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Reações de Hipersensibilidade

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Reações de hipersensibilidade: o sistema imune é conhecido como o sistema de defesa do 
organismo. Ele nos defende contra agentes infecciosos. As reações de hipersensibilidade são 
caracterizadas por uma resposta autoimune exacerbada. 
 
Existem 2 tipos de resposta imune: 
Natural: inata, primeira linha de defesa, resposta pronta e rápida, mediada por células 
fagocitárias (neutrófilos, macrófagos), sistema complemento, células NK, barreiras epiteliais. 
Células NK: não realizam fagocitose, como linfócitos com grânulos em seu 
citoplasma. Liberam perforinas que destroem as células alvo. Também produzem várias 
citocinas (intérferons). 
 
Imunidade adquirida: grau de especificidade alta, memória imunológica, é uma resposta 
tardia, linfócitos B e T, fazem clones que formam duas subpopulações: células de memória e 
células efetoras. 
 
Resposta imune humoral: mais efetiva contra agentes extracelulares (células B e produção 
de anticorpos). 
Resposta imune celular: mais efetiva contra agentes intracelulares. (TCD8 e TCD4). 
 
Existem quatro tipos de reações de hipersensibilidade: 
Tipo I: hipersensibilidade imediata 
Tipo II: hipersensibilidade mediada por anticorpos 
Tipo III: hipersensibilidade mediada por complexos antígeno-anticorpo 
Tipo IV: hipersensibilidade mediada por células 
 
Reação de hipersensibilidade tipo I 
 Apesar de ser chamada de imediata, também existe a ação de anticorpos. É uma reação 
alérgica induzida por antígenos ambientais (alérgenos), em indivíduos geneticamente 
susceptíveis. 
 Patogênese: introdução do alérgeno leva ao estimulo de células TH2, que produzem 
citocinas e interleucinas (interleucina 4, 5, 13). 
 IL- 4: faz com que a célula B comecem a produzir IgE 
 IL- 5: ativa os eosinófilos (chega mais tarde) 
 IL-13: estimula células epiteliais a produzirem muco 
 IgE produzida se liga a membrana de mastócitos. 
 O alérgeno se liga a duas moléculas de anticorpo que nesse caso é o IgE, que irá se 
ligar ao mastócito, excitando-o e fazendo com que este libere o conteúdo de seus grânulos 
(mediadores). Tudo isso num segundo contato, pois no primeiro contato o alérgeno não é 
capaz de desencadear essa reação. 
 
Eventos que ocorrem minutos após a exposição ao alérgeno: fase imediata 
Liberação de mediadores como amina vasoativas (histamina que causa a vasodilatação), e 
mediadores lipídicos recém-sintetizados (leucotrienes e prostaglandinas), eles realizam as 
mesmas ações da histamina, só que, de maneira ainda mais potente. Reações vasculares nesta 
etapa. 
 
Evento que ocorre de 2-8hrs após a exposição ao alérgeno: fase tardia 
Mediadores: citocinas. A fase tardia é caracterizada pela presença de eosinófilos ativados pela 
IL-5 (alérgeno exemplo: helmintos). 
 
Manifestações clinicas 
Reações localizadas: dermatite, rinite alérgica, asma, gastroenterite alérgica. 
Reação sistêmica: choque anafilático. 
 
Palavras chaves: mastócitos e IgE. 
Nunca há reação de hipersensibilidade na primeira exposição, mas apenas sensibilização. 
 
Hipersensibilidade tipo II 
Anticorpos do tipo IgG em sua maioria e IgM. Causada por anticorpos direcionados a 
antígenos presentes na superfície celular (podem ser proteínas ou antígenos exógenos 
adsorvidos (metabolitos de um fármaco, por exemplo). Pode acontecer por diversos 
mecanismos. Qualquer mecanismo que acontece que produza IgG contra antígenos na 
superfície celular. Mecanismos: 
 Opsonização e fagocitose/disfunção celular: 
Célula opsonizada vai facilitar a fagocitose, pois o receptor reconhece a fração Fc da molécula 
do anticorpo. Isso vai fazer com que a célula seja consequentemente fagocitada. A liberação 
de anticorpo leva a ativação do sistema complemento pela via clássica. Fragmentos do 
complemento também servem como opsoninas. Sendo que essas células além de ter receptor 
que reconhece a molécula de anticorpo, também possuem receptoras que reconhecem porções 
do complemento (opsoninas). Exemplo anemia hemolítica autoimune. 
 
Exemplo de hipersensibilidade do tipo II. 
Eritroblastose fetal: mãe Rh negativo e feto RH positivo: mãe entra em contato com as 
hemácias do filho, fazendo que num primeiro parto haja sensibilização. Se em um segundo 
parto o feto for novamente RH positivo, como a mãe esta repleta de células de memoria que 
ao reconhecer esse antígeno começara a produzir anticorpos contra esses antígenos. Mas isso 
não ocorre mais, pois graças ao avanço da medicina, pois durante a gestação a mãe recebe 
uma vacina numa forma de imunização passiva. 
 
ADCC: citotoxicidade Celular Dependente de Anticorpo: 
Destruição pelas células NK, que reconhecem a fração Fc do anticorpo, ativando a morte das 
células (liberação de grânulos pela formação de poros ou ativação da apoptose). Não 
chamamos de opsonização, porque não há fagocitose. 
 
Inflamação 
Subprodutos do sistema complemento também favorecem a resposta imunológica, causando 
dessa forma lesão tecidual, pois esses subprodutos facilitam a vasodilatação, quimiotaxia. 
 
