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APOSTILA DE PROCESSO DO TRABALHO SOLUÇÃO

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PROCESSO DO TRABALHO 
Apontamentos
1. Conceitos de Direito Processual do Trabalho.
Direito processual do trabalho é o ramo do direito processual destinado a resolver conflitos trabalhistas.(Amauri M. Nascimento)
Pode ser definido como o instrumento utilizado pelos órgãos da Justiça do Trabalho para a solução dos conflitos submetidos à sua Jurisdição. (Renato Saraiva)
2. Princípios do Processo do Trabalho.
2.1. O princípio protecionista se manifesta em várias formas na Lei:
- Inversão do ônus da prova e determinadas circunstâncias – Art. 765, CLT e Súmulas 6, 212 e 338 do TST;
- Impulso processual em proveito do empregado, mormente na execução da sentença (Art. 878, CLT);
- Arquivamento do processo ao invés da revelia, quando do não comparecimento do empregado à primeira audiência (Art. 844, CLT); 
2.2. Princípio da Concentração. 
Atos da justiça do trabalho serão concentrados (ex. audiência única, ou una).
2.3. O Princípio da Celeridade. 
Os artigos 765 (andamento rápido das causas) e 845 a 850 da CLT e salvo melhor juízo (procedimento Sumaríssimo - Lei n. 9.957/2000) 
2.4. Princípio da Informalidade.
Confere às partes o Jus Postulandi (princípio da postulação pessoal), não havendo necessidade de como no CPC de patrocínio por advogado, no qual o direito é privativo dos mesmos. A Reclamatória pode ser verbal em secretaria, art. 840; e o recurso por simples petição, art. 899.
2.5. Princípio da Oralidade. 
O processo do trabalho é eminentemente oral, isto é, nele prevalece a palavra falada, não só pela valorização da conciliação (acordo), como também pela própria faculdade à parte de propor uma ação ou se defender, sem intermediação de advogado (embora não seja muito recomendado pela falta de conhecimento técnico). 
2.6. Princípio da Impugnação Especificada.
Segundo esse princípio, o reclamado deverá manifestar-se diretamente sobre os fatos narrados na petição inicial, não sendo aceita contestação genérica, causando a inexistência da contestação, por ausência de efeitos jurídicos.
2.7. Princípio da Irrecorribilidade das Decisões Interlocutórias. (Princípio Recursal)
Sua base legal encontra-se no art. 893 da CLT, §, 1º, segundo o qual os incidentes do processo serão resolvidos pelo próprio juízo o u tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias, somente em recurso da decisão definitiva.
Exceção SÚMULA 214 TST DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE 
Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT.
2.7. Princípio da Conciliação. 
O princípio da conciliação sempre se encontrou expressamente em todas as constituições Brasileiras. Na CF / 88, encontra-se no art. 114, e na CLT no art. 764.
2.8. Princípio da aplicabilidade subsidiária do Código de Processo Civil.
Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título. 
ATENÇÃO: Anteriormente a Súmula 136 TST dizia não ser aplicável o princípio da identidade física do juíz, entretanto, ela foi cancelada. Ainda assim, na justiça do trabalho é comum a situação de que o Juiz que instruiu (apurou as provas) pode não ser o que irá julgar o processo, por conta da celeridade processual. AINDA NÃO EXISTE PREVISÃO LEGAL PARA VINCULAÇÃO DO MAGISTRADO! ERA O QUE DIZIA A SÚMULA 136 DO TST.
3. Disposição da Justiça do Trabalho 
 
O artigo 111 da Constituição Federal define os órgãos da justiça do trabalho: TST, TRTS e juízes do trabalho.
3.1. Do Tribunal Superior do Trabalho:
Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: 
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; 
II - os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.
Para desenvolver as atribuições jurisdicionais o TST atua por meio de seus órgãos:
1. Tribunal Pleno;
2. Órgão Especial;
3. Seção Especializada em Dissídios Coletivos;
4. Seção Especializada em Dissídios Individuais, dividida em duas subseções (Subseção I e Subseção II); e
5. As 8 (oito) Turmas.
3.2. Tribunais Regionais Do Trabalho
Os Tribunais Regionais do Trabalho são compostos por no mínimo 07 (SETE) desembargadores, que serão nomeados pelo presidente da república. Serão nomeados brasileiros com mais de 30 anos e menos de 65.
Um quinto dos componentes do TRT serão nomeados por membros do ministério público do trabalho, 1/5 por advogados com + de 10 anos de efetiva atividade e o restante dentre juízes DE CARREIRA.
TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO SÃO 25:
1.ª Reg. – RJ; 2.ª Reg. – SP (capital e cidades adjacentes); 3.ª Reg. MG; 4.ª Reg. – RS; 5.ª Reg. – BA; 6.ª Reg. – PE; 7.ª Reg. – CE; 8.ª Reg. – PA e AP; 9.ª Reg. – PR;1 0.ª Reg. – DF; 11.ª Reg. – AM e RR; 12.ª Reg. – SC; 13.ª Reg. – PB; 14.ª Reg. – RO e AC; 15.ª Reg. – SP (exceção à Comarca da 2.ª Região, sede em Campinas);
16.ª Reg. – MA; 17.ª Reg. – ES; 18.ª Reg.– GO; 19.ª Reg. – AL; 20.ª Reg. – SE; 21.ª Região – RN; 22.ª Região – PI; 23.ª Região – MT; 24.ª Região – Mato Grosso do Sul, 25ª Região TO.
3.3. Juízes Do Trabalho
Cuidado VARA OU JUNTA DE CONCILIAÇÃO NÃO É ÓRGÃO, é o Juiz do Trabalho que é o órgão. As varas do trabalho eram antigamente chamadas de juntas de conciliação. Hoje são denominadas varas do trabalho, vinculadas ao TRT da respectiva região. As varas do trabalho de Curitiba são vinculadas ao TRT da 9ª Região. ESTRUTURA DA JUSTIÇA DO TRABALHO:
4. Jurisdição:
É o poder dever do estado de prestar a tutela jurisdicional a todo aquele que tenha uma pretensão resistida por outrem, aplicando-se a norma jurídica para a solução da demanda. 
Nas localidades onde não houver Juiz Trabalhista, a jurisdição será exercida de forma residual pelo Juiz de Direito. De sua decisão caberá Recurso Ordinário, sendo o órgão responsável para julgá-lo o Tribunal do Trabalho. (art. 112 CF)
5. Competência
Competência é a medida da jurisdição, uma determinação da esfera de atribuições dos órgãos encarregados da função jurisdicional. Constitui a parcela da jurisdição cujo exercício é atribuído, por lei, a determinado órgão.
Competência em razão da matéria será definida de acordo com a natureza da lide, descrita na petição inicial, ou seja em razão do pedido da peça inicial.
5.1. Competência material, art. 114 da Constituição:
5.1.1 Ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios;
Ampliação da competência da Justiça do Trabalho 
Relação de trabalho = GÊNERO.
Empregado = EXEMPLO DE ESPÉCIE DO GÊNERO TRABALHO
Não-subordinado:
- trabalhador autônomo
- representante comercial autônomo 
- trabalhadores eventuais e respectivos tomadores de serviços
- ações entre parceiros, meeiros, arrendantes e arrendatários 
- empreiteiro, operário ou artíficeEntes públicos:
empregados de empresas públicas, de sociedades de economia mista e de suas subsidiárias;
funcionários públicos celetistas (CLT) de fundações e autarquias federais, estaduais ou municipal;
I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974).
II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da administração pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988).
III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20-06-1983), de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta.
“Pessoal de Obras”: Súmula 58 TST:
Pessoal de Obras - Caráter Permanente - Não Amparado pelo Regime Estatutário. Ao empregado admitido como "pessoal de obras", em caráter permanente e não amparado pelo regime estatutário, aplica-se a legislação trabalhista.
Incompetência material da justiça do trabalho, exceções:
Prestação de serviços pela empresa (pessoa jurídica);
Prestador de serviços abrangidos pelo CODIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, EX. COMBRANÇA DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, HONORÁRIOS CONTÁBEIS, HONORÁRIOS MEDICOS ETC...;
RELAÇÃO DE TRABALHO ESTATUTÁRIO (SERVIDORES PÚBLICOS DA UNIÃO ESTADOS E MUNICÍPIOS NÃO SERÃO JULGADOS PELA JUSTIÇA DO TRABLHO OUTRO REGIME – DIREITO ADMINISTRATIVO.
5.1.2. Ações que envolvam exercício do direito de greve;	(Lei N. 7.783/89)
Atenção! Greve de setores públicos não estão abrangidas por este artigo, policiais, e demais servidores públicos, embora previsto no artigo 37 DA Constituição da Repúlica não existe Lei infraconstitucional regulando o exercício de greve dos servidores públicos, NÃO SENDO COMPETENTE A JUSTIÇA DO TRABALHO!
5.1.3. Ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;
Ex.: Cobranças de contribuições sindicais, eleições sindicais, Disputa territoriais sindicais.
5.1.4. - Os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;
5.1.5. - Conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, da CF;
Obs.: Competência do STF para os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal.
5.1.6. Ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;
	
