Buscar

PLANEJAMENTO CONTROLE CONSTRUCAO CIVIL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 109 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 109 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 109 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA – CCET 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
Adriana da Silva Monteiro 
Rita de Cássia Alves dos Santos 
 
 
 
 
 
 
 
PLANEJAMENTO E CONTROLE NA CONSTRUÇÃO 
CIVIL, UTILIZANDO ALVENARIA ESTRUTURAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELÉM – PA 
2010 
ii 
 
Adriana da Silva Monteiro 
Rita de Cássia Alves dos Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANEJAMENTO E CONTROLE NA CONSTRUÇÃO 
CIVIL, UTILIZANDO ALVENARIA ESTRUTURAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELÉM – PA 
2010 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao Centro de Ciências Exatas 
e Tecnológicas da Universidade da 
Amazônia, para obtenção do grau de 
Bacharel em Engenharia Civil. 
Orientador: Prof. Alexandre de Moraes 
Ferreira. 
iii 
 
 
Adriana da Silva Monteiro 
Rita de Cássia Alves dos Santos 
 
PLANEJAMENTO E CONTROLE NA CONSTRUÇÃO 
CIVIL, UTILIZANDO ALVENARIA ESTRUTURAL 
 
 
 
 
 
Banca Examinadora 
 
______________________________________ 
 Prof. Alexandre de Moraes Ferreira 
 Orientador 
 
______________________________________ 
 Prof: José Zacarias Rodrigues da Silva Júnior 
 
_______________________________________ 
 Prof: Wandemyr Mata dos Santos Filho 
 
Apresentado em: 17 /12 / 2010 
Conceito: ________________________ 
 
BELÉM – PA 
2010 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
ao Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas 
da Universidade da Amazônia, para obtenção 
do grau de Bacharel em Engenharia Civil. 
Orientador: Prof. Alexandre de Moraes Ferreira. 
iv 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedicamos este Trabalho a Deus, por ter nos 
dado a oportunidade de estar no mundo, e 
realizarmos mais este sonho, ao concluirmos o curso 
de Engenharia Civil. E aos nossos familiares que 
nos apoiaram no decorrer destes anos. 
 
 
v 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Adriana Monteiro 
Agradeço primeiramente a Deus, pela conclusão de mais uma etapa de minha 
vida, dando-me força e saúde no percorrer destes anos de batalha. 
À minha mãe, obrigada pelo sonho realizado, pela confiança, incentivo, e por 
todo apoio em minha caminhada, pois a conquista não é apenas minha, é NOSSA. 
À minha tia Rita (in memorian), por todo seu carinho, amor e dedicação 
enquanto esteve ao meu lado, fazendo-me acreditar que sonhos – e pessoas – 
nunca morrem. 
Aos excelentes professores do curso, por toda dedicação, apoio e 
conhecimentos repartidos. Em especial ao professor Alexandre Ferreira, orientador 
deste trabalho, pela amizade, dedicação e paciência no exercício da docência. 
Ao Ernesto Andrade, que, apesar da distância, foi um dos meus motivadores 
a seguir a carreira de Engenheira Civil, sabendo o exato momento das broncas e 
incentivos necessários, fazendo-me perseverar mesmo nos momentos de fraqueza. 
Muito obrigada pelo carinho de sempre. 
A minha prima Verônica Monteiro, que precisou aprender a diferença entre 
Alvenaria Estrutural x Alvenaria Convencional, suas vantagens e desvantagens e 
sobre o planejamento e gerenciamento de uma obra, para que assim pudesse 
realizar a correção deste trabalho. Muito obrigada por sua paciência e dedicação. 
Ao Celso Davi por seu apoio incondicional ao final deste trabalho, não 
medindo esforços para me ajudar na entrega do mesmo. 
 Aos colegas e amigos que conquistei durante o curso em especial ao André 
Monteiro, Davison Vieira, Dílson Jacob, Fábio Moreira, Jorge Dorival, Renato 
Lameira, Rita de Cássia, Rodrigo Augusto que permaneceram ao meu lado nesse 
final de curso. Ao Fábio Castro, pelo seu companheirismo, paciência e amizade de 
sempre, que por diversas vezes me socorreu e me tranqüilizou no decorrer da 
realização deste trabalho. Muito obrigada. 
vi 
 
Aos amigos Márcia Costa, Elaine Melo, Luanna Alysse, Mônica Lisboa, 
Rafella Brito, Carol Sousa, Márcio Azevedo, Helaine Coelho, por acreditarem em 
mim, compreenderem e aturarem o meu “mau humor” nos momentos de pressão 
decorrentes da realização deste trabalho. É assim que reconhecemos grandes e 
verdadeiras amizades. 
Aos meus ex-chefes, Délio Arnour, Aricles Filho, Armindo Bitar, e ao atual 
Alexandre Neno, que muito contribuíram para o meu aprendizado no decorrer do 
curso. 
À minha família, em especial aos tios Zezinho (in memorian), Helena, Carmita 
e Ana, por tudo que sempre fizeram por mim, pelo exemplo, amizade, e carinho, 
fundamentais na construção do meu caráter. A todos aqueles que estiveram 
presentes me incentivando, transmitindo forças e vibrações positivas através de 
orações, sei que isso muito contribuiu para o meu bom desempenho na conclusão 
deste trabalho. E a todos os outros que compartilharam momentos únicos e 
especiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
vii 
 
Rita de Cássia 
Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado a chance de ser aquilo que 
escolhi, por ter confiado em mim o dom de construir e por todas as coisas 
maravilhosas que tem feito em minha vida. 
Aos meus avôs maternos, Orlandina (in memorian) e Henrique, pela criação 
que me deram, onde por muitas vezes se sacrificaram para me dar o melhor. 
A minha mãe Socorro, acreditou, se dedicou e se sacrificou por mim durante 
esses cinco anos de graduação, ajudando-me a construir. 
A todos meus familiares, que acompanharam minha jornada e me deram 
força para conseguir os meus objetivos. 
A minha amiga Adriana, que compartilhamos ansiedades, alegrias e tristezas 
no decorrer desses anos. Agradeço pelas palavras de apoio, puxões de orelha na 
hora certa e pelo seu carinho. 
A todos meus amigos que contribuíram direta ou indiretamente para a 
conclusão deste ciclo. 
Ao meu mestre Engº. João Nassar, pela contribuição para minha aquisição da 
experiência, pelo despertar para aprender, por ter apontado novos horizontes e 
perspectivas e por repartir comigo o seu conhecimento, transformando meus ideais 
em realização. Mas agradeço acima de tudo pelo apoio e carinho e a certeza que 
sempre poderei contar com ele. 
Aos meus professores, pela contribuição para minha construção e o meu 
crescimento. 
Muitos acrescentaram, contribuíram e continuam acrescentando e 
contribuindo para o meu crescimento profissional e pessoal. Nessa caminhada, 
muitos são lembrados e alguns são esquecidos. Aos que foram esquecidos, o meu 
eterno agradecimento. 
viii 
 
EPÍGRAFE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Espero que a nossa sabedoria cresça com a 
nossa força, e que nos ensine que quanto menos 
usamos nossa força, maior ela será.” (Thomas 
Jefferson).
ix 
 
RESUMO 
 
 
O presente trabalho aborda o processo de gerenciamento das construções, 
dando-se em três etapas: planejamento, programação e controle. Agrupa-se os 
procedimentos realizados de acordo com a seqüência temporal de implementação 
na obra, tendo como elemento principal a utilização da Alvenaria Estrutural. 
Propondo, assim, a utilização deste sistema alternativo com blocos de 
concreto como técnica construtiva para a obtenção de parâmetros importantes, 
como: qualidade e produtividade das obras, racionalização e economia de materiais 
e serviços, treinamento da mão de obra, entre outros. 
Concluiu-se que, quando comparada à Alvenaria Convencional, a Alvenaria 
Estrutural obtém grandes vantagens econômicas, destacando-se como principais: 
menor tempo de execução, menos resíduos gerados, número reduzido de pilares, 
vigas e especialidades na obra, além de servir como isolante termo-acústico. 
 
 
Palavras Chave: 
ConstruçãoCivil, Planejamento, Controle, Gerenciamento, Alvenaria Estrutural, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
x 
 
ABSTRACT 
 
 
This paper approaches the process of managing the buildings, which appears 
in three stages: planning, programming and controlling. We can classify the 
procedures performed according to the temporal sequence of implementation in the 
work, having as main element the use of Structural masonry. 
We can propose, therefore the use of this alternative system with concrete 
blocks as a construction technique for obtaining important parameters, such as 
quality and productivity of work, rationalization and economy of materials and 
services, training of the labors, among others. 
It was concluded that when compared to conventional masonry, the Structural 
Masonry obtains great economic advantages, especially: shorter execution time, less 
waste generated, reduced number of columns, beams and specialties in the work, 
besides serving as an insulator thermo-acoustic. 
 
