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Unidade 3: Rochas 3.1 – Minerais e Rochas 3.2 – Perturbações e Descontinuidades das Rochas 3.3 – Intemperismo O termo mineral pode ter vários significados consoante a formação da pessoa que o utiliza. De fato os minerais são substâncias por vezes muito comuns. As areias e outros solos são dois exemplos comuns de substâncias compostas essencialmente por minerais. Um mineral é qualquer substância sólida inorgânica da natureza. Cada mineral tem uma estrutura química definida que lhe confere um conjunto único de propriedades físicas. Mineral não significa somente matéria cristalina (sólida, pois água e mercúrio, em temperatura ambiente, são minerias Mineralogia é a ciência que estuda as propriedades, a composição, a maneira de ocorrência e a gênese dos minerais. 3.1.1 Minerais Denominam-se Processos Geológicos ou Dinâmica, o conjunto de ações que promovem modificações da crosta terrestre, seja em sua forma, estrutura ou composição. A energia necessária a tais ações provém do sol ou do interior da Terra. Os processos que atuam na Terra, mudando a sua fisionomia (superfície terrestre) montanhas atuais tenham como destino certo o seu desbaste lento e progressivo. Processo geológico uniforme »»» por exemplo a água sobre as rochas, pois é um processo constante, regular, compassado. Processo geológico lento »»» por exemplo o vento sobre as rochas, pois é um processo vagaroso, moroso. * a água, o vento, os seres vivos, entre outros são agentes erosivos, que fazem parte dos diferentes processos geológicos. 3.1.1 Minerais As propriedades que mais interessam no estudo de um mineral são: Propriedades físicas: dureza, traço, clivagem, fratura, tenacidade, flexibilidade e peso específica Propriedades ópticas: brilho cor e microscopia Propriedades morfológicas: forma e hábito, simetria, associação de minerais. Propriedades químicas: formados por óxidos, silicatos, sulfatos, carbonatos, sulfetos etc. 3.1.2 Propriedades dos Minerais Dureza: É a resistência ao risco. A dureza relativa é dada pela escala empírica de Mohs. 3.1.2 Propriedades dos Minerais Propriedades físicas Mineral Dureza Critérios talco 1 riscáveis pela unha gipsita 2 calcita 3 riscáveis pelo canivete e pelo vidro fluorita 4 apatita 5 ortoclásio 6 não são riscáveis nem pelo aço quartzo 7 topázio 8 coríndon 9 diamante 10 A dureza de um mineral depende de vários fatores: a) Composição química: 1. compostos de metais pesados, como prata, cobre, ouro e chumbo, são moles. 2. Sulfetos e óxidos de ferro, de níquel e de cobalto são duros. 3. Sulfetos em geral são moles. 4. Óxidos e silicatos, especialmente os que contêm alumínio, são duros. b) Estrutura cristalina: Diamante e grafita são exemplos. Ambos são formados por carbono, porém em razão da sua estrutura, o diamante tem dureza 10 e a grafita 1 a 2. 3.1.2 Propriedades dos Minerais Propriedades físicas Traço: É a propriedade que o mineral tem de deixar um risco de pó quando friccionado contra uma superfície não polida de porcelana branca. Clivagem: É a propriedade de os minerais se partirem em determinados planos, ou já apresentarem esses planos, de acordo com suas direções de fraqueza. Fratura: Trata-se de quando os minerais não se partem em planos, mas segundo uma superfície irregular. Tenacidade: É a resistência ao choque de um martelo ou ao corte de uma lâmina de aço. Flexibilidade: É uma deformação que pode ser elástica (mica) ou plástica (talco). 3.1.2 Propriedades dos Minerais Propriedades físicas Peso específico: É o número que expressa a relação entre o peso do mineral e o peso de igual volume de água destilada a 4° C. Se um mineral possui peso específico 3, significa que um certo volume desse mineral pesa três vezes o que pesaria o mesmo volume de água. O peso específico depende da natureza dos átomos e da estrutura atômica. 