Súmula 392 do TST – Dano Moral - Competência da Justiça do Trabalho
Nos termos do art. 114 da CF/1988, a Justiça do Trabalho é competente para dirimir controvérsias referentes à indenização por dano moral, quando decorrente da relação de trabalho.
Indenização civil ($$) pelo não fornecimento do ou obstáculo à obtenção do seguro desemprego será julgada pela Justiça do Trabalho – Súmula n. 389 do TST.
Também é de competência da Justiça do Trabalho, as ações INDENIZATÓRIAS, pela não inscrição do empregado no PIS – PROGRAMA DE INTEGRAÇÃ SOCIAL – Súmula 300 do TST. 
-Obs.: ACIDENTE DE TRABALHO: 
- reparação por dano moral ou material = JUSTIÇA DO TRABALHO
- quando envolver benefício previdenciário proveniente de acidente de trabalho, postulando perante o INSS, ou outro órgão de pensão = Justiça Comum
5.1.7. Ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho.
Obs.: A Justiça do Trabalho tem competência para julgar as ações relativas à imposição, desconstituição e inexigibilidade de multas pela fiscalização trabalhista.
Ex.: Mandado de segurança contra atos fiscais do trabalho referentes à penalidades administrativas.
5.1.8. Execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, “a”, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir
Sentenças e acordos homologados, incluindo-se juros, a correção monetária e multa.
5.1.9. Outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei;
Ex.: Ações declaratórias; ação de consignação em pagamento; ação de prestação de contas; ações ambientais do trabalho; entre outras
5.1.10. Incompetência material da justiça do trabalho - REFORÇANDO
Prestação de serviços pela empresa (pessoa jurídica);
Prestador de serviços abrangidos pelo CODIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR,...;
RELAÇÃO DE TRABALHO ESTATUTÁRIO (SERVIDORES PÚBLICOS DA UNIÃO ESTADOS E MUNICÍPIOS;
MATÉRIA CRIMINAL;
 
AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS
ATENÇÃO, A INCOMPETÊNCIA, EM RAZÃO MATÉRIA, É ABSOLUTA!!!!
5.2. Competência territorial, ou de foro, ou de lugar
Art. 651 – A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento (LEIA-SE VARAS DO TRABALHO) é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.
Regra Geral, sendo o local da última prestação de serviços, o foro competente para julgar a demanda, ainda que o obreiro tenha iniciado seu labor em outra localidade ou no estrangeiro
Ao contrário do CPC não é do domicílio, mas do último local de prestação de labor.
RESUMINDO A REGRA GERAL: Tanto para o Trabalhador, quanto para o Empregador, a ação deverá ser proposta no último local de serviço do empregado, ainda que o empregado tenha trabalhado em outros locais ou filiais.
5.2.1. Competência de foro: empregados viajantes, comerciantes:
O § 1º dita que a demanda deverá ser proposta na agência ou filial a que o obreiro esteja subordinado; a qual se reporta. 
Não sendo subordinado à filial, mas diretamente à matriz, será competente o foro do domicílio, ou a localidade + próxima. (condição alternativa).
Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.(§ 1º do art. 651 da CLT)
5.2.2. Competência de foro: empregados brasileiros no estrangeiro.
A competência é da Vara do Trabalho, desde que o trabalhador seja brasileiro e não haja convenção internacional em contrário.
A lei aplicável é a do país onde será prestado o serviço não importando o local de contratação (Súmula 207 TST, vide abaixo).
CONFLITOS DE LEIS TRABALHISTAS NO ESPAÇO PRINCÍPIO DA LEX LOCI EXECUTIONIS.
“A relação jurídica trabalhista é regida pelas leis vigentes no país da prestação de serviço e não por aquelas do local da contratação". 
5.2.3. Competência de foro: exercício do serviço fora do local de contratação
Parágrafo 3º do artigo 651 da CLT:
“Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.” 
Não valeria a regra do último local de trabalho para aquelas empresas que promovem trabalho fora do lugar da contratação.
Desse modo, haveria uma escolha do empregado entre o local do contrato e o da prestação dos serviços.
CUIDADO COM A OJ 149 SDI II:
CONFLITO DE COMPETÊNCIA. INCOMPETÊNCIA TERRITORIAL. HIPÓTESE DO ART. 651, § 3º, DA CLT. IMPOSSIBILIDADE DE DECLARAÇÃO DE OFÍCIO DE INCOMPETÊNCIA RELATIVA.
Não cabe declaração de ofício de incompetência territorial no caso do uso, pelo trabalhador, da faculdade prevista no art. 651, § 3º, da CLT. Nessa hipótese, resolve-se o conflito pelo reconhecimento da competência do juízo do local onde a ação foi proposta.
6. Atos Processuais
Os atos sãopraticados pelas partes, pelos auxiliares da justiça e pelos juízes. Ex: Petição inicial; perícia, sentença. 
6.1. Atos Processuais – Comunicação
A CLT, para a comunicação dos atos processuais se utiliza do vocábulo NOTIFICAÇÃO, para comunicação de praticamente todos os atos (citação ou intimação). No artigo 841 da CLT o Reclamado é notificado para comparecer em juízo e apresentar defesa.
AS COMUNICAÇÕES SERÃO, PREFERENCIALMENTE, POSTAIS!
*Fazenda Pública e o Ministério Público serão notificados PESSOALMENTE, através de mandado.
*Na execução, a CLT se utiliza do vocábulo citação (que será pessoal, no processo de execução).
No CPC: a CITAÇÃO é o ato em que se chama o réu ou o interessado ao processo; e a INTIMAÇÃO é o ato pelo qual alguém para que faça ou deixe de se fazer alguma coisa.
 
