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Desmonte com explosivos

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Desmonte de rochas 
com EXPLOSIVOS 
 
EXPLOSIVOS - HISTÓRICO 
A pólvora foi o primeiro passo para o 
desenvolvimento de centenas de produtos 
conhecidos como explosivos. 
 
No início era utilizada pelos chineses como 
pirotécnico, passando após algumas 
modificações a propelente de projéteis e 
armamentos em geral. 
 
EXPLOSIVOS - HISTÓRICO 
1846 
Ascânio Sobrero (italiano) 
Nitroglicerina (líquido) 
Maior poder de explosão que a pólvora 
Sem aplicação prática (dificuldade de 
fabricação e manuseio) 
EXPLOSIVOS - HISTÓRICO 
EXPLOSIVOS - HISTÓRICO 
1867 
Alfred Nobel (sueco) 
Nitroglicerina (industrialmente) 
Adição de base inerte à NG (sílica) 
DINAMITE (massa moldável) 
EXPLOSIVOS - HISTÓRICO 
EXPLOSIVOS - HISTÓRICO 
Mais tarde surgiram o 
TRINITROTOLUENO (TNT) e a 
nitrocelulose permitindo a 
gelatinização da nitroglicerina. 
 
 
 
1923 
Oppau (Alemanha) 
Acidente ao tentar-se dinamitar 4,5 ton 
de nitrato de amônio empedrados. 
EXPLOSIVOS - HISTÓRICO 
1958 – surgem as primeiras lamas 
explosivas (nitratos + óleos + água + 
componentes gelatinizantes) 
 
1962 – primeiras patentes para 
utilização de emulsões como explosivos 
(Canadá) 
 
 
EXPLOSIVOS - DEFINIÇÃO 
Explosivos industriais são substâncias 
ou misturas de substâncias químicas, 
que quando iniciadas por um agente 
externo suficientemente energético 
decompõe-se quimicamente, gerando 
considerável quantidade de gases, 
altas temperaturas e liberando 
energia em curtíssimo espaço de 
tempo. 
 
EXPLOSIVOS - DEFINIÇÃO 
Explosivos industriais são substâncias 
ou misturas de substâncias químicas, 
que quando iniciadas por um agente 
externo suficientemente energético, 
DECOMPÕE-SE QUIMICAMENTE gerando 
considerável quantidade de gases, 
altas temperaturas e liberando 
energia em curtíssimo espaço de 
tempo. 
 
Explosivo QUEIMA, 
DEFLAGRA ou DETONA 
Velocidade de decomposição 
EXPLOSIVOS 
Reações químicas de decomposição 
Se a substância ou produto químico se 
decompõe a velocidades de até 
330 m/s, diz-se que esta substância 
QUEIMA ou se decompõe por 
COMBUSTÃO (oxidação somente pelo O2 
do ar). 
 
Ex.: Madeira, papel. 
 
 
 
Se a substância ou produto químico se 
decompõe a velocidades superiores às de 
queima até o limite de 1.200 m/s, diz-se 
que ocorre DEFLAGRAÇÃO. 
 
Ex.: Pólvora. 
 
Nesse processo, há participação também 
do O2 contido na própria substância. 
 
 
 
EXPLOSIVOS 
Reações químicas de decomposição 
Se a substância ou produto químico se 
decompõe a velocidades superiores às de 
deflagração, diz-se que ocorre 
DETONAÇÃO. 
 
Ex.: Nitroglicerina e emulsões explosivas. 
 
A decomposição ocorre a velocidades muito 
altas: 1.500 a 9.000 m/s, com a 
participação exclusiva do O2 intrínseco da 
substância explosiva. 
 
 
 
EXPLOSIVOS 
Reações químicas de decomposição 
A velocidade de decomposição química de 
um explosivo poderá variar para valores 
menores que o esperado. 
 
Dependendo das condições (iniciação, 
confinamento, contaminação) um mesmo 
explosivo poderá detonar, deflagrar, queimar 
ou se tornar INERTE. 
 