3.1.2 Propriedades dos Minerais Propriedades físicas Brilho: É o aspecto da reflexão da luz na superfície do mineral. Podem ter brilho vítreo, brilho resinoso, brilho graxo e brilho perláceo. Cor: A cor em um mineral deve ser sempre observada em superfície ou em fratura recente, pois a superfície exposta ao ar se transforma, formando películas de alteração. Em muitos minerais, a cor é uma propriedade útil para o reconhecimento. Ex: a mica pode ser incolor, branca, preta ou esverdeada. O quartzo pode ser incolor, violeta, branco, enfumaçado ou amarelo. O feldspato são cinzas, róseos ou brancos. 3.1.2 Propriedades dos Minerais Propriedades ópticas Os minerais podem ocorrer com forma externa geométrica definida, constituindo os cristais. Possuem disposição regular em fileiras dos átomos, moléculas ou íons e forma externa poliédrica. Hábito (forma): É a maneira mais frequente como se apresenta um cristal ou mineral. Exemplos: O quartzo tem a forma prismática, a magnetita octaédrica, e a mica em placas . 3.1.2 Propriedades dos Minerais Propriedades Morfológicas De acordo com a sua composição química, os minerais podem ser classificados em: • Óxidos • Silicatos • Sulfatos • Carbonatos • Sulfetos • Etc. 3.1.2 Propriedades dos Minerais Propriedades Química Os minerais mais comuns nas rochas são: 3.1.3 Minerais mais comuns Minerais mais comuns nas rochas 1 Quartzo 6 Zircão 11 Topázio 16 Amianto 2 Feldspato 7 Magnetita 12 Calcita 17 Talco 3 micas 8 Hematita 13 Dolomita 18 Zeólitas 4 Anfibólios 9 Pirita 14 Caulim 19 Fluorita 5 Piroxênio 10 Turmalina 15 Clorita Quarzo (Si0₂): É sílica cristalizada, nas rochas não tem forma definida, cor incolor até cinza escuro, brilho vítreo, dureza 7 e peso específico 2,65. Ocorre nas rochas ígneas em granitos, nas metamórficas nos quartzitos, micaxistos e gnaisses. Empregado como adorno em joalheria, areia para construção, em fundição, em filtros para barragens e em concreto. 3.1.3 Minerais mais comuns Feldspato (CaAl₂Si₃O₈): Nas rochas os feldspatos não são uniformes, mas podem apresentar contornos retangulares ou hexagonais. Apresentam reflexões nos planos de clivagem, cor: os ortoclasios são creme, tijolo, róseo ou vermelho; os plagioclásios geralmente são cinza, branco, pardos até pretos. Brilho vétreo em fratura recente, traço branco e peso específico 2,54. Ocorrem em todos os tipos de rochas ígneas e nas metamórficas. Emprego: moídos em granulação finíssima, são fundidos e misturados com caulim, quarzo e argila, na produção de porcelana. 3.1.3 Minerais mais comuns Micas: entre os principais minerais do grupo das micas, encontram-se mica branca H₂KAl₃(Si0₄)₃ é a muscovita. Mica preta (H,K)₂(Mg,Fe)₂(Al,Fe)₂(Si0₄)₃ chamada biotita: Forma: quando bem cristalizadas, mostram-se em placas hexagonais. Clivagem perfeita em uma direção. Brilho acetinado. Ocorre em granitos, pegmatitos, gnaisses, micaxistos e filitos. Emprego: A muscovita é largamente empregada como isolante elétrico e também na fabricação de vidros refratários e refratários em geral. 3.1.3 Minerais mais comuns Anfibólio Piroxênio Zircão 3.1.3 Minerais mais comuns Magnetita Hematita Pirita 3.1.3 Minerais mais comuns Turmalina Topázio 3.1.3 Mineraismais comuns Calcita Dolomita 3.1.3 Minerais mais comuns Caulim Clorita 3.1.3 Minerais mais comuns Amianto Talco 3.1.3 Minerais mais comuns Zeólita Fluorita 3.1.3 Minerais mais comuns Em geologia, rocha é um agregado sólido que ocorre naturalmente e é constituído por um ou mais minerais ou mineraloides. A camada externa sólida da Terra, conhecida por litosfera, é constituída por rochas. O estudo científico das rochas é chamado de petrologia, um ramo da geologia. Os termos populares pedra e cal se referem a pedaços soltos de rochas, ou fragmentos. Rocha não deve ser necessariamente todo mineral resistente e duro da crosta. Em geologia, fala-se