Segundo a Súmula 16 do TST, presume-se recebida a notificação após 48 horas de sua postagem, sendo ônus do Reclamado provar que não recebeu a notificação.
Art. 841. Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou chefe de secretaria, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência de julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias.
Conta-se, no mínimo cinco dias das 48 horas da postagem. 5 DIAS É O PRAZO MÍNIMO PARA A FORMULAÇÃO DA DEFESA.
Aplicando-se o dispositivo para a fazenda pública e para o Ministério Público, em consonância com o artigo 188 do CPC (PRAZO EM DOBRO PARA RECORRER E EM QUADRUPLO PARA CONTESTAR), seriam no mínimo 20 dias para a marcação da audiência a partir, de 48 horas da postagem. Sendo 20 dias o mínimo para a formulação de defesa.
§ 1º A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado na sede da Junta ou Juízo.
Será notificado por edital quando não for encontrado, ou criar embaraços. 
Nas localidades onde não há posto ou atendimento pelos CORREIROS, a notificação far-se-á por mandado cumprido pelo Oficial de Justiça.
ATENÇÃO!! 
1) NÃO HÁ CITAÇÃO POR HORA CERTA NA JUSTIÇA DO TRABALHO!
2) NÃO HÁ CITAÇÃO POR EDITAL NO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO.
§ 2º O reclamante será notificado no ato da apresentação da reclamação ou na forma do parágrafo anterior.
O Reclamante se houver advogado, será intimado através de seu procurador.
6.2. Atos Processuais – Horário
Art. 770 - Os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
Parágrafo único - A penhora poderá realizar-se em domingo ou dia feriado, mediante autorização expressa do juiz ou presidente.
Cuidado, as audiências serão realizadas de 2ª a 6ª feira das 08h Às 18h!!!
6.3. Termo Processual
Atualmente, os termos podem ser elaborados e armazenados por meio eletrônico, substituindo-se os meios físicos. Todavia, na CLT:
Art. 771 - Os atos e termos processuais poderão ser escritos a tinta, datilografados ou a carimbo.
Art. 772 - Os atos e termos processuais, que devam ser assinados pelas partes interessadas, quando estas, por motivo justificado, não possam fazê-lo, serão firmados a rogo, na presença de 2 (duas) testemunhas, sempre que não houver procurador legalmente constituído.
Atualmente, existe o processo eletrônico, com as assinaturas digitais.
Assim, o termo processual é redução de um ato processual na forma escrita.
7. Prazos Processuais
Diferentemente do CPC, O INÍCIO dos prazos não se dá da juntada do AR ou do mandado nos autos, mas do EXATO MOMENTO DA NOTIFICAÇÃO, OU CIÊNCIA DO ATO.
Art. 774 - Salvo disposição em contrário, os prazos previstos neste Título contam-se, conforme o caso, a partir da data em que for feita pessoalmente, ou recebida a notificação, daquela em que for publicado o edital no jornal oficial ou no que publicar o expediente da Justiça do Trabalho, ou, ainda, daquela em que for afixado o edital na sede da Junta, Juízo ou Tribunal. 
Parágrafo único - Tratando-se de notificação postal, no caso de não ser encontrado o destinatário ou no de recusa de recebimento, o Correio ficará obrigado, sob pena de responsabilidade do servidor, a devolvê-la, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Tribunal de origem. 
Já a contagem dos prazos É IDÊNTICA AO PROCESSO CIVIL, excluindo-se o dia do início e contando-se o dia do fim.
Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título contam-se com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento, e são contínuos e irreleváveis, podendo, entretanto, ser prorrogados pelo tempo estritamente necessário pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de força maior, devidamente comprovada.
Parágrafo único - Os prazos que se vencerem em sábado, domingo ou dia feriado, terminarão no primeiro dia útil seguinte.
Com o advento do DIÁRIO ELETRÔNICO, os prazos são contados a partir da publicação e não da veiculação divulgação, que corresponde à data em que a matéria se torna disponível no DEJT. 
Assim, no diário eletrônico a data da publicação se dá no primeiro dia útil após a divulgação, obedecendo ao previsto no art. 4º da Lei nº 11.419/06.
Se a publicação se der na sexta feira, o prazo iniciará na segunda ou no primeiro dia útil. (Súmula 1 do TST)
ATENÇÃO!! SÁBADO É DIA ÚTIL. Se a notificação ou ciência se der no sábado, “O INÍCIO DO PRAZO SE DARÁ NO PRIMEIRO DIA ÚTIL IMEDIATO E A CONTAGEM NO SUBSEQUENTE”(SÚMULA 262 DO TST) 
Significa que se a parte for notificada ou intimada no sábado, seria como se ela fosse intimada/notificada na segunda feira, sendo que o prazo começaria a contar na terça feira. 
Se no exemplo acima; se na segunda feira fosse feriado, seria como se a parte soubesse do ato na terça feira, começando a fluir o prazo na quarta feira. 
LEMBRANDO : FAZENDA PÚBLICA E MP Prazo quádruplo para contestar e em dobro para recorrer, ART. 188 DO CPC.
CUIDADO NÃO SE APLICA O ARTIGO 191 DO CPC NO QUE CONCERNE AO LIITISCONSÓRCIO, ANTE O PRINCÍPIO DA CELERIDADE: - OJ 310 SDI I TST:
LITISCONSORTES.PROCURADORES DISTINTOS. PRAZO EM DOBRO. ART. 191 DO CPC. INAPLICÁVEL AO PROCESSO DO TRABALHO. A regra contida no art. 191 do CPC é inaplicável ao processo do trabalho, em face da sua incompatibilidade com o princípio da celeridade inerente ao processo trabalhista.
Alguns prazos da JT:
Defesa Oral: 20 minutos
Razões Finais: 10 minutos
Recurso Ordinário: 08 dias 
Recurso de Revista: 08 dias 
Recurso de Embargos ao TST: 08 dias 
Agravo de instrumento: 08 dias 
Agravo de petição: 08 dias 
Embargos de declaração: 05 dias
Recurso Extraordinário: 15 dias
8. Dissídio Individual
8.1. Petição inicial trabalhista. 
No lugar da fundamentação jurídica exigida pelo processo comum, basta uma breve exposição dos fatos. Tal propositura está de acordo com o fato de que, no processo do trabalho, as partes não precisam de advogado VIDE ARTIGO 791 DA CLT, podendo exercer o IUS POSTILANDI(com algumas exceções Ex. Súmula 425 do TST). A inicial trabalhista revela-se mais simples, mas não menos técnica. A sua técnica, revelada pela letra da norma.
Súmula 425. O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho.
A reclamação pode ser escrita ou verbal (princípio da oralidade).
Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal.
§ 1º - Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Presidente da Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a datae a assinatura do reclamante ou de seu representante.
Princípio da simplicidade vigora na inicial escrita.
No Inquérito para apuração por falta grave – Artigos da CLT a petição deverá ser por escrito, obrigatoriamente.
§ 2º Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2 (duas) vias datadas e assinadas pelo escrivão ou chefe de secretaria, observado, no que couber, o disposto no parágrafo anterior.
Se a reclamação for verbal, primeiro a parte irá distribuí-la, para depois ser reduzida a termo:
Art. 786. A reclamação verbal será distribuída antes de sua redução a termo.
Parágrafo único. Distribuída a reclamação verbal, a reclamação verbal, o reclamante deverá, salvo motivo de força maior, apresentar-se no prazo de 5 (cinco) dias, ao cartório ou à secretaria, para reduzi-la a termo, sob a pena estabelecida no Art. 731.
A pena de que fala o artigo 731 é não poder demandar sobre os mesmos fatos e mesmo reclamado pelo prazo de 06 meses.
8.2. As Respostas Do Requerido No Processo Do Trabalho
O Reclamado, na justiça do trabalho, poderá oferecer RESPOSTA nas seguintes modalidades:
1) Contestação;
2) Exceção;
3) Reconvenção(embora não prevista na CLT, é uníssono o entendimento de sua possibilidade).
8.2.1. CONTESTAÇÃO
Aplica-se, subsidiariamente, o artigo 300 do CPC, sendo que também compete ao Reclamado impugnar, especificadamente todos os pontos da inicial sob pena de concordar com algum pedido.
Atentar para quando a parte estiver sendo defendida por advogado dativo ou Curador especial, sendo permitida no caso a NEGATIVA GERAL, APENAS NESTES CASOS.
Como a reclamatória, ela pode ser escrita ou oral. Se oral o Reclamado tem 20 minutos para aduzir seus argumentos contestatórios da peça inicial.
8.2.2. EXCEÇÕES.
As exceções previstas pela CLT são de Suspeição (engloba o impedimento) e de Incompetência, comportando a SUSPENSÃO DO FEITO.
A exceção deve ser oposta em conjunto com a contestação.
ATENÇÃO O PRAZO PARA O EXCETO SE MANFESTAR NA EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA É DE 24 HORAS!!! (ARTIGO 800 DA CLT)
Após a manifestação do exceto, o juiz decidirá,“na primeira sessão ou audiência”, se declina ou não da competência. se procedente a exceção, remetem-se os autos para o juízo competente. 
ART. 799, CLT. Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho somente podem ser opostas, com suspensão do feito, as exceções de suspeição ou incompetência.
§ 1º As demais exceções serão alegadas como matéria de defesa.
§ 2º Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a estas, se terminativas do feito, não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente no recurso que couber da decisão final.
Na EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO (OU IMPEDIMENTO), o juiz ou Tribunal designará audiência dentro de 48 (quarenta e oito) horas, para instrução e julgamento da exceção. (artigo 802 CLT)
 
O juiz é obrigado a dar-se por suspeito, e pode ser recusado, por algum dos seguintes motivos, em relação à pessoa dos litigantes: 
a) inimizade;
b) amizade íntima;
c) parentesco por consangüinidade ou afinidade até o terceiro grau civil(TIOS, SOBRINHOS, IRMÃOS, FILHOS, PAIS, AVÓS NETOS, BISAVÓS E BISNETOS, SOGRAS SOGROS ,NORAS, GENROS) aqui seria impedimento, mas deve-se seguir a CLT!!!
d) interesse particular na causa.
Na hipótese de o juiz singular não se julgar impedido ou suspeito, deverá remeter o os autos e suas razões para o TRT(instância superior).
Observe-se que nas exceções de impedimento e suspeição, a parte passiva é a pessoa do Juiz, mas segundo o artigo 138 do CPC, outras pessoas podem ser objeto de exceção como promotores, peritos, auxiliares da justiça. No caso de a suspeição ou impedimento não ser do juiz mas das pessoas referidas supra a nulidade deve ser argüida, se não na exceção, na primeira oportunidade de manifestação nos autos.
9. O Advogado Na Justiça Do Trabalho
É permitida a representação por advogado, devidamente constituído, através do mandato.
O mandato (procuração) pode ser por escrito e juntado aos autos, sendo a forma mais comum, mas ainda pode ser tácito.
 
O MANDATO TÁCITO ocorre quando o advogado representa a parte, acompanhando-a na audiência, exercendo atos no decorrer do processo, podendo o MESMO advogado exercer seu ofício até o fim do processo. 
Não Conhecimento - Recurso Trabalhista - Mandato - Procuração - Juntada
O não-cumprimento das determinações dos §§ 1º e 2º do art. 5º da Lei nº 8.906, de 04.07.1994 e do art. 37, parágrafo único, do Código de Processo Civil importa o não-conhecimento de recurso, por inexistente, exceto na hipótese de mandato tácito.
AINDA SOBRE O MANDATO TÁCITO: O MANDÁTO TÁCITO É PERMITIDO, MAS O SUBSTABELECIMENTO DO MANDATO TÁCITO É VEDADO, MESMO QUE O OUTRO ADVOGADO SEJA SÓCIO DO ESCRITÓRIO!!! 
OJ 200 SDI-I DO TST: MANDATO TÁCITO. SUBSTABELECIMENTO INVÁLIDO. É inválido o substabelecimento de advogado investido de mandato tácito.
PROCURAÇÃO, JUNTADA, APLICAÇÃO DO ARTIGO 37 DO CPC.
É aplicável, para propositura da ação, evitando-se a prescrição ou decadência, ou ainda quando o ato for urgente!!!
O TST não considera o RECURSO UM ATO URGENTE, PORTANTO O PRAZO DO ARTIGO 37 DO CPC. – SÙMULA 383 OD TST.
Mandato - Fase Recursal - Aplicabilidade
I - É inadmissível, em instância recursal, o oferecimento tardio de procuração, nos termos do art. 37 do CPC, ainda que mediante protesto por posterior juntada, já que a interposição de recurso não pode ser reputada ato urgente.
Ainda sobre o Mandato, cabe a OJ n. 373 da SDI-I:
“É inválido o instrumento de mandato firmado em nome de pessoa jurídica que não contenha, pelo menos, o nome da empresa e do signatário da procuração, pois estes dados constituem elementos que os individualizam”. Como, no caso, não ocorreu esse tipo de problema, a ministra afastou a declaração de irregularidade de representação e determinou o retorno dos autos à Segunda Turma para julgar o agravo de instrumento da empresa.
9.1. Honorários.
Ainda vigora o entendimento do TST no que concerne aos honorários advocatícios na justiça do trabalho.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. HIPÓTESE DE CABIMENTO 
I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios, nunca superiores a 15% (quinze por cento), não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte estar assistida por sindicato da categoria profissional e comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. (ex-Súmula nº 219 - Res. 14/1985, DJ 26.09.1985)
II - É incabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação rescisória no processo trabalhista, salvo se preenchidos os requisitos da Lei nº 5.584/70. 
ATENÇÃO!!! COM O ENTENDIMENTO ATUAL, ALÉM DAS HIPÓTESES DA SÚMULA 219 DO TST, QUANDO HOUVER NECESSIDADE DE RECURSO AO TST OU AO STF HÁ NECESSIDADE DE ADVOGADO, PORTANTO, SERÃO DEVIDOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DE SUCUMBÊNCIA!!!!
10. Os procedimentos do processo do trabalho.
PROCEDIMENTO ORDINÁRIO – acima de 40 salários mínimos
PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO – acima de 2 e até 20 salários mínimos
PROCEDIMENTO SUMÁRIO OU DE ALÇADA – até 2 salários mínimos
Todos os procedimentos da justiça do trabalho são definidos pelo valor da causa.
10.1. Procedimento Ordinário. ARTS. 837 A 852 CLT
Após a petição inicial, a distribuição (se houver mais de uma vara), e a notificação do reclamado haverá a audiência do artigo 843 da CLT.
Art. 843. Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independente do comparecimento de seus representantes, salvo nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria.
Atualmente a audiência se divide em inicial/inaugural e em instrução e julgamento;sendo a segunda, de mesma sorte, fracionada em audiência de instrução e em audiência de julgamento.
Na audiência inicial, o juiz tem a obrigação de propor a conciliação (PRIMEIRA VEZ, POIS ELE TEM DE PROPOR, PELO MENOS 2 VEZES), o reclamado deverá trazer os documentos, e a defesa, que pode ser escrita ou oral(vinte minutos para expor a defesa oral, que será reduzida a termo). Juntados os documentos e a defesa, o reclamante terá 10 dias para se manifestar acerca dos documentos juntados na peça de defesa, bem como manifestar-se acerca da defesa.
Na audiência de instrução haverá uma nova tentativa obrigatória de conciliação. Se infrutífera, passa-se a colheita das provas: a oitiva das partes, primeiro o reclamante e depois o reclamado. Serão ouvidas também as testemunhas (MÁXIMO TRÊS, QUE COMPARECERÃO INDEPENDENTEMENTE DE INTIMAÇÃO), primeiro as do reclamante e depois as do reclamado. Também podem ser ouvidos os peritos, ou requisitada a perícia nessa audiência, suspendendo-se o feito até o fim da perícia. 
Na audiência de julgamento, somente será prolatada a sentença. Então, encerrada a instrução o juiz marcará uma data para a prolação da sua sentença, saindo, as partes, intimadas da data que constará na ata. A data da prolação servirá como ciência do ato, para a contagem dos prazos recursais.
§ 1º É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente.
Lembrar que o para preposto há a exigência da Condição de Empregado - Súmula nº 377 - TST.
Nas ações plúrimas ou de cumprimento, os empregados poderão ser substituídos pelos Sindicatos.
§ 2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.
Interessante o motivo poderoso, crê-se que o legislador quis dizer ponderoso, nessa situação a parte poderá, fazer substituir pelo sindicato ou por outro empregado que pertença ao mesmo ofício.
 
