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Técnicas de Microtomia Vegetal

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MICROTÉCNICA VEGETAL 
TÉCNICAS PARA PREPARAÇÃO DE CORTES HISTOLÓGICOS
	No curso de Farmácia, o conhecimento de práticas destinadas a preparar materiais de origem vegetal para o estudo microscópico tem como objetivo efetuar o controle de qualidade anatômico de espécies destinadas à produção de fitoterápicos.
Muitos atributos dos tecidos e/ou células vegetais podem ser usados para caracterizar amostras vegetais a serem analisadas. Para isto é necessário o conhecimento de técnicas de microtomia e conhecimentos sobre histologia e anatomia vegetal. 
Os cortes podem ser efetuados à mão livre com uma lâmina de barbear, ou com aparelhos especiais denominados micrótomos. Para o estudo a fresco de estruturas vegetais, os cortes à mão livre são mais vantajosos, uma vez que se conhece melhor as particularidades do material e os poucos cortes necessários para os exames microscópicos são obtidos em menos tempo do que aquele exigido na preparação do objeto para a microtomia. Todavia em alguns casos pode-se usar com vantagem, em alguns casos, a microtomia. 
Para se ter uma noção real da "arquitetura" do órgão deve-se fazer cortes diversos.
Os cortes que comumente se fazem nas folhas são:
corte paradérmico: se faz paralelo à superfície da folha para extrair a epiderme. Para se realizar o corte, enrola-se a folha sobre o dedo indicador e se firma com os dedos polegar e médio. Em seguida, molha-se a superfície a ser cortada e passa-se a lâmina de barbear muito superficial e suavemente. Ou ainda, faz-se uma pequena incisão superficial e tenta-se destacar a epiderme usando uma pinça (Fig. 1).
 Fig. 1
 corte transversal: faz-se perpendicularmente à nervura central (Fig.2).
 Fig. 2
corte longitudinal: faz-se paralelo à nervura central (Fig.3).
Os cortes transversais e longitudinais, evidenciam as estruturas existentes na espessura das folhas (mesofilo), no de camadas da epiderme, espessura da cutícula, tipos de tricomas, inclusões celulares nos parênquimas, e ainda a disposição dos feixes vasculares nas nervuras, por exemplo.
Os cortes paradérmicos evidenciam estruturas da epiderme, como determinação do tipo de estômato, tipo de tricomas, forma das células epidérmicas, etc.
 Fig. 3
Os cortes que normalmente se fazem nos caules são :
corte transversal: perpendicular ao eixo do cilindro (Fig.4).
corte longitudinal: faz-se paralelo ao eixo do cilindro, podendo ser dos tipos:
1. Tangencial: quando é feito tangente ao raio do cilindro. Trata-se de um corte superficial (Fig.5).
Radial : quando é feito passando pelo diâmetro ou raio do cilindro (Fig.6)
Fig. 4 Fig.5 Fig.6 
Para ilustrar a importância de realizar cortes diferentes, para se ter ideia da anatomia de órgão, imagine cortes através de uma estrutura simples como uma laranja. Como pode ser visto na Fig. 7, nenhum dos quatros cortes isoladamente poderá fornecer à pessoa que nunca tenha visto uma laranja a impressão real e exata da sua estrutura. Este é o motivo pelo qual quando se estuda um órgão em geral, são utilizados cortes realizados nas diferentes partes e em diferentes planos.
 Fig. 7
Procedimentos gerais para realização de cortes histológicos:
nos cortes transversais e longitudinais, se os objetos a serem cortados são muito delgados, como folhas, que não podem ser mantidos entre os dedos, deve-se incluí-los em um suporte, que pode ser medula de embaúba, sabugueiro, raiz de cenoura ou isopor. Segure o conjunto com os dedos indicador e polegar, nivele, coloque uma gota de água, e faça cortes com pouca pressão e rapidamente, deslizando suavemente a lâmina sobre o objeto (Fig. 8);
 Fig. 8
Faça sempre um bom número de cortes passando-os, com auxílio de um pincel, para uma placa de Petri contendo água destilada;
Coloque sempre que possível as placas de Petri sobre um fundo negro que permite visualizar mais facilmente os cortes mais delgados;
Selecione os cortes mais delgados e transfira-os com um estilete para uma solução de hipoclorito de sódio, por alguns minutos, para efetuar a descoloração;
Após a descoloração o material é levado novamente ao recipiente com água, efetuando-se a lavagem;
Coloque 2 gotas de corante em uma lâmina ou vidro de relógio e transfira os cortes para o corante, permanecendo por um período de mais ou menos 2 minutos; 
Lave novamente os cortes para retirar o excesso de corante;
Monte uma lâmina contendo 1 a 2 gotas de água e cubra cuidadosamente com a lamínula (encoste um dos dedos na lamínula e abaixe o lado oposto vagarosamente) para evitar a formação de bolhas de ar. Pode-se usar, ao invés da água, glicerina ou gelatina glicerinada, por exemplo, para a confecção de lâminas semipermanentes ou permanentes. No caso de preparações permanentes, faz-se a lutagem (vedação da lamínula na lâmina) com esmalte de unha, ou uma mistura de cera e breu (3:1).
Os corantes utilizados variam de acordo com a estrutura que se pretende evidenciar. Em anatomia vegetal é comum usar-se a dupla coloração com Azul de Astra e Fucsina básica. O Azul de Astra cora paredes celulósicas em azul e a fucsina básica, paredes lignificadas em rosa. Existem outros corantes comumente utilizados, como a Hematoxilina de Delafield (que cora estruturas celulósicas), safranina, que reage com a lignina, cutina, suberina e também com a celulose, verde iodo, floroglucina clorídrica, azul de alcian, Sudan, etc.
Existem outras técnicas de confecção de lâminas para estudos histológicos de materiais de origem vegetal. A técnica descrita anteriormente se refere a preparações a fresco. Outra técnica muito utilizada é a "técnica da parafina", em que o material passa pelos seguintes processos consecutivos: coleta e preparo, fixação, desidratação, inclusão em parafina, corte, montagem, remoção da parafina e hidratação, coloração, desidratação, montagem em lâmina.

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