em rocha sem levar em conta a dureza ou o estado de coesão. Assim, são rochas tanto materiais resistentes como granitos, calcários e gabros, como materiais mais moles e friáveis, como argilitos, folhelhos, arenitos etc. 3.1.2 Rochas As rochas podem ser classificadas de acordo com sua composição química, sua forma estrutural, ou sua textura, sendo mais comum classificá-las de acordo com os processos de sua formação. Pelas suas origens ou maneiras como foram formadas, as rochas são classificadas como ígneas, sedimentares, e rochas metamórficas. As rochas magmáticas foram formadas de magma, as sedimentares pela deposição de sedimentos e posterior compressão destes, e as rochas metamórficas por qualquer uma das primeiras duas categorias e posteriormente modificadas pelos efeitos de temperatura e pressão. 3.1.2 Rochas IGNEA (latin) NASCIDO DO FOGO São resultados da solidificação e consolidação do magma (ou lava), daí o nome rochas magmáticas. Também conhecida como rochas ígneas. O magma é um material pastoso que, há bilhões de anos, deu origem às primeiras rochas de nosso planeta, e ainda existe no interior da Terra. As rochas ígneas podem, de maneira geral, ser classificadas sob dois critérios: texturais e mineralógicos. 3.1.2 Rochas ROCHAS MAGMÁTICAS “Magmas, são gerados por fusão parcial da crosta continental, ricas em água e dióxido de carbono”. O critério textural é especialmente útil na identificação do ambiente onde a rocha se cristalizou, enquanto o mineralógico é baseado na proporção entre seus minerais principais. A classificação da maior parte das rochas ígneas, segundo o critério mineralógico, é feito com base no diagrama QAPF, usado para rochas com menos de 90% de minerais máficos. Os Diagramas QAPF são diagramas concebidos por Streckeisen (1967), nos quais é feita a classificação de rochas plutônicas e vulcânicas de acordo com a composição modal das rochas em questão. A sigla representa as iniciais dos minerais cujas modas entram na classificação: Q representa quartzo; A representa feldspato alcalino; P representa plagioclásio; e F representa feldspatóide. As rochas Igneas podem ser de dois tipos, a saber: 3.1.2 Rochas ROCHAS MAGMÁTICAS São dividas em dois grandes grupos segundo a profundidade em que se formaram: plutônicas ou intrusivas e vulcânicas ou extrusivas. 3.1.2 Rochas ROCHAS MAGMÁTICAS Vulcânicas (ou extrusivas) - são formadas por meio de erupções vulcânicas, através de um rápido processo de resfriamento na superfície. Alguns exemplos dessas rochas são o basalto e a pedra- pomes, cujo resfriamento dá-se na água. O vidro vulcânico é um tipo de rocha vulcânica de resfriamento rápido. Estão associadas a fenômenos vulcânicos, isto é, fenômenos que ocorrem na superfície do planeta. Importante lembrar que vulcânico não significa necessariamente estar associada a vulcão. O magma quando atinge a superfície recebe o nome de lava, quando na forma líquida. Por se cristalizarem em ambiente atmosférico perdem calor muito rapidamente, o que não permite um crescimento muito grande de seus minerais. Como regra geral dizemos que em uma rocha vulcânica os minerais só são visíveis com o uso de uma boa lupa ou microscópio. 3.1.2 Rochas ROCHAS MAGMÁTICAS Plutônicas (ou intrusivas) - se cristalizam em profundidade na crosta terrestre, isto é, se resfriam muito lentamente por estarem em ambiente aquecido pelo gradiente geotérmico e por perderem calor muito lentamente. Estas condições permitem o crescimento dos cristais que podem chegar a centímetros de tamanho. Como regra geral as rochas plutônicas se caracterizam por possuírem minerais que podem ser individualizados e vistos a olho nu. Exemplos: Granito e diabásico. 