Dessa forma, o explosivo não produzirá 
o efeito esperado, havendo perda 
considerável de eficiência. 
 
 
 
EXPLOSIVOS 
Reações químicas de decomposição 
EXPLOSIVOS - Energia de ativação 
Explosivos são substâncias estáveis do 
ponto de vista químico para o ambiente 
usual de temperatura e pressão. 
 
Energia de ativação é a energia necessária 
à substância explosiva que a faça detonar de 
maneira contínua. 
 
O valor da energia de ativação ou grau de 
estabilidade é a segurança que se tem 
contra detonações prematuras do explosivo. 
 
 
 
EXPLOSIVOS - PROPRIEDADES 
 Densidade 
 Força 
 Energia (absoluta ou disponível) 
 Velocidade de detonação 
 Pressão de detonação 
 Resistência 
 Sensibilidade 
 Volume gasoso 
 
 
 
 
EXPLOSIVOS - PROPRIEDADES 
 Densidade ou peso específico 
É a relação entre a massa e o volume dessa 
massa, expressa comumente em g/cm3. 
Quanto mais denso, maior quantidade de 
explosivo por unidade de volume. 
Para detonações difíceis, em que uma fina 
fragmentação é desejada, recomenda-se 
explosivos densos. 
Portanto, o propósito das variações de 
densidade dos explosivos é permitir ao 
usuário concentrar ou distribuir as cargas 
dentro do furo. 
 
 
EXPLOSIVOS - PROPRIEDADES 
 Densidade ou peso específico 
A densidade dos explosivos comerciais varia 
de 0,6 a 1,45 g/cm3. 
Explosivos com densidade inferior a 1 não 
devem ser utilizados em furos contendo 
água. 
Os valores de densidade constantes nos 
catálogos de explosivos granulados se 
referem à densidade aparente ou derramada 
no furo, valor significativamente inferior ao 
da densidade específica do produto ou dele 
adensado. 
 
 
EXPLOSIVOS - PROPRIEDADES 
 Energia 
No passado, a energia de um explosivo era 
medida em função da porcentagem de 
nitroglicerina (NG) contida, o que determinava 
o teor de FORÇA. 
Os modernos explosivos, especialmente os 
agentes detonantes, não possuem NG nas 
suas fórmulas. Daí a necessidade de se 
estabelecer um novo padrão de comparações. 
 
 
 
EXPLOSIVOS - PROPRIEDADES 
 Energia 
Medidas em unidade de energia (Kcal) 
AWS (Absolute Weight Strength) – energia por 
unidade de peso do explosivo. 
Unidade: Kcal/Kg (quilocaloria liberada na 
detonação por Kg de explosivo). 
ABS (Absolute Bulk Strength) – energia por 
unidade de volume do explosivo. 
Unidade: Kcal/l (por litro de explosivo). 
 
 
 
 
EXPLOSIVOS - PROPRIEDADES 
 Energia 
Medidas de energia relativamente ao ANFO padrão 
RWS (Relative Weight Strength) – energia 
disponível por massa de um certo explosivo 
comparada com a energia disponível por igual massa 
de um explosivo tomado como padrão (ANFO). 
RBS (Relative Bulk Strength) – energia disponível 
por volume de um certo explosivo comparada com a 
energia disponível por igual volume de um explosivo 
padrão. 
 
 
 
 
EXPLOSIVOS - PROPRIEDADES 
 Energia 
Medidas de energia relativamente ao ANFO padrão 
Exemplo 1: Calcular a RWS de um explosivo: 
Emulsão: densidade: 1,15 g/cm3 
 energia termoquímica: 850 cal/g. 
ANFO: densidade: 0,85 g/cm3 
 energia termoquímica: 900 cal/g. 
 
 
 
 
 
EXPLOSIVOS - PROPRIEDADES 
 Energia 
Medidas de energia relativamente ao ANFO padrão 
Emulsão – densidade: 1,15 g/cm3 ANFO – densidade: 0,85 g/cm3 
 energia termoquímica: 850 cal/g. energia termoquímica: 900 cal/g. 
 