Keywords: 
Construction, Planning, Control, Management, Masonry Structures. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
xi 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figuras 01: Estrutura de um setor de planejamento técnico ..................................... 27 
Figura 02: Ciclo de vida de um projeto de construção .............................................. 30 
Figura 03: Etapas da Orçamentação ......................................................................... 36 
Figura 04: Exemplos de cronograma de Barras Gantt .............................................. 45 
Figura 05: Placas de sinalização de Segurança ........................................................ 53 
Figura 06: Farol de Alexandria ................................................................................. 57 
Figura 07: Pirâmides de Gizé .................................................................................... 58 
Figura 08: Edifício Monadnock .................................................................................. 59 
Figura 09: Hotel Excalibur ......................................................................................... 60 
Figura 10: Blocos Estruturais .................................................................................... 63 
Figura 11: Blocos Estruturais .................................................................................... 63 
Figura 12: Argamassa de Assentamento em Alvenaria Não Armada ....................... 64 
Figura 13: Argamassa de Assentamento em Alvenaria Armada ............................... 65 
Figura 14: Armadura ................................................................................................. 67 
Figura 15: Lançamento do Graute ............................................................................. 69 
Figura 16: Blocos Vazados de Concreto da Família 29 ............................................ 72 
Figura 17: Blocos Vazados de Concreto da Família 39 ............................................ 72 
Figura 18: Tipos de Amarrações de Blocos............................................................... 73 
Figura 19: Amarração Direta de Paredes .................................................................. 74 
Figura 20: Seqüência de Fiadas ................................................................................ 75 
Figura 21: Bloco e Meio (14x44x19) .......................................................................... 75 
xii 
 
Figura 22: Fechamento com Bloco e Meio ................................................................ 76 
Figura 23: Fechamento com Bloco em Transito ........................................................ 76 
Figura 24: Marcação da 1ª Fiada .............................................................................. 84 
Figura 25: Execução da 1ª Fiada .............................................................................. 84 
Figura 26: Limpeza e Umedecimento da 1ª Fiada .................................................... 85 
Figura 27: Colocação e Fixação do Eixo ................................................................... 85 
Figura 28: Verificação da Verticalidade Externa ........................................................ 85 
Figura 29: Alinhamento Externo ................................................................................ 86 
Figura 30: Alinhamento ............................................................................................. 86 
Figura 31: Conferência de Locação .......................................................................... 86 
Figura 32: Conferência de Esquadro ......................................................................... 86 
Figura 33: Junta entre Blocos .................................................................................... 90 
Figura 34: Canaleta Grauteada ................................................................................. 90 
Figura 35: Tela Eletrosoldada ................................................................................... 91 
Figura 36: Caixas Elétricas........................................................................................ 91 
Figura 37: Início da 2ª Elevação ................................................................................ 91 
Figura 38: Gabaritos Metálicos .................................................................................. 92 
Figura 39: Gabaritos Metálicos .................................................................................. 92 
Figura 40: Forma do Beiral Externamente ................................................................ 93 
Figura 41: Forma do Beiral Internamente .................................................................. 93 
Figura 42: Escoramento da Laje ............................................................................... 93 
Figura 43: Forma pronta para ser concretada ........................................................... 94 
Figura 44: Bloco Hidráulico ..................................................................................... 100 
xiii 
 
Figura 45: Shaft Hidráulico ...................................................................................... 101 
Figura 46: Enchimento em pia da Cozinha ............................................................. 102 
Figura 47: Sanca ..................................................................................................... 102 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
xiv 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 01: Tabela Salarial......................................................................................... 40 
Tabela 02: Resistência à Compressão Característica ............................................... 63 
Tabela 03: Ferramentas e Equipamentos ................................................................. 82 
Tabela 04: Tolerâncias Dimensionais ..................................................................... 107 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
xv 
 
LISTA DE PROJETOS 
 
Projeto 01: Projeto Arquitetônico ............................................................................... 80 
Projeto 02: Elevação Frontal ..................................................................................... 81 
Projeto 03: Primeira Fiada ......................................................................................... 87 
Projeto 04: Segunda Fiada ........................................................................................ 89 
Projeto 05: Elevação da Paredes ..............................................................................95 
Projeto 06: Elétrico .................................................................................................... 98 
Projeto 07: Hidráulico .............................................................................................. 104 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
xvi 
 
SUMÁRIO 
1- INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 18 
2- PLANEJAMENTO E CONTROLE NA CONSTRUÇÃO CIVIL ............................. 24 
2.1- Planejamento .................................................................................................. 24 
2.1.1- Estudos Preliminares da Obra .................................................................. 28 
2.1.2- Memorial Descritivo .................................................................................. 29 
2.1.3- Gerenciamento de Projetos ...................................................................... 30 
2.1.4- Identificação da Equipe de Trabalho ........................................................ 32 
2.1.5- Orçamento ................................................................................................ 32 
 2.1.5.1- Tipos de Orçamentos .......................................................................... 34 
 2.1.5.2- Elaboração de Orçamentos ................................................................. 35 
 2.1.5.3- Estudo das Condicionantes ................................................................. 36 
 2.1.5.4- Composição de Custos ........................................................................ 37 
 2.1.5.5- Fechamento do Orçamento ................................................................. 41 
2.2- Programação .................................................................................................. 43 
2.2.1- Cronograma .............................................................................................. 44 
2.2.2- Logística e Programação de Materiais e Mão-de-Obra ............................ 46 
2.3- Controle .......................................................................................................... 47 
2.3.1- Segurança e Medicina do Trabalho .......................................................... 52 
2.3.2- Controle de Materiais e Mão-de-Obra ...................................................... 53 
2.3.3- Controle do Desempenho Financeiro da Obra ......................................... 53 
2.3.4- Relatório Gerencial Mensal ...................................................................... 54 
2.3.5- Controle de Execução e da Qualidade ..................................................... 55 
3- ALVENARIA ESTRUTURAL ................................................................................ 56 
3.1- Histórico .......................................................................................................... 56 
3.2- Conceito .......................................................................................................... 61 
3.3- Componentes da Alvenaria Estrutural ............................................................ 62 
xvii 
 
3.3.1- Bloco Estrutural ........................................................................................ 62 
3.3.2- Argamassa de Assentamento ................................................................... 63 
3.3.3- Armadura .................................................................................................. 66 
3.3.4- Graute....................................................................................................... 67 
3.4- Projeto em Alvenaria Estrutural ...................................................................... 70 
3.4.1- Coordenação Modular .............................................................................. 71 
3.4.2- Amarração das Paredes ........................................................................... 74 
3.4.3 Simetria na Modulação .............................................................................. 76 
3.4.4- Projeto Estrutural ...................................................................................... 78 
3.5- Execuções em Alvenaria Estrutural ................................................................ 79 
3.5.1- Ferramenta e Equipamentos .................................................................... 82 
3.6- Processo Executivo ........................................................................................ 83 
3.6.1- Marcação da Primeira Fiada ..................................................................... 84 
3.6.2- Segunda Fiada ......................................................................................... 88 
3.6.3- Primeira Elevação .................................................................................... 90 
3.6.4- Segunda Elevação ................................................................................... 91 
3.7- Passagem das Tubulações ............................................................................. 96 
3.7.1- Instalações Elétricas, Telefone, de TV e Interfone .................................. 96 
3.7.2- Instalações Hidro-Sanitárias ..................................................................... 99 
3.8- Recomendações para o Controle Tecnológico de Construção em Alvenaria 
Estrutural .............................................................................................................. 105 
3.8.1- Controle do Recebimento de Materiais e Componentes ....................... 105 
3.7.2- Controle de Produção de Paredes Estruturais e da Estrutura da Edificação 
 .......................................................................................................................... 106 
3.9- Vantagens da Alvenaria Estrutural ................................................................ 108 
3.9.1- Redução no desperdício de materiais e mão-de-obra ........................... 108 
3.9.2- Economia de fôrmas ............................................................................... 108 
3.9.3- Redução significativa na utilização de argamassa nos revestimentos ... 108 
xviii 
 
3.9.4- Redução no número de especialidades na obra .................................... 108 
3.9.5- Simultaneidade das etapas da construção ............................................ 109 
3.9.6- Conforto Térmico-Acústico ................................................................... 109 
3.10- Desvantagens da Alvenaria Estrutural ........................................................ 109 
3.10.1- Dificuldades de adaptação da arquitetura para novo uso .................... 109 
3.10.2- Impossibilidade de execução com mão-de-obra não qualificada ......... 109 
3.10.3- Limitações de projeto arquitetônico ..................................................... 110 
3.10.4- Controle dos blocos estruturais ............................................................ 110 
CONCLUSÃO ......................................................................................................... 111 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 112 
 
 
 