3.1.2 Rochas ROCHAS MAGMÁTICAS 2.3 Placas tectônicas 3.1.2 Rochas ROCHAS MAGMÁTICAS 3.1.2 Rochas ROCHAS MAGMÁTICAS Pedra pomes – é uma rocha magmática muito leve possui poros (espaços vazios) como se fosse uma esponja, tem essa estrutura em consequência do rápido resfriamento de uma lava rica em gases. A pedra-pomes é usada para polir objetos e limpar ou amaciar a pele. 3.1.2 Rochas ROCHAS MAGMÁTICAS Basalto - é uma rocha magmática eruptiva, de granulação fina, seus cristais não são vistos à vista desarmada, podendo, ainda, conter grandes quantidades ou ser constituído integralmente de vidro (material amorfo). Esta rocha é constituída principalmente de plagioclásio e piroxênio . 3.1.2 Rochas ROCHAS MAGMÁTICAS Riolito – é uma rocha ígnea vulcânica, correspondente extrusiva do granito. É densa e possui uma granulação fina. Também é chamado de quartzo-pórfiro. A sua composição mineral inclui geralmente quartzo, feldspatos alcalino e plagioclases. os minerais acessórios mais comuns são a biotita e quartzo. São as rochas formadas a partir da desagregação, erosão, quebra e dissolução de outras rochas ou matéria orgânica, que são transportadas para locais de baixa altitude e depois de depositadas em um novo local, sofrem um processo de diagênese, conjunto de fenômenos que levam a litificação de um sedimento, que seria a compactação lentamente pela ação do próprio peso com os minerais dissolvidos agindo como cimento, as partículas se fundem em novas rochas. Fazem parte de 80% da superfície dos continentes. Sua principal característica é a estratificação, o surgimento de várias camadas sobrepostas. Os fósseis numa rocha são prova evidente que ela é sedimentar, e as vezes é toda fóssil. É nas rochas sedimentares que procuramos a história da vida. ROCHAS SEDIMENTARES 3.1.2 Rochas Como as rochas sedimentares se formam em ambiente superficial, seus minerais são adaptados às condições termodinâmicas ai reinantes, predominando grãos de quartzo, argilas, carbonatos e outros sais. Classificam-se em: Detríticas - são as rochas formadas a partir de detritos de outras rochas. Alguns exemplos são o arenito, o argilito, o varvito e o folhelho. Químiogénicas - resultam da precipitação de substâncias dissolvidas em água. Alguns exemplos são o sal-gema, as estalactites e as estalagmites. ROCHAS SEDIMENTARES 3.1.2 Rochas Biogénicas - são rochas formadas por restos de seres vivos. Alguns exemplos são o calcário conquífero, formado através dos resíduos de conchas de animais marinhos, Possui o mineral cálcite.; e o carvão, formado a partir dos resíduos de vegetais. ROCHAS SEDIMENTARES 3.1.2 Rochas . ARENITO São rochas sedimentares lapidificadas constituídas por areias aglutinadas por um cimentonatural, que geralmente caracteriza a rocha. São rochas também designadas por grés e muitas vezes são classificadas pela natureza do cimento. Os arenitos argilosos têm um cimento constituído por argilas. Quando bafejados, dependendo da quantidade do cimento, cheiram a barro. 3.1.2 Rochas Arenito na cidade de Vila Velha no Paraná 3.1.2 Rochas ROCHAS SEDIMENTARES . 3.1.2 Rochas ROCHAS SEDIMENTARES Os arenitos calcários distinguem-se pelo fato de o cimento, em geral, de carbonato de cálcio (calcite) fazer efervescência fácil com os ácidos. Se o cimento do arenito for dolomite (carbonato de cálcio e magnésio) a efervescência é menos nítida. O arenito que resulta da compactação e litificação de um material granular da dimensão das areias. O arenito é composto normalmente por quartzo, mas pode ter quantidades apreciáveis de feldspatos, micas e/ou impurezas. É a presença e tipo de impurezas que determina a coloração dos arenitos; por exemplo, grandes quantidades de óxidos de ferro, fazem esta rocha vermelha. 