RWS = AWSemulsão = 850 cal/g = 0,944 
 AWSANFO 900 cal/g 
RWS = 94,4 % 
A emulsão em questão possui 5,6% a menos de 
energia quando comparada com a mesma unidade 
de massa do ANFO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXPLOSIVOS - PROPRIEDADES 
 Energia 
Medidas de energia relativamente ao ANFO padrão 
Exemplo 2: Calcular a RBS de um explosivo: 
Emulsão – densidade: 1,15 g/cm3 
 energia termoquímica: 850 cal/g. 
ANFO – densidade: 0,85 g/cm3 
 energia termoquímica: 900 cal/g. 
 
 
 
 
 
EXPLOSIVOS - PROPRIEDADES 
 Energia 
Medidas de energia relativamente ao ANFO padrão 
Emulsão – densidade: 1,15 g/cm3 ANFO – densidade: 0,85 g/cm3 
 energia termoquímica: 850 cal/g.energia termoquímica: 900 cal/g. 
 
RBS = AWSemulsão x ρ emulsão 
 AWSANFO ρANFO 
= 850 cal/g x 1,15 g/cm3 = 1,28 
 900 cal/g 0,85 g/cm
3 
RBS = 1,28 
A emulsão em questão possui 28% a mais de 
energia comparada com o ANFO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXPLOSIVOS - PROPRIEDADES 
 Velocidade de detonação (VOD) 
É a velocidade com que a onda de detonação 
se propaga na coluna de explosivos, 
consumindo-o. 
VOD depende de diversos fatores: fórmula, 
diâmetro da carga, grau de confinamento e 
umidade. 
 
 
EXPLOSIVOS - PROPRIEDADES 
 Velocidade de detonação (VOD) 
É de extrema importância, pois seu valor 
numérico determina se o produto explosivo se 
aplica a uma certa condição de rocha: rochas 
duras requerem explosivos de alta VOD. 
A VOD de um explosivo cresce com o aumento 
do diâmetro desta carga até valor 
determinado, quando a partir daí se estabiliza 
para diâmetros maiores. 
 
 
EXPLOSIVOS - PROPRIEDADES 
 Velocidade de detonação (VOD) 
Geralmente a VOD é medida com explosivo 
confinado em tudo de aço galvanizado sem 
costura de 2” de diâmetro. 
Usa-se o método de Dautriche, sistema 
prático que pode ser feito em campo ou 
aparelhos eletrônicos, que realizam medições 
mais precisas. 
A unidade de VOD é o m/s. 
 
 
EXPLOSIVOS - PROPRIEDADES 
 Velocidade de detonação (VOD) 
Objetivos da medição da VOD dos explosivos: 
 
 Determinando-se a VOD, calcula-se a pressão 
produzida no furo durante a detonação; 
 Comparar o desempenho do explosivo quando 
iniciado com diferentes escorvas, acessórios e 
deferentes materiais utilizados para o 
confinamento do tampão; 
 Verificar se os explosivos e acessórios estão 
detonando de acordo com o valor fornecido pelos 
fabricantes. 
 
 
Equipamento para a medida da velocidade de 
detonação dos explosivos e acessórios de detonação 
ProbeCable (Cabo Coaxial) 
DIAGNÓSTICOS DA VOD 
EXPLOSIVOS - PROPRIEDADES 
 Pressão de detonação (Energia de 
choque ou Brisância) 
É a pressão da onda de detonação quando 
ela caminha ao longo da craga explosiva. 
A pressão de detonação de um explosivo é 
diretamente proporcional ao quadrado da 
VOD. 
 Pd = K x VOD2 x ρ 
 
Pd - Pressão de detonação (Pa) 
K – constante (0,25 x 10-6) 
VOD – velocidade de detonação (m/s) 
ρ – densidade do explosivo (Kg/m3) 
 
 
 
 
EXPLOSIVOS - PROPRIEDADES 
 Pressão de detonação (Energia de 
choque ou Brisância) 
 
Caso a pressão produzida no furo durante a 
detonação não supere a resistência dinâmica 
da rocha, a mesma não será fragmentada, 
entretanto a energia não utilizada no 
processo de fragmentação e deslocamento 
da rocha se propagará no terreno sob a 
forma de vibração. 
 