 
19 
 
Introdução 
A Construção Civil é um setor industrial de importante estratégia para a 
economia, apresentando sérias deficiências em seus processos de gestão e, 
portanto, necessita cada vez mais de ferramentas que auxiliem os profissionais 
atuantes na área. 
O Processo Construtivo forma um conjunto de atividades multidisciplinares e 
rotineiras de um cronograma seqüencial que algumas vezes não se tornam práticas 
constantes devido a alguns contratempos existentes, destinadas a cumprir uma 
determinada meta, caracterizadas por um inícioe um fim, delimitadas no tempo, 
compatibilizadas no custo e otimizadas no desempenho técnico e produtivo. Assim, 
gerenciá-lo significa utilizar recursos materiais, financeiros e humanos, empregados 
de acordo com o escopo de trabalho pré-estabelecido em um plano que fixa datas, 
um planejamento que define prioridades e um controle para garantir sua qualidade 
assegurando o lucro e o prazo de execução, almejando técnicas construtivas que 
ofereçam rapidez, economia e redução da geração de resíduos. 
O mercado da Construção Civil está cada vez mais exigente, sempre 
buscando a qualidade e o menor custo. Uma obra para ser bem executada e gerar 
lucros para construtora, necessita, antes de tudo, de um bom planejamento e 
gerenciamento em todas as suas etapas, principalmente em sua fase projetual. 
Vieira Netto (1988) afirma que “o gerenciamento geral compreende a atuação 
sobre as áreas de: Projetos; Recursos Financeiros e Construção.”. Todavia, agrupa-
se estes itens de acordo com seu encadeamento temporal de implantação na obra, 
que ocorre em três diferentes fases: Planejamento, Programação e Controle. 
Atualmente, com o avanço da tecnologia de construção, a Alvenaria Estrutural 
surge como um sistema construtivo que superou a fase experimental e se 
desenvolveu como opção eficiente e econômica, suprindo as necessidades de 
construções com baixo custo, atendendo o mercado consumidor sem exigência de 
um alto grau de sofisticação construtiva. 
Porém, os projetos de Alvenaria Estrutural têm de ser racionalizados desde a 
sua concepção. Percebe-se, desta maneira, a necessidade da busca de novas 
20 
 
tecnologias no ramo construtivo para que, então, se possa fazer uso do 
empreendimento com o melhor custo benefício possível, tanto para a construtora, 
quanto para os clientes que por ventura venham adquirir esses empreendimentos. 
Foi pensando nesse critério de melhor custo-benefício que o presente 
trabalho expõe o planejamento e controle de um edifício de 15 pavimentos utilizando 
a Alvenaria Estrutural, mostrando que Tentando mostrar que o emprego desta 
tecnologia em uma obra propicia a redução de tempo e custo. 
O planejamento é fundamental na vida de todas as pessoas, seja no ambiente 
profissional, familiar ou pessoal, podendo interferir de maneira positiva ou negativa, 
modificando-se conforme sua necessidade. 
No âmbito da construção civil não é diferente. Porém, este processo consiste, 
basicamente, em uma análise minuciosa da lógica construtiva do empreendimento, 
relacionando todas as suas partes a um detalhado estudo de todos os métodos, 
materiais e práticas construtivas. 
Passando a cumprir um papel fundamental nas empresas, o planejamento e o 
controle têm um forte impacto no desempenho da função de produção. Inúmeros 
estudos realizados no Brasil e no exterior comprovam este fato, indicando que 
deficiências relacionadas a este assunto estão entre as principais causas da baixa 
produtividade do setor, de elevadas perdas, da baixa qualidade de produtos e no 
grande atraso na entrega dos empreendimentos. 
Segundo Formoso (1991), planejamento é o processo de tomada de decisão 
que envolve o estabelecimento de metas e dos procedimentos necessários para 
atingi-las, sendo efetivo quando seguido de um controle. 
No atual estágio da construção, não se pode mais dispensar o 
auxílio de computadores no planejamento, projeto, gerenciamento e 
acompanhamento das obras. Assim sendo, um número imenso de 
softwares vem sendo desenvolvido para cada uma dessas diferentes 
atividades, convergindo sempre para o mesmo ponto: melhoria da qualidade 
e aumento da produtividade na ação de construir (THOMAZ, 2001 p.277). 
De acordo com Franco (1993), “a evolução tecnológica na Construção Civil, 
como qualquer outro setor industrial, tem que ser baseada na pesquisa e no 
desenvolvimento tecnológico”. Vale destacar que o processo de desenvolvimento 
21 
 
tecnológico é de vital importância para uma empresa, pois está fortemente 
associado à sobrevivência dela. 
Já Agopyan (1998) ressalta que, na construção de edifícios, a evolução 
tecnológica passa pela criação e pelo aperfeiçoamento não só de materiais e 
componentes, mas também de procedimentos organizacionais (planejamento, 
administração e controle das operações construtivas). 
Franco (1993) lembra que a etapa de concepção é de fundamental 
importância, visto que não existem soluções construtivas que sejam padronizadas. 
As soluções devem estar submetidas tanto às condições da cultura e da economia 
dos locais onde vão ser aplicadas, quanto ao perfil e à estrutura da empresa que a 
aplicará. O autor também reforça que o desrespeito a esses condicionantes levará a 
erros graves de concepção e ao inevitável insucesso. 
No mesmo sentido, Almeida (1990) afirma que “está exaustivamente 
comprovado que, em qualquer projeto, as etapas de concepção e planejamento, têm 
peso decisivo no desenvolvimento de fases seqüentes e no resultado final”. 
Percebe-se que o índice de perdas de materiais e a falta de ritmo na 
produtividade têm aumentado consideravelmente, ocasionando atrasos na entrega 
dos empreendimentos. 
O custo global de uma obra utilizando Alvenaria Convencional é bastante 
elevado, podendo ser reduzido com a utilização da Alvenaria Estrutural, já que não 
há necessidade da presença de pilares e vigas, tendo assim um processo de 
execução mais acelerado. 
É necessário que se faça um planejamento inicial para a obra desde a 
elaboração de seus projetos até a sua execução e entrega, de modo que se evitem 
os excessivos gastos presentes na construção civil, que variam dos insumos de 
materiais à mão-de-obra. 
Um planejamento pode ser definido como uma seqüência de atividades ou 
eventos, com início e fim, definidos e dirigidos por pessoas que se destinam a 
alcançar um dado objetivo dentro de parâmetros de custo, tempo, recursos e 
22 
 
qualidade. Todavia é único, mesmo que haja alguma similaridade com um 
empreendimento executado, há características específicas e diferenciadoras. 
Segundo Araújo (2005), o controle gerencial nada mais é que a comparação 
sistemática entre o previsto e o realizado, tendo como objetivo fornecer subsídios 
para as análises físicas, econômicas e financeiras e estabelecer critérios lógicos 
para a tomada de decisões. 
Para Varalla (2003), planejar é um processo de previsão de decisões que 
envolve o estabelecimento de metas e a definição dos recursos necessários para 
atingi-las, enquanto que controlar é acompanhar o que foi planejado, de forma a 
subsidiar a tomada de decisões apropriadas. Sendo assim, é notório que 
Planejamento e controle são atividades essenciais em qualquer ramo de atividade 
econômica. 
A ausência de planejamento em uma obra atrapalha seu desenvolvimento, 
podendo apresentar, desta maneira, dificuldades administrativas, financeiras e/ou 
executivas. 
Cabe, portanto, ao engenheiro encontrar soluções para evitar e/ou minimizar 
as dificuldades encontradas na obra, dando seguimento a execução sem permitir 
que estes contratempos venham intervir de forma negativa no andamento da 
construção. 
Com base nestas considerações iniciais, destaca-se a questão da pesquisa: 
“como executar um bom planejamento em uma obra edificada em Alvenaria 
Estrutural, de forma a acelerar seu processo de execução, evitando gastos 
excessivos onde os mesmos variam dos insumos à mão-de-obra, fazendo-se uso 
das vantagens e superando as limitações encontradas?”. 
 Faz-se necessário a realização de uma análise da redução do cronograma 
inicial dentro do planejamento apresentado, visando a redução dos insumos de 
materiais e do tempo de utilização da mão-de-obra necessária para a execução. 
Apresentando os princípios básicos que regem a correta utilização da Alvenaria 
Estrutural, como integração de projetos, modulação, racionalização construtiva,entre outros. Examinando as principais vantagens e limitações trazidas pelo 
23 
 
emprego deste sistema estrutural para a construção civil a fim de definir os pontos 
mais críticos da execução deste sistema. 
 Sabe-se que na construção civil há muito desperdício de material, falta de 
controle das etapas, gastos excessivos e muitas vezes desnecessários, deficiências 
que atrapalham o andamento da obra, distanciando-se do almejado. Logo, é 
fundamental elaborar um planejamento de obra, indicando os principais pontos 
críticos, para que, assim, os obstáculos e contratempos que ocorrerem possam ser, 
se não solucionados, minimizados, dando continuidade ao andamento da construção 
sem nenhuma intervenção. 
Na adequação de custo e tempo, a Alvenaria Estrutural surge como opção 
segura e eficaz quando comparada à Alvenaria Convencional. É possível diminuir o 
desperdício de materiais e tempo de execução de uma obra em Alvenaria Estrutural 
através do planejamento e controle efetivo sobre os processos construtivos. 
 O presente trabalho tem como roteiro de estudo as seguintes etapas: 1 - 
Planejamento: Estudos Preliminares da Obra, Gerenciamento de Projetos, 
Identificação da Equipe e Orçamento. 2 - Programação: Cronograma, Logística e 
Programação de Materiais e Mão-de-Obra e Planejamento do Controle de Obras. 3 - 
Controle: Segurança e Medicina do Trabalho, Controle de Materiais e Mão-de-Obra, 
Controle do Desempenho Financeiro da Obra, Relatório Gerencial Mensal, Controle 
de Execução e Qualidade e Diário de Obras. 4 - Conceitos Básicos de Alvenaria 
Estrutural: Aspectos Técnicos e Econômicos. 5 - Componentes da Alvenaria 
Estrutural, onde estudamos Blocos de Concreto, Argamassa, Groute e Aço. 6 - 
Noções Básicas do Projeto: Coordenação Modular, Projetos Complementares e 
Projeto Estrutural. 7 - Vantagens e Desvantagens da Alvenaria Estrutural. 
 O objetivo deste trabalho é elaborar o planejamento de execução de uma 
obra utilizando Alvenaria Estrutural, a fim de diminuir os custos com materiais e mão-
de-obra, além de reduzir o tempo de execução, contribuindo, assim, para a 
execução mais acelerada, garantindo o retorno financeiro para a construtora. Tendo 
como parâmetros a realização de um planejamento e controle para a execução da 
obra, de forma a se identificar os pontos críticos de cada etapa expondo soluções 
adequadas para minimizar os contratempos existentes no canteiro. 
24 
 
