 Justiça do Distrito Federal e Territórios. 12.9. Cláusula de Reserva de Plenário. PLANO DE AULA AULA 14 Data: 06.05.2016 9.0 Poder Judiciário. 9.1 Alterações trazidas pela EC 45. 9.1.1 Da Federalização dos Processos ou Deslocamento de Competência. 9.1.2 Das Súmulas Vinculantes. 9.2 Conselho Nacional de Justiça. 9.3 Julgamento dos Juízes. 9.4 Quinto Constitucional. PLANO DE AULA AULA 15 Data: 13.05.2015 10. Poder Judiciário. 10.1 Composição dos Tribunais. 10.2 Supremo Tribunal Federal. 10.3. Superior Tribunal de Justiça. 10.4 Justiça Federal. 10.5 Justiça do Trabalho. 10.6 Justiça Eleitoral. 10.7 Justiça Estadual. 10.8 Justiça do Distrito Federal e Territórios. 10.9 Cláusula de Reserva de Plenário. PLANO DE AULA AULA 16 Data: 20.05.2016 11. Funções Essenciais à Justiça. 11.1 Ministério Público. 11. 2 Autonomias. 11.3 Composição. 11.4 Princípios. 11.5 Ingresso na carreira. 11.6 Chefias e nomeações. 11.7 Mandato. 11.8 Destituição. 11.9 Garantias. 11.10 Vedações. 11.11 Funções Institucionais. 11.12 Quarentena. 11.13 Do MP junto ao Tribunal de Contas. 11.14 Conselho Nacional do Ministério Público. 11.15 Julgamento dos membros do MP. 11.16 Crimes de responsabilidade. PLANO DE AULA AULA 17 Data: 27.05.2016 12. Funções Essenciais à Justiça. 12.1 Advocacia Pública e Privada. 12.2 Defensoria Pública. 13. Aplicação de Simulado (se houver tempo). AULA 18 Data: 03.06.2016 Prova da Segunda Unidade AULA 19 Data: 10.06.2015 Entrega das Provas de Segunda Unidade Período: 13 a 27 de junho Provas Substitutivas (Finais) BIBLIOGRAFIA BÁSICA BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 18 ed, São Paulo: Malheiros, 2006. COELHO, Inocência Mártires; MENDES, Gilmar e GONET, Paulo Gustavo. Curso de Direito Constitucional. São Paulo/Brasília: Saraiva/IDP, 2008. SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 26 ed. São Paulo: Malheiros, 2006. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR AGRA, Walber de Moura. Manual de Direito Constitucional. São Paulo: RT, 2002. ALMEIDA, Fernanda Dias Menezes de. Competências na Constituição de 1998. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2005. BULOS, Uadi Lammêgo. Curso de Direito Constitucional. Saraiva. ARAÚJO, Luiz Alberto David de; NUNES JUNIOR, Vidal Serrano Nunes. Curso de Direito Constitucional. Saraiva. BARROSO, Luis Roberto. Direito Constitucional Brasileiro. Saraiva. TAVARES, André Ramos. Curso de Direito Constitucional. Saraiva. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR FERRAZ, Anna Cândida da Cunha. Conflitos entre poderes. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1994. FERRAZ JUNIOR, Tercio Sampaio. O Judiciário frente à divisão dos poderes: um princípio em decadência? Anuário dos Cursos de Pós-Graduação em Direito. Recife: Universitária (UFPE), n. 11, p. 345-359, 2000. PERJ, 2003. GARCÍA ROCA, Javier. Del principio de la división de poderes. Revista de Estudios Políticos: Nueva Época. Madrid: Centro de Estudios Políticos y Constitucionales, n. 108, p. 41-75. abr./jun. 2000. GROHMANN, Luís Gustavo Mello. A separação de poderes em países presidencialistas: a América Latina em perspectiva comparada. Revista de Sociologia e Política. Curitiba, n. 17, p. 75-106, nov. 2001. LOWENSTEIN, Karl. Teoría de la constituición. Barcelona: Ariel, 1976. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ABRANCHES, Sérgio Henrique H. de. Presidencialismo de coalizão: o dilema institucional brasileiro. Dados: Revista de Ciências Sociais, v. 31, n. 1, 1988, p. 5-32. ACKERMAN, Bruce. The new separation of powers. Harvard Law Review, v. 113, n. 3, p. 663-727, jan. 2000. Disponível em: http://www.edesp.edu.br/files/eventos/papers/Ackerman.pdf. AZEVEDO, Márcia Maria Corrêa de. Prática do processo legislativo: jogo parlamentar, fluxos de poder e idéias no Congresso. Exemplos e momentos comentados. São Paulo: Atlas, 2001. BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI; Nicola; PASQUINO, Gianfranco (orgs.). Dicionário de política. Brasília: UnB, 1999. CAPPELLETTI, Mauro. ¿Renegar de Montesquieu? La expansión y la legitimidad de la “justicia constitucional”. Revista española de derecho constitucional, a. 6, n. 17, p. 9-47, mayo/ago. 1996. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR MORAES FILHO, José Filomeno de. Separação de poderes no Brasil Pós-88: princípio constitucional e práxis política. BERCOVICI, Gilberto et al. Teoria da constituição: estudos sobre o lugar da política no direito constitucional. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2003, p. 151-197. PESSANHA. Charles. O Poder Executivo e o processo legislativo nas constituições brasileiras: teoria e prática. VIANNA, Luiz Werneck (org.). A democracia e os três poderes no Brasil. Belo Horizonte: UFMG; Rio de Janeiro: IUPERJ/FAPERJ, 2002, p. 141-194. PIÇARRA, Nuno. A separação de poderes como doutrina e princípio constitucional: um contributo para o estudo das suas origens e evolução. Coimbra: Coimbra, 1989. SALDANHA, Nelson. O estado moderno e a separação de poderes. São Paulo: Saraiva, 1987. OUTRAS SUGESTÕES . NOVELINO, Marcelo; JÚNIOR, Dirley da Cunha. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 para Concursos. Bahia: Jus Podium, 2010 NOVELINO, Marcelo. Manual de Direito Constitucional. 9 ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2014. MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 30 ed. São Paulo: Atlas, 2014. JÚNIOR, Dirley da Cunha. Curso de Direito Constitucional. 2 ed. Bahia: Jus Podium, 2008 METODOLOGIA DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM O conteúdo programático será ministrado por meio de aulas expositivas e interativas, que permitam o estabelecimento de dinâmicas de grupo entre os discentes e promovam a interação entre professor-aluno, através dos recursos abaixo: Aulas expositivas com tópicos no quadro ou com o uso dos slides (predominantemente). Leitura da Constituição Federal com observações a serem anotadas. Correção e debates sobre os TAES (Trabalhos Acadêmicos Efetivos) no início de cada aula. Apresentação de pesquisa jurisprundencial com debates. Apresentação da Internet como instrumento de pesquisa bibliográfica, documental e fundamental para, diante do princípio constitucional da publicidade, possibilitar o acesso às decisões e atos praticados no âmbito dos Poderes e Funções Essenciais à Justiça; CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Primeira unidade (P1): Prova escrita, sem consulta, com 8 questões objetivas (valendo de 0,0 a 4,0 pontos) e 2 ou 3 dissertativas (valendo de 0,0 a 6,0 pontos), totalizando 10 pontos. Segunda unidade (P2): Prova escrita, sem consulta, com 8 questões objetivas (valendo de 0,0 a 4,0 pontos) e 2 ou 3 dissertativas (valendo de 0,0 a 6,0 pontos), totalizando 10 pontos. Prova Substitutiva (PS): Prova escrita, sem consulta, com 5 questões objetivas (valendo de 0,0 a 5,0 pontos) e 2 dissertativas (valendo de 0,0 a 5,0 pontos), totalizando 10 pontos. DIREITO CONSTITUCIONAL II AULA INAUGURAL APRESENTAÇÃO DO