3.1.2 Rochas ROCHAS SEDIMENTARES 3.1.2 Rochas ROCHAS SEDIMENTARES O termo arenito corresponde à areia litificada. É composto por quartzo, feldspato (ou outros minerais de origem ígnea) e fragmentos líticos. Foi classificado com base em diagramas triangulares, considerando apenas as frações detríticas e os três componentes principais: quartzo, feldspato e fragmentos de rocha. Nessa classificação o critério mais importante é a composição mineralógica. Posteriormente, foi introduzido o tamanho dos grãos como critério, gradando de areias a argila. Calcários são rochas formadas a partir do mineral calcita, cuja composição química é o carbonato de cálcio. A procedência do carbonato pode variar, desde fósseis de carapaças e esqueletos calcários de organismos vivos, que compõem os calcários fossilíferos, até por precipitação química. 3.1.2 Rochas Recifes de corais, conchas de moluscos, algas calcárias, equinodermas, briozoários, foraminíferos e protozoários são os principais responsáveis pelos depósitos provenientes de organismos sintetizantes do carbonato dissolvido em meio aquoso. Esses depósitos são gerados em ambiente marinho raso, de águas quentes, calmas e transparentes. Os organismos morrem e suas conchas e estruturas calcárias vão se depositando no local. No caso da precipitação química, o carbonato dissolvido na água se cristaliza e não tem, portanto, nenhum vínculo com carapaças de organismos. 3.1.2 Rochas ROCHAS SEDIMENTARES 3.1.2 Rochas Argilitos - São rochas lutáceas (granulação de argila, menor que 0,004 mm) maciças e compactas, sendo compostas por argilas litificadas, isto é, argilas compactadas e exibindo orientação dos minerais foliados. ROCHAS SEDIMENTARES Os folhelhos são rochas que possuem grãos de tamanho argila. Diferenciam-se dos argilitos porquê possuem lâminas finas e paralelas esfoliáveis, enquanto os argilitos apresentam as argilas com aspecto mais maciço. 3.1.2 Rochas ROCHAS SEDIMENTARES Os siltitos são rochas cujos grãos variam de 0,002 mm a 0,06 mm, podendo exibir coloração amarronzada, verde ou esbranquiçada. O siltito é formado pelo acúmulo de sedimentos de granulometria silte, variando de 0,002 a 0,06 mm, sendo composto principalmente por quartzo, feldspatos, micas e argilas. 3.1.2 Rochas ROCHAS SEDIMENTARES Os conglomerados são caracterizados por seixos, areia grossa e cimento químico. Sua composição mineralógica é muito simples, são, em geral, constituídos por materiais de alta dureza, portanto de grande resistência física, e baixa alterabilidade química, tais como o quartzo, quartzito e sílex, ou mistura desses materiais. Representa um produto de deposição em águas muito agitadas (ambiente de alta energia), sendo portanto rico em estruturas hidrodinâmicas, podendo-se apresentar associado à um arenito grosso com estratificações cruzadas. 3.1.2 Rochas ROCHAS SEDIMENTARES metamórficas formas alteradas São as rochas formadas através da deformação de outras rochas, magmáticas, sedimentares e até mesmo outras rochas metamórficas, quando estas são levadas a um ambiente de pressão e/ou temperatura superiores às condições em que foram formadas. Alguns exemplos são o gnaisse, formado a partir do granito; a ardósia, formada a partir do argilito; o mármore, formado a partir do calcário, e o quartzito, formado a partir do arenito. ROCHAS METAMÓRFICAS 3.1.2 Rochas As novas condições de pressão e/ou temperatura devem ser suficientes para que os minerais sofram modificações químicas ou físicas. Como mudança química temos reações que levam à formação de novos minerais e como mudanças físicas pode ocorrer simplesmente o crescimento e reorganização dos cristais através do fenômeno conhecido como recristalização. ROCHAS METAMÓRFICAS 3.1.2 Rochas Como os minerais são estáveis em campos definidos de pressão e temperatura, a identificação de minerais das rochas metamórficas permite reconhecer as condições físicas em que ocorreu o metamorfismo. O estudo das rochas metamórficas permite a identificação de grandes eventos geotectónicos ocorridos no passado, fundamentais para o entendimento da atual configuração dos continentes. ROCHAS