2- Planejamento e Controle na Construção Civil utilizando Alvenaria Estrutural 
 2.1- Planejamento 
Com o avanço da tecnologia no ramo construtivo surgem novas técnicas, 
procedimentos, métodos e processos que conduzem a necessidade de que sejam 
efetuadas mudanças, particularmente, no setor estratégico e na visão sistêmica, 
direcionando, sem qualquer dubiedade, a implementação de tecnologias de 
informação que possam proporcionar um ambiente integrado e produtivo. Desta 
maneira, faz-se necessário instigar primeiramente a conscientização do caráter 
imprescindível de tais mudanças de posicionamento para depois partir efetivamente 
para a transformação. 
Segundo Goldman (2004), planejamento se constitui atualmente em um dos 
principais fatores para o sucesso de qualquer empreendimento. Na construção civil, 
é essencial um sistema que possa canalizar informações e conhecimentos dos mais 
diversos setores e, em seguida, direcioná-los de tal forma que todas essas 
informações e conhecimentos possam ser utilizados pela empresa, sendo a 
realimentação do sistema uma de suas características. 
O planejamento é uma função de apoio à coordenação das várias atividades 
de acordo com os planos de execuções, de modo que os programas 
preestabelecidos possam ser atendidos com economia e eficiência. Dessa feita, o 
planejamento é a definição do momento em que cada atividade deve ser concluída e 
o desenvolvimento de um plano de produção que mostre as entregas das atividades 
conforme necessidade e ordem de execução. Além disso, o mesmo é responsável 
em demonstrar o tipo de atividade a ser executada, quando executar, os sistemas 
construtivos e os recursos utilizados (CARDOSO; ERDMANN, 2001). 
Planejamento pode ser definido como um método de decisão adotada, 
realizado para antecipar uma ação futura almejada, usando de meios eficazes para 
materializá-la. O objetivo do planejamento é reduzir o custo, juntamente com o 
tempo de execução dos projetos e as incertezas relacionadas ao seu escopo. Do 
mesmo modo, SYAL et al. (1992 apud SANTOS; MENDES, 2001) cita que o 
planejamento é considerado como processo de tomada de decisão que resulta em 
25 
 
um conjunto de ações necessárias para transformar o estágio inicial de um 
empreendimento em um desejado estágio final. 
O planejamento é a ferramenta administrativa que permite compreender a 
realidade, avaliar os caminhos, organizar um referencial futuro, estruturando o 
caminho adequado e reavaliar todo o processo a qual o mesmo se destina, sendo, 
portanto, a parte racional da ação. 
 Com relação à elaboração do projeto básico, que serve como fundamento 
para as concorrências, o projetista desenvolve o planejamento geral do 
empreendimento, considerando todos os elementos disponíveis. Maffei (2007) 
afirma que é nesta fase onde são gerados os números para serem gerenciados a fim 
de cumprir os objetivos do gerenciamento. 
O planejamento requer muito tempo para a sua elaboração, exige 
profissionais com ampla experiência no ramo, representa um trabalho intenso – 
mesmo para as pessoas com experiência considerável – e deve ser elaborado no 
canteiro, utilizando-se das equipes mobilizadas. Caso o planejamento venha a ser 
elaborado nos escritórios centrais das empresas interessadas, por equipes 
afastadas dos problemas a serem enfrentados, certamente, conterá imperfeições. 
Uma parte importante do planejamento de obras é a programação das 
diferentes atividades necessárias para a conclusão efetiva do empreendimento. Esta 
tarefa exige vivência e conhecimento das práticas construtivas. Bons planejadores 
adquirem considerável conhecimento em programação, participando no 
planejamento e no controle de projetos reais. 
O planejamento é essencial para o sucesso de um empreendimento, sua 
importância aumenta quando, na sociedade, existe pouca disponibilidade de 
recursos, instabilidade no mercado, entre outros obstáculos. O planejamento da 
construção torna-se indispensável para que se canalize informações e 
conhecimentos, direcionado à utilização nas execuções dos serviços da construção 
civil. Em função destas situações, é fundamental a criação de um sistema capaz de 
garantir o perfeito cumprimento das metas preestabelecidas para a execução da 
obra. O planejamento tem várias funções, entre elas a de servir como assessor para 
26 
 
aquisição de materiais, para fechamentos de contratos, para orientações técnicas 
nas aplicações de materiais ou nas execuções de serviços (GOLDMAN, 1997). 
O planejador, antes de tudo, deve deixar claro que planejamento não é 
adivinhação. As principais funções do planejamento são: orientar, estudar, definir os 
métodos construtivos e o caminho crítico, dimensionar os recursos, e detectar as 
dificuldades da obra em tempo. A sua essência assessorial à produção pesa 
significativamente para acentuar a diferença entre obra bem ou mal administrada. O 
resultado de todo o trabalho deverá ser o mais conciso e simples possível. Aqueles 
que contêm excesso de detalhes, inúteis à produção, são os mais cheios de falhas, 
sendo assim com maiores possibilidades de não serem acompanhados e se 
converterem em malogro e duras críticas. A linguagem deve ser a mais abrangente 
e natural, para ser entendida pelos envolvidos. Em outras palavras: o planejamento 
deve ser simples o bastante para que o mestre-de-obras possa entender, e sintético 
o suficiente para o presidente da empresa tertempo para isto. 
O planejamento e gerenciamento implicam em organizar o canteiro de obra, 
dimensionar e administrar os recursos humanos, os materiais, fornecer e gerir os 
equipamentos, estabelecer metas, identificar e agir sobre as causas dos problemas 
que surgirão, entre outros. A execução conforme o planejado permite ter processos 
estabilizados nas execuções das obras de construção civil e de qualquer outro 
empreendimento (GUTSCHOW, 1999). 
O ato de planejar requer muito tempo e conhecimento específico, o 
planejador, por sua vez, deve ter experiência principalmente no canteiro de obras, 
pois os fundamentos que se tem nas referências bibliográficas de consumo de 
material, produtividade e quanto às técnicas construtivas são apenas um parâmetro, 
sendo assim, para se executar um planejamento da forma mais adequada, é de 
suma importância a experiência no canteiro de obra, haja vista que é neste ambiente 
que ocorrem os problemas. No papel tudo ocorre perfeitamente, não apresentando 
dificuldades nem empecilhos, mas quando começa a implantação das técnicas e 
procedimentos, surgem as dificuldades que antes eram invisíveis. 
O planejamento é peça fundamental no campo da construção civil, podendo 
ser simples ou específico - exigindo pessoas especializadas -, pois à medida que o 
27 
 
planejamento passa a ocupar um lugar de destaque no cenário da construção, 
tornam-se indispensáveis a formação de profissionais. O planejamento visa à 
organização do trabalho, procurando sempre a utilização racional e econômica da 
mão-de-obra, associada aos equipamentos e materiais de construção, assegurando 
o bom desempenho na execução das atividades (CIMINO, 1987). 
Em qualquer caso é necessário um planejamento adequado antes 
de dar início ao processo de produção, para evitar uma perda de tempo, 
ociosidade de mão-de-obra e equipamentos e distorções no abastecimento 
de materiais, resultando em perda de qualidade, baixa produtividade e 
perdas financeiras irrecuperáveis (CIMINO, 1987, p.17). 
Pode-se verificar como o planejamento e controle (físico-financeiro) de uma 
obra estão diretamente ligados a outros setores importantes para todo o tipo de 
empreendimento. O planejamento da obra é parte de um processo que tem 
interfaces com outros processos e sistemas internos da empresa, conforme 
fluxograma na Figura 1. 
 