10.2. Procedimento Sumaríssimo
Art. 852-A a 852-I CLT
Ao estudarmos o procedimento sumaríssimo é interessante compararmos com o procedimento ordinário, para uma melhor fixação do conteúdo. Então vamos lá:
Art. 852-A. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo.
SUMARÍSSMO: VALOR DA CAUSA MENOR QUE 40 SALÁRIOS MÍNIMOS
ORDINÁRIO: VALOR DA CAUSA MAIOR QUE 40 SALÁRIOS MÍNIMOS
Parágrafo único. Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional.
SUMARÍSSMO: NÃO PODEM SER PARTES A UNIÃO, ESTADO E MUNICÍPIOS, AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES. ATT.!: EMPRESAS PÚBLICAS E SOC. DE ECONOMIA MISTA PODEM!!!
ORDINÁRIO: A UNIÃO, ESTADO E MUNICÍPIOS, AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PODEM SER PARTES
 
Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo:
I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente;
II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do reclamado;
III - a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze dias do seu ajuizamento, podendo constar de pauta especial, se necessário, de acordo com o movimento judiciário da Junta de Conciliação e Julgamento.
§ 1º O não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos incisos I e II deste artigo importará no arquivamento da reclamação e condenação ao pagamento de custas sobre o valor da causa.
§ 2º As partes e advogados comunicarão ao juízo as mudanças de endereço ocorridas no curso do processo, reputando-se eficazes as intimações enviadas ao local anteriormente indicado, na ausência de comunicação.
SUMARÍSSIMO: PEDIDO CERTO E DETERMINADO, INCUMBINDO O AUTOR A CORRETA INDICAÇÃO DO NOME E ENDEREÇO DO RÉU, NOTIFICAÇÃO SEM EDITAL, SOB PENA DE ARQUIVAMENTO. PRAZO DE 15 DIAS PARA APRECIAÇÃO DO PEDIDO, CONTADOS DA DATA DO AJUIZAMENTO.
ORDINÁRIO: PEDIDOS PODEM SER ILÍQUIDOS, CABENDO NOTIFICAÇÃO POR EDITAL, NÃO HÁ PRAZO PARA APRECIAÇÃO DA RECLAMATÓRIA.
Art. 852-C. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em audiência única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser convocado para atuar simultaneamente com o titular.
SUMARÍSSIMO: AUDIÊNCIA UNA.
ORDINÁRIO: EMBORA O ARTIGO 843 FALE EM AUDIÊNCIA UMA, DE ACORDO COM OS COSTUMES, HÁ O FRACIONAMENTO DAS AUDIÊNCIAS.
Art. 852-D. O juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem produzidas, considerado o ônus probatório de cada litigante, podendo limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias, bem como para apreciá-las e dar especial valor às regras de experiência comum ou técnica.
SUMARÍSSIMO: POSSIBILIDADE DE O JUIZ LIMITAR OU EXCLUIR AS QUE CONSIDERAR EXCESSIVAS, IMPERTINENTES OU PROTELATÓRIAS – ADORAM PERGUNTAR ISSO NAS PROVAS.
ORDINÁRIO: SEM SIMILAR.
 
Art. 852-E. Aberta a sessão, o juiz esclarecerá as partes presentes sobre as vantagens da conciliação e usará os meios adequados de persuasão para a solução conciliatória do litígio, em qualquer fase da audiência.
SUMARÍSSIMO: OBRIGATORIEDADE DE (01) UMA TENTATIVA DE CONCILIAÇÃO.
ORDINÁRIO: OBRIGATORIEDADE DE (02) DUAS TENTATIVAS DE CONCILIAÇÃO.
 
Art. 852-F. Na ata de audiência serão registrados resumidamente os atos essenciais, as afirmações fundamentais das partes e as informações úteis à solução da causa trazidas pela prova testemunhal.
 
Art. 852-G. Serão decididos, de plano, todos os incidentes e exceções que possam interferir no prosseguimento da audiência e do processo. As demais questões serão decididas na sentença.
SUMARÍSSIMO: EXCEÇÕES E INCIDENTES SERÃO DECIDIDOS NO ATO DA AUDIÊNCIA, SEM SUSPENSÃO DO PROCESSO.
ORDINÁRIO: EXCEÇÕES HÁ O PRAZO DE 24 HORAS PARA MANIFESTAÇÃO, PODENDO O PROCESSO SER SUSPENSO.
 
Art. 852-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente.
§ 1º Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a critério do juiz.
SUMARÍSSIMO: TODA A INSTRUÇÃO SERÁ FEITA NA AUDIÊNCIA UNA. SOBRE A DOCUMENTAÇÃO DA CONTESTAÇÃO, A PARTE SE MANIFESTARÁ NA AUDIÊNCIA, EXCETO SE FOR IMPOSSÍVEL. EX. MUITOS DOCUMENTOS.
ORDINÁRIO: A INSTRUÇÃO SERÁ REALIZADA EM AUDIÊNCIA FRACIONADA, SENDO POSSÍVEL A PARTE SE MANIFESTAR POSTERIORMENTE À JUNTADA DOS DOCUMENTOS.
§ 2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação.
§ 3º Só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer. Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução coercitiva.
SUMARÍSSIMO: MÁXIMO 02 (DUAS) TESTEMUNHAS, QUE COMPARECERÃO INDEPENDENTEMENTE DE INTIMAÇÃO, ATENÇÃO: SOMENTE SERÃO INTIMADAS PELO JUÍZO SE HOUVER COMPROVAÇÃO DO CONVITE.
ORDINÁRIO: MÁXIMO 03 (TRÊS) TESTEMUNHAS QUE COMPARECERÃO INDEPENDENTEMENTE DE INTIMAÇÃO.
INQUÉRITO DE APURAÇÃO POR FALTA GRAVE = 6 TESTEMUNHAS.
§ 4º Somente quando a prova do fato o exigir, ou for legalmente imposta, será deferida prova técnica, incumbindo ao juiz, desde logo, fixar o prazo, o objeto da perícia e nomear perito.
§ 5º (VETADO)
§ 6º As partes serão intimadas a manifestar-se sobre o laudo, no prazo comum de cinco dias.
SUMARÍSSIMO: A PERÍCIA ACONTECERÁ SÓ QUANDO FOR IMPOSTA PELA LEI OU PELO FATO EXIGIR. PRAZO DE MANIFESTAÇÃO SOBRE O LAUDO: COMUM 5 DIAS.
ORDINÁRIO: PRAZO PARA MANIFESTAÇÃO: NÃO HÁ SENDO DE ACORDO COM A VONTADE DO JUIZ. NÃO CONFUNDIRCOM A IMPUGNAÇÃO DE CÁLCULOS NA FASE DE EXECUÇÃO, CUJO PRAZO É DE 10 DIAS SUCESSIVOS.
QUEM ESCOLHE O PERITO É O JUIZ!!! REVOGADO O ARTIGO 826 DA CLT.
§ 7º Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do processo dar-se-ão no prazo máximo de trinta dias, salvo motivo relevante justificado nos autos pelo juiz da causa.
 