 
 
EXPLOSIVOS - PROPRIEDADES 
 Resistência 
Resistência a água – intervalo de tempo que o 
explosivo pode ficar em contato com a água sem 
perder suas características. 
Emulsões resistem à água. Explosivos granulados são 
inertes em ambientes úmidos. 
Resistência ao armazenamento – período em que 
o explosivo pode ficar estocado a partir da data de 
fabricação, sem perder a qualidade ou deteriorar-se. 
Resistência ao choque – propriedade que avalia a 
possibilidade de detonação por choque. 
 
EXPLOSIVOS - PROPRIEDADES 
 Sensibilidade 
Sensibilidade à propagação 
É a medida do poder de propagação do explosivo. 
É importante que os explosivos sejam sensíveis o 
suficiente para detonar toda a extensão da carga, 
porém não tão sensíveis a ponto de tornarem-se 
perigosos. 
Em testes, considera-se boa sensibilidade quando a 
detonação propagar-se a distância de uma vez o 
diâtro da carga. 
Air gap = detonação por “simpatia” 
EXPLOSIVOS - PROPRIEDADES 
 Sensibilidade 
Sensibilidade à iniciação 
Capacidade de um explosivo ser iniciado por um 
detonador ou outro explosivo iniciador, isto é, se 
o explosivo é sensível à espoleta, cordel, 
booster, etc. 
 
A maioria dos explosivos do mercado são 
sensíveis à iniciação por espoleta no 8 ou cordel 
detonante NP-10 e são os chamados alto 
explosivos. 
 
EXPLOSIVOS - PROPRIEDADES 
 Sensibilidade 
Sensibilidade à iniciação 
Quando um explosivo não é sensível à iniciação por 
um detonador, ele é dito um “agente explosivo”, 
sendo necessário para sua detonação a utilização de 
explosivos reforçadores ou “boosters”. 
EXPLOSIVOS - PROPRIEDADES 
 Sensibilidade 
Sensibilidade à iniciação 
As cargas de explosivos com forma cilíndrica têm um 
diâmetro abaixo do qual a onda de detonação não se 
propaga ou propaga-se com uma velocidade muito baixa. 
A esse diâmetro dá-se o nome de DIÂMETRO CRÍTICO. 
Os principais fatores que influenciam no diâmetro crítico 
são: tamanho das partículas, reatividade dos seus 
ingredientes, densidade e confinamento. 
 Emulsões: 7/8” 
 ANFO: 1 a 11/4” 
 
EXPLOSIVOS - PROPRIEDADES 
 Volume gasoso 
É o volume total de gás gerado na detonação. 
O volume de gás produzido em uma detonação 
é dado pela relação entre o volume produzido e 
o peso de explosivo que o gerou, usualmente 
em litros/Kg. 
Propriedade importante para avaliar a 
capacidade de lançar os fragmentos da rocha 
detonada. 
 
 
 
 
EXPLOSIVOS 
 Classificação gasosa 
Teoricamente, explosivos bem formulados não 
produziriam gases tóxicos. 
Na condição ideal, a reação química de 
decomposição de uma emulsão explosiva 
produziria CO2, N2, H2O, todos não tóxicos. 
Na condição prática de uso haverá sempre 
contribuições negativas (explosivos mal 
iniciados, desbalanceados) que desequilibram a 
reação química, ocorrendo assim gases 
tóxicos na detonação (CO, NO e NO2). 
 