METAMÓRFICAS 3.1.2 Rochas As cadeias de montanhas (como os Andes, Alpes, Himalaias etc.) são grandes enrugamentos da crosta terrestre, causados pelas colisões de placas tectónicas. As elevadas pressões e temperaturas existentes no interior das cadeias de montanhas são o principal mecanismo formador de rochas metamórficas. O metamorfismo pode ocorrer também ao longo de planos de deslocamentos de grandes blocos de rocha (alta pressão) ou nas imediações de grandes volumes de magmas, devido à dissipação de calor (alta temperatura). ROCHAS METAMÓRFICAS 3.1.2 Rochas OBS.: As rochas mais antigas são as magmáticas seguidas pelas metamórficas. Elas datam das eras Pré- Cambriana e Paleozoica. Já as rochas sedimentares são de formação mais recente: datam das eras Paleozoica, Mesozoica e Cenozoica. Essas rochas formam um verdadeiro capeamento, ou seja, encobrem as rochas magmáticas e as metamórficas quando estas não estão afloradas à superfície da terra. ROCHAS METAMÓRFICAS 3.1.2 Rochas ROCHAS METAMÓRFICAS 3.1.2 Rochas Quartzito – é uma rocha metamórfica cujo componente principal é o quartzo (mais de 75%). ROCHAS METAMÓRFICAS 3.1.2 Rochas Mármore – é uma rocha originada de calcário exposto a altas temperaturas e pressão. Por este motivo as maiores jazidas de mármore são encontradas em regiões de rocha matriz calcária e atividade vulcânica. O mármore é uma rocha explorada para uso em construção civil . ROCHAS METAMÓRFICAS 3.1.2 Rochas Gnaisse – resultante da deformação de sedimentos de granitos. Algumas das rochas mais antigas do mundo são gnaisses. Sua composição é de diversos minerais, mais de 20% de feldspato potássico, plagioclásio, e ainda quartzo e biotita. ROCHAS METAMÓRFICAS 3.1.2 Rochas Ardósia – é uma rocha de grão fino e homogêneo composta por argila ou cinzas vulcânicas que foram metamorfizadas em camadas. A Ardósia pode ser aplicada em pavimentos, fachadas, tampos de laboratórios, e em decorações interiorese exteriores. ROCHAS METAMÓRFICAS 3.1.2 Rochas Xisto – é uma rocha cristalina com a propriedade de dividir-se em finas lâminas. Formada por metamorfismo dinâmico, que pode ser dividida em finas lascas devido ao paralelismo bem desenvolvido de mais de 50% dos minerais presentes, especialmente aqueles de hábito prismático lamelar visíveis a olho nu. 2.3 Placas tectônicas Vulcânicas O CICLO DAS ROCHAS Comparação entre as rochas 3.1.2 Rochas Derivação das rochas 3.1.2 Rochas O Silício é o segundo elemento químico mais abundante na crosta terrestre, sendo que o mais abundante é o Oxigênio. Desta forma os óxidos de silício (SiO2) jogam um papel importante na formação dos minerais mais abundantes: *feldspatos, quartzo e micas. As rochas ricas em silício são também ricas em minerais silicatados. Quando o teor de Silício é suficientemente grande, forma-se o dióxido de silício, que é o quartzo. Por outro lado rochas pobres em Silício são também pobres nestes silicatos. Enfim, numa rocha ígnea sua composição e o teor de silício é um bom indicador dos minerais que se espera encontrar nas mesmas. No caso das rochas vulcânicas, onde os minerais são de difícil visualização, estes parâmetros acabam tendo muita importância para classificá-las. Assim sendo surgiu uma proposta classificatória das rochas ígneas baseada no teor de SiO2 (sílica): 3.1.3 Classificação Química 3.1.3 Classificação Química 3.1.3 Classificação Química Ácida O teor de sílica é superior a 66%. Nestas rochas a quantidade de sílica é suficiente para cristalizar o Quartzo. Exemplo: Granito. Intermediária O teor sílica varia de 66 a 52% Não há sílica suficiente para se formar quartzo em abundância, predominando os silicatos na forma de feldspatos e feldspatóides. Exemplo: Andesito. Básica O teor de sílica varia de 52 a 45%. Ex: basalto, gabro Ultrabásica O teor de sílica é menor do que 45%. Ex: peridotito, dunito, kimberlito 