Disfunção celular mediada por anticorpos: 
Os anticorpos estimulam o receptor: 
 Hipertireoidismo de fundo autoimune: o organismo leva a produção de anticorpos 
contra o receptor TSH. Uma vez que tenho esse anticorpo direcionado a esse antígeno, que no 
caso é o receptor TSH, a ligação entre eles faz com que as células da tireoide produza 
hormônios em excesso, sendo assim a célula responde de forma anômala, caracterizando a 
doença. 
O anticorpo inibe a ligação do ligante ao receptor: 
 Um anticorpo é direcionado a um receptor de superfície, que nesse caso é o receptor 
da acetilcolina. Quando eles se ligam, impedem a ligação da acetilcolina, sendo um 
antagonista, levando a fraqueza muscular, ou seja, miastenia grave. 
 
 
 
Hipersensibilidade tipo III 
 Complexo Ag-Ac formados na circulação, pode se depositar nos vasos sanguíneos, 
levando a ativação do complemento e a inflamação aguda; leva dano aos vasos e suas 
proximidades, em condições normais estes complexos são formados, mas são eliminados 
pelos fagócitos. 
 
Doenças por imunocomplexos: 
Sistêmica – Lupus (caracterizado pelo depósito de complexos nos vasos - vasculite, nos rins - 
nefrite e nas articulações - artrite); Doença do Soro. 
Fase I – formação de imunocomplexos. 
Fase II – depósito de imunocomplexos – fatores que facilitam: corrente sanguínea, células 
fagocitárias e tamanhos dos complexos (maior = mais fácil de ser eliminado, menor = mais 
difícil). 
 
Local – Reação de Arthus (vasculite cutânea local) 
Área de necrose tecidual causada por vasculite aguda, o Ag injetado na pele faz com que haja 
atração de Ac, devido a resposta inflamatória no local da injeção há edema, hemorragia grave, 
e ás vezes ulcerações. 
 
Hipersensibilidade tipo IV 
Não há anticorpos, é mediada por células T (tem um papel benéfico e protetor), mecanismo 
essencial na defesa contra patógeno intracelular; envolvido na rejeição a transplantes e 
imunidade tumoral. Essa resposta exagerada trás uma lesão tecidual, exemplos em: desordens 
autoimunes, reações patológicas a substâncias presentes no ambiente, reações a 
microrganismos persistentes. As células T podem agir de formas diferentes, mas no final as 
duas causam lesão tecidual: 
 Hipersensibilidade retardada – envolve as células TCD4, causam uma lesão tecidual a 
partir do momento que foram ativadas pelo antígeno que lhe foi apresentada 
(reconhece o antígeno através do MHC II), passam a produzir citocinas que vão atrair 
e ativar macrófagos, causando a lesão tecidual. 
 Citotoxicicidade celular direta – envolve as células TCD8, causam a lesão por si só, 
não precisam de outras células, reconhecemo antígeno através do MHC I. As células 
TCD8 só são ativadas quando a TCD4 liberam citocinas. 
 
Exemplos de lesão tecidual desencadeado pelas células TCD4 ativadas: 
 Pra ter essa reação, primeiro tem que ter uma sensibilização – no primeiro contato com 
o antígeno, as células apresentadoras de antígeno (APC) reconhecem o antígeno, fagocitam o 
material e apresentam a células TCD4, com isso a TCD4 começa a produzir citocina, a 
primeira produzida é a IL-2 (leva a proliferação de TCD4), é um efeito autócrino, ela reage a 
uma citocina produzida por ela mesma! Parte das TCD4 serão efetoras, e outra parte serão 
células de memória (atuam num segundo contato com o mesmo antígeno). 
 Num segundo contato, as células de memória fazem todo o processo, porem as células 
TCD4 já conhecem o antígeno, a ativação é mais rápida/eficiente, há produção de várias 
citocinas, IL-2, e também os Intérferon (citocina ativadora de macrófago), os macrófagos 
ativados produzem substâncias tóxicas para o antígeno, na tentativa de destruí-lo, além de 
substâncias que causam vasodilatação, e proliferação de fibroblastos. 
 
Reação a tuberculina – intradérmica, tuberculina é uma proteína extraída do bacilo da 
tuberculose, são feitos testes para saber se o indivíduo já teve contato com o bacilo da 
Tuberculose. É injetado o Ac intradérmica e aguarda pra ver se houve reação ou não. 
Inflamação granulomatosa – refere-se a as reações contra microrganismos persistentes. Ex: 
Tuberculose, Hanseníase, Leishimaniose, P. brasiliensis. 
Dermatite de contato – Doença cutânea eczematosa causada por hipersensibilidade mediada 
por células a um determinado alérgeno ambiental; a sensibilização e a indução da reação 
envolve o contato da pele com o alérgeno. Ex: joias, borracha, corantes, tecidos, etc. 
 
LESÃO TECIDUAL DESENCADEADA POR CÉLULAS TCD8 
As células TCD8 destroem as células que carregam antígeno, após o reconhecimento, o 
conteúdo dos seus grânulos são liberados (perforinas e granzimas), esses grânulos quando 
entram nas células, desencadeiam a morte dela. A perforina em contato com a membrana da 
célula alvo se polimeriza e forma uma estrutura tubular, como se fosse um buraco, e por este 
buraco passam as granzimas, ativando as caspases e consequentemente causando a apoptose. 
Resposta importante na resistência a infecções virais e alguns tumores. 
Exocitose do grânulo entrada de granzimas pelos poros da perforina ativação de 
caspases apoptose do alvo.

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