Art. 852-I. A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório.
§ 1º O juízo adotará em cada caso a decisão que reputar mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais da lei e as exigências do bem comum.
§ 2º (VETADO)
§ 3º As partes serão intimadas da sentença na própria audiência em que prolatada.
SUMARÍSSIMO: SENTENÇA DISPENSA RELATÓRIO.
ORDINÁRIO: SENTENÇA ART. 832 - DA DECISÃO DEVERÃO CONSTAR O NOME DAS PARTES, O RESUMO DO PEDIDO E DA DEFESA, A APRECIAÇÃO DAS PROVAS, OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO E A RESPECTIVA CONCLUSÃO.
OUTRAS PARTICULARIDADES DO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO, ACERCA DOS RECURSOS
 O RECURSO ORDINÁRIO, no procedimento sumaríssimo: 
Será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo no PRAZO MÁXIMO DE DEZ DIAS, e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta para julgamento, sem revisor; 
Terá parecer oral do representante do Ministério Público, se a causa exigir; 
Terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstância, servirá de acórdão.
O RECURSO DE REVISTA, no procedimento sumaríssimo:
Somente será admitido recurso de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho e violação direta da Constituição da República.
10.3. Procedimento Sumário ou De Alçada
São as causas cujo valor da causa tem até 2 salários mínimos. Base é Lei n. 5.584/70, a qual dita que não cabe nenhum recurso. Entretanto, se houver matéria constitucional será admitido o Recurso Extraordinário ao STF.
Vale lembrar da Súmula 303 do TST, a qual se refere que das decisões contra a fazenda pública cabe recurso, exceto quando o valor não exceder 60 salários mínimos, ou quando a decisão estiver em consonância com o Pleno do STF ou em consonância com as OJ e Súmulas do TST.
Por fim, aplicar-se-ão as normas do procedimento ordinário por omissão da legislação.
11. Provas No Processo Do Trabalho
As provas são os meios pelos quais será demonstrada a veracidade dos fatos alegados, discutidos ou controversos.
No processo do trabalho são admitidas as provas testemunhal, documental e a pericial.
O ônus probatório é DA PARTE QUE ALEGA, conforme preceitua o artigo 818 da CLT, entretanto, aplica-se o artigo 333 do CPC, de forma subsidiária, competindo ao réu provar os fatos modificativos, impeditivos e extintivos do direito do autor.(Um exemplo é a Súmula 6, VIII do TST, que trata da equiparação salarial)
Outros exemplos consolidados pelo TST.
HORA EXTRA: MAIS DE 10 EMPREGADOS ÔNUS SOBRE ALEGAÇÃO DAS HORAS EXTRAORDINÁRIAS É DO EMPREGADOR. MENOS DE 10 EMPREGADOS ÔNUS É DO TRABALHADOR.
HORA EXTRA: CARTÃO PONTO BRITÂNICO(UNIFORME), DESCONSTITUI-SE A PROVA DOCUMENTAL, INVERTENDO-SE O ÔNUS.
VALE TRANSPORTE: É O EMPREGADO QUE TEM DE JUSTIFICAR OS REQUISITOS PARA O SEU DIREITO.
FGTS: SE O EMPREGADO ALEGAR NÃO TER RECEBIDO OU RECEBIDO A MENOR AS PARCELAS DE UM DETERMINADO PERÍODO, CASO A EMPRESA NEGUE OU DIZER QUE NÃO EXISTE DIFERENÇA, ATRAI PARA SI O ÔNUS DE PROVAR.
TÉRMINO DA RELAÇÃO DE EMPREGO: É DO EMPREGADOR, QUANDO ESTE NEGAR A PRESTAÇÃO DO SERVIÇO E A DESPEDIDA.
11.1.Oitiva Das Partes 
A CLT se utiliza do vocábulo “interrogatório” e “depoimento” das partes e das testemunhas. 
Segundo o artigo 848 da CLT, o juiz de OFÍCIO, ou a requerimento, poderá interrogar as partes.
A oitiva das partes se presta à tentativa da confissão real (expressamente pela parte), que é um prova cuja presunção é absoluta.
Súmula nº 74 do TST CONFISSÃO. I - Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. 
II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta (art. 400, I, CPC), não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores. 
III- A vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente a ela se aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever de conduzir o processo. 
11.2. Prova Testemunhal
A testemunha é a principal prova no processo do trabalho. Testemunhar é um dever público, mas há exceções pelas quais a testemunha não é obrigada a testemunhar, sendo aplicável o artigo 406 do CPC:
NÃO É OBRIGATORIO DEPOR:
 1) SOBRE FATOS QUE ACARRETEM DANO A TESTEMUNHA OU AO SEU CONJUGE, E SEUS PARENTES CONSAGUINEOS, AFINS, EM LINHA RETA OU NA COLATERAL EM 2º GRAU. 
2) DEVA SIGILO POR ESTADO OU PROFISSÃO
NÃO É NECESSÁRIA A APRESENTAÇÃO DO ROL DE TESTEMUNHAS. BASTA QUE COMPAREÇAM NA AUDIÊNCIA.
Não serão descontadas as faltas para depoimento em audiência de empregado. Se servidor público, o juiz oficiará à repartição, autarquia, corporação etc. Se a testemunha for estrangeira ou surda-muda, o juiz nomeará intérprete, às custas de quem a arrolou.
11.1.3. Impedimento/Incapacidade
Todas as pessoas capazes são possíveis testemunhas a não ser que tenham algum impedimento.
Art. 829 - A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação. 
IMPEDIMENTOS: Cônjuges ou Conviventes. Parentesco até o terceiro grau civil. Representante da empresa. Tutor ou curador.
SUSPEIÇÕES: Tiver interesse na causa. Amigo íntimo ou inimigo capital. Condenado por crime de falso testemunho.
Atenção para Súmula n. 357 do TST TESTEMUNHA. AÇÃO CONTRA A MESMA RECLAMADA. SUSPEIÇÃO Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter litigado contra o mesmo empregador.
CONTRADITA: Deverá ser argüida logo quando a testemunha se apresentar, apresentando-se as razões do impedimento.
Art. 825 - As testemunhas comparecerão a audiência independentemente de notificação ou intimação
Não esquecer que somente serão intimadas NO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO, COMPROVANDO-SE O CONVITE.
Parágrafo único - As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a condução coercitiva, além das penalidades do art. 730, caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação.
11.3. Documentos
Art. 830. O documento em cópia oferecido para prova poderá ser declarado autêntico pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal. 
Parágrafo único. Impugnada a autenticidade da cópia, a parte que a produziu será intimada para apresentar cópias devidamente autenticadas ou o original, cabendo ao serventuário competente proceder à conferência e certificar a conformidade entre esses documentos.
A apresentação dos documentos, via de regra deve ser no momento da propositura da ação e em sua contestação em audiência, porém é comum a juntada de documentos até a audiência de instrução (SUMARÍSSIMO É NA UNA). Vale lembrar da súmula 08 do TST:
Súmula 08 TST - JUNTADA DE DOCUMENTO 
A juntada de documentos na fase recursal só se justifica quando provado o justo impedimento para sua oportuna apresentação ou se referir a fato posterior à sentença.
Para a CLT são imprescindíveis como prova documental:
Acordo de compensação de jornada (banco de horas);
Pagamento ou concessão de férias;
Pagamento de salário;
Licença da gestante;
Vale a máxima “pagou mal, paga-se duas vezes...” não descriminou as verbasno termo de rescisão, o Reclamante pode pedir as verbas!
11.4. Perícia
Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico e científico, será necessária a perícia; consistindo em exame, vistoria ou avaliação.
Será INDEFERIDA PELO JUIZ: A prova não depender de conhecimento técnico ou científico; desnecessária, ante as provas já realizadas; a perícia for impraticável.
ATENÇÃO!!! Segundo o artigo 195 da CLT, mesmo que a empresa seja revel ou tenha confessado fatos relativos a pedido dos ADICIONAIS DE PERICULOSIDADE E INSLUBRIDADE, A PERÍCIA É OBRIGATÓRIA!!!
Pagamento do perito é da parte sucumbente (geralmente empregador), salvo benefício da justiça gratuita.
A perícia pode ser determinada de ofício pelo magistrado, ou a requerimento das partes.
O juiz não está vinculado ao laudo, para decidir a causa. O perito poderá ser chamado em audiência para prestar esclarecimentos.
O artigo 826 da CLT está revogado, sendo que o perito será nomeado pelo juiz. Após a nomeação, as partes terão 5 DIAS para apresentar quesitos e nomear assistente técnico.
12. Audiência
As audiências da Justiça do Trabalho serão públicas e serão realizadas em dias úteis em hora previamente fixada das 8h às e 18h, não podendo ultrapassar 5 (cinco) horas seguidas, salvo quando houver matéria urgente.(art. 813 da CLT)
Em casos especiais, poderá ser designado outro local para a realização das audiências, mediante edital, com a antecedência mínima de 24h.
As partes tem de estar presentes, E ATENÇÃO, não são mais os escrivães ou chefes de secretaria que irão reduzir a termo a audiência, mas um servidor da justiça.
Haverá a apregoação das partes por parte do servidor sendo que Se, até 15 (quinze) minutos após a hora marcada para a audiência, o juiz ou presidente não houver comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de registro das audiências.ANTEÇÃO SÓ VALE SE O MAGISTRADO NÃO ESTIVER NO FORUM. 
A REGRA É PARA O JUIZ E NÃO VALE PARA AS PARTES: OJ 245, DA SDI-I.
O registro das será feito em livro próprio, constando de cada registro os processos apreciados e a respectiva solução, bem como as ocorrências eventuais. Do registro das audiências poderão ser fornecidas certidões às pessoas que o requererem.
12.1. Audiência Procedimento Ordinário
Na audiência do procedimento ordinário, o juiz tem a faculdade de fracioná-la ou não. O fracionamento se dá na forma de audiência inicial (ou inaugural), instrução e julgamento.
Na audiência inicial, o magistrado deverá propor a 1ª tentativa de conciliação. Não havendo acordo, o reclamado oferece a defesa(contestação, reconvenção ou exceção) escrita ou oral EM 20 MINUTOS.
O reclamante terá 10 dias para manifestação/impugnação à defesa/documentos apresentados.
Audiência de Instrução:
Inicia-se com os depoimentos das partes. 
1º a parte reclamante/autora irá depor. O juiz perguntará o que entender (pode ser que o juiz não pergunte nada) para o Reclamante. 2º o juiz passa a reperguntas para a parte Requerida/Reclamada. Óia! O advogado do autor/reclamante não pode fazer perguntas para ele!!
3º a parte ré/reclamada irá depor. “Mesma coisa” 4º O juiz inquire (ou não) ao preposto, e após passa para reperguntas da parte autora. O advogado do reclamado não pode reperguntar ao reclamado.
LEMBRAR:
Nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de cumprimento os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria.
O empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente. (TEM DE TER CARTA DE PREPOSTO) O PREPOSTO TEM DE SER EMPREGADO!!!
Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso(OU PONDEROSO DE PONDERAÇÃO), devidamente comprovado, não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, O EMPREGADO poderá SER representado por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.
12.1.1 Não Comparecimento Das Partes
Art. 844. O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.
PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO. Se o Reclamante não comparece, arquivamento dos autos(significa que o processo será julgado extinto, sem julgamento do mérito, sem as conseqüências da sucumbência), se o reclamado não comparece é revelia e confissão da matéria de fato.
Cuidado com a Súmula n. 9 TST: Ausência do Reclamante - Audiência - Arquivamento do Processo
A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada a ação em audiência, não importa arquivamento do processo.
