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Cryptosporidium - Criptosporidiose

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Cryptosporidium
O parasito Cryptosporidium está, geralmente, associado à diarréias e gastrenterites graves, e é patogênico para o homem, aves, répteis, roedores, peixes, bovinos, ovinos, felinos e caninos. Caracteriza-se especialmente por essa falta de especificidade do hospedeiro.
Em seu ciclo biológico, necessita apenas de um hospedeiro (o que o torna monoxeno). A doença causada por ele é a Criptosporidiose.
A infecção ocorre, geralmente, por via fecal-oral, através na ingestão de oocistos eliminados em fezes, e que contaminam o alimento ou água do hospedeiro em questão. No estômago, ocorre a liberação e quatro esporozoítos que vão parasitas as células epiteliais do trato gastrointestinal (ou até mesmo o trato respiratório, como ocorre nas aves). Dentro das células, ocorre a reprodução asseduada (esquizogonia ou merogonia) e depois, a reprodução sexuada (gametogonia). Aós a fertilização, forma-se o zigoto, que esporula dentro do hospedeiro. 80% dos oocistos possuem parede mais espessa, e são eliminados de forma infectante (devido esporulação) junto das fezes. Os outros 20%, são envolvidos por uma membrana, bem menos resistente, e se rompem na luz intestinal, o que permite que ocorra auto-infecção.
É uma zoonose que tem sua fonte de infecção no gado, nos animais domésticos e nos de laboratório. Em pessoas saudáveis, a patogenia provoca enterocolite aguda e auto limitada, a cura é espontanea e em imunocomprometidos, como aidéticos, ela se torna importante, as evacuações provocadas tornam-se freqüentes e volumosas, causando perda de peso. A infecção dura de pouco tempo de dias até duas semanas em imunocompetentes e pode se tornar crônica em estados de imunodeficiência. O diagnóstico é feito através da visualização do oocisto nas fezes, através de coloração por álcool-ácido resistência, ou imuno fluorescência. Sorologia por métodos imunoenzimáticos pode ser realizada simultaneamente.
            A prevenção deve começar com o cuidado com a qualidade da água bebida, também através da higiene pessoal e dos alimentos. Os profissionais da área da saúde precisam ter um cuidado maior quando estão com pacientes aidéticos que têm criptosporidíase, pois eles são grandes eliminadores de oocistos.

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