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Visão clássica das RI - Realismo clássico I_Tucidides

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24/11/2009
1
Prof. Leonardo Ramos
1
� Realistas e internacionalistas liberais/idealistas e o 
interesse nos conflitos internacionais
� A divergência com relação:
▪ Efetividade das organizações internacionais e do direito 
internacional
▪ Possibilidade da cooperação
� O realismo e as relações internacionais vistas como 
uma constante luta pelo poder entre os Estados
� Assim como os seres humanos, Estados teriam um desejo 
inato de domínio
2
� Objetivo último de todos os Estados: garantir 
sua sobrevivência em um ambiente anárquico 
e hostil
� Consequência: as políticas realistas são 
determinadas pelos cálculos de poder na 
busca por tal segurança nacional
� A cooperação neste contexto: alianças são feitas e 
quebradas com base na realpolitik
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24/11/2009
2
� A ênfase realista:
� Estratégia militar
� Poder nacional
� Natureza dos interesses nacionais
▪ O direito internacional e as organizações internacionais 
neste contexto
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� O domínio realista das Relações 
Internacionais 
� O papel da II Guerra Mundial na corroboração das 
hipóteses pessismistas
� Quais seriam as causas dos conflitos na 
política internacional?
� São endêmicos e inevitáveis devido: 
▪ Às disposições agressivas da natureza humana
▪ Às deficiências da condição humana
� Em suma: Realismo como a nova ortodoxia 
das Relações Internacionais
5
� Origens podem ser traçadas a uma passado 
distante – Grécia antiga, por exemplo
� Crítica poderosa às formas pretéritas de 
liberalismo (internacionalismo 
liberal/idealismo)
� Reprodução pr parte de tomadores de 
decisão
� Teoria simples, clara e parcimoniosa
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1. Objetivo: descrever o mundo como ele é, e não 
como deveria ser
2. Atores centrais: Estados soberanos
3. Política internacional pode ser separada da 
política doméstica
4. Estados são atores racionais
� Racionalidade diz respeito à busca consistente 
consciente dos interesses
5. Interesses dos Estados relacionados à idéia de 
sobrevivência
� A busca pela sobrevivência: maximização de poder 
vs. maximização de segurança
7
6. Sistema internacional definido pela anarquia
7. Possibilidade constante do conflito
8. Ausência de espaço para a moralidade na 
política
9. A questão da mudança na política 
internacional: a idéia de reino da recorrência
8
� Guerra do Peloponeso: 
431-404 A.C. entre 
Sparta e Atenas
� Termina com o colapso 
ateniense
� Realismo: ênfase no 
Diálogo Mélio e em 
suas implicações 
teóricas
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� Ilha de Melos 
� Pequena, de população relativamente esparsa
� Cercada por uma série de outras pequenas ilhas que eram 
membros do Império Ateniense
� Oficialmente, Melos era aliada dos Espartanos 
(lacedemônios) na Guerra do Peloponeso por ter sido 
colônia lacedemônia
� Contudo, os mélios permaneceram neutros e não 
enviaram armas, homens ou navios ao 
lacedemônios
� A delegação ateniense em Melos: a demanda pela 
aliança e a resistência dos mélios
� Realismo e o Diálogo
11
� 86. Os representantes dos mélios responderam: “A 
conveniência de podermos esclarecer-nos 
calmamente uns aos outros entre nós não inspira 
qualquer crítica, mas estes atos de guerra preentes 
e futuros divergem manifestadamente de vossa 
sugestão. Vemos, com efeito, que viestes para 
serdes vós mesmos os juízes do que devemos 
dizer, e o resultado do debate é evidente: se 
vencermos na discussão por ser justa nossa causa, e 
então nos recusarmos a ceder, será a guera para 
nós; se nos deixarmos convencer, será a servidão”. 
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� 89. Atenienses: “De noss parte não usaremos 
frases bonitas (…), pois dveis saber tanto 
quanto nós que o justo, nas discussões entre 
os homens, só prevalece quando os 
interesses de ambos os lados são 
compatíveis, e que os fortes exercem o 
poder e os fracos obedecem”
13
� 91. Atenienses: “mostraremos claramente 
que é para o benefício de nosso império, e 
também para a salvação de vossa cidade, que 
estamos aqui (…) pois nosso desejo é manter 
o domínio sobre vós sem problemas nós, e 
ver-vos a salvo para a vantagem de ambos os 
lados”
14
� 93. Atenienses: “Ser-vos-ia vantajoso submeter-
vos antes de terdes sofrido os mais terríveis 
males, e nó ganharíamos por não termos de vos 
destruir”
� 94. Mélios: “Então vós não consentiríeis em 
deixar-nos tranquilos e em sermos amigos em 
vez de inimigos, sem nos aliarmos a qualquer 
dos lados?”
� 95. Atenienses: “Não, pois vossa hostilidade não 
nos prejudicaria tanto quanto vossa amizade; 
com efeito, aos olhos de nossos súditos, esta 
seria uma prova de nossa fraqueza, enquanto o 
vosso ódio é uma demonstração de nossa força”
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� 105. Atenienses: “(…) não impusemos esta lei 
nem fomos os primeiros a aplicar os seus 
preceitos; encontramo-la vigente e ela 
vigorará para sempre depois de nós; pomo-la 
em prática, então, convencidos de que vós e 
os outros, se detentores da mesma força 
nossa, agiríeis da mesma forma” 
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� 113. Assim responderam os mélios; os 
atenienses, encerrando então as 
negociações, disseram: “a julgar pelo 
resultado de vossas deliberações, parece-nos 
que sois os únicos a considerar os eventos 
futuros mais certos que os presentes diante 
de vossos olhos; vossos desejos vos fazem 
ver o irreal como se já estivesse 
acontecendo”
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� Após o diálogo os enviados atenienses 
retornaram e se iniciaram as hostilidades
� No final, os mélios forma compelidos à 
rendição
� O realismo neste contexto:
� Atenienses realistas vs. mélios utópicos
� Forte sempre vence o fraco
� Lição: a tragédia sempre sobrevém àqueles que 
confiam na esperança, justiça e amizade
18

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