SÚMULA 74 DO TST
Pena de Confissão Trabalhista - Comunicação - Prova - Cerceamento de Defesa
I - Aplica-se a pena de confissão à parte que, expressamente intimada com aquela comunicação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. (ex-Súmula nº 74 - RA 69/1978, DJ 26.09.1978)
II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta (art. 400, I, CPC), não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores
III - A vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente a ela se aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever de conduzir o processo.
Ocorrendo, entretanto, motivo relevante, poderá o presidente suspender o julgamento, designando nova audiência.
12.1.2. Oitiva De Testemunhas.
1º serão ouvidas as testemunhas (MÁXIMO 3 = PROCEDIMENTO ORDINÁRIO) do autor. O JUIZ PERGUNTA PRIMEIRO, DEPOIS A PARTE QUE ARROLOU E POR ÚLTIMO A PARTE CONTRÁRIA.
O JUIZ NÃO PODE DEIXAR QUE AS TESTEMUNHAS SE COMUNIQUEM APÓS OS SEUS DEPOIMENTOS, ENTÃO TODOS PERMANECEM NA SALA ATÉ QUE TODAS AS TESTEMUNHAS PRESTEM DEPOIMENTO.
2º Serão ouvidas as testemunhas do reclamado(MÁXIMO 3 = PROCEDIMENTO ORDINÁRIO)
12.1.3 Oitiva Do Perito.
O perito será ouvido após as testemunhas(Parágrafo 2º do artigo 848 da CLT.
12.1.4. RAZÕES FINAIS
Cada parte terá 10 minutos para as razões finais.
2ª TENTATIVA OBRIGATÓRIA DE CONCILIAR
Após o término da instrução o juiz é obrigado a propor novo acordo entre as partes, sob pena de nulidade.
12.1.5. Audiência De Julgamento
Servirá para intimar as partes da sentença prolatada.
12.2. Audiência No Procedimento Sumaríssimo
A audiência é una, sendo instruída (inclusive exceções e incidentes) e julgada em uma única data. 
Apenas uma tentativa de conciliação é obrigatória. 
A defesa será apresentada de forma escrita ou oral(20 minutos) 
Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente.
Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a critério do juiz. 
As testemunhas, até o MÁXIMO DE DUAS para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação.
Só será deferida intimação de testemunha que foi comprovadamente convidada.
13. Sentença
É o ato processual que resolve a lide, mas não põe fim ou termo ao processo “A sentença volta a ser conceituada pelo conteúdo, e não pela aptidão de encerrar o processo em primeiro grau.” – Marcus Vinicius Rios Gonçalves, Novo Curso de Direito Processual Civil, volume 2, 4ª. edição, editora Saraiva, p. 2.
Na sentença trabalhista são, - de mesmo modo que no processo civil -, necessários requisitos para sua validade.
Embora a terminologia da CLT não seja idêntica a do CPC, verifica-se no artigo 832 caput, os requisitos:
Art. 832. Da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo do pedido e da defesa(CORRESPONDE AO RELATÓRIO), a apreciação das provas, os fundamentos da decisão(CORRESPONDE À MOIVAÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO) e a respectiva conclusão(CORRESPONDE AO DISPOSITIVO).
De acordo comWagner Giglio, citando Délio Maranhão, as sentenças terminativas põe fim ao processo, sem apreciar o mérito da causa. As Definitivas ou finais são aquelas que julgam o mérito da controvérsia.(Direto Processual do Trabalho, 16ª Edição, p. 277, Saraiva - São Paulo)
Quando a sentença concluir pela procedência do pedido, determinará o prazo e as condições para o seu cumprimento.
A decisão mencionará sempre as custas (2% - DOIS POR CENTO DO VALOR TOTAL DA CONDENAÇÃO) que devam ser pagas pela parte vencida. 
As decisões de conhecimento ou homologatórias de acordos deverão sempre indicar a natureza jurídica das parcelas constantes da condenação ou do acordo homologado(ex. R$ 3.000,00, referente ao FGTS, R$ 2.000, referente às HORAS EXTRAS etc.), inclusive o limite de responsabilidade de cada parte pelo recolhimento da contribuição previdenciária. 
A decisão homologatória transita em julgado para as partes(NÃO PARA UNIÃO QUE PODE RECORRER EM RELAÇÃO AOS TRIBUTOS) na data da homologação, constituindo título executivo judicial. Vide Súmula 100, V do TST e art. 831 da CLT.
A União será intimada das decisões homologatórias de acordos que contenham parcela indenizatória, na forma do art. 20 da Lei nº 11.033, de 21 de dezembro de 2004, facultada a interposição de recurso relativo aos tributos que lhe forem devidos. Intimada da sentença, a União poderá interpor recurso relativo à discriminação DAS VERBAS DO ACORDO.
ATENÇÃO PARA A PORTARIA DE N. 176 DE 2010: DO MINISTÉRIO DA FAZENDA
Art. 1º O Órgão Jurídico da União responsável pelo acompanhamento da execução de ofício das contribuições previdenciárias perante a Justiça do Trabalho poderá deixar de se manifestar quando:
I - o valor do acordo, na fase de conhecimento, for igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais); ou
 II - o valor total das parcelas que integram o salário de contribuição constantes do cálculo de liquidação de sentença for igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais).
Parágrafo único. O disposto nesse artigo se aplica também aos processos em trâmite nos Tribunais do Trabalho.
Art. 2º Verificado decréscimo na arrecadação das contribuições previdenciárias perante da Justiça do Trabalho, fica delegada, ao Procurador-Geral da Fazenda Nacional e ao Procurador-Geral Federal, competência para reduzir, em ato conjunto, o piso de atuação previsto no art. 1º, para até R$ 1.000,00 (mil reais).
Na CLT, tem-se: que “o acordo celebrado após o trânsito em julgado da sentença ou após a elaboração dos cálculos de liquidação de sentença não prejudicará os créditos da União.”
ATENÇÃO PARA OJ 376 DO TST:
“OJ-SDI1-376 - CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. ACORDO HOMOLOGADO EM JUÍZO APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA CONDENATÓRIA. INCIDÊNCIA SOBRE O VALOR HOMOLOGADO (DEJT divulgado em 19, 20 e 22.04.2010) É devida a contribuição previdenciária sobre o valor do acordo celebrado e homologado após o trânsito em julgado de decisão judicial, respeitada a proporcionalidade de valores entre as parcelas de natureza salarial e indenizatória deferidas na decisão condenatória e as parcelas objeto do acordo."
A OJ diz, então, que o valor da contribuição previdenciária será sobre o montante do acordo e não sobre a condenação.
O Ministro de Estado da Fazenda poderá, mediante ato fundamentado, dispensar a manifestação da União nas decisões homologatórias de acordos em que o montante da parcela indenizatória envolvida ocasionar perda de escala decorrente da atuação do órgão jurídico. 
VIDE PORTARIA 176 SUPRA
Existindo na decisão evidentes erros ou enganos de escrita, de datilografia ou de cálculo, poderão os mesmos, antes da execução, ser corrigidos, ex officio, ou a requerimento dos interessados ou da Procuradoria da Justiça do trabalho.
Conforme já verificado, a intimação da sentença ocorre na audiência em que foi prolatada.
14. Recursos
Recurso é a provocação pela parte do reexame de determinada matéria a ser analisada pela autoridade hierarquicamente superior, via de regra, ou pela própria autoridade prolatora da decisão, com o intuito de sua reforma total ou parcial. 
Os recursos trazidos pela CLT no processo do trabalho encontram-se elencados no artigo
Art. 893 - Das decisões são admissíveis os seguintes recursos: 
I – embargos (EMBARGOS AO TST, EMBARGOS DECLARATÓRIOS)
II - recurso ordinário; 
III - recurso de revista; 
IV – agravo(DE PETIÇÃO E DE INSTRUMENTO).
Cabem, ainda, o Recurso Extraodinário da última decisão do TST.
14.1 Pressupostos De Admissibilidade
Os requisitos ou pressupostos de admissibilidade são exigências que a lei impõe para que o recurso seja conhecido, apreciado pelo órgão julgador.
Os pressupostos de admissibilidade dos recursos são intrínsecos e extrínsecos, os primeiros relativos às partes; os segundos relativos ao processo.
INTRÍNSECOS = LEGITIMIDADE, CAPACIDADE E INTERESSE
LEGITIMIDADE: A parte tem de ter o direito de recorrer;
CAPACIDADE: A parte tem de ser plenamente capaz, ou representada ou assistida
 INTERESSE: A parte tem de ter interesse, se a parte venceu totalmente a causa(totalmente procedente) não haverá interesse dela em recorrer – não se conhece do recurso.
EXTRÍNSECOS = TEMPESTIVIDADE, PREPARO (CUSTAS E DEPÓSITO RECURSAL), REGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO, ADEQUAÇÃO DO RECURSO E RECORRIBILIDADE DO ATO.
14.1.1. Tempestividade: Respeito ao prazo para interposição do recurso:
Recurso Ordinário: 08 dias 
Recurso de Revista: 08 dias 
Recurso de Embargos ao TST: 08 dias 
Agravo de instrumento: 08 dias 
Agravo de petição: 08 dias 
Embargos de declaração: 05 dias
Recurso Extraordinário: 15 dias
ATENÇÃO! O prazo para contra arrazoar o recurso é o mesmo do recurso(art.900) da CLT.
Tem de esperar publicar o Acórdão para recorrer, sob pena de não ser conhecido(por ser extemporâneo) OJ 357 SDI-I TST.
NÃO ESQUEÇA QUE A FAZENDA PÚBLICA TEM PRAZO EM DOBRO PARA RECORRER.
NÃO SE APLICA O PRAZO EM DOBRO PARA LITISCONSORTES COM ADVOGADOS DIFERENTES!!!
14.1.2. Preparo (CUSTAS E DEPÓSITO RECURSAL)
Alguns recursos no processo do trabalho exigem o preparo. O preparo de alguns recursos(RO, RR, RExtr, Embargos no TST, Agravo de Instrumento), exige o DEPÓSITO RECURSAL.
14.1.2.1. CUSTAS. 
NA JUSTIÇA DO TRABALHO = 2% DO VALOR DA CONDENAÇÃO, deverão ser pagas pela parte sucumbente. Se a parte sucumbente recorrer, deverá recolher as custas. SALVO SE ESTIVER SOB O MANTO DA JUSTIÇA GRATUITA.
ISENÇÃO DAS CUSTAS E PREPARO: Massa Falida, Ministério Público do Trabalho, União Estados, DF e Municípios, Autarquias e Fundações Públicas, Beneficiário da Gratuidade da Justiça.
A OAB, CRM, CRO, NÃO SÃO ISENTOS!!! TEM DE PAGAR CUSTAS E DEPÓSITO!!! 
CUIDADO COM A INVERSÃO DA SUCUMBÊNCIA NA FASE RECURSAL. O Reclamante perdeu totalmente a causa. O Reclamante recorre revertendo o julgado no TRT. AS CUSTAS DEPENDERÃO DO VALOR DADO A CAUSA!!!
EXEMPLO 1. A reclamatória é de R$10.000,00. O reclamante reverteu em 2ª instância para 10.000,00, ASSIM, não seriam recolhidas as custas pelo RECLAMADO em caso de um Recurso de Revista ao TST, pois o reclamante já pagou para interpor o Recurso Ordinário ao TRT.
EXEMPLO 2. A reclamatória é de R$10.000,00. O reclamante reverteu em 2ª instância(TRT) para R$ 25.000,00. Para um Recurso de Revista, serão recolhidas as custas da diferença entre o valor da causa(R$10.000) pagos pelo reclamante para interpor o Recurso Ordinário e a condenação(R$ 25.000,00). O reclamado pagará custas de 2% sobre o valor de R$ 15.000.
 A PARTE SUCUMBENTE, RESSARCIRÁ A PARTE VENCEDORA SE ESTA PAGOU QUANTIA REFERENTE ÀS CUSTAS. 
OJ. N. 186 SDI I. CUSTAS. INVERSÃO DO ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA. DESERÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA 
No caso de inversão do ônus da sucumbência em segundo grau, sem acréscimo ou atualização do valor das custas e se estas já foram devidamente recolhidas, descabe um novo pagamento pela parte vencida, ao recorrer. Deverá ao final, se sucumbente, ressarcir a quantia.SÚMULA 25 TST CUSTAS 
A parte vencedora na primeira instância, se vencida na segunda, está obrigada, independentemente de intimação, a pagar as custas fixadas na sentença originária, das quais ficara isenta a parte então vencida.
14.1.2.2. DEPÓSITO RECURSAL.
 