 
Figura 1: Estrutura de um setor de planejamento técnico 
Fonte: GOLDMAN (1997) 
 
28 
 
Na fase inicial - planejamento -, devem ser desenvolvidos o memorial 
descritivo, as especificações técnicas (definindo as características dos materiais e 
serviços), o caderno de encargos (que estabelece as normas técnicas e de conduta 
a serem seguidas) e o orçamento. 
A seguir serão apresentadas as etapas de um planejamento. 
 
 2.1.1- Estudos Preliminares da Obra 
 Para que se possa dar início ao planejamento de uma obra, faz-se necessário 
efetuar estudos preliminares do empreendimento. É importante também analisar a 
viabilidade técnica e econômica da construção, que vai desde a escolha do local a 
estudos geotécnicos e topográficos, para verificar se há alguma interferência 
significativa que possa vir a trazer problemas futuros, de tal modo que comprometa a 
margem de lucro esperada. Também se deve montar um cronograma para 
atendimento das datas de início e fim, fixadas pelo proprietário. 
 Para começar a um projeto, deve-se, primeiramente, fazer o planejamento 
dos serviços iniciais, iniciando com o levantamento de informações gerais, que serão 
indispensáveis para a elaboração da planilha orçamentária, a qual determinará em 
parte a viabilidade do empreendimento. 
 Quanto à metodologia de execução da obra, é importante saber qual sistema 
construtivo irá ser utilizado, pois a escolha da tecnologia é decisiva na viabilização 
de unidades econômicas em larga escala, tornando o empreendimento mais 
econômico através da utilização da Alvenaria Estrutural. 
 O levantamento dessas informações se resume na verificação geral do pedido 
de orçamento recebido, com o intuito de conhecer minuciosamente o escopo dos 
serviços, as suas particularidades e os fatores que influenciam em sua execução. 
 De acordo com Vieira Netto (1988), o planejamento deve ser desenvolvido de 
forma acentuada, desde os primeiros estudos que envolvem o empreendimento, 
procurando-se as melhores alternativas para orientar as decisões. 
29 
 
 Além das características reais de cada projeto, devem ser discutidos: 
• Escopo dos serviços; 
• Local de execução dos serviços, facilidades e dificuldades dos locais; 
• Prazos de mobilização, de execução dos serviços, e desmobilização; 
• Documentos integrantes do pedido (projetos, especificações, planilhas de 
quantidades, etc.); 
• Atribuições e responsabilidades da contratada – relativas à execução dos 
serviços, à mão-de-obra, fornecimento de materiais e equipamentos; 
• Atribuições e responsabilidades da contratante; 
• Sistema de contratação e pagamento; 
• Reajuste de preços; 
• Critério de medição dos serviços executados; 
• Critério de aceitação dos serviços; 
• Considerações sobre serviços extracontratuais; 
• Cláusulas relativas à multa; 
• Critérios de garantia dos serviços; 
• Critérios de rescisão contrato. 
 
2.1.2 – Memorial Descritivo 
 É parte integrante dos contratos de compra e venda na planta ou em 
construção, descrevendo minuciosamente o que está sendo comprado. Precisam 
constar no memorial a metragem da área privativa, de uso comum e total, o 
sistema de localização da vaga na garagem (privativas ou área comum), os 
acabamentos e sua qualidade, com a especificação de fabricantes ou marca dos 
materiais. Deve fornecer uma visão global da obra identificando todos os seus 
elementos construtivos com clareza. 
 Seu objetivo é resumir as etapas para racionalizar o período do planejamento, 
evitando as perdas qualitativas e quantitativas ao empreendimento, podendo ser 
feita uma compactação, de forma que no Memorial Descritivo contenha as 
referências dos materiais, equipamentos e especificações técnicas. 
30 
 
 2.1.3 – Gerenciamento de Projetos 
Gerenciamento de projetos é a aplicação de conhecimentos, habilidades, 
ferramentas e técnicas nas atividades de um projeto, objetivando atender ou exceder 
as necessidades e expectativas do cliente e de nossa empresa, naquele projeto 
(PARTICELLI, 2002). 
Segundo Nocêra (2006), um projeto é constituído por cinco fases distintas, 
que compõem o ciclo de vida do mesmo, que são: Iniciação, planejamento, controle, 
execução e finalização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em cada etapa do projeto se ramificam outras etapas e procedimentos 
necessários para a administração apropriada da obra. Desta forma, em cada fase 
será exposta sua função, relevância no processo e o modelo prático de formulário 
para o devido acompanhamento, sendo aplicado a cada processo o modelo de 
gerenciamento OPCA, ou seja, organização, planejamento, controle e 
aperfeiçoamento das atividades, pois, assim, pretende-se demonstrar a forma 
simples e eficaz de controlar a execução e o andamento de uma obra, obtendo 
resultados significativos, como maiores lucros nos empreendimentos. 
 
Figura 2: O ciclo de vida de um projeto de construção. 
Fonte: NOCÊRA 
 
31 
 
O plano de gerenciamento de projetos é base principal para o sucesso do 
empreendimento. A partir das idéias iniciais, a equipe deverá expor e registrar o 
escopo do projeto de forma a caracterizá-lo da melhor maneira. Os objetivos do 
projeto determinado pelo cliente devem ser claros. Para definir os limites do projeto, 
deve-se relacionar de forma organizada – inclusive com auxílio de desenhos – todos 
os itens que o compõem. 
O gerenciamento de projetos, em toda sua totalidade, garante ao longo do 
tempo de concepção,planejamento, execução e finalização, a segurança que todas 
as atividades que compõe o projeto, sejam realizadas dentro das diretrizes e metas 
pré-estabelecidas. 
 É um processo contínuo e dinâmico durante toda a sua execução e se 
desenvolve de acordo com um trabalho em equipe, sendo de extrema importância a 
existência do fator humano e técnico, e o foco será sempre o objetivo estabelecido 
inicialmente. 
O trabalho de coordenação na elaboração de projetos constitui-se em 
tarefa complexa e de cuja eficiência dependerá a qualidade do projeto 
resultante, justificando-se, portanto, a adoção de procedimentos 
metodologicamente estabelecidos, que visem orientar simultânea e 
conjuntamente os vários profissionais e estabelecer adequado fluxo de 
informações entre eles, além de conduzir as decisões a serem tomadas no 
desenvolvimento do projeto. (THOMAZ, 2001, p.271). 
 
Para a execução do planejamento de projetos, precisa-se considerar os 
fatores espaço e tempo, prevendo as possíveis interferências que podem existir 
entre atividades no decorrer da obra. Deve-se determinar, de forma clara, o 
conteúdo esperado de cada projeto (nível de detalhamentos, memórias de cálculo, 
quantificações de materiais e insumos) e também abastecer os projetistas com todos 
os levantamentos necessários (planialtimétrico, cadastral, clima, sondagens), 
definindo uma referência de nível a ser adotada em todos os projetos. É 
imprescindível que sejam analisados os riscos de engenharia, como ação do vento, 
inundações, incêndios ou outros eventos semelhantes na fase de construção. 
 
 
32 
 
2.1.4- Identificação da Equipe de Trabalho 
 O planejamento da mão-de-obra consiste no arranjo da equipe, partindo de 
histogramas dos eventos, distribuídos em categorias profissionais, função dos 
serviços, índices de produtividade previstos de acordo com a cultura da empresa. 
Partindo do quantitativo dos serviços e jornada de trabalho, a técnica consiste 
em dimensionar a equipe de trabalho para cada evento. Sendo assim, é possível 
distribuí-la de maneira uniforme, evitando picos desnecessários, orientando de 
acordo com a compatibilização dos tempos e das quantidades. 
As equipes devem ser previstas de forma adequada pela decorrência dos 
custos diretos de mão-de-obra, e também sobre os indiretos, envolvendo 
necessidades de escritórios, alojamentos, refeitórios, transportes, apoio 
administrativo, etc. É importante ter o cuidado na hora de formar as equipes e suas 
respectivas divisões em grupos nas frentes de trabalho, dando uma atenção maior 
aos encarregados e mestres, que muitas vezes são desprezados, porém são peças 
essenciais no desempenho de suas equipes. 
É necessário que haja o treinamento das equipes em obras pesadas ou no 
conjunto de obras de menor porte, executadas em programa contínuo, à medida que 
envolva serviços mais especializados, com um nível de tecnologia mais avançado, 
como no caso da Alvenaria Estrutural, onde nem todos os operários se encontram 
aptos a trabalhar com a mesma. Isso tudo é necessário para obter um melhor 
desempenho técnico, treinamento de funcionário em um local com menor custo de 
manutenção, reposição de funcionários, acréscimo das equipes dentro do programa 
de mobilização da obra, com nível requerido de conhecimento. 
 