CONTRATO PEDAGÓGICO: Ementa da Disciplina; Objetivo Geral e Específicos; Conteúdo Programático; Plano de Aula (cronograma); Bibliografia Básica e Complementar; Metodologia do processo de ensino-aprendizagem; Critérios de Avaliação; Frequência. SEPARAÇÃO DOS PODERES O QUE SIGNIFICA PODER? Poder é a capacidade de impor vontades sobre a vontade de terceiros. Poder político é a possibilidade de imposição da violência legítima (Max Weber). O termo poder na CF – sentido polissêmico. SEPARAÇÃO DOS PODERES Sentido Poder = soberania popular Par. único, art. 1 da CF: “Todo o poder emana do povo, que exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, no termos desta Constituição”. O povo é o detentor da soberania. Se todo poder emana do povo, nós vivemos em uma democracia. Democracia - dominação do povo. Demos: povo / Cracia: governo. É um governo do povo e para o povo. SEPARAÇÃO DOS PODERES 2) Sentido Poder = órgão Art. 2 da CF: “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. SEPARAÇÃO DOS PODERES 3) Sentido Poder = função Art. 44 da CF - Poder Legislativo = função legislativa. Art. 76 da CF - Poder Executivo = função executiva. Art. 92 da CF - Poder Judiciário = função judiciária. SEPARAÇÃO DOS PODERES 2. TEORIA DA “TRIPARTIÇÃO DE PODERES” = DIVISÃO ORGÂNICA DO PODER. 2.1 Teoria da Tripartição dos Poderes - Aristóteles (Política) - Três funções distintas exercidas pelo soberano (única pessoa): editar normas gerais para todos; aplicar as referidas normas ao caso concreto e julgar conflitos. - Soberano - poder “inconstrastável de mando” = poder inabalável, incontestável, irrevogável. Luís XIV (absolutismo): “L’État c’est moi” = “o Estado sou eu” = o soberano. SEPARAÇÃO DOS PODERES 2.2 Montesquieu (O espírito das leis) – pressuposto = pensamento Aristotélico das três funções, todavia, cada função corresponderia a um órgão, não mais se concentrando nas mãos únicas do soberano. 2.3 Teoria da tripartição dos Poderes Poder - exercia uma função típica, inerente à sua natureza - independente e autônomo. 2.4 Abrandamento da teoria de Montesquieu = interpenetração entre os Poderes. Funções predominantes típicas exercidas por um órgão + funções atípicas de outros órgãos = mitigação da teoria tripartite. SEPARAÇÃO DOS PODERES 2.2 Montesquieu (De l´esprit des lois) – para que exista a liberdade política, é imperioso que os três poderes não estejam reunidos nas mãos de um único órgão. Os poderes distintos deveriam ser exercidos por órgãos também distinto. O pensamento de Montesquieu influenciou a Constituição norte-americana de 17 de setembro de 1787. Na Revolução Francesa, a doutrina da separação tornou-se um dogma universal. Art. 16 da Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789: “Toda sociedade na qual não esteja assegurada a garantia dos direitos nem determinada a separação dos poderes, não tem constituição”. Art. 2: São poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Separação de poderes no Brasil = flexível = cada um exerce funções típicas e funções atípicas. A CF instituiu um mecanismo de controle mútuo, onde há “interferências, que visam ao estabelecimento de um sistema de freios e contrapesos, à busca do equilíbrio necessário à realização do bem da coletividade e indispensável para evitar o arbítrio e desmando de um em detrimento do outro e especialmente dos governados” (SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo, p. 114). SEPARAÇÃO DOS PODERES SEPARAÇÃO DOS PODERES ORGÃO FUNÇÃO TÍPICA FUNÇÃO ATÍPICA