È A GARANTIA DO JUÍZO. SÓ O RECLAMADO DEPOSITA E SE ELE FOR EMPREGADOR!!! TRABALHADOR NÃO EFETUA DEPÓSITO RECURSAL.
ONDE É FEITO O DEPÓSITO RECURSAL: NA CONTA VINCULADA DO FGTS DO TRABALHADOR – Por isso se o recorrente for o trabalhador, ele não efetuará o depósito recursal!
Tem de ser depositado o valor exato sob pena de deserção. Vide OJ 140 SDI-I. DEPÓSITO RECURSAL E CUSTAS. DIFERENÇA ÍNFIMA. DESERÇÃO. OCORRÊNCIA 
Ocorre deserção do recurso pelo recolhimento insuficiente das custas e do depósito recursal, ainda que a diferença em relação ao "quantum" devido seja ínfima, referente a centavos.
Súmula 128 TST Depósito recursal
I - É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal, integralmente, em relação a cada novo recurso interposto, sob pena de deserção. Atingido o valor da condenação, nenhum depósito mais é exigido para qualquer recurso. 
II - Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para recorrer de qualquer decisão viola os incisos II e LV do art. 5º da CF/1988. Havendo, porém, elevação do valor do débito, exige-se a complementação da garantia do juízo. 
III - Havendo condenação SOLIDÁRIA de duas ou mais empresas, o depósito recursal efetuado por uma delas aproveita as demais, quando a empresa que efetuou o depósito não pleiteia sua exclusão.
Somente haverá depósito recursal se a sentença for condenatória. Em dissídio coletivo, a sentença é declaratória e constitutiva, nunca condenatória, por isso descabe depósito recursal.
Massa falida não paga custas nem depósito, mas empresas em liquidação ou recuperação judicial pagarão.
 