2.1.5- Orçamento 
O orçamento é basicamente um exercício de previsão, tendo muitos itens que 
influenciam e contribuem para o custo de um empreendimento. A técnica 
orçamentária envolve a identificação, descrição, quantificação, análise e valorização 
de uma série de itens, assim sendo, requer, portanto, demasiada atenção e 
habilidade técnica. Como o orçamento é elaborado antes da construção do produto, 
33 
 
muito estudo deve ser feito para não deixar lacunas na composição de custos, nem 
considerações descabidas. 
Geralmente, um orçamento é determinado somando-se os custos diretos – 
mão-de-obra de operários, material, equipamentos – aos custos indiretos – equipes 
de apoio, despesas gerais do canteiro de obras, taxas – e, por fim, adicionam-se os 
impostos e lucros para se chegar ao preço final. 
Por basear-se em previsões, todo orçamento é aproximado, por mais que 
todas as variáveis sejam ponderadas, há sempre uma estimativa associada. O 
orçamento não precisa ser exato, porém tem que ser preciso. A aproximação de um 
orçamento está embutida, por exemplo, na produtividade adotada para as equipes 
de trabalhadores, nas variações de preços dos insumos, no percentual adotado de 
perdas e desperdício de materiais, na produtividade de equipamentos, imprevistos, 
entre outros fatores. 
Uma importante característica a ser observada no orçamento é a 
especificidade que ele apresenta, cada orçamento é único. Por exemplo, o 
orçamento de um prédio a ser construído na cidade Belém será diferente do 
orçamento deste mesmo empreendimento caso seja construído em Marabá. Então 
para que se possa obter o orçamento mais real possível, torna-se necessário 
conhecer os preços de insumos e mão-de-obra da região onde será executado o 
empreendimento, pois os orçamentos calculados com base em outras regiões, 
geralmente, tendem a ser superestimados ou com valores inferiores aos comprados 
no mercado local. 
Outra característica do orçamento é a temporalidade, ou seja, um orçamento 
que foi elaborado há alguns anos atrás já não é válido hoje. Isto se deve, 
principalmente, a flutuação no custo dos insumos ao longo do tempo, criação ou 
alteração de impostos e encargos, evolução dos métodos construtivos, entre outros. 
Segundo Mattos (2006), o orçamento não se resume à definição do custo da 
obra, ele tem uma abrangência muito maior, servindo de subsídio para outras 
aplicações, tais como: 
 
34 
 
• Levantamento dos materiais e serviços; 
• Obtenção de índices para acompanhamento; 
• Dimensionamento de equipes; 
• Capacidade de revisão de valores e índices; 
• Realização de simulações; 
• Geração de cronograma físico-financeiro; 
• Análise de viabilidade econômico-financeira. 
 
2.1.5.1- Tipos de Orçamentos 
 O orçamento pode ser definido de acordo com seu grau de precisão e do 
conteúdo dos dados do projeto em questão: 
 
1. Orçamento por Estimativas 
Esse tipo de orçamento é realizado quando há pouca disponibilidade de 
tempo para o cálculo dos custos para as tomadas de decisões empresariais e pela 
pouca disponibilidade de dados técnicos relativos ao projeto. 
Normalmente esse tipo de orçamento é elaborado a partir dos índices sobre o 
custo unitário do metro quadrado de construção, obtidos através de revistas 
técnicas. Estes índices são obtidos através de revistas técnicas especializadas, por 
empresas de consultoria, por experiências de empreendimentos executados 
anteriormente ou através dos sindicatos estaduais da construção civil. 
Segundo Goldman(1999), a margem de erro nestes casos pode chegar a 
mais ou menos quarenta por cento, - margem considerada alta – sendo estas 
diferenças induzidas pela falta de informação. 
 
 
35 
 
2. Orçamento Preliminar 
A elaboração do orçamento preliminar tem como objetivo detalhar os 
quantitativos e custos dos serviços de construção, embora nem todos os projetos e 
informações estejam completos. 
A estimativa do orçamento é feita com base no levantamento das quantidades 
dos serviços, e na obtenção dos preços unitários dos serviços de construção. 
Segundo Goldman (1999), a margem de erro nestes casos pode chegar a mais ou 
menos vinte por cento. 
 
3. Orçamento Detalhado 
Esse tipo de orçamento busca detalhar os quantitativos e custos de todos os 
serviços da construção civil com alto nível de precisão e baixo grau de imprevistos. 
Para este tipo de orçamento é necessário que tenhamos informações completas 
sobre o empreendimento. 
A elaboração deste orçamento se dá com base no levantamentodas 
quantidades e na obtenção dos preços unitários de construção. Segundo Goldman 
(1999), a margem de erro nestes casos pode chegar a mais ou menos dez por 
cento. 
 
2.1.5.2- Elaboração de Orçamentos 
Esquematicamente, a elaboração de orçamentos engloba três grandes etapas 
de trabalho: estudo das condicionantes (condições de contorno), composição de 
custos e fechamento do orçamento (MATTOS, 2006), como mostra a Figura 03. 
36 
 
 
Figura 3: Etapas da Orçamentação (MATTOS, 2006) 
 
2.1.5.3- Estudo das Condicionantes 
 Todo orçamento se baseia em um projeto, a partir dele serão identificados os 
serviços constantes da obra com suas respectivas quantidades, o grau de 
interferência entre eles, a dificuldade relativa de realização das tarefas, etc. 
De acordo com Mattos (2006) esta fase de estudo das condicionantes 
engloba os seguintes passos: 
• Leitura e interpretação dos projetos e especificações técnicas; 
• Leitura e interpretação do edital (se existir); 
• Visita técnica ao local onde será realizada a obra. 
37 
 
2.1.5.4- Composição de Custos 
A composição de custos de um determinado serviço construtivo é a soma dos 
insumos totais, ou seja, materiais, mão-de-obra e meios de produção que atuam 
diretamente nesta atividade. 
No sentido de facilitar e agilizar o trabalho do orçamentista, desenvolveu-se 
as composições de custo, fazendo-se necessário seguir determinadas etapas para a 
elaboração de uma composição de custos, como: 
 
1. Identificação dos Serviços 
Deve-se fazer um levantamento contendo todos os serviços que serão 
necessários à realização da obra. No decorrer desta etapa, o profissional que está 
encarregado da elaboração do orçamento deverá ter uma atenção minuciosa, pois a 
retirada de alguns serviços da obra poderá vir a comprometer o orçamento. 
 
2. Levantamento de Quantitativos 
Após a identificação dos serviços é necessário quantificá-los. Esta 
quantificação deve ser determinada com base nos projetos que foram fornecidos 
pelo projetista. Esta fase é uma das que mais exigem atenção e conhecimento do 
orçamentista, porque exige leitura do projeto, cálculos de áreas e volumes, consulta 
a tabelas de engenharia, etc. 
 
3. Discriminação dos Custos Diretos 
É feito o levantamento de todos os custos que estão diretamente ligados aos 
serviços de campo, representando o custo orçado dos serviços executados. 
Pode-se citar como exemplo de custo direto a execução das fundações, 
fazendo a composição de custos envolvendo todos os insumos necessários, como 
mão-de-obra (armador, ajudante, pedreiro, servente), materiais (areia, cimento, brita, 
aço, arame) e equipamentos (betoneira). 
 
38 
 
4. Discriminação dos Custos Indiretos 
São feitos os levantamentos de todos os custos que não estão ligados 
diretamente aos serviços de campo, porém são necessários para a execução destes 
serviços, tais como: transporte de funcionários, alojamento provisório, canteiro de 
obras, taxas e emolumentos, entre outras. 
 
5. Cotação de Preços 
É a coleta de preços no mercado para os diversos insumos da obra, 
presentes no custo direto e no custo indireto. É nesta etapa que os preços são 
inseridos no orçamento. 
Os preços devem ser obtidos no mercado de acordo com a lei 8.518, de 08 de 
janeiro de 1991, que institui normas para a defesa da concorrência e dá outras 
providências. E da lei n° 8.137, de 27 de dezembro de 1990, que define os crimes 
contra a ordem tributária, econômica e contra as relações de consumo. 
Os preços de mercado devem ser cotados com condições de pagamento a 
vista, evitando a inclusão de juros por parte dos fornecedores. Quando os materiais 
são comprados mais baratos e em grandes quantidades geram custos de 
movimentação e armazenagem não previstos, sendo necessário informar na cotação 
as quantidades de futuras compras. 
Os valores de mercado sobreposto aos materiais e equipamentos do 
orçamento, devem estar de acordo com a realidade da região onde será implantada 
a obra, porém, caso sejam comprados diretamente nas fábricas, deve-se verificar se 
o valor final da mercadoria entregue na obra – valor da mercadoria e o frete – torna-
se superior ao valor do mercado local, deixando assim o empreendimento, menos 
rentável. 
 
 
 
39 
 
6. Tabela de Salários 
A tabela de salários resume-se no preço unitário do salário base dos 
profissionais da construção civil. Na composição unitária dos serviços a mão-de-obra 
pode ser quantificada em horas, pois possibilita a definição do prazo para executar 
cada atividade. Considerando que a mão-de-obra é paga mensalmente, onde os 
funcionários são mensalistas, há a tabela de salários, onde encontra-se o salário 
mensal e o valor da hora de cada funcionário variando de acordo com a função. 
Pois, conforme mostra a tabela do sindicato na figura 04, os funcionários da 
construção civil são classificados em profissões e faixas salariais, onde cada uma 
possui um valor específico e envolve diversas funções classificadas de acordo com 
a qualificação do profissional. 
 