LEGISLATIVO Legislar Fiscalizar Jurisdição:quando o Senado Federal julga autoridades por crime de responsabilidade (art. 52, I e II e par, único da CF) Administração:quando atua enquanto a administração pública, realiza licitaçõesetc, administra os seu servidores, dispõe sobre sua organização, provendo cargos, concedendo férias, licenças etc. SEPARAÇÃO DOS PODERES EXECUTIVO Administrar Executar as leis Jurisdição:quando profere decisões nos processos administrativos. Legislação: quando o Presidente da República elabora Medidas Provisórias com força de lei (art. 62). SEPARAÇÃO DOS PODERES JUDICIÁRIO Julgar / Jurisdição = dizer o direito Legislação:quando elabora os Regimentos Internos dos Tribunais. Administração: quando atua enquanto administração pública, realiza licitações, administra os serventuários, os juízes ao conceder licenças e férias. SEPARAÇÃO DOS PODERES 2.4 Princípio da Indelegabilidade de atribuições: As funções típicas de cada Poder não podem ser delegadas para outros poderes. Exemplo de exceção: o Poder Legislativo delega ao Poder Executivo a elaboração e uma lei. SEPARAÇÃO DOS PODERES 3. SISTEMA DE FREIOS E CONTRAPESOS = CHECKS AND BALANCES. Poderes independentes + contrabalanceados = evitar excessos. Poder – exercer suas funções + “fiscalizar + controlar” os outros poderes. Sistema de freios e contrapesos não retira a independência (relativa) dos poderes. Ex. 1: o Legislativo não pode elaborar leis livremente. Existe o veto do Executivo e o controle de constitucionalidade das leis pelo Judiciário. SEPARAÇÃO DOS PODERES Ex. 2: o Executivo não administra livremente. Existe o controle dos seus atos pelo controle externo do Congresso Nacional e pelo Poder Judiciário. Ex. 3: o Congresso Nacional pode sustar os atos normativos do Poder Executivo dos limites da delegação legislativa (art. 49, V). Ex. 5: os Ministros do STF serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. SEPARAÇÃO DOS PODERES 4. IMPROPRIEDADE DA EXPRESSÃO TRIPARTIÇÃO DE PODERES / DIVISÃO ORGÂNICA DE PODERES. Poder é uno e indivisível. Não se triparte. O poder é um só, manifestando-se através de órgãos que exercem funções. 1) Sentido da palavra poder = soberania popular. 2) Sentido da palavra poder = órgão. 3) Sentido da palavra poder = função. . SEPARAÇÃO DOS PODERES São os órgãos Legislativo, Executivo e Judiciário. O poder como função é função que cada órgão desempenha em nome do Estado. EXERCÍCIOS: - Tecnicamente é correto dizer que “Todas as nossas constituições adotaram a teoria tripartite da separação de poderes de Montesquieu exceto a Constituição de 1824” (F). - Todas as constituições adotaram a divisão orgânica de Montesquieu exceto a Constituição de 1824 (V). SEPARAÇÃO DOS PODERES Divisão orgânica x teoria tripartite. O poder é uno. É o poder que se manifesta através de órgãos diferentes: Legislativo, Executivo e Judiciário. O poder é uno e indivisível que se manifesta através de órgãos diferentes. A constituição de 1824 - a teoria do poder moderador (Benjamin Constant), outro Francês que escreveu um livro chamado Poder Moderador. QUESTÕES (TAE): 1. Disserte o significado polissêmico da palavra poder para a Constituição Federal? 2. Explique a diferença das funções típicas e atípicas dos órgãos do Poder Legislativo, Executivo e Judiciário? Exemplifique-as. 3. Qual a utilidade do sistema de freios e contrapesos? 4. Por que a expressão “tripartição de poderes” é inapropriada tecnicamente?
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