Súmula 161 do TST DEPÓSITO. CONDENAÇÃO A PAGAMENTO EM PECÚNIA Se não há condenação a pagamento em pecúnia, descabe o depósito de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 899 da CLT
 
Art. 899. Os recurso serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Titulo, permitida a execução provisória até a penhora.
§ 1º Sendo a condenação de valor até 10 (dez) vezes o valor-de-referência regional, nos dissídios individuais, só será admitido o recurso, inclusive o extraordinário, mediante prévio depósito da respectiva importância. Transitada em julgado a decisão recorrida, ordenar-se-á o levantamento imediato da importância do depósito, em favor da parte vencedora, por simples despacho do juiz.
§ 2º Tratando-se de condenação de valor indeterminado, o depósito corresponderá ao que for arbitrado para efeito de custas, pela Junta ou Juízo de Direito, até o limite de 10 (dez) vezes o valor-de-referência regional.
§ 3º (Revogado pela L-007.033-1982)
§ 4º O depósito de que trata o § 1º far-se-á na conta vinculada do empregado a que se refere o Art. 2º da Lei nº 5.107, de 13 de setembro de 1966, aplicando-se-lhe os preceitos dessa lei, observado, quanto ao respectivo levantamento, o disposto no § 1º. 
§ 5º Se o empregado ainda não tiver conta vinculada aberta em seu nome, nos termos do Art. 2º da Lei nº 5.107, de 13 de setembro de 1966, a empresa procederá à respectiva abertura, para efeito do disposto no § 2º. 
§ 6º Quando o valor da condenação, ou o arbitrado para fins de custas, exceder o limite de 10 (dez) vezes o valor-de-referência regional, o depósito para fins de recurso será limitado a este valor.
§ 7º No ato de interposição do agravo de instrumento, o depósito recursal corresponderá a 50% (cinquenta por cento) do valor do depósito do recurso ao qual se pretende destrancar. 
14.1.3. Representação
CUIDADO COM A SÚMULA 425 DO TST!!! Devido ao direito de postular em juízo conferido às partes, estas podem recorrer até o Regional, todavia não poderão recorrer ao TST, necessitando para tanto de outorga de mandato a advogado:
Súmula 425. O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho.
Cuidar com o mandato!!!! Não será permitida a juntada posterior da procuração para não perder o prazo do recuso. Ele não será conhecido por falta de representação!!! SÚMULA 383 DO TST 
A ÚNICA HIPÓTESE de juntada tardia da procuração é quando o advogado já atuava na causa através do mandato tácito – SÚMULA 164 DO TST.
14.2. Características dos recursos trabalhistas e seus efeitos.
No recurso trabalhista não há efeito suspensivo, somente o devolutivo(devolve a matéria aos tribunais), não suspendendo uma possível execução PROVISÓRIA da decisão.
A execução provisória é por iniciativa da parte, diferentemente da decisão definitiva(transitada em julgado) que é provocada de ofício pelo juiz.
Desse modo, mesmo se interpondo o recurso a parte pode executar o julgado, extraindo carta de sentença, nos moldes do CPC. A execução provisória da sentença vai até a sua garantia, ou seja a PENHORA de algum(s) bem(ns).
RECURSO ADESIVO. CABIMENTO. APLICABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO CPC – Art. 500
O recurso adesivo tem cabimento quando autor e réu são vencidos:
“... Sendo, porém, vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir a outra parte. O recurso adesivo fica subordinado ao recurso principal e se rege pelas disposições seguintes: 
I - será interposto perante a autoridade competente para admitir o recurso principal, no prazo de que a parte dispõe para responder;
II - será admissível na apelação, nos embargos infringentes, no recurso extraordinário e no recurso especial; 
III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal, ou se for ele declarado inadmissível ou deserto.
Parágrafo único - Ao recurso adesivo se aplicam as mesmas regras do recurso independente, quanto às condições de admissibilidade, preparo e julgamento no tribunal superior.”
SÚMULA 283 DO TST RECURSO ADESIVO. PERTINÊNCIA NO PROCESSO DO TRABALHO. CORRELAÇÃO DE MATÉRIAS 
O recurso adesivo é compatível com o processo do trabalho e cabe, no prazo de 8 (oito) dias, nas hipóteses de interposição de recurso ordinário, de agravo de petição, de revista e de embargos, sendo desnecessário que a matéria nele veiculada esteja relacionada com a do recurso interposto pela parte contrária.
CONCLUINDO: Se numa demanda de parcial procedência (ambas perderam alguma coisa e tem interesse em recorrer), uma das partes perdeu o prazo do recurso, ou não tinha a intenção de recorrer, poderá, no momento das contra-razões protocolar o recurso adesivo.
TODAS AS NORMAS DO RECURSO TEM DE SER RESPEITADAS, COMO O PREPARO POR EXEMPLO!
14.3. Recursos em espécie.
14.3.1. Embargos declaratórios
PRAZO = 05 DIAS
PREPARO = NÃO (RECURSO DE GRAÇA, FREE, NEM DEPÓSITO RECURSAL NEM CUSTAS)
ENDEREÇAMENTO = À PRÓPRIA AUTORIDADE QUE PROLATOU A DECISÇÃO(SENTENÇA OU ACÓRDÃO)
ATENÇÃO!! NA JUSTIÇA DO TRABALHO OS EMBARGOS DECLARATÓRIOS SE PRESTAM PARA AS MESMAS SITUAÇÕES DO CPC: CABERÃO EM RAZÃO DE DECISÃO:
OBSCURA, CONTRADITÓRIA OU OMISSA
DIFERENÇA IMPORTANTÍSSIMA EM RELAÇÃO AO CPC.
OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO PROCESSO TRABALHISTA PODEM MODIFICAR A DECISÃO, TENDO EFEITO MODIFICATIVO.
CUIDADO QUE A OJ MUDOU, EM FACE DO RECURSO ORDINÁRIO.
ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL Nº 142 DA SBDI-1: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITO MODIFICATIVO. VISTA À PARTE CONTRÁRIA. 
I - É passível de nulidade decisão que acolhe embargos de declaração com efeito modificativo sem que seja concedida oportunidade de manifestação prévia à parte contrária.
II - Em decorrência do efeito devolutivo amplo conferido ao recurso ordinário, o item I não se aplica às hipóteses em que não se concede vista à parte contrária para se manifestar sobre os embargos de declaraçãoopostos contra sentença.
Alterou-se a OJ, incluindo o item II: QUE DIZ QUE NÃO HAVERÁ NULIDADE EM SENTENÇA PASSÍVEL/PENDENTE DE RECURSO ORDINÁRIO!!! DICA QUENTÍSSIMA, ALTEROU ANTES DO EDITAL DO EXAME!!
Os embargos de declaração, também são utilizados na instância superior para efeitos de prequestionamento. Se o Tribunal não se manifesta sobre o entendimento de determinada matéria apontada ou atacada em recurso, a Parte tem de provocar o Tribunal a se manifestar seu entendimento sobre a matéria/assunto específico através de embargos declaratórios, sob pena de o tribunal seguinte não conhecer do recurso, tendo em vista a ausência do prequestionamento. 
Súmula 297. TST. PREQUESTIONAMENTO. OPORTUNIDADE. CONFIGURAÇÃO 
I. Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese a respeito. (a expressão “explicitamente” não faz menção a artigo ou dispositivo de lei, portanto, não é necessário transcrever ou apontar o dispositivo, apenas a tese – OJ 118 SDI-I)
II. Incumbe à parte interessada, desde que a matéria haja sido invocada no recurso principal, opor embargos declaratórios objetivando o pronunciamento sobre o tema, sob pena de preclusão.
III. Considera-se prequestionada a questão jurídica invocada no recurso principal sobre a qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não obstante opostos embargos de declaração.
Súmula 184 EMBARGOS DECLARATÓRIOS. OMISSÃO EM RECURSO DE REVISTA . PRECLUSÃO 
Ocorre preclusão se não forem opostos embargos declaratórios para suprir omissão apontada em recurso de revista ou de embargos.
Por fim, a interposição de embargos de declaração INTERROMPE(COMEÇA A CONTAR TUDO DE NOVO) o prazo para interposição de outros recursos, tal e qual os embargos declaratórios no CPC.
Art. 897-A. Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no prazo de cinco dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subseqüente a sua apresentação, registrado na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso. 
Parágrafo único. Os erros materiais poderão ser corrigidos de ofício ou a requerimento de qualquer das partes.
Art.s 535 a 538 do CPC, aplicáveis de forma subsidiária. 
14.3.2. Recurso Ordinário
Trata-se de típico recurso trabalhista, semelhante à apelação no processo civil.
PRAZO = 08 DIAS.
PREPARO = SIM, 
ENDEREÇAMENTO: Ao TRT nas decisões definitivas ou terminativas das varas do trabalho. Ao TST das decisões das ações de competência originária dos TRTs (Mandados de Segurança, Ações Rescisórias, Dissídios Coletivos, etc).
O Artigo 895 da CLT elenca as hipóteses de cabimento do RO. “Cabe recurso ordinário para a instância superior:
I - das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias;
Além das “decisões definitivas ou terminativas” é possível interpor recurso ordinário da decisão que ACOLHE A EXCEÇÃO DE IMCOMPETÊNCIA RELATIVA (FORO),
Súmula 214 Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT.
Vide exceção de incompetência!
 
II - das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos.
Algumas ações a lei direciona aos TRTs a competência originária(primeira instância).
Exemplo os Dissídios Coletivos, Mandados de Segurança contra ato de Juiz Singular, ou do Próprio Regional e a Ação Rescisória.
No DISSÍDIO COLETIVO a competência nunca será do juiz singular. Se for sindicato, sua base territorial for regional, competência TST. Agora se for Sindicato osu Associação de caráter ou amplitude Nacional (CUT, CGT, Etc.) a competência originária é do TST para os dissídios coletivos.
No que concerne ao MANDADO DE SEGURANÇA, se a competência for originária do TRT (quando o ato coator for praticado pelo Juiz singular, ou o Desembargador do Próprio TRT), caberá RECURSO ORDINÁRIO AO TST).
14.3.3 Recurso De Revista
Trata-se de recurso de característica tecnicista e extraordinária, tal e qual o Recurso Extraordinário e os Embargos ao TST. Tem o condão de uniformizar a jurisprudência nacional. Assim como nos seus assemelhados, não é possível nova análise probatória no Recurso de Revista. 
SOMENTE É CABÍVEL EM DISSÍDIO INDIVIDUAL, SENDO necessário que a demanda tenha iniciada na vara do trabalho.
PRAZO = 08 DIAS.
PREPARO = SIM.
ENDEREÇAMENTO: Ao TST nas decisões definitivas ou terminativas de recursos ordinários nos TRTs.
PREQUESTIONAMENTO. È pressuposto de admissibilidade extrínseco necessário no caso do TRT não ter se manifestado sobre a matéria que se quer atacar no Recurso de Revista. O meio de provocação é através dos embargos declaratórios. Se não houver o prequestionamento, O RECURSO DE REVISTA NÃO SERÁ CONHECIDO
 De acordo com o artigo 896 “Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando:
       
a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal;         
Na alínea “a” verifica-se que a DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL NA INTERPRETAÇÃO DE LEI FEDERAL, é pressuposto para o conhecimento Recurso de Revista, quando a decisão do tribunal divergir:
1) De outro acórdão de outro TRT(no pleno ou turma);
2) De Decisão na SDI I e II.
3) Súmula do TST 
Para que seja conhecido o recurso, deve haver um acórdão paradigma(modelo), ao qual o recorrente de revista, requer seja adequada ou reformada a decisão. Deve-se juntar no Recurso de Revista, o acórdão(modelo) segundo o qual a parte quer seja dado o mesmo entendimento. Inclusive transcrever do acordão os trechos específicos da adequação e da divergência, que postula reforma.
b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a;         
Nesta alínea, para facilitar o entendimento, digamos que exista uma convenção coletiva de âmbito nacional de uma determinada categoria e a interpretação de um Regional seja mais favorável que a de outro. O Recorrente que se sentir prejudicado, em face da interpretação mais favorável de outro TRT poderá recorrer de revista.
De mesma sorte, para que seja conhecido o recurso, deve haver um acórdão paradigma (modelo), ao qual o recorrente de revista, requer seja adequada ou reformada a decisão; transcrevendo e apontando trechos do acórdão modelo/paradigma.
O ACÓRDÃO MODELO OU PARADIGMA TEM DE SER DE OUTRO TRT, SE FOR DO MESMO TRT NÃO CABE O RECURSO DE REVISTA!
c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal
Nesta alínea, a decisão do TRT deverá violar literalmente a Constituição, Leis Federais (inclusive a CLT).
NO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO CABERÁ O RECURSO DE REVISTA:
EM CASO DE contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho e violação direta da Constituição da República.
ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL Nº

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