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ASSUNTO 2 POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR Auto de Prisão em Flagrante Delito (APFD) DISCIPLINA DIREITO PENAL MILITAR UNIDADE DIDÁTICA II DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR (2012) 2012 OBJETIVOS Conhecer o poder-dever dos militares nos crimes em flagrante. Conhecer as peculiaridades e formalidades do IPM e do APFD. Descrever as limitações constitucionais e processuais nos casos de flagrante delito e durante a realização de IPM. Ficar ECD lavrar um APFD e de realizar um IPM. 2012 SUMÁRIO I – INTRODUÇÃO II – DESENVOLVIMENTO a. Conceito b. Modalidades c. Sujeitos do flagrante d. Prazo para lavratura e. Procedimento f. Relaxamento da prisão g. Devolução III – CONCLUSÃO 2012 CONCEITO “Flagrante é uma qualidade do delito, é o delito que está sendo cometido, praticado, é o ilícito patente, irrecusável, insofismável, que permite a prisão de seu autor, sem mandado, por ser considerado a ‘certeza visual do crime’.” (Júlio Fabbrini Mirabete) (Art. 243/CPPM) – Ver Art. 27 2012 MODALIDADES (Art. 244/CPPM) Flagrante próprio ou propriamente dito ou real Flagrante impróprio ou quase–flagrante Flagrante presumido ou ficto Flagrante em crime permanente Flagrante preparado Flagrante esperado Está cometendo (a) Acaba de cometê–lo (b) É perseguido logo após (c) (certeza/acreditar) É encontrado logo depois (d) (presunção) Art. 244, Par. único Crime impossível Atividade de alerta 2012 SUJEITOS DO FLAGRANTE Sujeito ativo (Art. 243/CPPM) Qualquer pessoa – flagrante facultativo Militares – flagrante obrigatório. Atenção para os desertores e insubmissos. Sujeito passivo Regra geral – qualquer pessoa Exceções – qualquer crime Menor inimputável – Art. 228/CF e Lei nº 8.069/90 – menores de 18 anos. Diplomatas estrangeiros – Convenção de Viena Presidente da República – Art. 86, §3º/CF Causador de acidente de trânsito – quando socorre a vítima – Art. 301/Lei nº 9.503/97 2012 SUJEITOS DO FLAGRANTE Sujeito passivo Exceções – somente são presos nos crimes inafiançáveis (todos os crimes militares são inafiançáveis). Membros do Congresso Nacional – Art. 53, §2º/CF Deputados estaduais – Art. 27, §1º c.c Art. 53, §2º/CF Magistrados – Art. 33, II/LC nº35/79 - LOMN Membros do Ministério Público – Art. 18, II, “d”/LC nº 75/93 e Art. 40, III/Lei nº 8.625/93 - LONMP VER Art. 242/CPPM e 295/CPP - Prisão Especial MENORES: Auto de Apreensão em Flagrante de Ato Infracional. – Art. 245, §1º 2012 COMPETÊNCIA (Art. 245 do CPPM) Comandantes de unidades. Oficial de dia, de serviço, de quarto ou autoridade correspondente Autoridade judiciária Autoridade civil ou autoridade militar do lugar mais próximo (Art. 250 do CPPM) 2012 PRAZO PARA LAVRATURA Imediatamente após a apresentação do preso à autoridade competente Se não for possível, até vinte e quatro horas contadas do momento da prisão. Momento da prisão é aquele em que o autor foi detido em flagrante. 2012 PROCEDIMENTO-Art. 245 do CPPM Art. 5º, inciso LXII, LXIII e LXIV, CF/88 Designar escrivão - Art. 245, §4º e 5º/CPPM Ouvir o condutor Ouvir as testemunhas – mínimo duas Falta de testemunhas – suprir com testemunhas da apresentação - Art. 245, §2º Ouvir a vítima se possível (sfc) Interrogar o preso – curador e testemunhas “instrumentárias” - Art. 245, §3º Crimes materiais - Art. 12 e 246 do CPPM 2012 PROCEDIMENTO “Nota de culpa” - Art. 247 do CPPM “É o documento escrito que tem por finalidade comunicar ao preso o motivo da prisão, o nome do condutor e das testemunhas Prazo de 24 horas após a prisão Preso – passar recibo do recebimento da nota de culpa (§1º) Não souber, não puder ou não quiser assinar – duas testemunhas que tenham presenciado a entrega (§1º) 2012 PROCEDIMENTO Remessa ao juiz imediatamente - Art. 251 do CPPM Comunicação ao juiz competente da prisão e o local onde o preso se encontra (Art. 5º, LXII da CF/88 e Art. 222 do CPPM). Necessidade de diligência: Informar ao juiz com cópia do auto e remessa no prazo de cinco dias – Art. 222 e 251 do CPPM. 2012 RELAXAMENTO DA PRISÃO Presidente do Flagrante relaxará a prisão quando: Manifesta inexistência de infração penal militar Não-participação da pessoa conduzida Houver a incidência do Art. 270, “caput” Existência de crime comum - encaminha o preso para a autoridade policial civil competente Em todos os casos – lavrar auto ou termo remetendo ao juiz - Art. 248 do CPPM Art. 247, §2º do CPPM 2012 DEVOLUÇÃO Pelo juiz: De ofício Requerimento do Representante do Ministério Público Militar Art. 252 do CPPM LER: Art. 11; 12; 27; 72; 220 ao 253; 306, §1º; 328 ao 348 e 500, III, “b” e “f”, tudo do CPPM. 2012 CONCLUSÃO Os militares em geral e os oficiais em particular têm atuação primordial na prevenção, apuração e repressão aos ilícitos penais-militares. Uma peça instrutória bem feita, seja IPM ou APFD, será uma garantia de fornecimento de instrumentos adequados para que o MPM possa oferecer sua denúncia e aos juízes para um julgamento justo. 2012
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