40 
 
 
41 
 
1. Definição de Encargos Sociais e Trabalhistas 
 São os encargos que recaem sobre a mão-de-obra direta, e são calculadas 
em função do regime de trabalho, mensalista ou horista. São definidas para cada 
empresa e calculadas a partir de critérios e formulas que espelhem sua realidade 
 É nesta etapa que definimos o percentual dos encargos sociais e trabalhistas 
que serão aplicados na mão-de-obra. 
Envolve os diversos impostos que incidem sobre a hora trabalhada e os 
benefícios ao qual os trabalhadores têm direito e que são pagos pelo empregador. 
Como exemplo desses encargos, podemos citar o INSS1, FGTS2, seguro contra 
acidente de trabalho, férias, 13° salário, etc., os quais poderão ser pagos ao 
profissional o valor proporcional a qualquer momento, caracterizado como sua 
rescisão caso o mesmo seja demitido ou solicite o desligamento da empresa. 
 
2.1.5.5- Fechamento do Orçamento 
 No fechamento do orçamento deve-se determinar o lucro que se deseja obter 
na obra em questão, efetuar o cálculo do BDI – Benefícios e Despesas Indiretas – e 
realizar o deslocamento da planilha. 
 Para a definição do lucro existem alguns fatores que precisam ser levados em 
consideração, como a concorrência, risco do empreendimento, necessidade de se 
conquistar aquela obra, entre outros. 
 Todavia é necessário que sejam adicionados os custos indiretos envolvidos e 
para isso aplica-se a taxa de Benefícios e Despesas Indiretas (BDI). Após ser 
calculado o custo da obra, resultado da soma dos custos de todos os serviços que 
compõem a planilha orçamentária, cujos custos unitários podem ser calculados 
através das composições de consumo unitário, aplica-se uma porcentagem de 
acréscimo, também chamada de “margem bruta”, para concluir o orçamento. 
 
1 Contribuição para o Instituto Nacional do Seguro Social, incide sobre a remuneração paga no decorrer do mês 
em questão. Percentual é fixado por lei. 
2
 Contribuição para o Fundo de Garantia sobre Tempo de Serviço. Percentual fixado por lei. 
42 
 
Para a execução de obras com projetos especiais, complexos ou de maior 
porte recomenda-se calcular o BDI especificamente para cada situação, observadas 
as peculiaridades físicas e técnicas de cada uma delas. A equação geral, de acordo 
com a TCPO 13, para o cálculo do BDI é: 
 
��� � ���1 
 �100� �1 
 
100��1 
 �100�1 � �� 
 � 
 � 
 �100 � � � 1� � 100 � ��
�1 
 ���1 
 ���1 
 ��1 � �� 
 � 
 
 �� ! � 1" � 100 
 
Sendo: 
i= Taxa de administração central; 
r= Taxa de risco do empreendimento; 
f= Taxa de custo financeiro do capital de giro; 
t= Taxa de tributos federais; 
s= Taxa de tributo municipal– ISS; 
c= Taxa de despesas de comercialização; 
l= Lucro ou remuneração líquida da empresa. 
 Onde, as taxas no numerador incidem sobre os custos diretos e as taxas no 
denominador incidem sobre o preço de venda (faturamento). 
 As letras “i”, “r” e “f” estão no numerador porque são custos que incidem sobre 
os custos diretos; “t” e “b” estão no denominador porque incidem sobre o valor de 
venda. As letras em minúsculo são representativos de números decimais. 
 A taxa de risco “r” do empreendimento não é risco de execução, pois, esses 
podem ser cobertos por seguro. Esta taxa serve para cobrir eventuais serviços que 
não foram considerados na planilha de orçamento por omissão, esquecimento ou 
falha na sua elaboração, mas que a contratada terá que assumir, principalmente em 
43 
 
contratos de empreitada pelo preço fixo, global ou integral, onde os preços não 
poderão ser mudados ou aditados. 
Segundo MATTOS (2006) como forma de melhorar a situação econômica do 
contrato, o construtor pode realizar uma distribuição não-uniforme do valor total do 
BDI nos itens da planilha, fazendo uma “jogada de preços” na planilha sem alteração 
do preço final. Este desbalanceamento da planilha de preços torna possível obter 
vantagens da seguinte forma: 
• Aumentando o preço de serviços que ocorrem cedo na obra e 
diminuindo o preço dos serviços que ocorrem mais perto do fim; 
• Aumentando o preço dos serviços cujo quantitativo tende a crescer e 
diminuindo daqueles cujo quantitativo tende a ser menor do que o da planilha. 
 
2.2- Programação 
 Implica na introdução do tempo no planejamento e deve ser efetuada assim 
que tenha a primeira rede de precedências. A introdução do tempo tem grande 
influência no tratamento a ser dado às atividades críticas, na redefinição dessas 
atividades, na antecipação ou retardamento de providências. O uso de rede se 
precedência, em particular o PERT-CPM3 (Program Evalution and Review 
Techinique and Critical Path Method), é a base de discussão do método do 
planejamento e programação (VIEIRA NETTO, 1988). 
A programação de obras permite a racionalização do processo produtivo do 
empreendimento por meio do estudo sobre o tempo de execução das atividades, 
custos e utilização otimizada dos recursos. (SACOMANO, et al., 2004). 
Vieira Netto (1988, p.37) considera que a programação é um elemento 
bastante dinâmico que deve ser revista periodicamente, possibilitando a obtenção do 
produto final dentro de prazos e investimentos compatíveis. 
 
3 As técnicas PERT e CPM foram independentemente desenvolvidas para o planejamento e controle de projetos 
por volta de 1950, porém a grande semelhança entre estas fez com que o termo PERT/CPM seja utilizado 
corriqueiramente como uma única técnica. Estas técnicas de planejamento consistem em uma rede com “setas” 
que representam as atividades e eventos de um projeto. 
44 
 
A programação deve ser analisada considerando as necessidades da obra 
em termos de prazo, recursos financeiros, da disponibilidade dos fornecedores e da 
capacidade dos projetistas em disponibilizar os documentos técnicos. Considerando 
que a programação é um elemento dinâmico e mutável, esta deve ser revista 
periodicamente, possibilitando os devidos ajustes para que os prazos sejam 
respeitados (AVILA e JUNGLES, 2006). 
Os softwares especializados são ferramentas que possibilitam uma grande 
agilidade na elaboração, análise e acompanhamento desta programação. Dentre 
estes, destaca-se o software MS Project. Com ele, é possível revisar e mudar as 
datas e prazos periodicamente, possibilitando assim que sejam feitos os devidos 
ajustes. Ele ainda fornece uma grande variedade de relatórios para facilitar o 
acompanhamento do projeto. 
 
2.2.1- Cronograma 
O cronograma é programação da execução das tarefas que compõem uma 
obra ou serviço, definindo a ordem de sucessão em que serão executadas, em 
função dos prazos contratuais e dos custos constantes no orçamento. Pode ser do 
tipo cronograma de barras tipo Gantt que mostra uma programação geral, e quando 
são definidas datas intermediárias e correlações entre as atividades ele passa a ser 
um diagrama de precedência, conforme mostra a Figura 04. 
 
45 
 
Figura 04: Barras de Gantt 
 
 
 
Figura 4: Exemplo de Barras de Gannt 
 
46 
 
É uma das ferramentas de planejamento mais utilizadas em projetos, 
principalmente pela fácil visualização que oferece, é o mais simples método de 
planejamento e ainda o mais utilizado na construção civil tanto para planejamento 
quanto para controle. Ele pode ser elaborado no Software Excel ou pelo Software 
Microsoft Project, este ultimo é composto por duas partes: uma tabela com as 
definições das atividades e uma área gráfica com barras indicando o início e o 
término das atividades (NOCÊRA, 2000). 
A primeira etapa para iniciar a montagem do cronograma é definir o número 
de períodos em função do prazo final (pode ser em meses, semanas, dias) e, para 
cada tarefa a ser executada, deve-se estabelecer um tempo de duração. Este tempo 
será em função da equipe de operários e de sua produtividade. 
Para estimar os períodos de execução de cada etapa também deverá ser 
levado em consideração, a experiência da empresa, dados históricos em 
construções similares, e a possibilidade de ocorrência de imprevistos como falta de 
mão-de-obra, atrasos na chegada de materiais, chuvas excepcionais e falta de 
verba. 
O desdobramento de um cronograma genérico em outro mais detalhado 
ocasiona um controle mais eficaz sobre as tarefas, representando melhor o 
gerenciamento físico financeiro. 
 
