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UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO-BRASILEIRA Disciplina: Biologia de Campo Professora Dr.: Jober Fernando Sobczak Alunos: Márcia Maria Rodrigues Silva Fauna Marinha do Ceará Acarape- 2016 Fauna Marinha do Ceará O litoral cearense tem aproximadamente 600 km de extensão, caracterizado com uma grande diversidade, com praias arenosas, falésias, rochas, dunas, lagoas, rios, arrecifes e manguezais. A variedade desse ambiente costeiro propicia o desenvolvimento de uma fauna marinha bastante diversificada. O estado do Ceará conta com apenas uma espécie registrada na literatura, Millepora alcicornis Linnaeus, 1758 (cf. Migotto et al. 2002), o que demonstra um claro hiato de conhecimento sobre sua costa. Uma análise mais profunda dos estudos referentes à biodiversidade brasileira mostra uma grande carência de conhecimento (cf. Migotto & Marques 2006). Os estudos na área marinha do Brasil em comparação aos outros países são muito inferiores e se formos comparar toda extensão de área costeira torna-se menor ainda. O status populacional da fauna cearense de elasmobrânquios é desconhecido, o conhecimento sobre a fauna ainda é incipiente se considerarmos toda extensão da costa e a importância desse grupo para o ambiente marinho, sobretudo tropicais e subtropicais. Os números atuais indicam a presença de oito ordens, 21 famílias, 27 gêneros e 42 espécies de elasmobrânquios na costa do Estado de Ceará. Tubarões estão representados por quatro ordens (50% das ordens de Elasmobranchii do Ceará), 12 famílias (57,1%), 17 gêneros (62,9%) e 30 espécies (71,4%). As chamadas raias compreendem quatro ordens (50%), nove famílias (42,9%), 10 gêneros (37,1%) e 12 espécies (28,6%). Animais costeiros representam 38,1% dos elasmobrânquios do Ceará. As espécies oceânicas perfazem 28,6%, as oceânico/costeiras são 33,3%, as de hábitos demersais correspondem a 35,7%, pelágicos são 71,4% da fauna e as recifais perfazem 42,2% dos elasmobrânquios do Ceará. Quanto à categoria de ocorrência, quatro espécies são consideradas raras, 47,6% são freqüentes mas pouco abundantes, 42,8% são freqüentes e abundantes e 35,7% migratórios. O status populacional é desconhecido para 71,4% das espécies (Gardig & Bezerra 2000). Populações inteiras em extermínio. Peixes e outros animais poderão sumir ou já não existem mais no ambiente marinho e nas águas continentais. Impactadas pela ação humana - pesca predatória, sobrepesca, destruição do habitat naturais, comércio desordenado e poluição, as espécies estão ameaçadas de extinção. Como apontam alguns especialistas a situação é alarmante, no Ceará 12 representantes estão inclusos segundo o ministério do meio ambiente, 2004. A pesca é o grande vilão no processo de escassez de peixes. A modalidade de arrasto é a eu gera maior impacto podendo ser devastadora. A poluição costeira é causa significativa para a extinção das espécies, inclusive nas águas continentais, por ser a principal ameaça à destruição dos habitats. O lixo jogado no mar detona os berçários, inviabilizando a reprodução das espécies. No Ceará, a poluição está em nível caótico. Referências Bibliográficas Shimabukuro, V., Marques, A.C. and Migotto, A.E. - Biota Neotropica, v6 (n3) - bn00806032006 Gardig, M., A., Bezerra. Ictiofauna marinha do estado do ceará, brasil: i. Elasmobranchii. Arq. Ciên. Mar, Fortaleza, 2000, 33: 127-132
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