3.1.3 Classificação Química As rochas básicas e ultrabásicas são rochas onde o teor menor de Silício é contrabalançado pelo aumento relativo de outros elementos como Ferro, Magnésio e Cálcio. São pois rochas ricas em silicatos destes elementos, como piroxênios, anfibólios, olivinas e óxidos de ferro (magnetita) e titânio (ilmenita). A tabela a seguir é uma tentativa simples de classificar as rochas ígneas segundo sua composição e modo de ocorrência: 3.1.3 Classificação Química 3.1.3 Classificação Química Como visto, a composição do magma vai influenciar os minerais que se formarão. A presença do quartzo e feldspatos, (minerais félsicos), deixa a rocha com cor clara e a presença de silicatos de ferro, magnésio e óxidos (minerais máficos), deixa a rocha com cor escura. A classificação de uma rocha segundo sua cor reflete a proporção entre minerais máficos e félsicos. Esta proporção é conhecida como índice de cor de uma rocha ígnea, assim definido: “Número que define a composição volumétrica porcentual dos minerais máficos numa rocha ígnea”. 3.1.4 Classificação segundo a Cor Hololeucocrática Índice de cor menor que 10%. Leucocrática Índice de cor entre 10 e 30% Mesocrática Índice de cor entre 30 e 60% Melanocrática ou máfica Índice de cor entre 60 e 90% Ultramáfica ou ultramelanocrática Índice de cor maior 90% 3.1.4 Classificação segundo a Cor Em Engenharia a rocha é muito estudada segundo sua capacidade de suportar o peso das estruturas civis: edifícios, pontes, túneis. Desta forma na Engenharia é muito comum o uso de classificações segundo o grau de rigidez ou de coerência das rochas. É necessário lembrar que uma rocha alterada ou em início de alteração perde sua coerência. 3.1.5 Classificação segundo sua Coerência Rocha sã. Rocha que não foi atacada por processos intempéricos físicos ou químicos. Em geral são rochas com grande resistência, suportam teto de túneis ou peso de grandes estruturas. Rocha alterada. Rocha onde já se manifesta e é visível processos intempéricos químicos e físicos. Um sinal de que a rocha já está sendo alterada pelo intemperismo químico, é dada pela perda de brilho dos planos de clivagem mais externos dos grãos de feldspatos. Á medida que o intemperismo químico progride o feldspato fica cada vez mais sem brilho, isto é, fica fosco, sem brilho. A mica biotita também pode nos dizer alguma coisa, pois ela também perde o brilho e passa a uma cor mais amarelada. Rocha muito alterada. Aquelas onde já se pode visualizar vestígios de argila e óxidos e hidróxidos de ferro. Estas substâncias são produzidas pelo intemperismo químico... 3.1.5 Classificação segundo sua Coerência O solo é um caso extremo de rocha alterada. Deve-se notar, contudo, que é comum estes graus de alteração ocorrerem juntos, principalmente onde fraturas levam ao intemperismo da rocha ao longo das mesmas, permanecendo esta sã a uma certa distância da fratura. Na Serra do Mar, em São Paulo, durante a construção da Rodovia dos Imigrantes, foram encontradas rochas alteradas ao longo de fraturas, a profundidade de até 300 metros da superfície do terreno. Formavam perigosos bolsões de uma mistura de argila e água, que rapidamente entravam em movimento quando eram alcançadas pela perfuração na frente de trabalho. 3.1.5 Classificação segundo sua Coerência Na Serra do Mar, em São Paulo, Os *Feldspatos procedem de uma importante família de minerais, do grupo dos tectossilicatos, constituintes de rochas que formam cerca de 60% da crosta terrestre. Os *Feldspatos cristalizam do magma tanto em rochas intrusivas quanto extrusivas; os feldspatos ocorrem como minerais compactos, como filões, em pegmatitas e se desenvolvem em muitos tipos de rochas metamórficas. Também podem ser encontrados em alguns tipos de rochas sedimentares. 3.1.6 Terminologias
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