 
 
 
 
 
EXPLOSIVOS 
 Classificação gasosa 
Os gases nocivos ao ser humano, quanto ao 
nível de toxidade, são classificados como: 
 
- Classe 1 - não tóxicos (< que 22,65 l/kg); 
- Classe 2 - mediamente tóxicos (de 22,65 a 
menos de 46,7 l/kg); 
- Classe 3 - tóxicos (de 46,7 a menos de 
94,8 l/kg). 
 
 
 
 
 
 
 
Uma descrição dos efeitos fisiológicos dos gases 
nocivos se mostra na figura abaixo. 
EXPLOSIVOS 
 Balanço de oxigênio de explosivos 
Os explosivos podem ser representados pela 
fórmula geral: 
 
CaHbOcNdXe 
 
 onde “X” é um metal 
 
 
 
 
 
 
EXPLOSIVOS 
Balanço de oxigênio de explosivos 
A liberação de energia é otimizada quando o balanço de 
oxigênio é zero. 
Balanço zero de oxigênio: ponto no qual uma mistura 
tem suficiente oxigênio para oxidar completamente todos 
os combustíveis (óleo diesel, serragem, carvão, palha de 
arroz etc.) presentes na reação, mas não contém excesso 
de oxigênio que possa reagir com o nitrogênio na mistura 
para formação de NO e NO2 e nem a falta de oxigênio que 
possa gerar o CO, pois além de altamente tóxicos para o 
ser humano, esses gases reduzem a 
temperatura da reação e, consequentemente, 
diminuem o potencial energético e a eficiência do 
explosivo (ladrões de calor). 
 
 
 
 
 
 
EXPLOSIVOS 
Ingredientes de explosivos 
 
EXPLOSIVO BÁSICO (ou explosivo base) 
 
É um sólido ou líquido que, submetido a uma aplicação 
suficiente de calor ou choque, desenvolve uma reação 
exotérmica extremamente rápida e transforma-se em 
gases a altas temperaturas e pressões. 
Exemplo típico de explosivos básico é a nitroglicerina 
C3H5O9N3 
 
 
 
 
 
EXPLOSIVOS 
Ingredientes de explosivos 
Explosivo básico 
 COMBUSTÍVEIS e OXIDANTES 
São adicionadosao explosivo básico para favorecer o 
balanço de oxigênio na reação química de detonação. 
O combustível (óleo diesel, serragem , carvão em 
pó, parafina, sabugo de milho, palha de arroz) 
combina com o excesso de oxigênio da mistura 
explosiva, de forma que previne a formação de NO e 
NO2; o agente oxidante (nitrato de amônio, nitrato 
de cálcio, nitrato de potássio, nitrato de sódio) 
assegura a completa oxidação do carbono, prevenindo 
a formação de CO. 
 
 
 
 
 
EXPLOSIVOS 
Ingredientes de explosivos 
 Explosivo básico 
 Combustíveis e oxidantes 
 ANTIÁCIDOS 
Geralmente são adicionados para incrementar a 
estabilidade do produto à estocagem, exemplo: 
carbonato de cálcio, óxido de zinco. 
 
 DEPRESSORES de chama (cloreto de sódio) 
Normalmente são utilizados para minimizar as 
possibilidades de fogo na atmosfera da mina, 
principalmente nas minas onde ocorre a presença do 
gás metano (grisu). 
 
 
 
 
 
EXPLOSIVOS 
Ingredientes de explosivos 
 Explosivo básico 
 Combustíveis e oxidantes 
 Antiácidos 
 Depressores de chama (cloreto de sódio) 
 
 AGENTES CONTROLADORES de densidade e 
sensibilidade 
Dividem-se em químicos (nitrito de sódio, ácido 
nítrico) e mecânicos (micro esferas de vidro). 
No controle do pH do explosivo utilizam-se a cal e o 
ácido nítrico. 
 