2.2.2- Logística e Programação de Materiais e Mão-de-Obra 
 Logística abrange as ações que estão relacionadas com a otimização e a 
racionalização no recebimento, armazenagem, movimentação e disponibilização de 
insumos, materiais, ferramentas, equipamentos, mão-de-obra e informações. O 
conceito deve ser abordado com base em dois aspectos: o interno e o externo. O 
interno diz respeito ao arranjo físico do canteiro, trata-se da área de transporte, 
armazenagem e manuseio do material dentro da obra e será mais bem abordado no 
subitem de planejamento do canteiro de obras. A logística externa faz interface com 
os fornecedores, planejamento e programação da entrega, transporte e descarga na 
obra. 
47 
 
 O objetivo de um apoio logístico adequado é o estabelecimento de 
planejamento e estrutura para aquisição, armazenamento, transporte, distribuição e 
aplicação de materiais para fins operativos e administrativos; recrutamento, seleção 
e contratação de pessoal; manutenção de máquinas e equipamentos e elaboração 
de contratos e prestação de serviços. 
A compra/locação de materiais e equipamentos se desenvolve a partir da 
preparação de solicitações de cotação que ocorre na fase seguinte à aprovação do 
orçamento por parte do cliente. Assim, é possível discriminar os materiais nas 
quantidades necessárias para cada etapa da obra. As solicitações de cotação 
devem especificar os materiais, fabricante, condições de entrega e condições de 
pagamento. Feita a cotação de preços, a seleção de fornecedores ocorre com base 
nos dados levantados através da solicitação de cotação, e também avaliar os dados 
históricos a respeito de entregas de material e serviços feitos anteriormente. 
 
2.3- Controle 
 O controle tem como objetivo levantar e verificar os desvios apresentados na 
execução com relação ao planejamento e, principalmente, indicando qual a melhor 
forma para a correção da execução ou do planejamento. Nele deverão estar inclusos 
as atividades de levantamento de dados, compilação de dados, comparação com o 
planejado, análise dos resultados e proposição de ações corretivas. 
Deve ser iniciado em simultaneidade com a execuçãoda obra e deve ser 
preventivo ao invés de corretivo, assim, quando for detectada uma tendência à 
ocorrência de desvios na execução, esta deve ser analisada prontamente e, se 
possível, tomada as medidas necessárias para que possa ser realizada a correção 
de forma a evitar prejuízos futuros. Por outro lado, os desvios devidos a fatos não 
previstos no planejamento e que não são possíveis de correção deverão 
obrigatoriamente alimentar o replanejamento. 
O controle efetuado pelo sistema PCO - Planejamento e Controle de Obra -, 
inicia a partir do orçamento quantificado na fase de planejamento, previamente 
elaborado através de sua estrutura integrada, segundo as normas usuais da ABNT, 
para apropriação dos dados, obedecendo a uma mesma classificação de materiais e 
48 
 
serviços, permitindo ao sistema iniciar o controle em qualquer etapa da obra. Inicia-
se o seu acompanhamento, serviço por serviço, registrando-se, no banco de dados 
do computador, as quantidades e valores dos itens já devidamente codificados e em 
análoga correspondência com o orçamento pré-estabelecido (AXSES, 2003). 
O controle deve ser efetuado em tempo real, ou seja, deve orientar a 
realização das atividades corretivas durante a realização das mesmas. O conceito 
de controle expanda-se para além da idéia de inspeção ou verificação, identificado 
fortemente com a correção das causas estruturais dos problemas e deve ser 
baseado na pesquisa em estudo e não apenas na intuição e experiência (MOREIRA 
et al. 1999). 
A informação produzida pelo processo de controle permite tomar decisões 
sobre novos objetivos e novos padrões de controle. Freqüentemente, só é possível 
planejar a partir de informações de controle, e não de projeções ou previsões sobre 
o futuro. Para melhor conduzir um sistema de controle é necessário que: 
• O controle seja adequado quanto à atividade e quanto à natureza; 
• O controle mostre rapidamente as irregularidades; 
• O controle seja flexível; 
• O controle seja objetivo; 
• O controle seja compreensível; 
• O controle seja econômico; 
• O controle preveja o futuro; 
• O controle dê como resultado uma ação corretiva. 
O controle deve estar interligado ao planejamento, pois um sempre estará 
assessorando o outro. Para um bom controle deve-se conhecer tudo o que acontece 
em torno das atividades a controlar, podendo ser dividido em: 
a) Materiais que serão utilizados na execução das atividades. 
b) As ferramentas de trabalho dos operários. 
c) A mão-de-obra necessária à execução. 
d) O prazo de execução do serviço. 
e) Considerações sobre o método de trabalho empregado. 
49 
 
f) A quantidade produzida de serviço. 
g) Os custos correspondentes a cada insumo. 
Segundo SANTOS (2007) existem duas formas de controle, o operacional e o 
gerencial. 
O operacional trata-se do controle direto, sob a responsabilidade de mestres e 
encarregados alocados no canteiro de obras. Sua função é manter as atividades 
programadas dentro do prazo estipulado, conforme a produtividade prevista e 
mantendo a qualidade que foi pré-estabelecida para o serviço. 
O gerencial tem base em relatórios periódicos (semanal, quinzenal ou mensal, 
dependendo do tipo de empreendimento). Sua função é comparar o previsto com o 
realizado para detectar anomalias para assim poder tomar as medidas necessárias 
para a sua correção. 
A palavra controle indica um processo administrativo que tem três etapas: 
1) Obter informações sobre os resultados de uma atividade ou processo; 
2) Compará-la com a informação sobre os objetivos; e 
3) Implementar alguma ação para assegurar a realização dos objetivos. 
O controle, em qualquer área de aplicação, desempenha papel extremamente 
importante na preservação dos objetivos e na identificação da necessidade de 
mudar os objetivos. Como se sabe, no conjunto de funções administrativas o passo 
primordial é o planejamento; posteriormente a organização para atender a este 
planejamento, segue-se como vai ser direcionado o processo e, finalmente 
caracterizasse o controle, que tem como função principal medir o progresso, impedir 
desvio dos planos, indicar ação corretiva. A ação corretiva pode envolver medidas 
simples, como pequenas mudanças. Poderá até estabelecer novos objetivos, 
formulação de novos planos, modificação da estrutura organizacional e outros 
aspectos que conduzam ao melhor objetivo, atendendo desta forma ao princípio da 
flexibilidade (GOLDMAN, 1997). 
50 
 
Controle é a função administrativa que consiste em medir e corrigir o 
desempenho de subordinados para alcançar os objetivos da empresa conforme os 
planos delineados: 
• Investigar os erros, faltas, negligências, possíveis fraudes, analisando as 
causas, comentários, verificando as responsabilidades, a fim de precaver a 
reincidência com toda a classe de modificações na organização existente; 
• Analisar e interpretar os resultados, seja qual for o prazo de tempo do período 
a que se refere; 
• Analisar e interpretar em idênticas condições cada uma das partes do ativo e 
passivo do balanço; 
• Formular uma crítica objetiva e construtiva, propondo sugestões ou 
modificações. 
Para Goldman (1997) o controle das atividades de construção, assim como o 
planejamento é de suma importância para o sucesso do andamento da execução de 
qualquer empreendimento. O ideal é montar um sistema integrado entre 
planejamento – obra – compra, de forma que os pedidos de materiais feitos para as 
obras sejam sempre conferidos pelo setor de planejamento, no sentido de serem 
estritamente necessários para a execução, não permitindo assim perdas 
desnecessárias que quase sempre afetam consideravelmente as despesas das 
obras. O planejamento e controle afetam diretamente do inicio ao fim na execução 
da obra. 
A fase de controle se realiza durante a execução da obra, pois está 
diretamente ligada a qualidade do planejamento elaborado e a qualidade do 
acompanhamento físico-financeiro da obra, propiciando um controle de boa 
qualidade e permitindo que se elabore um planejamento de curto prazo durante os 
serviços em andamento, nos casos de correções. Os resultados são obtidos através 
de comparação do planejamento com as informações obtidas do controle durante e 
após a execução da obra. A sistematização do processo de orçamento vem de 
encontro à necessidade de uma avaliação detalhada dos custos pelo interessado 
(GOLDMAN, 1997). 
51 
 
O inter-relacionamento com o setor de arquitetura e projetos se dá ao longo 
de todo o andamento da obra, mesmo assim ocorrem inúmeras alterações, devido a 
novas técnicas de execução de serviço, falta de material no mercado ou criação de 
novos materiais e muitas vezes por questões financeiras, podendo reduzir o ritmo ou 
até mesmo aumentá-lo, conforme a necessidade (GOLDMAN, 1997). 
Geralmente, a construção civil apresenta os seguintes controles: 
1) Controle de Custos 
É o controle de gastos com materiais, mão-de-obra e equipamentos, além de 
gastos com outros custos indiretos comparando o executado com o planejado. Os 
custos, porém podem sofrer influências externas, como de oferta e de procura no 
mercado ou da inflação. 
 
2) Controle de Prazos 
É o controle realizado por cronogramas, como o de barras. Neste controle as 
atividades são quebradas em parte seguindo os períodos de execução. Deverá ser 
colocada a barra do planejamento e embaixo dela uma barra mostrando o que foi 
realizado. 
Tem como função garantir a execução dentro dos prazos previstos pelo 
planejamento. 
 
3) Controle de Recursos 
É o controle de materiais, mão-de-obra e equipamentos. 
Assim como o controle de prazos e custos, o controle de materiais e mão-de-
obra é executado fazendo a comparação entre o realizado e o planejado, através 
das notas fiscais (materiais) e os índices de produtividade (mão-de-obra).

Outros materiais