 
 
 
 
EXPLOSIVOS 
 Classificação 
 
 
 
 
 
 
Mecânicos 
Nucleares 
Químicos 
Altos explosivos 
Agentes detonantes 
Baixos explosivos 
EXPLOSIVOS 
Químicos Baixos explosivos 
Baixos explosivos (propelantes), ou deflagrantes, são 
aqueles cuja reação química é uma combustão muito 
violenta chamada deflagração, que se propaga a uma 
velocidade da ordem de 100 a 1.300 m/s e pressões 
de no máximo 50.000 psi. 
Entre os explosivos deflagrantes, o protótipo é a 
pólvora negra, cujos componentes são: 
Nitrato de potássio (KNO3) ou de sódio (NaNO3): 75% 
Carvão vegetal (C): 15% 
Enxofre (S): 10% 
EXPLOSIVOS 
Químicos Altos explosivos 
Explosivos caracterizados pela elevadíssima 
velocidade de reação (1.500 a 9.000 m/s) e alta taxa 
de pressão (50.000 a 4 milhões de psi). 
Os altos explosivos serão primários quando a sua 
iniciação se der por chama, centelha ou impacto. 
Serão secundários quando, para sua iniciação, for 
necessário um estímulo inicial de considerável 
grandeza. 
Exemplo de altos explosivos: TNT, dinamites, 
gelatinas. 
EXPLOSIVOS 
Químicos Altos explosivos 
ALTOS EXPLOSIVOS NITROGLICERINADOS 
 
Explosivos que têm a nitroglicerina como componente 
básico. 
Aumentando-se a % de NG, aumenta-se a VOD, a força e 
a resistência à água. Geralmente são explosivos de alta 
densidade e os tipos comercializados no Brasil são 
apresentados em embalagens plásticas (tubo semi-rígido 
ou em papel parafinado). 
 
EXPLOSIVOS 
Químicos Altos explosivos 
ALTOS EXPLOSIVOS NITROGLICERINADOS 
Há restrições ao uso destes produtos sendo que o maior 
invonveniente reside nos efeitos fisiológicos adversos da 
nitroglicerina. 
Como vaso-dilatadora provoca dor de cabeça. Apresenta 
também maior risco de detonação acidental, ainda que 
reduzidos com as técnicas modernas de fabricação. 
Normalmente, apresentam custos mais elevados se 
comparados a outros explosivos equivalentes não 
nitroglicerinados. 
EXPLOSIVOS 
Químicos Altos explosivos 
ALTOS EXPLOSIVOS NITROGLICERINADOS 
 
 Dinamite simples 
 
Nitroglicerina + Serragem + Oxidante + Estabilizante 
 
Serragem como absorvente e nitrato de sódio é, em geral, 
o oxidante usado. Como estabilizante, ou antiácido, usa-se 
o carbonato de cálcio, com cerca de 1%. A dinamite 
simples produz boa fragmentação. Em contrapartida, 
apresenta um alto custo e gera gases tóxicos. 
EXPLOSIVOS 
Químicos Altos explosivos 
ALTOS EXPLOSIVOS NITROGLICERINADOS 
 
 Dinamites Amoniacais 
 
O alto custo da dinamite simples e as qualidades 
indesejáveis permitiram o desenvolvimento das dinamites 
amoniacais. 
São similares em composição às dinamites simples, mas a 
nitroglicerina e o nitrato de sódio são parcialmente 
substituídos por nitrato de amônio. 
 
 
EXPLOSIVOS 
Químicos Altos explosivos 
ALTOS EXPLOSIVOS NITROGLICERINADOS 
 
 Gelatinas 
A gelatina também foi descoberta por Alfred Nobel, em 
1875. 
A gelatina é um explosivo bastante denso, de textura 
plástica, parecendo uma goma de mascar, constituída de 
nitroglicerina + nitrocelulose + nitrato de sódio. 
São utilizadas apenas em casos especiais. Geram gases 
nocivos. Tem grande velocidade de detonação, produz boa 
fragmentação e ótimo adensamento no furo. 
 
EXPLOSIVOS 
Químicos Agentes detonantes 
 Explosivos Granulados 
 
Os explosivos granulados ou pulverulentos, também 
conhecidos como agentes detonantes, geralmente 
consistem em misturas de nitratos inorgânicos e óleo 
combustível, podendo sofrer adição ou não de substâncias 
não explosivas (alumínio ou ferro-silício). 
 
 
 
EXPLOSIVOS 
Químicos Agentes detonantes 
ANFO (Ammonium Nitrate and Fuel Oil) 
Universalmente conhecido, formado pela mistura pura e 
simples de nitrato de amônio (94,5%) e óleo diesel 
(5,5%). 
Maiores vantagens do ANFO: 
 ocupar inteiramente o volume do furo 
 grande insensibilidade aos choques 
 poucos gases tóxicos 
 redução do preço global do explosivo 
 
Maiores desvantagens: 
 falta de resistência à água 
 baixa densidade(0,85 g/cm3) 
 necessidade de um iniciador especial 
 
 
300 
600 
900 
Percentagem de Óleo Combustível 
Energia (cal/g) 
ENERGIA VERSUS % DE ÓLEO ADICIONADO 
 AO NITRATO DE AMÔNIO 
 
EXPLOSIVOS 
Químicos Agentes detonantes 
ANFO (Ammonium Nitrate and Fuel Oil) 
 
A reação ideal do ANFO: 
 
 
 
Outros explosivos granulados, fabricados por diferentes 
produtores, nada mais são do que formulações similares à 
do ANFO, com adição de outros ingredientes, explosivos ou 
sensibilizantes, combustíveis, oxidantes e absorventes. 
 
EXPLOSIVOS 
Químicos Agentes detonantes 
 ANFO (Ammonium Nitrate and Fuel Oil) 
 
ANFO/AL 
O objetivo da adição de alumínio ao ANFO é de aumentar a 
produção de energia. A adição de alumínio no ANFO varia 
de 5 a 15% por massa. Acima de 15% a relação 
custo-benefício tende a não ser atrativa. 
Reação do ANFO/AL contendo 5% de Al: 
 
FABRICAÇÃO GRANULADO - CARAJÁS - PA 
BOMBEAMENTO DO GRANULADO 
EXPLOSIVOS 
Químicos Agentes detonantes 
 LAMAS (SLURRIES) E PASTAS DETONANTES 
Desenvolvidas e patenteadas nos Estados Unidos, são 
explosivos que contêm água em sua formulação. 
As pastas são superiores ao ANFO, apresentam boa 
resistência à água, todavia são bem mais caras. 
Com a introdução das emulsões no mercado internacional, 
este tipo de explosivo foi superado tecnologicamente. 
EXPLOSIVOS 
Químicos Agentes detonantes 
 EMULSÕES EXPLOSIVAS 
 
Constituem a mais moderna geração de explosivos. 
 
Emulsão = mistura entre dois ou mais constituintes 
imiscíveis, sem que haja interação química entre eles, ou 
seja, não há mudança de qualquer de suas características 
químicas particulares. Ex.: maionese. 
Uma emulsão explosiva é uma mistura homogênea entre 
duas fases líquidas, uma delas uma solução salina 
supersaturada de nitrato de amônio, e a outra, uma 
mistura de óleos, formando gotículas muito pequenas. 
A fase óleo é o dispersante e a solução salina, o 
disperso. 
 
 
 
 
INGREDIENTE PERCENTAGEM EM MASSA 
Nitrato de Amônio 
 
Água 
 
Óleodiesel 
 
Agente Emulsificante: Oleato de 
sódio ou Monoleato de ezorbitol 
 77,3 
 
 16,7 
 
 4,9 
 
 1,1 
 _____ 
 100,0 
Composição Química da Emulsão 
EXPLOSIVOS 
Químicos Agentes detonantes 
 EMULSÕES EXPLOSIVAS 
Reação química em explosivos industriais – substância oxidante 
(O2) e combustível (C). 
 
A proximidade física entre as substâncias é fundamental para o 
acontecimento da reação e, quanto mais juntas, ligadas, mais 
completa é a reação química. 
 
Grau de contato – depende do estado físico e granulometria. 
 
Emulsões explosivas: fases líquidas coloidais (partículas muito 
pequenas); contato íntimo dos constituintes; a grande superfície 
específica de contato, da solução salina (oxidante) envolvida pela 
fase dispersante óleo (combustível), proporciona grande 
eficiência da reação química. 
 
 
 
 
EXPLOSIVOS 
Químicos Agentes detonantes 
 EMULSÕES EXPLOSIVAS 
 
Feita a emulsão, para que a mistura oxidante e 
combustível reaja em ação explosiva e a reação se 
mantenha até o consumo total da mistura, é necessário a 
atuação de algo que gere calor. 
Para as emulsões explosivas, a fonte de calor veio do 
aproveitamento de um fenômeno físico, o “princípio da 
redução adiabática” (redução de volume sem perda de 
calor) de uma bolha de ar. A redução brusca do volume de 
uma bolha de ar gera “pontos quentes”, liberando calor em 
grande quantidade. 
 
 
 
EXPLOSIVOS 
Químicos Agentes detonantes 
 EMULSÕES EXPLOSIVAS 
 
NITRITO distribuído de maneira uniforme na massa da 
emulsão é que a sensibiliza, produzindo grande quantidade 
de micro bolhas de ar. 
Quando se escorva o explosivo, introduzindo acessório 
explosivo na massa da emulsão, o acessório, ao detonar, 
gera grande pressão e calor, provocando redução brusca 
do volume de bolhar de ar ao seu redor, produzindo calor 
suficiente para início da detonação. 
Em consequência, a frente de detonação gera 
sobrepressões, estabelecendo a continuidade do processo. 
 
 
 
EXPLOSIVOS 
Químicos Agentes detonantes 
 EMULSÕES EXPLOSIVAS BOMBEADAS 
 
Para grandes consumos de explosivos de imediato 
em uma detonação, têm-se como opção o 
carregamento de furos através de equipamentos 
montados sobre caminhões – Unidades móveis de 
bombeamento. 
 
 
 
 
 
EXPLOSIVOS 
Químicos Agentes detonantes 
 EMULSÕES EXPLOSIVAS BOMBEADAS 
 
Estes caminhões são fábricas de explosivos, equipados 
com instrumentação adequada e equipamentos mecânicos 
– bombas, compressores e tanques – e permitem, a partir 
de um operador, a formulação do explosivo e sua 
aplicação diretamente nos furos. 
Sobre o caminhão em um dos tanques reservatório 
armazena-se a pré-emulsão ou emulsão matriz (agente 
explosivo), previamente fabricada sem sensibilizantes, 
ISENTANDO-A DA CONDIÇÃO DE EXPLOSIVO. 
 
 
 
 
EXPLOSIVOS 
Químicos Agentes detonantes 
 EMULSÕES EXPLOSIVAS BOMBEADAS 
 
Outro tanque sobre o caminhão guarda o sensibilizante 
(solução de nitrito de sódio) da emulsão matriz. 
O caminhão, por bombeamento, lança a emulsão matriz 
misturada a solução de nitrito para dentro dos furos e no 
processo químico desta mistura a massa de emulsão é 
“aerada”, micro bolhas de ar formam-se, sensibilizando a 
emulsão matriz, tornando-a explosiva. 
A emulsão matriz é classificada para efeito de transporte 
como oxidante, o que facilita os processos legais de sua 
aquisição, transporte, uso e armazenamento. 
 
 
 
 
Emulsão Encartuchada 
Emulsão Bombeada – Yamana - MT 
CARREGAMENTO SUBTERRÂNEO 
EMULSÃO 
ESTRUTURA DA LAMA 
ESTRUTURA DA EMULSÃO 
Furos com água 
BOMBA PARA A RETIRADA D’ÁGUA DOS FUROS - CARAJÁS 
- PARÁ 
ENCAMISAMENTO DO FURO

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